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Lib Dancer: Surpresas Sempre Acontecem

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 23/03/15
  • Leituras: 4414
  • Autoria: LOBO
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O telefone direto toca. Esther atende, já prevendo: quando toca a essas horas, fim de perí­odo, alguma nova encrenca que seu diretor tramou vem por aí­.


Correu à sala dele. Voltou com um pacote de documentos e uma passagem de avião. Terá de ir a São Paulo, para uma longa reunião com o staff dos associados da empresa no novo projeto, além de uma correria em outros locais para buscar e retirar uma série de documentos.


Certamente vai retornar só muito tarde. Ester até adora viajar, mesmo uma correria a trabalho. Mas justamente naquela noite seu grupo de dança do ventre faria uma apresentação. Esther ansiava por isso. Cada vez mais, esses momentos em que se dedicava a essa sutil forma de elaborar sua sensualidade em música e dança se tornavam importantes para ela.


Chega em casa ansiosa para acessar aquela sua caixa postal secreta na internet. Mas o marido, justamente nesse dia resolveu retornar cedo.


Mais uma!... Já que iria para São Paulo, tinha pensado em aproveitar e tentar marcar algum encontro, por breve que fosse, com aquele seu amigo, muito especial, com quem já há alguns meses trocava e-mails cada vez mais í­ntimos.


Como Esther, ele também escrevia contos, eróticos. Trocavam e-mails, uma certa empatia, de atração e desejo estava se desenhando. Um encontro - que certamente terminaria muito í­ntimo - já teria acontecido. Mas a distância que os separava era uma barreira, fazendo-a aguardar por alguma chance que acontecesse.


Agora, Esther via essa oportunidade, que surgira de repente ir, tão rápido como veio, se esvaindo. Marido por perto, não teve privacidade para acessar sua caixa postal para tentar avisá-lo de sua ida. No dia seguinte embarcava logo cedo, iria com outras pessoas da empresa, não sobraria tempo ou espaço para uma parada nalgum cyber-café para tentar algo.


Todas as fantasias, muito apimentadas, que eles curtiam juntos, pareciam fadadas a permanecerem apenas virtuais.


Eles sempre, quando podiam, se falavam pelo canal de som do MSN. Nunca trocaram telefones. Por que? Ela agora se pergunta. Arrepende-se, mas agora, é tarde.


Que pena!...


O dia correu em São Paulo na forma de uma extenuante correria. Dia de paulista...


Fim da tarde, Esther pede para uma secretária marcar sua volta para o último vôo da noite. Resigna-se: definitivamente a sua apresentação de dança do ventre está descartada... Libera seus colegas para retornarem no vôo das 17:30, enquanto terá de ficar, para mais algumas pendências


Sai esbaforida: Tem de passar em outro prédio para retirar alguma papelada. Depois, precisa obter uma aprovação por escrito de um dos partners. Descobre que ele já saiu de seu escritório. Quando Esther o acha pelo celular, pede a ela que passe em sua residência.


Trânsito inesperadamente bom nas avenidas, foi tudo bem mais rápido do que imaginara. E muito importante: aquele diretor, além de assinar tudo, colocou em suas mãos alguns documentos, já digitalizados, com informações muito valiosas para sua equipe. Logo está de saí­da.


Feliz, Esther pensa que talvez possa rumar para o aeroporto e antecipar seu retorno. Quem sabe sua noite de dança não se perca.


Mas surge o inesperado...


Na saí­da do prédio há um homem que observa da porta do hall de entrada o que se passa na rua. Cai uma tempestade.


Ele fala ao celular. Diz que está sem carro e cancela um compromisso. Ouve-o brincar com seu interlocutor:


- Não há menor condição de sair com esse tempo, cara. Eu não sou um um peixe...


Ela ouve en passant. Está mais preocupada em voltar. Pensava em ganhar tempo, repassando dalgum cyber point do aeroporto imediatamente as informações que acabou de receber.


A chuva é torrencial. Na rua em declive, uma enxurrada desce. Um taxi nessa hora é impossí­vel.


Está desesperada para enviar informações. Seria muito bom para a seqí¼ência de seu projeto que a equipe, que sempre fica até bem tarde no escritório, as recebesse ainda hoje, ganhariam um bom tempo. Esther pergunta ao cavalheiro se há algum cyber-café por perto.


Ele sorri:


- Haver até há. Tem um logo ali - aponta a rua, que mal se vê na tempestade - 100 metros acima. Quero ver você subir a rua contra essa enxurrada. Sem falar da forma como você chegaria lá...


Sorri encabulada. Mas o cavalheiro intui sua urgência:


- Se precisa de um computador para algum envio rápido, pode usar o meu. De qualquer maneira, acabo de desistir de sair...


Esther nunca o viu. Mas pela forma como as pessoas em volta o tratam, pela sua postura, supõe que seja um homem de bem. Aceita a gentileza.


Sobe com ele ao seu apartamento, ele a leva a um estúdio onde há um computador, impressoras, e um scanner. Liga tudo, entra na net e sai da sala, deixando gentilmente que tenha privacidade.


Esther dá conta rápido do envio. Mas curiosa para saber se a chuva havia diminuí­do, abre a janela. Uma ventania toma o recinto fazendo voar os papéis que estavam numa prateleira sobre a bancada.


Fecha rapidamente a janela e se ajoelha para recolher a papelada que voou, algo envergonhada. Junta tudo, para recoloca-los no lugar de origem quando sua curiosidade fala mais alto e começa a ler.


São uma série de relatórios, pouco interessantes, mas no meio de tudo há um texto que parece ser outra coisa. Sempre a curiosidade...


Descobre surpresa que esse cara copiou da net um conto erótico daquele site que Esther costuma acessar em segredo. Um, aliás, que ela gostou muito, escrito - que coincidência! ... - justamente pelo seu amigo da net. Aquele que nessa viagem atribulada, embora quisesse muito, não teve tempo de encontrar.


Olhando melhor, vê que as folhas estão cheias de anotações manuscritas. São correções de texto, coisa que só um autor faz.


Um calafrio a percorre toda: será possí­vel que o destino a fez entrar no covil daquele autor que lhe despertava tanta umidade ao ler os contos no site e nas conversas cada vez mais quentes dos emails?


Arruma rapidamente os papéis onde supõe que estavam. Sai do estúdio, tentando dissimular a descoberta. Mais que isso: sem ter a menor certeza de como se comportar daí­ em diante.


Está só, no apartamento de um homem com quem, então no anonimato da net, conversou muito. Inclusive fazendo revelações totalmente explí­citas de suas fantasias.


Encontros assim parecem ser trama de bruxas alcoviteiras. Logo, se elas pensaram em Esther, pensaram também no cavalheiro.


Ironias do destino:


No seu último e rápido compromisso anterior, depois da reunião, Esther por uma pura ousadia, quase juvenil, declarou seu nome à funcionária da portaria dando o nickname que usa na net. Seus diretores até pediram para agir com sigilo em São Paulo. Mas obviamente não era necessário tanto. Foi apenas o pequeno prazer - teoricamente sem qualquer risco - de viver por instantes uma persona secreta, que acabou sendo impressa num crachá.


Mas agora, quando retorna à sala de seu anfitrião, o encontra com os olhos fixos e curiosos em sua bolsa. Ela havia esquecido aquele crachá preso à alça dela, com o mesmo nickname que usava na net: Lib Dancer...


Ele a encara nos olhos e diz que conhece uma homônima. Tudo até poderia parar por aqui, mas sua reação a trai. Ele pressente o que se passa...


- Será possí­vel que você é quem eu penso?


O tempo para uma negativa é perdido num soluço. Os olhos dele cravam-se no seu olhar. Esther só consegue balbuciar:


- Não acredito! É você??!!! ...


Ele nada diz. Aproxima-se, toma-a pela cintura e a encara, olhos nos olhos, com os lábios a centí­metros de sua boca. Claramente a experimenta para ver se reage, se tenta fugir. Esther não o faz.


Ao contrário. Concede abrindo a boca, cedendo ao beijo que ele rouba, colocando-a contra a parede. Sua coxa se posta entre as suas, fazendo a dela ficar entre as dele. Esther sente o volume que se forma.


Ele fala em sussurros ao seu ouvido:


- Lembro bem que me escreveu que queria viver aquilo que leu em meus contos. Pois bem: alguma bruxa alcoviteira te trouxe até minha toca...


Afasta-se para mirá-la bem nos olhos outra vez. Suas mãos saem da sua cintura, sobem pelo seu tórax, tomam seus seios que a blusa de seda emoldura. Sorri maliciosamente ao sentir os biquinhos eriçados...


- Esta é sua última chance de dizer NÃO. Vai dizê-lo?


Esther responde com silêncio. Silêncio de rendição.


Ele a toma pela mão. De forma carinhosa, mas firme. Beija-a novamente, desabotoando sua roupa. As peças uma a uma vão caindo pelo chão. Logo a deixa totalmente nua. Mas manda que mantenha os saltos altos.


Sai da sala e a deixa ali, inquieta e nua, sem saber o que faz. Pode ouvi-lo mexendo em gavetas, caixas. Ele volta com umas cordas de perlon na mão.


- Se soubesse que viria teria preparado melhor a cena. Ainda bem que sobraram estas do tempo que tinha a caminhonete. Vão servir...


Não explica nada. Faz Esther caminhar até uma pequena mesa de jantar. Tira tudo que há sobre ela e a põem de bruços sobre o tampo.


Amarra seus pés às pernas da mesa. Vai ao outro lado e faz laços em seus pulsos, puxando as cordas, que estendendo seus braços, são amarradas aos outros pés da mesa.


Assim, deixa-a totalmente imobilizada. Nua, e plenamente exposta.


Volta com uma almofada, coloca-a sobre seu queixo. Uma gentileza, Esther supõe, mas logo verá a razão disso.


Onde estará ele? Imobilizada, não pode vê-lo. Sente que ele a observa. Nos seus detalhes mais í­ntimos. Não vai ver mais nada: uma venda lhe é colocada nos olhos.


Agora ele está a sua frente. Sente algo ser passado no seu rosto, uma carne dura que deixa um rastro úmido na sua face. Entende agora o por quê da almofada. Ela a faz ficar com a cabeça em posição adequada para o fellatio in ore.


Ele a segura pelos cabelos e a faz abrir a boca. Introduz o membro rijo.


- Mostra pra mim, putinha. Prova que sabe chupar um pau...


Está tudo acontecendo! Tal como lera, tal como imaginara...


Esther sente-se como que incorporando uma persona secreta: a dama devassa dos seus devaneios mais secretos. Aqueles que havia revelado a ele nos emails trocados.


Chupa com avidez. Acariciando os seus cabelos, ele transforma sua boca numa vagina. Enfia e tira ao sabor de uma sucção que ela executa. Com todo esmero que uma devassa é capaz.


Ele então se afasta de novo. Passos, ela pressente que foi para o lado de traz.


- Belo teu corpo, querida. Mas precisa ser amaciado...


Uma palmada vigorosa vibrou na sua bunda. Antes que Esther diga qualquer coisa, mais outra, e outra... Sente sua carne ferver, sente a marca dos dedos dele impressa em vermelho na sua pele.


- Você sabe que é necessário, não é? Uma serva precisa sempre ser aquecida, até que se torne uma verdadeira puta a serviço de seu dono...


As palmadas continuam mais um pouco até que param. Esther ouve que ele puxa uma cadeira. Deve ter se sentado bem atrás dela. Sente um misto de vergonha e prazer, ao sentir que ele a examina mais, que vê que já lhe escorre uma seiva pelo perí­neo. Toda essa região arde em calor. Quando então toma um choque gelado.


Uma espátula é passada com um creme muito frio. Logo sabe: chantilly...


Ele a vai chupar com esse condimento.


É o que acontece: a lí­ngua dele penetra, brinca com os lábios vaginais, os lábios dele mordem seu clitóris. Ele não para. Ela sabe que ele espera por uma rendição absoluta.


Ela vem, saindo como se viesse de alguma arca de segredos recém aberta. Esther grita, sem se importar que os vizinhos ouçam:


- Me fode! Por favor... Enfia teu caralho todo na minha buceta!...


Ele atende... Num movimento só seu pau a penetra toda. Cada vez mais forte, cada vez mais fundo. Um crescendo de sensações, de furores. Assim dominada, penetrada, usada pelo seu Senhor, um calor toma seu corpo todo, fazendo Esther gemer de gozo.


Um outro tapa na bunda. Esse um pouco mais carinhoso.


- Delí­cia... - pode sentir que ele sorri.


Um tempo se passa. É deixada ali daquele jeito. Onde ele foi, onde está ele?


Um outro tapa. Ei-lo de volta. Com mais tapas que sua bunda já acostumada, recebe retribuindo com movimentos suaves.


- A primeira parte foi boa, putinha. O que mais tem para me oferecer?


Os tapas continuam. Esther sabe o que ele quer. Mas ele não quer apenas sodomizá-la. Quer que ela faça a oferta.


O turbilhão de sensações, fazendo ferver em desejo o corpo e mente de Esther a fazem novamente gritar:


- Meu SENHOR, sou toda tua. Me sodomiza. Fode meu cu!...


Ouve aquele sorriso de lobo ante a presa dominada. Sente dedos rodeando a sua entrada mais proibida. Sente passar algum gel.


Os dedos saem, e a aquela cabeça roxa que sua boca chupou exige passagem. Ele toma-a pela cintura e força sem pressa. Logo entra. Os movimentos de foda recomeçam. Sente aquele pau penetrando fundo. Ela se abre toda, já relaxou e aquela pequena dor inicial se foi, substituí­da por uma sensação de prazer muito especial. Uma eletricidade que vem dele a percorre toda.


Ele apóia seu corpo às suas costas e enfia tudo.


Seus gemidos tomam conta do ambiente. Até que sente um jorro quente dentro dela.


Não sabe quantas vezes já gozou...


Agora se sente tomada por uma sensação de prazer muito especial: sabe que deixou seu homem satisfeito...


Recebe um beijo carinhoso na face. Ele solta os laços que prendem os punhos e se afasta. Esther se deixa estar um pouco mais sobre o tampo da mesa, relaxando.


Então levanta-se. Desamarra seus pés perguntando-se porque ele não fez isso. Supõe que queria tempo para alguma coisa.


Finalmente se solta, tira a venda dos olhos, vira-se e vê seu SENHOR agora sentado numa poltrona. Está frente a ela, encarando-a como sempre. Veste um roupão de tecido acetinado, azul marinho. Segura uma taça de conhaque.


Ele a mira com expressão suave, na bonomia de um lobo bem saciado. Esther nota que ele se compraz ao ver pelas suas coxas os fluí­dos dele escorrerem junto com os dela.


Ele fala suavemente:


- Querida, outro dia por coincidência lembrei-me de você. Achei uns CDs especiais na FNAC, inclusive este...


Aperta o start do CD player. Uma percussão bem caracterí­stica se inicia. O som de violinos em uní­ssono com alaúdes toma o ambiente. Acordes musicais que Esther reconhece de imediato: estão nas suas veias, numa cadência que mexe com seu corpo todo.


- Meu amor, você me deu um enorme prazer ao usar teu corpo.


Sorve uma dose do conhaque e olha para ela, olhar de menino pedindo presente.


- Agora me encante, vai... Dance pra mim!...


LOBO


Texto Publicado. Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor. Lei 5988 de 1973










*Publicado por LOBO no site climaxcontoseroticos.com em 23/03/15.


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