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Um macho muito ciumento

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 21/07/15
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  • Autoria: Kherr
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Um macho muito ciumento

- Basta! - o grito fez todo o seu corpo tremer. Não era apenas uma palavra para encerrar a discussão. O tom de voz dele vinha carregado de ameaça, e foi isso que o assustou, enquanto terminava de se enxugar, no quarto, depois do banho onde o confronto se iniciara.

Quando percebeu que ele avançava em sua direção, o temor fez com que tentasse se esquivar da mão pesada que o atingiu no lado esquerdo do rosto, desequilibrando-o e fazendo com que caí­sse sobre a cama, na altura da peseira, e evitando que o dano fosse maior. As lágrimas brotaram de seus olhos no mesmo instante, profusas e resignadas. Mas que semearam nele a ideia de abandonar aquela vida que, até então, preenchera de felicidade cada minuto de sua existência.

- Basta! - vociferou colérico, ao mesmo tempo em que a ira fazia uma cortina vermelha descer diante de seus olhos. Ao avançar sobre aquele corpo nu e sedutor que a pouco o saciara, tomado de uma fúria taurina, não pensou na dimensão que sua dominação estava tomando.

Sua mão cerrada enquanto tentava se controlar, se espalmou sobre aquele rosto de traços harmônicos com força desmedida. E, apenas quando viu as lágrimas submissas banhando aquele rosto que tanto amava, o arrependimento por seu destempero mortificou sua alma. Começava no seu í­ntimo uma batalha entre o macho dominador que era e seu calcanhar de Aquiles, que se traduzia pelo sofrimento infringido ao amante.

O desfecho inédito daquela cena, depois de cinco anos de vida em comum, começara três dias antes, quando Lucas fez o comentário, enquanto tomavam o desjejum, de que restavam dois dias para confirmarem a presença no casamento da prima. O humor do Haroldo estremeceu no mesmo instante, e ele achou que um simples "não vamos" fosse o suficiente para que sua vontade fosse obedecida, como de costume, sem que maiores explicações fossem necessárias.

Embora a famí­lia do Lucas o encarasse como um fato consumado, e se preocupasse muito mais com a felicidade do filho do que com sua presença, chegando mesmo a aceitá-lo amistosamente, ele ainda se sentia um intruso. Especialmente durante essas reuniões familiares. Talvez por sua origem bem menos abonada que a daquela famí­lia, que nem mesmo sua condição atual de empresário em franca escalada conseguia dirimir. Talvez por que invariavelmente teria que se encontrar com o primo do Lucas, alguém que ele asseverava sentir um tesão pouco disfarçado por seu companheiro, e do qual sentia um ciúme doentio e infundado.

O que levou Lucas a persistir no questionamento deles comparecerem ao casamento foi o fato de nutrir uma afeição especial pela prima, que considerava como uma irmã, uma vez que, de fato, só tinha dois irmãos homens, e mais velhos do que ele. E, cujo entrosamento, começara quando moravam a poucas quadras um do outro durante a infância e adolescência. Ele sabia que Haroldo tinha reservas quando o assunto era participar de encontros daquele tipo, mas eles se amavam tanto, que ele achava que o companheiro tivesse superado aquele constrangimento inicial, e estivesse seguro de sua posição dentro da sua famí­lia. Por isso continuou a insistir tentando vencer a turrice do amante. Coisa que ele por sua í­ndole carinhosa e submissa raras vezes protagonizava. Não era de seu feitio desafiar as vontades do Haroldo, a quem reconhecia como seu macho e a quem ele obedecia de boa vontade e resignadamente. Desde o inicio da relação ele o idolatrou por sua postura firme e decidida, por seu porte másculo e determinado, e na medida em que foram se conhecendo, ele soube que era aquele macho que ele queria amar e servir.

Por outro lado, na primeira vez em que seu olhar cruzou com o do Lucas, Haroldo sentiu suas convicções de machão estremecerem. Até então seus relacionamentos com mulheres seguiam aquele padrão confortável e previsí­vel. Afinal, elas são naturalmente inferiores e, portanto, submissas, devendo aceitar as condições impostas pelo homem. Mas tudo isso mudou quando um grupo de amigos o apresentou àquele belo e jovem engenheiro, de corpo escultural, sorriso amplo e afetuoso, cujo jeito atencioso parecia distribuir carinho a todos que encontrava. Havia algo por trás daquele olhar doce que repercutiu em seu peito e inquietava sua rola dentro das calças. Ele procurou obstinadamente se aproximar dele. Chegou a arquitetar estratagemas para chegar mais perto dele, e se sentiu plenamente recompensado no dia em que seu cacete se alojou naquele cuzinho apertado e foi agasalhado com ternura e meiguice í­mpares. Desde então não conseguia se imaginar sem aquele sentimento que Lucas lhe presenteava aos borbotões, e tratou de assegurar que apenas ele usufruí­sse dessa dádiva.

Enquanto o relacionamento deles se consolidava e ganhava importância, essa polaridade foi se construindo de maneira sutil. Lucas se sentia amparado por aquele jeito meio mandão de ser que Haroldo esboçava. Não era nada agressivo, pois ele sabia impor seus desejos e se mostrava reconhecido e gratificado quando os tinha realizados. Satisfazer seu macho tornara-se sua missão, e a felicidade que isso lhe proporcionava só era superada pela alegria estampada na expressão quase sempre sisuda do amado. Haroldo nem de longe se imaginara um dia estar recebendo tanta afeição e amor de um homem como aquele, que parecia viver em função da sua vontade. Ele se sentiu ainda mais macho, um lí­der, dono do poder. Toda vez que Lucas gemia de dor e prazer debaixo dele, seus brios exultavam de satisfação preenchendo aquele cuzinho com sua porra viril e abundante, que o namorado guardava em suas entranhas como se fosse um tesouro.

No entanto, diante daquele corpo liso e extremamente atraente, que sacudia entre soluços contidos sobre a cama que testemunhara incontáveis momentos de luxúria e devassidão, ele se deu conta de que havia ultrapassado um limite perigoso. Arrependeu-se de imediato, mas não sabia como voltar atrás. Ceder à proposta pareceu-lhe uma fraqueza. Desculpar-se, um ato pouco ortodoxo. Tomá-lo em seus braços e reconforta-lo, uma temeridade que poderia ser rechaçada, e era disso que tinha mais receio, de um dia perder aquele amor puro e dedicado. Pela primeira vez na vida ele não soube que atitude tomar, e isso o desconsertou. Vestiu a bermuda do pijama, pois até aquele momento estava com a pica desassossegada querendo dar continuidade à lascí­via que aquelas preguinhas tenras lhe proporcionaram durante a ducha, e saiu do quarto, imaginando encontrar uma solução longe dali. Não só não a encontrou, como aquela opressão, que sufocava seu peito, parecia se agigantar, enquanto os pensamentos fervilhavam em seu cérebro. Por que chegara a tanto? Por que ferira a quem tanto queria proteger? Se tudo o que Lucas sempre lhe deu foram razões de que o respeitava e amava como seu macho dominador.

O dia amanheceu com um sol pálido e estava um pouco frio. Eu não havia entrado debaixo do virol e a cama não havia sido desfeita. Meu corpo nu jazia numa posição quase fetal, e minha pele estava arrepiada devido ao frio. A única coisa que ardia era o lado esquerdo do meu rosto. Levei a mão até ele e senti as lágrimas umedecendo e embaçando minha visão. Não vi ninguém através da penumbra do quarto, e a casa estava mergulhada num silêncio só interrompido pelos sabiás cantarolando na jaboticabeira florida do quintal. Minha pélvis parecia ter sido estocada por uma britadeira, e na intimidade do meu cuzinho uma turgidez gosmenta me recordou que eu estava cheio de porra. O cheiro dele continuava impregnado em mim. Senti uma necessidade urgente de mijar e fui cambaleando até o banheiro ao lado. Nunca gostei de me ver no espelho quando acordava, mas hoje esse desgosto foi maior. Lá estavam quatro vergões avermelhados marcando meu rosto imberbe, testemunhas de uma violência gratuita, e por isso tão dolorosos. Um pouco de sêmen dele, já bastante fluido, escorreu pelo meu rego. Enquanto eu o perdia assim, sem controle, como nunca havia acontecido antes, eu comecei a chorar, apoiado na bancada da pia encarando meu rosto transfigurado, e todo o sofrimento pelo qual estava passando. De repente, o espelho passou a refletir duas imagens. Ele se aproximou de mim e conteve um gesto de me abraçar, como se temesse minha repulsa. A expressão de sua face era séria e contrariada. Eu podia ler a angústia em seus olhos e, pela primeira vez, eu vi aquele gigante colossal de um metro e noventa de altura e mais de cento e dez quilos de músculos proeminentes, titubeando para executar uma ação.

- Você não devia ter me desafiado. - disse cauteloso, como se todo aquele episódio nefasto tivesse sido culpa minha.

- Eu nunca te desafiei. Apenas insisti achando que você cederia ao meu apelo se eu o fizesse cheio de dengo. - retruquei magoado.

- Você sabe como eu me sinto quanto se trata de enfrentar toda a sua famí­lia de uma só vez. E, principalmente, de ter que me fazer de cego para as investidas aquele seu primo descarado que te devora só de olhar. - justificou-se, como se estivesse sendo condescendente comigo.

- Não seja irônico! O assunto aqui não é esse. Estamos falando do que você me fez ontem à noite. - continuei, exibindo-lhe o rosto ferido.

- Não tive a intenção de te machucar. - disse, engolindo as palavras e desviando o olhar, pois sentiu novamente aquela sensação de remorso crescendo dentro dele.

- Fico imaginando se tivesse tido, então. Hoje eu estaria todo quebrado no leito de um pronto-socorro! - exclamei inconformado.

- Quem está sendo irônico agora é você. Eu jamais faria uma coisa dessas com você. - revidou, tomando ares de superioridade.

- Foi o que eu sempre pensei, até ontem. Agora tenho as minhas dúvidas. - confessei. - E não sei se consigo viver com esse receio me rondando a cada vez que você se sentir contrariado. - continuei, lançando uma suspeita que eu mesmo não sabia que dimensão atingiria.

- O que você está querendo me dizer com isso? - perguntou atemorizado. - Sei que você está zangado comigo no momento, mas isso vai passar. - emendou, tentando dar sentido e razão a seu ato perverso.

- Exatamente aquilo que você ouviu. Que eu estou com medo de você. - respondi, seguro dos meus sentimentos. - E eu não estou zangado com você, eu estou me sentindo ultrajado, humilhado diante de você, e não sei se isso passa com essa facilidade que você está apregoando. - concluí­ magoado.

- Só não faça nada do que pode se arrepender depois! - exclamou, procurando dar leveza às palavras para camuflar a ameaça que elas transportavam.

- Eu estou aqui, diante de você, com as marcas da sua incompreensão, as lágrimas testemunhando minha dor, sentindo seu esperma se esvaindo pelo meu rego, e você continua impávido me ameaçando, como quer que eu me sinta em relação a você? - desabafei com a voz chorosa.

- Não estou te ameaçando. Viu como você está fragilizado, não está conseguindo interpretar nem as minhas palavras. - revidou.

Assim que ele saiu para buscar algo para almoçarmos, eu arrumei rapidamente algumas roupas, e deixei um bilhete dizendo que passaria uns dias na casa dos meus pais. Meu quarto continuava lá, sem grandes transfigurações e isso restabeleceu minha segurança. Não entrei em detalhes sobre nossa briga, nem tão pouco sobre a agressão do Haroldo, pois isso teria determinado uma ação drástica por parte do meu pai, que provavelmente levaria o caso à justiça, e uma reação imprevisí­vel por parte dos meus irmãos mais velhos que seguramente revidariam a agressão com mais violência. Se um dia houve resistência por parte deles em aceitar meu relacionamento com o Haroldo, essa minha volta plantou, no mí­nimo, uma semente que lançava dúvidas quanto à continuidade daquela felicidade que eu experimentara ao lado dele. Mas ninguém me torturou com esse assunto, antes ficaram contentes por eu estar novamente em casa. Afinal, todos achavam que eu era muito novinho para não estar ali, a despeito dos meus vinte e oito anos.

Pouco depois de haver deixado nossa casa, enquanto dirigia para a dos meus pais, o celular tocou por duas vezes seguidas e na tela aparecia o rosto sorridente do Haroldo, uma transposição de uma fotografia que eu tirara dele durante nossas últimas férias de verão a bordo de uma escuna em Angra dos Reis. Não atendi nem retornei a ligação. Houve mais cinco durante toda aquela tarde, e pouco antes de eu colocar um livro que encontrei na estante do escritório sobre a mesa de cabeceira, o celular indicou a entrada de uma mensagem dele - AMOR, ME DESCULPE. AMO VOCÊ E SINTO SUA FALTA. ESTOU TE ESPERANDO, BEIJO. - a princí­pio hesitei em responder, mas depois enviei a resposta - BOA NOITE!

Dez dias depois fui ao casamento acompanhado dos meus pais. Houve alguns buchichos a respeito da ausência do Haroldo, principalmente daqueles familiares mais velhos e pouco afeitos às novas mudanças sociais, enfim nada, e nem ninguém, que merecesse minha atenção. Foi com prazer que reencontrei um amigo e vizinho de infância da minha prima. Era um garoto divertido, filho único de um casal americano que morava no mesmo condomí­nio que nós. Nunca mais tive notí­cias dele depois que foi cursar a faculdade nos Estados Unidos. Havia se tornado um homem corpulento e massudo, sonho e desejo de qualquer mulher com mais de quinze anos, e quem sabe de quem mais. Estava um pouco mais comedido com os anos, mas seu espí­rito expansivo e divertido continuava vivo e ganhara as sutilezas e a esperteza da idade. Ficou visivelmente contente por me reencontrar, e não se mostrou acanhado ao tecer comentários, quase ao pé do ouvido, sobre a transformação que meu corpo vivenciara durante o tempo que não nos vimos.

- Larga a mão de falar besteira! Os garçons deveriam ser prevenidos para não te servir mais nenhuma dose de uí­sque! - exclamei perplexo, depois de ele sussurrar no meu ouvido que só havia visto uma bunda tão gostosa em revistas pornográficas.

- Mas eu até agora não coloquei nenhuma gota de álcool na boca! - devolveu apressado. - E juro que não estou exagerando nos meus elogios. - acrescentou, ajeitando o cacete e esboçando um riso safado.

Revi outros conhecidos e me diverti a beça numa rodinha animada, onde relembramos episódios passados, antes de reencontrá-lo num dos ambientes onde acontecia a festa. Ficamos conversando demoradamente sobre seus planos de voltar definitivamente para o Brasil, sendo interrompidos esporadicamente por alguém que vinha me cumprimentar ou pelos garçons que circulavam entre as mesas. Quase no meio da festa é que notei a presença do Haroldo vasculhando o ambiente com o olhar a minha procura. Meu coração disparou no mesmo instante, e não consegui esconder um sorriso de satisfação pela presença dele. Assim que ele me viu, caminhou ao meu encontro, tinha uma expressão serena e altiva. Enquanto meu coração quase saia pela boca, eu sentia o maior orgulho dele vestindo aquele smoking bem talhado que ressaltava seus ombros largos e aquele andar decidido que exibia suas coxas potentes. Por pouco não cometi uma gafe, dizendo ao meu interlocutor que aquele era meu macho. O macho a quem eu me entregava sem reservas. O macho do caralhão grosso que despejava golfadas de porra leitosa no meu cuzinho. O macho que dava sentido a minha vida. Mas aquela cena, da noite anterior a minha saí­da de casa, foi como um balde de água gelada caindo sobre mim, me trazendo à realidade.

Oi! - cumprimentou com um sorriso, enquanto me abraçava e, disfarçadamente, me dava um beijo molhado abaixo da mandí­bula. - Boa noite! - saudou, ao desviar o olhar na direção do homem que estava comigo à mesa.

- Oi, amor! - respondi. - Este é o Trevis, um ex-vizinho da minha prima e colega de infância. - acrescentei, apresentando-o.

Eu podia sentir o esforço que o Haroldo estava fazendo para se controlar, e comecei a vislumbrar o momento em que todo aquele autocontrole e aquela educação desmesurada viriam abaixo. Não via a hora de o Trevis nos deixar a sós, mas a falta de outra companhia prolongava sua presença, e pairava sobre mim como uma nuvem de tempestade.

- Esse cara estava babando em cima de você! Que folga é essa? - começou, depois que Trevis se levantou para supostamente ir buscar uma bebida.

- Por favor! Não vá fazer um escândalo aqui. - implorei assustado. - Não recomece com suas desconfianças e ameaças. - pois eu ainda não me refiz da última.

- Não se preocupe! Não vou expô-lo a nenhum constrangimento. - continuou, mais sereno. - Faz um tempinho que eu cheguei. Até já cumprimentei seus pais e os noivos. Bem como te encontrei, todo risonho, no meio de uma rodinha de machos, antes de você vir para esse cantinho sossegado com seu ex-amiguinho. Que pelo visto não é tão ex, assim. - resmungou insatisfeito.

- Aqueles são meus primos e uns colegas que não via há tempos. Só relembrávamos situações engraçadas do passado. E quanto ao Trevis, ele estava deslocado e sem companhia, por isso me sentei aqui com ele. - expliquei arrazoado. - Se você estava por aqui, por que não veio ao meu encontro? - questionei, desconcertando-o.

- Achei que você não ia querer me ver. - declarou, retomando uma postura mais tranquila.

- É por isso que eu quis dar um tempo. Depois de cinco anos vivendo sob o mesmo teto você não me conhece. É incapaz de perceber o orgulho que eu senti quando vi você caminhando, todo pomposo nesse smoking, na minha direção. Da vontade que eu sinto de dizer a todo mundo que você é meu homem, o homem que eu amo mais do que tudo nessa vida. E, o homem que está sempre achando um pretexto para destruir esse amor. - desabafei.

- Eu só estou aqui por sua causa. Por que amo você, e por que estou arrependido do que te fiz. - disse, pegando minha mão entre a sua.

- E é assim que você se mostra arrependido? Me encurralando outra vez, desconfiando dos meus sentimentos e da minha fidelidade? - indaguei, contrariado.

- É que você está para os machos como o néctar está para abelhas, é capaz de atrair o enxame todo. - revidou num muxoxo.

- Exagerado como sempre. Só tem um macho que me interessa atrair, mas esse macho não está interessado em me defender, só em me agredir. - retruquei desolado.

- Não diga isso! - solicitou, desatinado pelos remorsos. - Volta para casa comigo. - pediu, com o olhar amuado.

- Acho melhor conversarmos sobre isso mais tarde e não aqui. Eu ainda não me sinto seguro para isso. - respondi.

Quando vi meu primo e um homem extremamente atraente, que não me passou despercebido quando chegamos à festa, descendo de um luxuoso carro conversí­vel, se aproximando de nós, minhas pernas estremeceram. Era o combustí­vel que faltava para que o Haroldo perdesse de vez o controle e fizesse um escândalo. Mas era tarde para que eu pudesse fazer qualquer coisa para impedir esse encontro.

- Lucas, este é o Mario Luchesi. Trabalhamos juntos na DGK Engenharia antes dele abrir a própria empresa. Ele está à procura de engenheiros com a sua qualificação para um mega projeto no Oriente Médio. Eu comentei sobre sua capacitação e ele ficou muito interessado.

- É espantosa essa sua capacidade de se lembrar das qualidades do Lucas. Você é sempre tão atencioso! Fenomenal! - grunhiu o Haroldo, com um riso irônico, antes que eu pudesse abrir a boca.

- Olá! Nos cruzamos no estacionamento há pouco, na chegada. É uma satisfação conhece-lo! - disse o Mario, cumprimentando-me com mais efusividade do que o necessário.

- Olá! Nesses eventos encontramos tantas pessoas que até nos confundimos com as fisionomias. - retribuí­ ocultando a verdade, pois um homem daqueles jamais deixaria de ser notado.

- É bem verdade! Mas eu com certeza não me confundiria se o encontrasse do outro lado do mundo. - galanteou, com um sorriso malicioso. - Sei que esse não é o lugar apropriado, mas eu gostaria de conversar com você a respeito de uma proposta. Quem sabe durante um almoço, ou um jantar, se você preferir, num dia desta semana? - propôs, ignorando completamente o olhar mortí­fero com o qual o Haroldo o fuzilava.

- Não sei se consigo arranjar um tempo para isso, ando muito atarefado esta semana. - respondi com a voz tão trêmula quanto as minhas pernas.

- Eis o meu cartão! Vou esperar ansioso por sua ligação, marcando uma data que seja apropriada para você. - insistiu.

- Ok! Se puderem nos dar licença, ainda não consegui cumprimentar uns conhecidos que agora estão mais disponí­veis ali adiante. - apressei-me a dizer, arrastando o Haroldo comigo. Enquanto me afastava consegui sentir os olhos de cobiça do Mario devorando minha bunda.

- Um almoço durante a semana, ou talvez, e até melhor, um jantarzinho í­ntimo com direito a sobremesa num motel ou no apartamento dele. Não é um convite irrecusável? E quem sabe seu priminho também não participa do banquete? - rosnou o Haroldo, enquanto nos afastávamos dali. - É impressionante essa capacidade que os machos têm de detectar as tuas qualificações! E depois, o paranoico ciumento sou eu!

Deixei-o falando sozinho e fui até o banheiro. Precisava passar uma água fria no rosto, me acalmar, todo aquele stress estava me sufocando. Pouco resolveu essa minha escapada. Ao sair do banheiro dei de cara com o Trevis, e a tortura continuou.

- Cara! Agora que ninguém nos ouve, você virou um tesão. Quem poderia imaginar que você fosse ficar tão gostoso? Eu nunca havia reparado nisso quando éramos crianças, ou melhor, nessa sua bundona carnuda. - disse com um brilho etí­lico no olhar devorador.

- Desta vez você não pode negar que são os uí­sques que estão falando por você. Vá passar uma água na cara e apagar esse fogo! - exclamei tenso.

- Os uí­sques só deram um empurrão para eu falar, mas são os meus hormônios fervendo que estão atiçando isso aqui embaixo. - balbuciou, mexendo no cacete. - Eu soube que aquele troglodita era seu namorado, e que você o deixou. Sei que posso te fazer esquecer dele em dois tempos. - emendou, sussurrando as palavras no meu ouvido e enfiando a cara no meu pescoço.

- Ele não "era" meu namorado, ele "é" meu homem. O único que eu tive e o único que eu quero ter. E, eu não o deixei. Tivemos um desentendimento, nada mais do que isso. - afirmei categórico.

- Um cara como aquele só vai te meter em encrenca. Teu primo me disse que a especialidade dele é protagonizar escândalos, fazer cenas de ciúmes. Com isso ele te expõe deixando evidente que você é o viadinho dele. Isso não te incomoda? - disse, embrulhando as frases.

- Não, o que me incomoda é um cara falando o que não deve depois de uns goles. Sei que o ciúme dele é exagerado, mas entendo o lado dele. E, acho que um dia ele vai dar-se conta do quanto eu o amo, e esse ciúme vai para um patamar onde funcionará apenas como um tempero. - retruquei confiante.

- Vai esperando! Caras como ele só tendem a piorar. - falou irônico.

- Caras como ele por quê? O que é que ele não tem que os outros têm? - inquiri desafiador.

- Classe! Falta classe! - revidou desdenhando.

- Engano seu! Ele tem é muita classe, e um bocado de adjetivos mais. Por isso me orgulho tanto dele. - disse, me afastando dele.

Mal dei dois passos e o Haroldo sai de trás de uma coluna. Achei que o tempo fosse fechar ali mesmo. Que ele fosse partir para cima do Trevis com tudo. Mas seu braço distendido não mirava a cara do Trevis e sim a minha cintura. Ele me puxou para junto dele e me beijou sem nenhum constrangimento na frente dele. Um beijo guloso, que fez penetrar sua lí­ngua na minha boca e me inundou com o sabor de sua saliva. Um beijo sensual e provocador, que deixou o Trevis sem graça. Uma prova de que ele é que podia fazer aquilo comigo, e que eu aceitava obedientemente sua investida. Enquanto nos beijávamos ele apalpou descaradamente minha nádega exibindo seu poder sobre mim.

- Estamos no meio de uma festa! Deixe de ser assanhado! - murmurrei, entre os lábios dele que não desgrudavam dos meus.

Ele me levou até o estacionamento e dali para casa. Me pegou no colo como se os meus oitenta quilos e meu um metro e oitenta e cinco centí­metros não passassem de mero brinquedo de criança. Me despejou sobre nossa cama e se desvencilhou de seu smoking num piscar de olhos. A tara estampada no rosto pervertido me encheu de tesão. Eu sabia que nenhum argumento ou contestação minha o demoveria de seu intento. Se bem que eu nem pensava em dissuadi-lo. Era exatamente assim que eu havia aprendido a amá-lo e a ceder a seus desejos.

- Agora você vai saber de quem é esse território! - ronronou no meu ouvido, quando se atirou sobre mim.

Seu beijo impediu que eu dissesse qualquer coisa. Ele foi se apoderando de mim com aquelas mãos pesadas e decididas que eu tanto conhecia. Chupou e mordeu meus mamilos. Mordiscou minha nuca e avançou sobre minhas nádegas como um cão sobre um pedaço de carne. Abriu meu reguinho e me lambeu com a gana a apetecê-lo. Eu gemia ante aquela urgência toda e me deixava usurpar sem resistência. Afinal, eu era dele.

- Mama meu cacete que você está débito com ele já faz um tempão! - ordenou, esfregando aquele caralhão suculento no meu rosto.

Eu não imaginava que poderia sentir tantas saudades daquele cheiro viril. Lambi e comecei a provoca-lo com a ponta da minha lí­ngua onde eu sabia que sua excitação o levaria ao delí­rio. Eu conhecia cada centí­metro daquela rola, e onde meus estí­mulos mais o enlouqueciam. Chupei o pré-gozo que fluí­a de sua uretra calibrosa e melava a cabeçorra do caralho dele, deixando as bolonas ingurgitadas roçarem meu rosto com os pentelhos grossos que as cobriam.

- Ah, viadinho safado! Quer deixar seu macho seu de tesão, não é? Depois não vá reclamar que o cuzinho está machucado. - gemeu, segurando a minha cabeça entre as mãos e fodendo minha boca como se fosse uma vagina.

Às vezes ele tirava a pica da minha boca para não gozar nela. Sua sofreguidão era tanta que ele precisava fazer um esforço hercúleo para não gozar tão rápido. Ele me puxou até um dos cantos da cama, deixando cada uma das minhas pernas bem abertas em cada lado. Minha bundona roliça estava à sua disposição. Ele começou a roçar o cacete no fundo do meu rego, pressionando a glande até encontrar o corrugado macio e rosado das minhas preguinhas anais. Meteu o caralho no meu cu num golpe único e bruto, atolando um terço daquela jeba nas minhas entranhas. Eu soltei um gritinho desesperado quando senti minhas pregas se dilacerando para alojar aquele mastro pulsátil. E comecei a gemer, quando um espasmo involuntário, fez travar meus esfí­ncteres ao redor daquele membro quente. Eu sabia como era bom sentir aquele homenzarrão carente dentro de mim, e contorci meu tronco languidamente sobre a cama até que ele veio me chupar o cangote, arfando como um touro na arena.

- Estava sentindo falta do seu macho, não é? Era disso que você estava precisando, safado! - gemeu com os lábios úmidos me chupando e me mordiscando o pescoço.

- Eu amo você, apesar de você não merecer, seu brutão! - balbuciei, enquanto ele continuava a enfiar o pau até o talo no meu cuzinho.

- Você é meu! Esse cuzinho tesudo da porra é meu e só meu, entendeu? - rosnou dominador.

O tesão dele era tanto que ele não se preocupou com a brutalidade da força que empregava para me foder. Eu gania como uma cadela enquanto ele estocava a vara nas minhas entranhas, socando minha próstata e difundindo uma dor lancinante pela minha pélvis. Eu tentava conter aquele í­mpeto todo, mas estava numa posição tão submissa, mal podendo me mover, com seu corpão debruçado sobre mim, que só me restou esperar, conformadamente, a rola inchar e despejar golfadas de porra morna e pegajosa na mucosa esfolada do meu cuzinho. Ele estava tão fissurado que nem diminuiu a velocidade das estocadas enquanto esporrava, fazendo com que parte da porra vazasse do meu ânus.

Quando ele desmontou de cima de mim, minhas pernas tremiam, eu juntei as coxas temendo perder sua porra, e senti aquele vazio enorme que ficava quando a pica saia do meu cuzinho. Ele se deitou sobre a cama com os braços e pernas bem abertos, e eu engatinhei em sua direção e comecei a cobri-lo de beijos. Ele fechou os olhos e deixou que a ponta dos meus dedos deslizasse sobre seu peito peludo, quando os movimentos do arfar pesado e profundo dele, iam voltando ao ritmo normal. Esse era um momento especialmente gratificante para ele, quando ele usufruí­a, em êxtase, aquelas minhas carí­cias devotas.

- Volta para mim. Não sei viver sem você. - murmurou baixinho

- Eu nunca deixei você. Será que você é o único que não percebe o quanto eu te amo? - indaguei.

- Essas semanas sem você foram as piores da minha vida. E eu nunca mais quero ficar afastado de você. - disse, segurando meu rosto em suas mãos. - Eu ouvi sua conversa com o Trevis, e agora sei o quão infantil e burro eu fui não acreditando no seu amor. - emendou arrependido. - Não tenho mais nenhuma dúvida de que sou seu macho! Me perdoe, amor? O que mais me doeu foi ter te machucado, juro que nunca mais vou fazer isso. Só quero cuidar de você. Só quero amar você! - falou, deitando sua cabeça no meu colo para que eu o afagasse.

Ele me pegou mais duas vezes naquela noite, até que seu sacão estivesse aliviado e completamente drenado. Meu corpo e os lençóis estavam impregnados da porra dele, o cheiro de sexo se dispersava pelo quarto. O meu reguinho levemente tingido de rubro quando ele tirou a rola já amolecida dele, atestava que ele reinava soberano naquele seu território.

*Publicado por Kherr no site climaxcontoseroticos.com em 21/07/15.


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