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Uma Surpresa no Conjunto Nacional

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 02/10/15
  • Leituras: 4487
  • Autoria: LOBO
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Estou saindo de um compromisso pouco resultante no Conjunto Nacional. Uma prática muito apreciada no Brasil: aquela longa reunião em que muito se fala e nada se resolve. Parece que é com sua presença nessas reuniões intermináveis - na prática inúteis -que muitos se sentem importantes...


Na saí­da, um cappuccino, e enquanto estava por lá, do balcão da cafeteria vejo uma mulher dentro de uma loja. Deve estar a uns 40 metros de mim. Nessa distância, seus traços me fazem lembrar alguém.


Os cabelos louros, calça jeans bem ajustada, saltos provocantemente altos, blusa de couro sobre uma camisa de seda algo transparente. E aquela beleza de mulher madura, que esconde segredos.


Muitos segredos... devaneios, fantasias, que só revela a poucos felizardos.


A mulher da loja me trouxe de volta à memória alguém que no passado povoou meus desejos. Vivemos alguns meses de algo muito intenso. E então ela simplesmente sumiu. Nunca soube por que, fazia muitos anos que não a via, e nessa dúvida se seria mesmo ela ou não, aquela mulher se foi. Num piscar de olhos desapareceu, sumindo na multidão.


Partiu, mas certamente ficaria comigo, novamente povoando meu imaginário o resto da tarde...


Então, a surpresa: cruzando uma esquina do mall a encontro de novo. Ficamos frente a frente e lá estava:


Era realmente ela!


Cumprimentos, beijos na face. Conversa de anos atrás sendo retomada.


Estava lá, me conta, pois uma amiga de Salvador pediu que visse um apartamento ali na área residencial do Conjunto. Sorri pegando no meu braço, diz que encontrar-me, até foi fortuito, pois eu poderia lhe dar alguma avaliação do estado do imóvel e prováveis reformas que necessitasse.


Pede-me isso. Como negar? ...


Subimos, o apartamento fica no 19º andar. Ela falava de um imóvel fechado há muito tempo, mas para nossa surpresa, está em ótimo estado, parecendo ter sido pintado recentemente. Há possibilidades interessantes para uma reforma, percebo que há uma boa opção de se melhorar a cozinha e aumentar a sala, tirando inclusive melhor partido da fantástica vista da cidade.


Mas existe visão mais fantástica que a visão de uma bela mulher?


Ela estava recostada ao parapeito de uma janela aberta. O vento fazia evoluções nos seus cabelos. Aproximo-me e a tomo pela cintura, beijo sua nuca. Esboça uma reação de surpresa, mas logo a troca por outra. Joga o corpo para trás, aninha-se ao meu corpo, sente junto a si a forma do meu desejo.


Leva minhas mãos a seus seios.


Paro um instante, como a cobrar sua cumplicidade:


Devo continuar?


O sabor do imprevisto acrescenta ao delicioso "proibido" um sabor ainda mais sutil ao encontro.


Sua resposta foi dada: inclinou a cabeça e a apoiou em meus ombros. Suas mãos mantêm as minhas em seus seios.


Sob a blusa, sinto seus mamilos enrijecidos.


Sei o que ela quer, ela sabe o que quero. Ninguém poderá nos impedir...


Beijo sua nuca, falo confissões de desejo na lí­ngua sem censuras das alcovas. Sinto um leve tremor em teu corpo, sua pele arrepia-se. Não é o frio que causa isso. É calor, muito calor...


Levo-a comigo para dentro, numa caminhada algo insólita, em que pés e pernas se entrelaçam, olhos não vem o caminhar, lábios mantém-se colados, lí­nguas dançam juntas.


No beijo sôfrego em que caminhamos, acabamos por encontrar uma mesa no meio da sala. Senta-se nela.


Tiramos as roupas um do outro, tentando conter o paroxismo de nossos movimentos, para que não se rasguem as roupas ou mandem-se voar botões que ousassem opor-se a nossa libido em chamas...


Logo estamos nus, sem que eu me esqueça do ritual de arrancar sua calcinha - sempre provocante, na minha marca registrada: com os dentes...


Deito-a sobre a mesa e beijo-a toda! Dou um banho de lí­ngua. Ela me direciona, oferece-me seus seios, chupo cada um com fome, mordo suavemente cada biquinho, faço-os girar em meus lábios.


Mas eu a conheço e bem, sei o que quer, tudo o que quer....


Dirijo-me mais ao sul... a encontro escorrendo...lanço-me sobre seu sexo e chupo muito.


Chupo-a toda!


Seus gemidos de prazer inundam o ambiente.


Então ela ergue as pernas, segura-as, as faz fletir sobre seu corpo. Abre-se inteira para mim. Aceito o convite!


Tomo suas coxas contra meu peito. Meu membro rí­gido a toma. Entro. Cada vez mais fundo.


Sigo nessas estocadas, enquanto ela responde com os meneios de seu corpo, sempre me chamando mais adentro, sempre pedindo mais.


Um gozo intenso. Delicioso...


Deito-me a seu lado. Beijamo-nos. Um momento de relaxamento e paz. Mas que dura pouco...


Logo seu beijo escorrega pelo meu corpo, traça um veio úmido pelo meu peito e desce cintura abaixo. O repouso acabou. Ela faz despertar o sentinela...


Abocanha meu pau e começa a lambê-lo, chupa-lo. Sabe muito bem como isso me deleita, sabe como me encanta essa visão de vê-lo sumir entre seus lábios, de sentir o trabalho sequioso que sua lí­ngua proporciona.


E claro, como sempre, ao fazê-lo, olha para mim, nesse seu olhar tão provocativo, que me atiça ainda mais. Para de repente e me olha fundo... Não há palavras, não são necessárias.


Vamos celebrar em sua plenitude o sabor do "proibido".


Sabe bem a marcação de sua cena. Desce da mesa. Coloca-se apoiando os seios sobre o tampo, separa bem as coxas. Empina essa bunda que me extasia...


Ponho-me atrás dela. Molho meu dedos em seu sexo... Com eles a lubrifico.


A entrada começa. Primeiro, a cabeça, roxa do tesão que ela tão bem me provoca - sempre... - solicita com gentileza a abertura. Roça seu anelzinho, que finge negar-se, mas pouco a pouco se abre, pouco a pouco é penetrada...


Rende-se... Penetro-a toda, sinto uma onda de calor tomá-la, seus gemidos tornam-se ainda mais intensos, grita-me:


-"Vem! Quero tudo!..."


A delí­cia desse momento é difí­cil de transcrever em palavras. Eu estou dentro dela da maneira mais í­ntima e ousada.


Ela rebola e me recebe, minhas estocadas a tomam toda. Um gozo intenso. Muito intenso...


Descansamos, com muitos carinhos trocados. Anoiteceu, um vento frio vem da janela que esquecemos aberta.


Tempo de partir.


Na saí­da, ela devolve as chaves ao porteiro, dizendo-lhe que voltará no dia seguinte com o Arquiteto, para que a planta do imóvel seja levantada.


E discretamente pisca para mim...


Ali no saguão nos despedimos. Numa algo irônica maneira formal e contida, afinal, estamos em público agora.


Ela sai e a fico vendo seguir seu caminho, mais uma vez encantado. Vejo que parece haver uma luz que a diferencia das outras pessoas que dividem a calçada com seu caminhar.


Agradeço aos anjos que a trouxeram para mim.


Tomo meu caminho, pensando em amanhã...


LOBO



Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor, de acordo com a Lei 5988 de 1973





*Publicado por LOBO no site climaxcontoseroticos.com em 02/10/15.


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