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A Pombagira me Salvou!

  • Conto erótico de história real (+18)

  • Publicado em: 13/11/20
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  • Autoria: Betão
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Uma Pombagira me Salvou, e esse fato foi ocorrido no ano de 1998, lá pras bandas de Ipameri - GO. Faltavam poucos meses para eu completar 30 anos. Eu já estava envolvido com os rodeios, mas entre uma festa e outra, com espaço de 15/20 dias entre as viagens, eu prestava serviço ao meu velho amigo. O Fazendeiro que carinhosamente chamo de Véio em algumas das minhas histórias.


Esse fazendeiro foi mais que um amigo que tive. Depois que meus pais faleceram, ele teve um papel fundamental no direcionamento que dei em minha vida.


A contra gosto do Véio comecei a viajar acompanhando os rodeios. Ele queria que eu ficasse com ele, ajudando nos negócios, pois ele tinha filhos, mas só queriam gastar a grana dele, e eu queria viajar, conhecer o Brasil.


Desde pequeno havia viajado por muitos lugares com meu pai e avô. Em uma época, meu pai chegou a ter 3 comitivas. Naquele tempo ainda se ganhava um bom dinheiro com esse tipo de empreita, e mesmo tendo fazenda, meu pai trabalhava pra outras pessoas.


Para os que não sabem, em uma viagem longa, de muitos KM's, o gado sofre menos sendo conduzido em marchas, do que embarcado em caminhão. O gado chega a perder 2 @ (duas arrobas = 30 kg) ou mais em um transporte de caminhão. Isso no caso de boi criado à pasto. Os touros de rodeio estão acostumados à essa rotina, e são as verdadeiras estrelas da festa.


Meus antepassados sempre lidaram com tropas e boiadas, e meu pai, quando pegava uma empreita pra transportar uma boiada, entregava a boiada gorda na porteira, pois ia pastoreando o gado, deixava o gado comer, limpava os corredores das boiadeiras (as antigas estradas de terra) a passo lento, sem pressa, andando no máximo 18 km por dia.


Por aí­ vocês façam as contas o quanto agente demorava no trecho para cortar 300 ou mais km's...!


Aprendi o ofí­cio de ponteiro na comitiva, e quando se assume esse ofí­cio, você precisa aprender todos os toques.


A saí­da da boiada, o baixão estradeiro, quando a boiada está na rotina, a rebatida ou toque de perigo, o almoço/bóia, o recolhimento do fim do dia ou pouso da comitiva e o floreio, que é quando você cantarolaalguma canção com acordes do berrante, fazendo graça quando entra ou sai de alguma cidade, currutela ou patrimoniozinho(vilarejos). Ia na frente com o berrante, chamando e acalmando a boiada, alertando os companheiros que vinham logo atrás sobre algum perigo como uma cerca quebrada, carro ou caminhão, carroceiro, crianças ou mulheres, lavrador na beira da boiadeira, ponte caí­da, porteira baixa, encruzilhadas... E quando aparecia alguma dessas situações, eu repicava o berrante em um toque parecido ao de uma corneta. Aquilo ecoava sertão afora e me enchia de orgulho dizer que éra ponteiro de comitiva.


Bao... Vamos ao que aconteceu.


O Véio queria comprar uma vacada solteira de um amigo de um conhecido dele, e esse gado estava lá no Goiás, na região de Ipameri. Naquela época só tinha um jeito de olhar o gado, indo até ele.

Ahh tivesse o tal de zap!!!!!


Um dia antes da viagem pro Goiás, o Véio pediu para levar ele até uma benzedor. Disse que não estava bem, que andava perdendo sono e tendo pesadelos. Eu sempre fui meio sismado com esse tipo de coisa. Quando passava na frente de algum cemitério ou encruzilhada e encontrava algum despacho, entrega ou seja lá como aquilo se chama, eu me benzia em cruz. Ficava veiaco , sismando com aquelas coisas colocadas em uns tipos de vaso de barro parecendo bacia.


Bem, eu nunca negava fogo, e estava sempre a disposição do Véio pra qualquer parada.


Coloquei o Véio na caminhonete e fomos até o tal lugar que benzia o povo.


Entramos na cidade, e pegamos pro rumo de uma vilinha. Uns casebre bem simples, a rua éra de terra. Paramos no endereço que haviam passado pro Véio. A casa éra esquisita. A frente éra fechada com umas placas de madeira, o que impossibilitava de se espiar pra dentro.


Por cima das colunas do portão tinham umas palhas amarradas, uns vasos estranhos e umas plantas. Duas carrancas de madeira de metro e meio nos dois lados. Chegamos perto do portão e o Véio perguntou:


-- quer me acompanhar ou tá com medo?


-- ah véio, já vi cada coisa, não vai se umas macumba que vai me assombra!


Bati palmas e logo saiu um homem de dentro que veio abrir o portão. Ele usava uns panos amarrados na cabeça, colar feito de semente. Sei que éra mais enfeitado que charrete de cigano.


Nos convidou a entrar. O Véio foi primeiro e eu no rastro.


Ali naquele coberto, que éra um tipo de garagem, tinha um bocado desses vasos, e uma catinga de incenso que sufocava.


Fechou o portão e nesse momento, o cowboy aqui, todo valentão deu uma piscada na tóba. Juro, fiquei sismado heim gente.


O tal feiticeiro pediu para acompanhar ele pelo corredor na lateral da casa.


Rompemos aquele lugar que mais parecia um cativeiro de bandido, e chegamos nos fundos da casa. Entramos em um quartinho, e ali que o trem ficou feio de vez.


Tinha um monte de imagem, vela de tudo que éra cor , um cheiro forte da peste.


O homem pediu pra gente tirar as botas pra entrar...


Aí­ eu já sismei.


O Véio tirou a bota e pediu para eu fazer igual. Fiz, mais fiquei de meia. O velho então sentou em uma cadeira para receber o tal passe e tirar as coisa ruim do corpo dele.


O homem tomou umas lapada de uma bebida estranha, cheiro forte, tipo pinga. Deu umas cuspidas em torno do Véio e quando chegou perto eu recuei.


Ele me olhou estranho, e voltou pro Véio.


Pegou umas ervas e umas velas e começou a falar umas coisas que não entendi o que éra. E começou tremer , balançar e partiu pra cima do Véio.


Eu já tava pra meter o pé e vaza dali.


O homem, ou sei lá o que, começou falar com o Véio e perguntar as coisas pra ele...


O que tava acontecendo, o que sentia, e foi perguntando...


Ahhh eu não aguentei e disse:


--- oh Véio, fosse pra fazê isso nois fazia em casa. O homem não adivinha e sabe das coisa? Nunca vi isso...


A pessoa virou pra mim com os olhos virados e me mandou calar a boca, e disse que eu nem deveria estar ali...


Eu muito bocudo respondi pra aquela coisa:


--- tô aqui pra não deixá o Véio sê engambelado... Seu embrulhão...


Rapaz, o homem ficou bravo comigo.


Resmungou e veio pro meu lado querendo me pegar. Parou na minha frente e estatelando os olhos falou:


-- sai daqui, leva esses homem embora, saaaai daqui..


O Véio se levantou e perguntou o que tava acontecendo.


O coiso falou que éra pra eu e mais não sei quem sair dali. Mas que precisava terminar o trabalho no Véio.


O Véio pediu pra eu ter paciência e esperar lá na rua.


Sai de fasto, sismado, calcei as botas e fui pra frente da casa.


O portão estava apenas encostado. Empurrei e sai pra rua. Fiquei fumando do lado da caminhonete. Ainda escutei o tal homem dando uns gritos. Demorou uns 20 minutos pra terminar a sessão.


Quando ouvi o Véio e o tal catimbozeiro conversando enquanto saiam da casa.


Pararam do lado de dentro e ouvi o homem dizer pro Véio.


--- o senhor me de mais um pouco de dinheiro pra comprar as coisas pra desfazer o trabalho... E foi falando.


Dei um tapa no portão e gritei pro Véio sair.


Quando abriram o portão, o homem falou para o Véio nunca mais voltar ali comigo. Que eu atrapalhava os trabalhos dos guias dele.


Ainda em tom de deboche falei que guia era o Dell Rey da Ford. (Os mais velhos vão entender). Kkkkkk


O homem me encarou e falou bem assim:


-- você não acredita, não é mesmo? Tome cuidado onde você vai. É um conselho que dou a você de graça.


Mandei ele enfiar o conselho vocês já imaginam onde...


Já de saco cheio, falei pro Veio montar na caminhonete .


Ele meio temeroso, ainda pegou uma boa quantia de dinheiro e deixou com aquele homem estranho.


Saí­mos daquele lugar, e longe dali o Véio falou bravo comigo.


-- pra que falar daquele jeito com o homem, ele só tava fazendo um trabalho pra me ajudar a dormir.


Ai zuei o Véio dizendo que com metade daquele dinheiro, eu pegava ele no colo e colocava na cama cantando e ninando...


Como de costume, me mandou a puta que pariu e me mandou sentar o pé no acelerador.


Quase chegando na fazenda ele me advertiu para não brincar com as coisas do além.


Eu dei de ombro e nem me importei. Aquilo não me assustava.


Mas uma coisa eu confesso hoje, aquilo me impressionou bastante. Nunca tinha entrado em um lugar daquele.


Aquela noite o Véio foi deitar mais cedo, disse que estava se sentindo bem, e iria aproveitar o sono que se achegava.


Também fui pro meu quarto no alojamento e depois de um banho, fui me deitar.


Quando bateu 4: 00 hs eu acordei. Levantei, arrumei a cama e fui fazer a barba.


Tudo pronto, fui filar um café no rancho. O Véio já estava acordado. Fizemos uma reunião rápida, combinamos o preço que eu iria ofertar pela vacada. Afinal aquela região éra meio fraca de pasto, o gado tava magro e por isso tentaria pagar um preço um pouco abaixo do que corria na época entre os negociantes.


Em outras épocas o Véio iria comigo, mas ele já dava sinais de cansaço. Eram os janeiros cobrando o preço do meu velho amigo e patrão.


Regulava 6: 00 hs quando sai da fazenda.


A viagem foi tranquila até certo ponto. Antes de atravessar o Rio Grande que faz a divisa de São Paulo e Minas Gerais, pra frente de Turmalina, parei em um posto pra abastecer e tomar um café.


Lavei o rosto no banheiro, dei uma mijada boa e fui pegar cigarros e uns Hall's cereja. Era de lei essa rotina no trecho .


Paguei o diesel e fui saindo pela estrada. Quando estava atravessando a ponte do Rio Grande senti uma coisa estranha. Um desconforto nas costas. Parecia que estava com formigas andando nas costas.


Atravessei e toquei viagem. Passei por Iturama, sempre gostei daquela cidade, e tive que parar outra vez.


Desci da caminhonete e fiquei na beira do acostamento. Uma sensação ruim, aperto no peito, coceira... Não tinha lugar bom no mundo. Mas ainda assim eu éra e ainda sou tinhoso, cabeça dura, resolvi seguir viagem.


Sei que não foi fácil. Pra eu chegar em Catalão deu o que fazer. Demorei mais que o costume.


Parei para descansar naquela cidade. Achei uma pousadinha e fui me deitar.


Deitei e nem tomei banho. Apaguei na cama. Acordei já ia alta a madrugada. Tive uns sonhos estranhos. Via o tal feiticeiro tentando me apertar o pescoço e junto dele umas mulheres feias, desfiguradas e cobertas de sangue. E nessa hora apareceu no sonho um homem vestido com as mesmas roupas que agente usava na fazenda me ajudando. Ele tinha em uma das mãos um laço, no outro um chicote. Também ouvia uma algazarra de peão tocando boi na estrada. Aqueles estalos de arreadores ( chicote medindo uns 4/5 metros, comargolas) que pareciam um tiro.


Beeeeem no fundo ouvia um berrante manhoso de fim de marcha.


Me via em um lugar escuro, sujo, e tinha um cheiro horrí­vel o lugar onde estive no sonho/pesadelo. E eu caí­a e levantava, e esse peão me acodia dos ataques daquele lazarento dando nele com a piola.


Aquilo éra tudo doido demais pra mim. Fui tomar uma ducha gelada.


Demorei quase uma hora debaixo d'água.


Quando terminei estava melhor. As dores do corpo haviam passado. Minha cabeça não doí­a mais. Então concluí­ que o homem que benzeu o Véio, tinha feito alguma coisa ruim pra mim.


Tomei um café magro e paguei o quarto.


Peguei a estrada e fui pro meu destino.


Cheguei na vila, liguei pra fazenda avisando que estava na cidade.


Quis saber como o Véio passou a noite, e ele disse que não foi boa. Teve uns sonhos estranhos com o tal rezador, e me deu razão em ter sismado com o sujeito .


Nem contei nada do que passei, pois o Véio éra encucado com aquelas coisas.


Desliguei e fui encontrar o dono da vacada.


Cheguei na fazenda por volta das 10: 30 da manhã. Os cavalos estavam arreados, montamos e fomos correr a invernada.


A vacada estava fraca, e algumas aparentavam falta de mineral.


O fazendeiro queria vender tudo. Eram 800 cabeças. Estiquei e puxei, e combinamos um bom preço pros dois lados.


Ainda combinei em deixar o gado por mais duas semanas na fazenda. Pois eu tinha que arrumar um pouco a vacada. Do contrário não aguentariam o transporte de caminhão.


Essa vacada ia pro Mato Grosso do Sul em uma outra fazenda do Véio.


Voltei na cidade com o fazendeiro, fomos no banco e de lá ligamos pro Véio, que estava com o guarda livros( contador) pra fazer a ordem de pagamento da compra.


Ainda mandou mais uma grana extra pra comprar vermifugo, vitaminas, complexo ferroso , farelo de milho, soja e arroz, sal branco e mineral.


Eu fazia uma mistura pra ajudar o gado a melhorar a condição da carcaça e aguentar a viagem de caminhão.


O fazendeiro goiano éra gente boa demais, me convidou a ficar na fazenda, pois tinha lugar no alojamento dos vaqueiros. Topei, afinal de contas, não perderia tempo na estrada todos os dias.


Chegamos na sede da fazenda e fomos almoçar, e durante a refeição ele foi me contando que conhecia meu patrão por nome, e que outro amigo dele indicou vender a ele a vacada... Também relatou que andou apurado com algumas dificuldades de ordem financeira.


Mas que agora a casa estava em ordem, e depois que levasse a vacada, iria reformar os pastos e melhorar as cercas...


Sei que a prosa rendeu até a boca da noite.


Tomei um banho no alojamento e voltei pra jantar com o Fazendeiro.


Regulava umas 19;30 quando terminamos de jantar, e o goiano vivia com sua esposa e um casal de filhos na fazenda. A menina devia ter uns 20 anos, e o rapazinho uns 15.

O menino se apegou a mim, e era curioso e gostava de me perguntar sobre os rodeios, a vida na estrada tocando boiada... Sei que éra curioso até o molecote.

Saí­mos da mesa e fomos fumar na varanda, o goiano tinha um fumo bom... Picamos uns nacos e fomos enrolar na paia pra pitá.


E a conversa foi pra um lado que nunca eu esperava.


O goiano me relatou que os problemas que teve foi por causa de um "trabaio feito" pra matar a filha dele. A mocinha tinha lá uma beleza discreta, porém, muito cabisbaixa e tí­mida.


Disse o goiano que a filha dele estava para se casar com um rapaz da região, filho de um amigo de longa data. Tudo estava certo para acontecer em maio do ano anterior. Mas faltando 21 dias pro casório, a mocinha caiu de cama doente. Do nada ela perdeu apetite, teve febre e não dormia, e quando coxilava acordava aos gritos dizendo estar sendo perseguida pelo diabo.


Eu só escutei, pois éra muita coincidência pro meu gosto.


Seguiu dizendo que uma velha tia avó, sabendo do ocorrido, sugeriu procurar uma benzedeira, que aquilo éra coisa feita pra menina não se casar.


Disse que levaram a mocinha a um lugar afastado onde umas mulheres fizeram umas coisas que ajudaram a menina. E disseram que ela não deveria se casar com o tal rapaz, e que o tal rapaz ia se casar com uma outra. Outra essa que mandou fazer uma magia negra das brava pra separar os dois e matar sua filha.


Ainda comentei com o goiano:


-- é... Tem gente ruim nesse mundo!


O goiano tirou uma baforada do cigarrão de palha, uma cusparada, fez o sinal da cruz e prosseguiu.


-- Pois é peão, sei que a fia sarou, o noivo dela nem aqui apareceu pra se explicar, e foi embora pra Goiânia. Lá se casou com uma prima e por lá estão.


E cuspiu outra vez maldizendo aquele casal.


-- A menina ficou boa, mas a criação que pagou, perdi mais da metade do gado. Esta vacada que vendi pro seu patrão, foi o que restou. As mulher das reza me disse que não morreria mais nenhuma rez, e que tudo ia melhorar.

To confiante!!!


Cocei a cabeça, fiquei quieto e só observei.


Para finalizar, o goiano disse :


-- mas ocê peão, acredita nessas coisas? Eu não acreditava até acontecer aqui em casa.


-- olha companheiro, não acredio nem desacredito, apenas sigo a vida e não penso nessas coisas.


Mas lá no fundo eu tava éra sismado!


Terminamos de pitar, matamos o café das canecas e fomos nos deitar.


O filho do goiano chegou na varanda um pouco antes de eu sair, e pediu pro seu pai se poderia dormir no alojamento, pois queria prosear um pouco mais comigo.


O goiano coçou a barba e me perguntou. :


-- o menino não vai atrapaiá ocê peão? Isso fala iguar papagaio se deixar.


Respondi que não haveria problema, pois já fui novo e gostava de conversar com os mais velhos pra aprender as coisas.


O velho então concordou!


O menino agradeceu o pai, pediu a bênção e me olhou alegre dizendo :


-- o peão, me conta como é no pantanal, você já viu onça, sucuri engole gente, e as piranhas... E os jagunços...


E fomos pro alojamento.


Era grande o lugar, e o menino me falou que o pai chegou ter 15 peões trabalhando ali, mas que depois de tudo, só restou um velho peão que morava lá desde a época do seu avô, e esse velho morava em uma cabaninha retirada uma légua da entrada da fazenda.


Arrumei a cama, me troquei e fui fumar sentado na porta do alojamento.


O menino não parava de perguntar, parecia uma vitrola kkkkkkk


Mas fui paciente e respondi tudo quanto ele me perguntava.


O sono bateu e falei pra ele se deitar, pois no outro dia eu teria muito trabalho pra remediar a vacada que eu havia deixado presa na remanga do curral.


O menino se pronticou em me ajudar.


Agradeci o garoto, apaguei a luz e deitei.


Não demorou muito, ouvi o menino roncando. Eu demorei pegar no sono, pois só pensava no pesadelo da noite anterior e na história com a filha do goiano.


Demorou, mas enfim que peguei no sono, e outra vez tive um pesadelo com o maldito feiticeiro.


Desta vez ele não estava com aquelas mulheres horrí­veis, haviam sombras negras com ele que tentavam me jogar no chão, e mais uma vez apareceram aqueles peões. Só que daquela vez, tinha um com uma capa azul escuro , um chapéu tipo Carandá pantaneiro, éra alto, forte, cara de poucos amigos, e ele falava coisas que eu desconhecia. Em um momento eu fui pego por uma das sombras e a coisa me sufocava e tentava rasgar meu peito com garras. Foi uma coisa doida, e até hoje me arrepio quando lembro daquilo.

O peão da capa azul deu um salto e montou na sombra, e no movimento que fez, cravou as esporas naquela coisa. Suas esporas brilhavam feito estrelas e emanavam uma luz azulada, e logo a seguir lembro que deu um estouro, e no momento seguinte me vi caindo no meio do nada. Aí­ gritei, e nisso que gritei, acordei assustado e sentindo o corpo banhado em suor.


Me virei e vi o memino com os olhos arregalados me encarando assustado me dizendo:


-- o senhor tá bem peão, porque você tava gritando? Parecia até minha irmã...


Levantei sem dizer nada e fui lavar meu rosto.


Acendi outro cigarro, olhei o relógio que marcava 3: 20 da manhã.


Logo o menino pegou no sono outra vez.


Havia perdido o sono, então fui tomar uma chuveirada. O alojamento tinha um banheiro bem precário, e no lugar do chuveiro, havia um cano. Abri o registro e liberei a água que estava morna, pois fazia um calor danado naquele lugar. Me demorei uma meia hora na água!

Fechei o registro e fui me vestir.


Enquanto me vestia, ouvi um barulho vindo da cozinha da sede, e espiando pela porta, vi as luzes acesas.


Cutuquei o menino que acordou assustado e falei pra ele se arrumar que o dia já tinha começado.


Deu um pulo da cama saiu correndo agarrado no lençol que havia levado pra pernoitar no alojamento e disse :


-- vamos tomar café peão, a mãe faz pão de queijo e tem requeijão...'Vamo logo...


Cheguei logo atrás do menino. Pedi licença e me sentei na mureta que rodeava o alpendre da cozinha.


Não demorou o goiano chegou me saudando e perguntando meio que rindo, se o menino havia me deixado dormir.


Disse que sim, que éra muito bem educado, e que qualquer hora eles o perderiam o faroto para o mundão, pois eu éra igual ele naquela idade, e tinha curiosidade com tudo e todos.


Nisso o menino, de maneira inocente, sem maldade comentou com o pai.


-- sabe pai, o peão não dormiu bem não, gritou igual a mana gritava no ano passado.


Fiquei sem graça, sem saber onde enfiar a cara!


O goiano coçou a barba e disse :


-- óia peão, ocê parece se boa pessoa, foi recomendado pelo seu patrão, não sei o que aconteceu, mas acho bom você ir lá naquele lugar onde levei a fia minha.


Refleti um pouco, me lembrei dos pesadelos passados e tomei a decisão. Afinal de contas, que mal poderia me fazer? O que éra um peido pra quem tava cagado!!!


Falei pro goiano que iria sim.


Então ele me disse pra nem começar o serviço naquele dia.


Me garantiu que ele, o menino e o velho peão da fazenda começariam o trabalho com o gado. Que eu não me preocupasse com nada.


A esposa dele sóme olhava de rabo de olho.


Tomamos um café reforçado, e logo após o goiano me chamou de canto.


Me explicou como chegar no lugar. Que era só chegar que seria atendido.


Perguntei quanto me custaria a consulta.


Ele riu e disse:


-- nada peão, não custará nada, apenas sua coragem!!!!!!


Sismei mais gostei, poderia não ajudar, mas não me pesaria no bolso.


Então sai da fazenda por volta das 7: 00 horas, mas antes distribuí­ o serviço e como deveria ser feito, e vazei.


Peguei a estrada, e a certa altura entrei numa estrada de terra meio estreita. Rodei quase uma hora pelas curvas, passando por umas matas até que sai em um descampado.


Fui devagar procurando a tal casa. Avistei uma baixada onde tinha um ribeirão mais adiante. Haviam umas árvores bem altas, e no logo atrás daquele Capão de mato estava a tal casa.


Dei uma buzinada antes de descer, abri a porta e parei na frente de um portão de madeira simples, ladeado por uma cerca de arame farpado. O lugar éra simples, mas muito bem zelado e arrumadinhho.


Bati palmas e logo apareceu uma mulher. Era uma mulata da minha altura, usava um pano branco amarrado na cabeça, um colar vermelho no pescoço e trajava um vestido rodado branco que quase raspava a barra no chão.


Também reparei que estava descalça.


Da casa até o portão, devia ter uns 30 metros.


E lá vinha a mulata, quando parou no meio do caminho, colocou as mãos na cintura e deu uma gargalhada que me fez gelar o pé dentro da botina. Falou alguma coisa que não entendi e continuou vindo...


Confesso que tava pra sair correndo do lugar, ainda lembro de ter pensado: puta que pariu... O que é que eu tô fazendo aqui!


Então quando se aproximou pude ver ela melhor.


Era linda a mulher!!!! Nunca tinha visto uma mulata linda daquele tanto. Tinha traços bem desenhados no rosto, lábios grossos bem carnudos e um sorriso perfeito com dentes da cor de um papel de tão brancos.


Fiquei até paralisado, afinal de contas sempre ouvia histórias de rezadeiras que eram velhinhas bem acabadinhas... Aquela mulher éra uma modelo, e até aquela altura da minha vida, só tinha visto uma mulata linda daquele tanto em desfile de escola de samba na televisão.


Então aquela mulher abriu o portão, me saudou de forma muito reverente sorrindo e foi falando enquanto revirava os olhos:


-- entre meu cavaleiro (opa!!! Meu cavaleiro... Como assim?), estava a sua espera a algumas luas(oi!!! Esperando quem?), pois soube que anda tendo problemas para dormir... Mexeu com quem não devia... Seu amigo velho que muito te ajuda não está nada bem... Foi parar na fazenda onde eu e minhas "moças" ajudamos a limpar e salvar a vida de uma jovenzinha... E ria balançando aquele baita quadril.

E foi falando... :


-- seus companheiro me avisaram que você estava à caminho... (quem? Meus companheiros? De onde?)


Entrei meio sem saber o que dizer. Como poderia saber tudo que eu estava passando?! Minha cabeça fervilhava com tantas perguntas.


Chegamos na porta da casa e fui conduzido pela mão por aquela mulher.


Passamos por uma cozinha e saimos em um quarto grande, tudo éra simples, mas muito arrumado e limpo. Notei que haviam umas esteiras no chão , e no fundo havia uma porta que estava encostada, e pelo vão puder ver muitas imagens e varias velas acesas.


Mas não sei se por conta da beleza daquela mulata, ou outra coisa, eu não senti aquela sensação esquisita que senti no lugar que levei o Véio.


Pediu para eu tirar as botas e as meias, o chapéu, depois me deitar em uma esteira, mandou fechar os olhos e ficar em silêncio.


Fiquei ali deitado, imóvel, e no cu não passava nem vento. Mas fique ali quieto, firme ...


A mulata pisava em volta, falava uma lí­ngua estranha, e ia falando da minha vida como se tivesse vivido comigo desde criança.


Um tempo depois mandou que me levantasse, pegou minha mão, me deu uns trancos nos braços e me pediu um cigarro... Depois começou a fumar e soltar fumaça em mim.


Dançava e ria dando voltas em mim.


Quando acabou o cigarro, disse para pegar minhas coisas e voltar para onde eu estava arranchado.


Também aconselhou não fazer mais nada durante aquele dia, só repousar e voltar mais tarde, por volta das 22: 00 hs.


Pediu para eu levar umas velas vermelhas e brancas, cigarros e uma bebida doce, e por fim falou:


- va agora cavaleiro, não olhe para trás e por enquanto não conte a ninguém o que fizemos aqui... Tente não se atrasar, se possí­vel for, sei que você nunca deixa uma dama esperando, não quero ser a primeira... Apesar de você ter deixado muitos corações partidos por onde passou...


E rindo de uma forma estranha me ordenou falando bem alto:


--- AGORA VAAÁÁ!!!!!!


Eu eu fui ligeiro.


Rapei fora sem olhar para trás, montei na caminhonete e cavuquei de volta pra fazenda.


Nem pensei muito no assunto, só lembrava da beleza da mulata e comentei com meus botões : eh peão, mas nem com medo você deixa de pensar em mulher... E ri meio nervoso!


Quase uma hora depois cheguei na fazenda.


O filho do goiano veio correndo saber se eu estava bem, e foi perguntado :


- tudo bem peão, tá melhor?


-- tô sim menino, e vou ficar ainda mais...


Perguntei do pai dele e o garoto me disse que estavam no mangueiro remediando a vacada.


Fomos pra lá e assim que chegamos, falei ao fazendeiro :


-- oh companheiro, pode parar o serviço, já fizeram muito por mim... Deixa que amanhã eu coloco a mão na massa...


O goiano sugeriu soltar a vacada remediada em um pasto ali perto do curral e as outras mais adiante.


Concordei com a sugestão, e fomos soltar a vacada. Haviam trabalhado bastante, e na porteira contei mais de 200 vacas medicadas.


O goiano nos chamou pra casa para almoçar, e no caminho fui relatando o que havia me acontecido na casa das moças rezadeiras.


Perguntei quem éra a mulata linda que me atendeu, e ele disse que éra filha da dona da casa e braço direito da mãe nas rezas...


Ele vendo minha cara de preocupado, me tranquilizou dizendo que eu estaria em boas mãos.


Relatei que não tinha visto as outras mulheres!


O Goiano falou que as vezes elas iam atender pessoas em outros lugares, e que ajudavam muito ali na região.


Almoçamos, e depois fui tentar descansar um pouco. Deitei na cama do alojamento e nada, era uma confusão na minha cabeça muito grande.


Sei que a hora custou passar. As vezes o menino aparecia querendo conversar, mas quando me olhava, perdia a coragem de perguntar alguma coisa.


E fiquei nessa até quase a hora da janta. Quando o fazendeiro entrou no alojamento dizendo para eu ir na cidade buscar o que seria necessário para logo mais a noite.


Levantei e fui ligeiro pra cidade, entrei num mercado e comprei as velas, um vinho doce, um champanhe e um licor cheiroso, um pacote fechado de cigarros e voltei pra fazenda.


Estava ancioso demais!!!


Parei na frente do alojamento e fui direto me banhar, pois estava suando mais que tampa de marmita.


Sai do banho, me vesti e fui falar com o goiano.


Me desejou boa sorte e que fosse na fé, e que tudo daria certo.


Regulava 19: 00 hs, nem fome eu tinha, e fumava um cigarro atrás do outro, e bebia água demais... Parecia que meu radiador tava furado.


Olha, custou dar 20: 00 hs, e quando deu esse horário, sai cavucando com a caminhonete.


Peguei a estrada, depois entrei na estradinha estreita de terra e segui firme. As mãos escorregavam no volante... Errava marcha... Sei qu foi difí­cil, mas uns 45 minutos depois, lá estava eu na casa da mulata para ser liberto do meu mal.


Nos fundos da casa havia uma fogueira queimando alta, e pelos estalos concluí­ que estavam queimando algumas folhas verdes.


Estacionei na frente do portão, desci ressabiado e não demorou a mulata apareceu.


Estava com uma roupa diferente. Usava uma blusa branca com detalhes vermelhos, com um decote generoso, que deixava à mostra parte dos seios fartos, bem volumosos.


O cabelo estava solto. Era uma cabeleira negra muito volumosa, bem ancaracolados, amarrados com uma fita vermelha que os deixava bem armados apontando para cima.


Usava uma saia colorida rodada, que mais pareciam várias saias. Estava linda aquela mulher.


Bem, que remédio não! Fosse para ser socorrido, nada melhor que uma Deusa daquelas!!!!


Mandou eu entrar fazendo os mesmos gestos que fez pela manhã.


Entrei e ela sorrindo me comprimentou dizendo para eu não me preocupar, que logo sua amiga estaria ali para conversar comigo.


Meio sem saber o que estava acontecendo, perguntei a ela sobre qual amiga ela estava falando, afinal de contas eu havia falado com ela mais cedo... E me enrolei todo e não soube explicar...


A mulata sorriu e disse para eu ficar calmo, e logo tudo seria explicado!!!


Ainda observou que havia sido bom eu ter chegado mais cedo, pois assim daria tempo de me preparar.


Pediu as coisas que a "amiga" dela havia pedido para eu comprar.


Voltei correndo à caminhonete e peguei as velas, cigarros e bebidas.


Quando viu aquilo tudo riu dizendo que eu éra exagerado, que parecia que eu ia dar uma festa. E riu gostosamente me olhando no fundo dos meus olhos.


Mandou que eu entrasse e a seguisse até o fundo da casa.


Atravessamos o local das esteiras e por uma porta lateral saí­mos no terreiro atrás da casa onde a fogueira ardia no meio do cercado.


Tinha um tipo de cobertura encostada à casa feita com palhas de buriti.


Pediu para tirar as botas, chapéu e a camisa.


Pegou as velas e fez um semi cí­rculo.


Acendeu e logo começaram a derreter. Reparei que a fogueira também parecia ter vida própria.


A mulata nalisou as bebidas e depois de um curto tempo, parecendo ouvir alguém lhe falar ao ouvido, optou pelo licor.


Abriu e pediu para pegar duas taças que estavam em uma mesinha embaixo da cobertura de palhas.


Entreguei as taças e ela as encheu com o licor.


Pediu um cigarro aceso.


Entreguei um maço, mas ela pediu um dos meus... E sorriu dizendo :


-- minha amiga quer um dos seus cavaleiro.


Tudo bem, fuma do meu... Afinal, é "nosso", e sorri meio sem graça.


Ela colocou no chão o cigarro, e para minha surpresa o cigarro parou em pé, como se colado àquele chão batido... E uma das taças!!!!


Fez uns gestos e desenhou umas "linhas" no chão que pareciam desenhos!!!


Logo na sequência a mulata caiu estirada no chão.


Corri para acodir a moça quando de um salto ela se levantou, deu uma chacoalhada de ombros e quadris, fez um gestos no ar, comprimentou alguém que não vi quem éra e só depois veio falar comigo, balançando as cadeiras sensualmente, os olhos fechados e aquele sorriso lindo me mirando.


-- boa noite cavaleiro, que bom encontrá-lo aqui... Sentiu saudades que eu sei... E riu gostosamente!!!!!


-- eu sou a amiga que estava a sua espera...


Eu só concordava!


E a moça prosseguiu.:


-- não vamos perder tempo... Quero a outra taça cheia, outro cigarro do seu e um ponto de luz de cada cor (velas).


Entreguei a ela que dançou muito do meu lado, girando e rindo, esbarrando a saia em mim e gesticulanfo de forma rí­tmica.

Um detalhe , não caiu uma gota do copo...!!!!!


Depois jogou o cigarro e pegou meus braços, alisando quase que me arranhando.

Na sequência pegou as velas e as quebrou no chão dando um baita grito.


Eu só observava sem dar um pio.


Feito aquilo, se virou pra mim daquela forma se requebrando, e falou:


-- feito, você e seu velho amigo estão livres daquele maldito... Dormiras em paz de hoje em diante... E... Mais uma coisinha cavaleiro...


Se aproximou e alisou meu peito descendo até minha barriga e disse de forma muito sensual :


-- te ajudei, e não costumo cobrar nada pelos meus "serviços"... Mas de você cavaleiro, vou querer uma coisinha...!!!!!!


Perguntei o que eu poderia fazer em forma de agradecimento pelo que ela havia feito, afinal de contas eu me sentia bem melhor...


Ela sorriu dando uma rodopiada na saia, se abaixou e pegou em uma ponta da saia e a levou até a cintura. Enquanto ria gostosamente requebrando a cintura.


-- quero um pouco do teu calor meu cavaleiro... Minha amiga também sentiu o mesmo por você... Nada mais justo... A não ser que esteja com medo... E caiu na risada.


Era linda aquela mulher. Aquela pele negra transpirando lhe conferia um brilho intenso no rosto e na parte dos seios que estavam à mostra!


Eu estava enfeitiçado por aquela "entidade"...


Então chegou bem perto, aproximou aqueles lábios carnudos da minha boca e pude sentir um frio na espinha. Foi como um choque, meu umbigo esquentou junto com a sola do meu pé, e como que por um passe de mágica, fui tomado por uma excitação intensa.


Não me segurei mais e envolvi aquela Deusa de ébano nos braços e beijei aquela boca linda e carnuda .


Ela tinha um cheiro diferente de flor nos cabelos, até o hálito cheirava a rosas frescas orvalhadas.


Eu já não éra mais um garoto, mas aquilo éra novo, diferente, intenso e por demais excitante.


Ela carinhosamente se afastou e conversando com não sei quem, pediu para que todos saí­ssem dali. Depois olhou por cima do meu ombro e disse :


-- os senhores também... Montem seus cavalos e nos deixem a sós... Hoje eu cuidarei do cavaleiro.

Eu já nem me importava com aquelas "esquisitices" da Deusa mulata...


Feito isso, se aproximou rodando a saia, dançou lindamente e me pegando pelas mãos me conduziu a um lugar mais escondidinho naquele terreiro.


Paramos em local onde ficávamos ocultos pelas sombras de uma árvore baixa.


Ela fez uns desenhos no chão em volta de onde estávamos e então me disse :


-- seremos um só cavaleiro, e nunca se esqueça dessa noite, pois te seguirei para sempre... Guarde meu nome, sou a Pombagira 7... E me beijou de uma forma insana!!!!!!!


Não entrarei em maiores detalhes, mas posso dizer que de tudo que vivi em relação a sexo, nada se comparou àquela noite.


Foi incrí­vel o que aconteceu.


Se vão mais de 20 anos essa história da minha vida, mas sempre tenho sonhos com aquela noite.


Ela me falou muitas coisas naquela noite sobre meu passado, presente e futuro...


Infelizmente ela acertou tudo sobre meu futuro... Mesmo eu tentando mudar o rumo de algumas coisas...


E nos amamos por toda a noite até quase raiar o dia, sem me cansar...


Os galos cantaram e ela precisou ir embora.


Pediu para eu ir sem olhar para trás, pois minha trilha me levaria a muitos lugares distantes, e que um dia, quando eu deixasse a matéria, ela estaria me esperando...


Voltei pra Fazenda sem olhar para trás.


Senti saudade? Senti e sinto até hoje daquele dia!


Quis voltar lá? Ohhh se quis!!!!!!


Mas cumpri suas determinações.


Voltei a dormir bem, e o Véio meu amigo e patrão também!


Tempos depois soubemos que o tal feiticeiro adoeceu e ficou acamado.


Cheguei na fazenda e nem dormi, apenas tomei um café e fui pra lida...


Tudo correu bem, a vacada ficou pronta e depois de uns dias levamos o gado pra o Mato Grosso.


Me despedi do goiano e da sua famí­lia agradecendo muito pela ajuda...


Anos depois reencontrei aquele moleque em um rodeio. Tinha estudado e virado veterinário...


E voltei pra fazenda do meu patrão no Estado de São Paulo, e quando cheguei, o Véio resmungando daquele jeitão rabugento me falou :


O cowboy, nois podia ir num centro que tem lá em Prudente... Diz que é bao lá heim....


Cai na risada falei:


--- larga mão de caçar sarna Véio.


Então ele riu e sugeriu com cara de safado:


-- então busca um jornal e vamu pra São Paulo buscá um carro...


Tudo isso éra desculpa para passar no puteiro preferido dele na cidade de Marí­lia.


E vida que seguiu até aqui meu povo.


Acredite quem quiser acreditar, mas que aconteceu, ACONTECEU ... Ahhhh se aconteceu!!!!!



*Publicado por Betão no site climaxcontoseroticos.com em 13/11/20.


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