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Desejo

  • Conto erótico de bdsm (+18)

  • Publicado em: 02/03/20
  • Leituras: 6616
  • Autoria: Sr_do_Calabouço
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Desejo

Autor: Senhor do Calabouço

Aos olhos do mundo era uma mulher de sucesso. Realizada.

Professora universitária de disciplina dominada por poucos, dava aula em faculdade particular, só no perí­odo da manhã.

O marido, dono de empresa, dava-lhe toda a atenção, cercando-a de presentes e gentilezas. Era o amor de sua vida e nenhum desentendimento sério ameaçava o relacionamento.

Mas...

Havia alguma coisa, dentro dela, que a fazia sentir-se ansiosa.

Tinha um pouco de medo em admitir a si mesma o que passava no fundo de seu pensamento.

Tempos atrás, bisbilhotando pela Internet, havia ido parar, só o destino sabe porque, em uma sala de chat de imagens SM. As fotos de mulheres apanhando, sendo tratadas como cadelas, humilhadas, amarradas, possuí­das aparentemente à força, desataram naquela mente tão segura de si um prazer inexplicável, absurdo, mas intenso, envolvente... Sequer chegou a teclar com alguém. Havia cuidadosamente escolhido um apelido neutro, desses que não despertam maior atenção em uma sala lotada...

Surpresa com sua reação, evitou emaranhar-se no assunto.

Nos dias que se seguiram, porém, a curiosidade voltou. Buscando algum conhecimento sobre o tema andou por algumas páginas da Internet dedicadas a BDSM.

Mas nisso ficou. Nem lhe passava pela cabeça qualquer outro envolvimento.

.......


Meio dia de uma terça-feira. Chegou ao edifí­cio, como era de rotina.

Na recepção apanhou em seu escaninho a correspondência ali deixada pelo porteiro. No apartamento, examinou: o jornal que assinava, impressos de propaganda, uma conta de telefone, e.......... O que será isto?

Por engano o desastrado porteiro havia deixado na caixinha dela uma revista cujo destinatário era o vizinho do 501. O apartamento dela era o 502. Condomí­nio de luxo, dois apartamentos por andar.

Viu o tí­tulo: Sadism & Masochism. Publicação em inglês. Capa muito discreta, sem foto relativa ao tema, como exigido pelas autoridades americanas.

A curiosidade foi mais forte. Abriu, olhou. Leu os artigos e reportagens em inglês, idioma que conhecia precariamente. Planejou colocar a revista no escaninho correto, naquele mesmo dia ou na manhã seguinte. Certamente o vizinho não daria pela falta, antes de receber. Ficou imaginando se o sujeito seria praticante de SM. Uma pessoa normal. Nas reuniões de condomí­nio sempre objetivo e prático. Já fora sí­ndico, na gestão anterior. Gostava de futebol, cerveja, churrasco, um joguinho de baralho. Vivia só.

É verdade que tinha um olhar penetrante, forte, dominador. Tinha presença.

Por vezes ela havia baixado o olhar ao cumprimentá-lo, no corredor ou na garagem. Sentia uma certa atitude autoritária nele, apesar de todo o cavalheirismo. Jamais ele a havia tratado com desatenção, no entanto sentia-se embaraçada diante dele.

A tarde foi consumida na leitura. As horas voaram. Precisou esconder a revista do marido, quando ele chegou. Não viu como pudesse explicar aquilo ali.

No dia seguinte, ao sair pela manhã, simplesmente esqueceu do que deveria fazer em relação à revista. Só se lembrou quando já estava na sala de aula.

.......

Meio dia da quarta-feira. Ao voltar, nem passou pela caixa de correspondência, tal a sua preocupação em providenciar a devolução discreta. Apanhou a revista de onde a havia escondido, repôs na embalagem postal e foi... Coincidências acontecem na vida. Boas e ruins. O elevador estava subindo. E parou em seu andar. De dentro dele saiu o proprietário da revista.

A primeira reação foi esconder o que estava levando...

Mas em seguida toda sua armação desmoronou.

- Boa tarde, tudo bem? O "seu" Geraldo, da portaria, disse que ontem, por engano, deixou um impresso meu em sua caixinha. Explicou que pegou tudo junto o que era do quinto andar, mas esqueceu-se disso na hora de distribuir. Depois voltou lá, mas a senhora já havia retirado. Poderia, por favor, dar uma olhada se está com sua correspondência de ontem?

Gelou. Sentiu-se uma adolescente apanhada em mentira indesculpável. Que fazer agora? Pensou rápido numa saí­da.

Mas, nesse momento, olhou para os olhos dele. Um olhar amistoso, mas penetrante, abrangente, dominador. Entendeu que, para ele, não conseguiria mentir...

- Está aqui, comigo. Ia colocar agora em sua caixa. Desculpe, não pude conter a curiosidade e dei uma olhada.

- Nenhum problema. Aliás, se quiser terminar alguma leitura que tenha iniciado, pode me devolver depois.

Ruborizou-se, envergonhada. Como é que ele podia referir-se assim tão naturalmente a um tema assim..."melindroso"?

- Não, obrigado. Sei que já abusei, tirando a revista da embalagem sem sua licença. Peço que me perdoe e que não comente este fato com meu marido. Ele poderia não ver nisto um comportamento adequado.

- Os praticantes de sado-masoquismo nem sempre são vistos com naturalidade pelas outras pessoas. Chegam a ser estigmatizados por boa parte da sociedade. Na verdade é uma prática que começa a ser aceita, lentamente. Tenho números anteriores desta revista. Gostaria de dar uma olhada? Fique tranqí¼ila em relação à minha discrição. Confia em mim?

- Sim, balbuciou assustada. Gostaria de saber um pouco mais.

Ela própria não podia acreditar que tivesse pronunciado aquilo. E seria ridí­culo tentar modificar o que já fora dito.

O vizinho, de maneira educada, abriu a porta e deu-lhe passagem.

Como um autômato entrou naquele apartamento que apenas visualizara rapidamente algumas vezes antes, do hall de elevadores do andar. Pareceu-lhe um tanto descuidado...

De uma estante abarrotada de livros o homem retirou algumas revistas com o mesmo tí­tulo da que havia lido. Exemplares anteriores.

Constrangida, examinou alguns e separou três.

- Não pretendo tomar-lhe mais tempo. Se me emprestar estes três prometo devolver amanhã.

- Na minha opinião é pouco tempo para ler tudo. Mas venha amanhã. Se tiver alguma dúvida e eu souber esclarecer, terei o maior prazer em ajudar.

Nervosa, despediu-se apressadamente e foi para casa.

A tarde foi pequena para ler e olhar tudo. Antes de chegar o marido, as três revistas foram para o mesmo esconderijo usado no dia anterior.

.....

Meio-dia da quinta feira. Tocou a campainha do 501, mas ele ainda não havia chegado.

Ansiedade. Constrangimento. Desconforto. Desceu à garagem e ficou arrumando coisas no carro. Dali veria a chegada dele, sem mostrar-se ridí­cula.

Conforme adentrava o assunto, as dúvidas iam aparecendo.

Siglas, referências a práticas não descritas, acessórios esquisitos, limites, safewords, regras, posições... Era muita coisa de uma vez só.

Chegou o carro dele e estacionou na vaga ao lado.

Cumprimentou-o procurando fazer-se natural e disse que dali a alguns minutos iria devolver-lhe as revistas.

- Tudo bem. Estarei lá.

Foi. Entregou-as. Queria voltar rapidamente, já não conseguia esconder a vergonha pelo que havia feito.

- De tudo o que leu e viu, ficou alguma dúvida?

- É claro! Acho que comecei o assunto pelo meio, sem estudar os fundamentos. Poderia me indicar algum livro ou um "site" na Internet onde eu possa começar desde o princí­pio? De preferência em português?

- Será um prazer! Entre. Vou lhe dar por escrito.

Entrou, novamente. Começou a familiarizar-se com o apartamento. Sentou-se no sofá. Ele lhe entregou um papel com a lista de alguns "sites" em português. E nomes de alguns livros.

Segurou o papel e, por nervosismo, apertou-o amassando, o que não passou despercebido ao olhar objetivo dele.

- Vi nas revistas uma quantidade enorme de diferentes tipos de chicotes. Para que tantos e tão diferentes, se todos servem para a mesma coisa?

Pela primeira vez ele sorriu.

- Cada um tem uma finalidade diferente. Vou lhe apresentar alguns.

Dizendo isso, ele foi ao quarto e voltou depressa demais, com três chicotes na mão. Um de tiras, outro com uma placa de couro na ponta e um muito longo, com uns dois metros de comprimento.

Enquanto ele dizia os nomes e para que servia cada um, ela ficou imaginando onde ficariam guardados, dada a rapidez com que ele entrara e saí­ra do quarto.

- Puxa, e você tem aqui tudo de BDSM? O que mais tem, além destes chicotes?

Outro sorriso dele:

- Assim como eu lhe prometi ontem ser discreto com a sua curiosidade, se me prometer não contar aos vizinhos, ao zelador, ao sí­ndico e aos seus amigos, eu lhe conto, disse, acrescentando uma piscada de cumplicidade. Mesmo falando em tom de brincadeira ele a deixava ao mesmo tempo constrangida e obcecada.

- Sim, eu prometo! Suas palavras assumiram um tom solene. Como se fossem um juramento proferido num tribunal ou numa colação de grau.

- Venha ver, então. Ele levantou-se e por gestos, convidou-a a ir até o quarto.

Levou um susto ao olhar o interior do quarto. Não era um quarto de dormir. Não pertencia àquele apartamento. Era um outro mundo. Só nas revistas havia visto algo parecido.

Era uma masmorra. Ou "dungeon" como tinha lido.

Ficou hipnotizada. Entrou, sem pensar em conveniências, protocolos, decência...

O leito de casal dominava o ambiente. A um lado, cavaletes de madeira, bancos altos, banquetas de couro, outros móveis de que não adivinhava a destinação. Cordas amontoadas numa mesinha. Um grande painel na parede, com uma dezena de chicotes, algo que lhe pareceram bengalas, raquetes de tênis de mesa (o que estariam fazendo aqui?) ratoeiras de mola e um tanto mais de coisas que nunca vira ou de que ouvira falar. Olhou o teto. Alguns ganchos pendiam dele. A um canto, uma pequena jaula onde poderia ser preso um cachorro de grande porte. As cortinas eram de um vermelho escuro quase preto e muito pouca claridade deixavam entrar.

Estava fascinada. Teve a certeza de que nesse momento sua vida começava a entrar em uma nova etapa.


A CANGA

Reconheceu uma peça que havia visto sendo usada nas fotos da revista.

Uma "canga" em que a submissa fica presa pela cabeça e mãos, depois que a parte superior, girando sobre dobradiça, fecha-se sobre a inferior e é trancado um ferrolho.

Estava aberta, como que esperando-a.

Como um autômato dirigiu-se à canga, ajoelhou-se e colocou o pescoço e os punhos nas cavidades correspondentes. Manteve-se assim, quieta, por um longo tempo.

O Mestre, em silêncio, entendendo o gesto, baixou a parte superior, prendendo a cabeça e as mãos da visitante. E cerrou o ferrolho.

Nenhum dos dois dizia nada. Situação um pouco embaraçosa...

Afinal, tentando aparentar um pouco de tranqí¼ilidade, ela disse:

- E, depois de sujeitar assim a submissa, o que faz com ela?

- Rssss. Acontece que geralmente ao prendê-la neste aparelho, ela está nua. E se estiver assim vestida como você eu retiro-lhe a calça, a calcinha e deixo as nádegas expostas para serem chicoteadas.

- Eu tenho muita curiosidade de saber como é isso....

Sem responder ao que ela havia dito, o Mestre, atendendo ao desejo apresentado, abriu-lhe o zí­per lateral da calça, retirando-a em seguida. Depois foi a vez da calcinha, só abaixada até os joelhos. Apareceu uma esplêndida bunda, arredondada, firme, excitante.

Tomando o chicote de tiras, começou a fustigar fracamente as nádegas. De leve. Aumentando lentamente a força após cada chicotada. A bunda começou a mostrar um leve tom cor de rosa.

- Agora abra mais as pernas.... Isso, permaneça assim.

Aos olhos do Mestre apareceu a mais linda buceta que já havia visto. Pequena e gorduchinha. Tentadora.

As chicotadas foram se tornando mais fortes. De vez em quando interrompia e acariciava as nádegas com as pontas dos dedos, arrancando dela alguns gemidos que denunciavam a excitação de que estava possuí­da. Agora já não havia qualquer pudor. Os dois se entregavam ao spanking com um prazer intenso. Já era visí­vel o lí­quido lubrificante que escorria pernas abaixo a partir de sua buceta, impossibilitada que estava de limpar-se. Nos intervalos das chicotadas as pontas dos dedos dele, após acariciar as nádegas já chegavam até a buceta e mergulhavam entre os lábios vaginais, constatando a lagoa que estava ali. Ela estava transtornada, maluca...

- Eu não vou agí¼entar mais... Estou quase gozando... Disse, sem qualquer resquí­cio de vergonha.

Então ele parou de bater. Também parou de acariciar.

- E depois, o que vem? Ela estava ansiosa, nervosa, inteiramente dominada pelo tesão.

- Ao chegar a este ponto eu decido o que fazer. Posso soltar a submissa para iniciar outra prática. Posso provocar o orgasmo nela, com minhas mãos. Posso aplicar um consolo ou vibrador, com a mesma finalidade. Posso possuí­-la em penetração vaginal ou anal. Depende do meu humor no momento.

- E hoje, o que decide fazer?

Ela mesma, apesar de seu pouco conhecimento sobre BDSM, já sabia que seu comportamento não era adequado a uma submissa. Estava simplesmente provocando o Mestre. Mas a resposta que recebeu não foi a que esperava.

- Veja bem, o que estamos fazendo vai contra muitas regras do BDSM. Você não é minha submissa e sim uma ilustre visitante a quem estou mostrando o meu calabouço e dando um exemplo de como funciona.

Sentiu-se no ar o desapontamento... A frustração...

- Na verdade eu estou muito excitado e, se você fosse minha submissa eu iria te possuir agora. Mas... Há uma alternativa... Quer fazer-se minha submissa? De verdade, para valer?

Era o que ela mais queria. Agora tinha a certeza.

- Sim, eu quero, respondeu com determinação.

- Muito bem, dadas as circunstâncias, vamos dispensar a cerimônia de colocação da coleira. Fazemos isso depois, assim como o estabelecimento dos limites e da safeword.

Retomou a aplicação das chicotadas, agora não mais suavemente. A bunda já se mostrava bem vermelha.

As pernas da nova cadela abriram-se um pouco mais e a bunda empinou-se. Estava completamente no ponto.

O Mestre iniciou então a lubrificação do cuzinho dela com um gel. Passou o gel nas preguinhas, com cuidado e, em seguida, penetrou o rabinho apertado com o dedo, o que arrancou um grito abafado da cachorrinha. Massageou demoradamente a entrada do cuzinho com o dedo. Depois, retirou-o, passou mais gel e introduziu, dessa vez, dois dedos.

A cadela, de quatro e com o pescoço e os punhos presos na canga, só gemia, inteiramente dominada pelo tesão. Rebolava a bunda ao ser massageada no cu. Delirava de prazer. O melado escorria-lhe descontroladamente pelas pernas.

Despindo-se, ele se colocou de joelhos por trás dela. Colocou um preservativo e aplicou a cabeça do pau naquele cuzinho apertado.

- Por favor, ponha devagar. Faz muito tempo que não faço anal...

A cabeça começou a pressionar. As pregas foram cedendo aos poucos e o pau foi tomando posse do cuzinho indefeso. Entrou, o que fez a submissa soltar um grito. Palmadas fortes nas nádegas disciplinaram a safada que havia gritado sem autorização. E o cacete foi penetrando. As pregas, inteiramente esticadas, acolhiam o pau guloso e conquistador. O cuzinho foi inteiramente fodido.

O pau bombeava sem parar, para frente e para trás, vai e vem, comendo sem nenhuma pressa o cuzinho arregaçado. Com as mãos ele a segurava pela cintura fina. Depois, passando o braço mais por baixo, começou a massagear o clitóris, totalmente molhado e cheio de tesão. A vadia começou a ter orgasmos múltiplos. Eram incontáveis. E descontrolados.

O mestre, fodendo forte, agora, deixou escapar um gemido grave e teve uma ejaculação forte, demorada.

Soltou o ferrolho da canga e levantou a parte superior.

Apesar de serem acolchoados os orifí­cios receptores do pescoço e dos punhos, eram visí­veis as marcas deixadas pela canga, devido aos movimentos feitos pela própria visitante, agora já feita cadelinha.

Ele a beijou pela primeira vez, na boca. Acariciou-a. Tirou-lhe a blusa e o sutiã, deixando-a agora toda nua.

Colocou a coleira, que ficou linda em seu pescoço, com o nome do Dono.

Perguntou-lhe se ela seria uma putinha obediente.

Respondeu que sim.

Tinha as tardes livres para servir ao Dono.

Estava feliz.


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*Publicado por Sr_do_Calabouço no site climaxcontoseroticos.com em 02/03/20.


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