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Um Simples Beijo, Uma Simples Provocação

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Temas: casual, romance
  • Publicado em: 07/03/15
  • Leituras: 6436
  • Autoria: Ayeska
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A pista estava abarrotada de gente, nuvens de fumaça formavam uma névoa ao meu redor, uma luminosidade psicodélica girava e lançava uma chuva de luzes dentro do local, desenhando cí­rculos lentos.


Pelo canto do olho, vi um belo traseiro duro investindo para frente e para trás em uma moça morena.


O local proporcionava pelo que eu havia ouvido falar, em noites de entretenimento tanto vertical como horizontal.


Com um sorriso e passar de lí­ngua nos meus lábios rubros, pensei:


" - Embora não me tinham convidado. Era um tipo de festa maneira rsrs... E como se isso me impedisse de vir".


Eu estava lá por uma razão.


Um desafio...


Um ritmo trepidante de música rock, que ia ao compasso do ritmo descompassado pulsado do meu coração, saiu a todo volume pelos alto-falantes


Entre aquela multidão de pessoas que dançavam, se beijavam, conversavam e faziam sexo pelos cantos escuros, fui abrindo espaço, lentamente... Muito lentamente...


Até que meus olhos pousaram no objeto do meu desafio e estremeci.


A foto não fazia jus a realidade que eu tinha na minha frente... Dante Casanova...


Naquele momento estava sentado em uma mesa do fundo, falando com um desconhecido.




Do que estariam falando?


Conforme fui me aproximando, escutei que falavam de mudanças no mercado financeiro para o novo Ano que acabara de iniciar.


"Ufa! pensei, aliviada por que o sexo não fosse o tema da noite.


-Não pense nisso agora. Haverá tempo amanhã. Agora vai e desfruta da festa.


O loiro alto relutou, mas em seguida se levantou e o deixou a sós.


- Droga,nota minha presença...falei bem baixinho.




Vários homens me olhavam, mas Casanova seguiu observando fixamente o copo vazio que tinha na sua frente, com uma expressão nostálgica. Uma atração sem limites veio com uma intensidade assustadora.


Tinha até me esquecido do motivo de estar ali.


De repente aquele desconhecido, que só conhecia através de fotografia, me despertava pensamentos decadentes e escandalosos. Eu sentia ânsia por suas carí­cias.


-Olá, delí­cia. Venha dançar comigo - disse de repente um desconhecido.


-Me deixe em paz.


Sem se deixar afetar por minha falta de interesse, ele me pegou pelo pulso.


-Você gostará, prometo isso.


Eu o afastei com um movimento do pulso.


-Afasta as mãos - murmurei -, ou lhe cortarei isso.


Ele riu como se aquilo fosse uma brincadeira, sem saber que ela faria isso e mais. Nunca proferia uma ameaça que não estivesse disposta a cumprir. Fazê-lo seria uma debilidade, e me prometi há muito tempo atrás que nunca voltaria a mostrar a mí­nima fragilidade.


Felizmente, o desconhecido não tentou voltar a me agarrar.


-Por um beijo - disse com voz rouca-, te deixaria fazer o que quisesse com minhas mãos.


- Nesse caso, cortarei também suas genitálias. O que te parece isso?


Ele soltou uma gargalhada que chamou a atenção do meu alvo. Este levantou a vista e olhou primeiro o desconhecido, e me olhou. Meus joelhos tremeram.


"Oh, céus."


Esqueci-me do desconhecido e respirei profundamente. Era minha imaginação o fogo que tinha visto arder de repente nos olhos dele?


"Agora ou nunca".


Umedeci os lábios e, sem afastar o olhar dele, caminhei sensualmente até sua mesa. A meio caminho me detive e fiz um gesto com o dedo para que caminhasse até mim. Ele ficou em pé e se aproximou, como se um fio invisí­vel o tivesse puxado.


Tão perto, era bem mais alto que eu , em músculo e perigo. Pura tentação. Sorri lentamente.


- FELIZ ANO NOVO!- não lhe dei tempo para responder. Esfreguei meu quadril esquerdo contra ele, e dei a volta para lhe oferecer uma visão de minhas costas. Trajava um espartilho fechado com fitas finas, e sabia que a cintura da saia lhe rodeava tão abaixo nos quadris que deixava a descoberto o elástico de minha tanga.


Ele assoviou em voz baixa.


-Por que me chamou? -perguntou ele tranqí¼ilo.


-Queria dançar com você - respondi olhando para trás. - Tem algum problema?


Ele não hesitou ao responder.


-Sim.


-Quanto te pagaram para que faça isto?


-Me pagaram?-respondi e com um sorriso me aproximei dele de costas e me esfreguei contra seu corpo.


- Qual é o pagamento? Orgasmos?


Ele, pôs distância entre nós dois.


E tive uma imediata sensação de perda.


- Nada de contato - disse ele.


Percebi que tinha tentado soar calmo, mas percebi sua tensão, seu nervosismo. Ele colocou as mãos dentro dos bolsos da calça.


"Se acalma...", disse a si mesma. "Seu tempo está acabando, garota".


Voltei a me concentrar nele.




-Onde estávamos? -perguntei, e passei um dedo pelo elástico da tanga até que atrai o olhar dele às asas brilhantes do anjo que havia no centro.


-Eu estava a ponto de partir - respondeu ele.


-Mas eu não quero que vá - disse com uma careta.


Ele deu outro passo atrás.


- Não me acha desejável? -respondi, me aproximando dele sem piedade. Ele apertou os lábios e não respondeu.


-Não tem nem idéia de com o que está jogando, mulher.


-Oh, claro que sim - repliquei, e olhei por todo seu corpo.


-Eu disse que nada de contato - rosnou ele.


O olhei nos olhos e elevei as mãos, com as palmas para fora.


-Não estou tocando em você, carinho. "Embora deseje demais fazê-lo".


-Seu olhar diz outra coisa - respondeu ele com tensão.


-Isso é por que...


-Eu dançarei com você - disse outro desconhecido.


-Não - respondi sem olhá-lo.


Eu desejava ele. Não valeria nenhum outro.


Mas, eu tinha um desafio a cumprir...e não seria nada fácil no final.


Começei a me mover no ritmo da música e, sem afastar o olhar de dele, passei os dedos pelo meu abdômen.


Seus olhos seguiram cada um dos meus movimentos.


-Dança comigo - disse em voz alta, com a esperança de que ele não me ignorasse. Lambi os lábios para umedecê-los.


-Não - sussurrou ele.


-Por favor. Não me acha desejável, carinho?


-Esse não é meu nome.


-Muito bem. Não me acha desejável?


-O que eu penso de você não importa.


-Isso não responde minha pergunta - respondi com uma careta.


-Não o pretendia.


Grr! Que homem tão frustrante.


Tão irritante!


Dei a volta e me agachei. A saia me subiu pelas coxas, oferecendo uma visão melhor da minha tanga azul e das asas que se estendiam do centro. Quando voltei me levantar, imitando os movimentos do sexo, girei lentamente e lhe ofereci uma visão de todo o corpo.


Ele inspirou bruscamente, com todos os músculos do corpo tensos.


- Cheira a morangos.- disse e enquanto falava, parecia um predador a ponto de atacar.


- Com certeza também é meu sabor - disse a ele, apesar do fato de que ele tinha mencionado meu aroma como se fosse uma terrí­vel afronta.


Ele emitiu um grunhido e deu um passo para ela.


Então aproveitei a oportunidade que a música rock terminou e a música "Delicate" de Terence Trent D'Arby and D"sirée " começou a tocar, lenta e sensual.


-Vamos, dança comigo -pedi - É a única maneira de ficar livre de mim, essa noite.


E, para provocá-lo um pouco, me aproximei, fiquei nas pontas dos pés e lhe mordi suavemente o lóbulo da orelha. Ele voltou a grunhir, mas por fim, rodeou-me com seus braços. A princí­pio, pensei que ele fosse me empurrar, mas colou-me ao seu corpo e fez com que apertasse meus seios contra seu torso e que montasse escarranchada sobre sua coxa esquerda.


Me senti muito excitada.


-Se quer dançar, dançaremos. Lentamente, ele me balançou de um lado a outro sem que nossos corpos se separassem.


Senti centenas de pontadas de prazer. Minha bucetinha melava entre minhas dobras, sentia por dentro latejar, pulsar...contrair-se de tesão, de fome. Fome por aquele Homem que acabara de conhecer.


Pelos deuses do céu, aquilo era melhor do que tinha imaginado. Fechei os olhos. Ele era muito grande. Tinha os ombros largos e a parte superior do corpo me envolvia. E, durante todo o momento, sua respiração me acariciava a bochecha como um amante atento. Tremendo, deslizei as mãos por suas costas e as enredei em seu cabelo sedoso.


" Simmmm... aaaaaaa.... Mais.. como dançar daquela forma podia dar um tesão indescrití­vel daquele, me deixava sensí­vel e quase ao clí­max!".


Embora ele me desejasse tanto como eu o desejava, não o podia ter. Não completamente. Ele fazia parte de um jogo. E ele iria me odiar quando descobrisse o motivo de eu estar ali.


No entanto, naquele momento, de todos os modos podia desfrutar daquele prazer.


Ele acariciou a linha da minha mandí­bula com o nariz.


-Todos os homens daqui a desejam - disse brandamente, embora suas palavras fossem tão afiadas que poderiam ter cortado como uma faca-. O que quer comigo? Por que eu?


-Porque sim - respondi, inalando seu perfume , seu cheiro.


-Isso não responde a minha pergunta.


-Não o pretendia - retruquei.


Ele agarrou-me com força.


-O que quer de mim? E não minta.


-Aceitarei um beijo - respondi, desconversando. Na realidade, insisto em que me dê um beijo.


Sem afastar os olhos dos meus enquanto fazia um gesto ao seus amigos que se aproximavam, para que se retirassem-. Preciso estar um momento a sós com ela.


Aquela afirmação assombrou-me.


- Nos beijarmos um pouco não tem nada de mau, não?


- E o que vai conseguir com um só beijo?


Tudo. Senti uma grande impaciência, e passei a lí­ngua pelos lábios.


- Voce costuma ser tão falador assim?


- Não...


Puxei sua cabeça para baixo, para meu rosto, e esmaguei meus lábios contra os dele. Imediatamente, ele abriu a boca e nossas lí­nguas se encontraram em um profundo e úmido ataque. Eu senti uma quebra de onda de calor quando o sabor de hortelã me invadiu.


Agarrei-me a ele.


O necessitava. Enquanto o fogo me devorava, me esfregou contra seu corpo, incapaz de me conter. Ele me agarrou pelo cabelo e tomou o controle absoluto da minha boca. Eu havia sido apanhada em um redemoinho de paixão e sede que só ele podia acalmar. Tinha entrado pelas portas do céu sem dar um só passo.


Alguém aclamou; outro assobiou.


Em um instante, senti como se me levantassem do chão e não tivesse nenhum seguro. Em instantes, senti uma parede fria contra as costas. As aclamações tinham cessado repentinamente. O ar frio me feria a pele.


Fora? Perguntei-me.


Enquanto gemia, sem me preocupar, rodeei a cintura dele com as pernas enquanto sua lí­ngua me invadia sem dó. Agarrei seu quadril com força com uma mão, e com a outra puxei seu cabelo, entrelaçando uma vez mais os dedos na sedosa cabeleira, e fazendo que inclinasse a cabeça para obter mais contato.


-É... é... -sussurrou ferozmente.


-Estou desesperada. Não fale mais. Beije-me.


Ele perdeu o controle. Voltou a afundar a lí­ngua em minha boca, e a paixão e o calor se converteram em um inferno ardente. Ele estava em todo meu corpo; se converteu em uma parte dela.


Não queria que aquilo terminasse.


-Mais - disse com voz rouca, e pôs a palma da mão em meu seio.


-Sim - sussurrei-. Mais, mais, mais.


-É deliciosa....Ahhh...meu caralho lateja por você...baba por voce...voce está me deixando louco!


-Ahhhh....não consigo resistir a você...estou tão molhada, quente....


-Me acaricie - disse ele com um grunhido.


Ao ouvir seu pedido, senti que meu desejo se intensificava. Possivelmente ele me desejava. Depois de tudo, tinha pedido que o acariciasse, o qual significava que queria algo mais que um beijo.


-Será um prazer - disse.


Com uma mão, subi a ponta da camiseta; com a outra, acariciei seu abdômen.


Os músculos dele se esticavam a cada toque, e mordeu o meu lábio inferior.


-Sim, assim ....


Eu estava a ponto de chegar ao clí­max; a reação dele tinha sido como combustí­vel para um fogo que já era abrasador. Gemi.


Com os dedos, ele desenhou os cí­rculos dos meus mamilos antes de beliscá-los brandamente. Cada vez que os acariciava, notava que seu próprio corpo pulsava de desejo.


-Eu adoro te tocar.


Ele lambeu-me o pescoço e deixou um rastro de calor sensual em minha pele que fez que abrisse os olhos de repente, e estive a ponto de ofegar quando me dei conta de que realmente estávamos fora, apoiados contra o muro exterior da boate, em um canto escuro.


-Te desejo - sussurrou ele. - Ah....quero você...quem é você?


-Já era hora -respondeu ela -. Eu também quero voce...preciso sentir mais de você. Preciso te acariciar mais - gemi.


Baixei as pernas e levei minhas mãos até a braguilha para abrir sua calça e rodear com os dedos sua ereção.




No entanto, ouvi o eco de uns passos. Ele também deve ter ouvido, porque ficou tenso e se separou de mim.


Ele estava ofegando, e eu também. Meus joelhos fraquejaram enquanto nossos olhares ficaram unidos durante um segundo. A paixão ainda chispava entre nós; nunca teria pensado que um beijo pudesse provocar semelhante ignição.


-Coloque sua roupa - disse ele.


-Mas... Mas... - Eu não estava pronta para terminar, com público ou sem ele.


-Faça-o. Agora.




Pela expressão dura dele, compreendi que ele tinha terminado. Com os beijos e com ela.


Coloquei a saia e o espartilho com as mãos trêmulas, e quase imediatamente, vários amigos dele apareceram.


-Eu não a convidei - disse o primeiro desconhecido que havia me abordado -, e Raul não encontrou a ninguém que seja seu amigo. Por que tentou seduzi-lo?


-Por que estão me interrogando? -perguntei ela, olhando a todos fixamente. A todos, menos Dante Casanova, o evitei


- O vi, gostei e fui atrás dele. Isso é tudo.


Os homens cruzaram os braços; era evidente que não acreditavam. Tinham formado um semicí­rculo ao meu redor sem que me desse conta. -Queria me deitar com ele, entende isso, idiota?


Houve uma pausa de assombro.


Ele se interpôs entre seus amigos e eu.




-A deixem em paz - disse ele -. Não vale a pena.


A sensação de felicidade se desvaneceu. Que não valia a pena? Ele acabava de acariciar-me, de esfregar seu corpo contra o meu, como podia dizer algo assim?




Com um grunhido, aplicando toda minha força, minha fúria e minha dor, o empurrei. O joguei para frente e ele se chocou contra o tal Raul. Ambos emitiram uma exclamação de dor e se afastaram um do outro.


Ele deu a volta para olhar-me.


-Ayeska... -disse ele com um sussurro-. Basta.


Eu fiquei imóvel.


- Como sabe o meu nome?


E me lembrando do real motivo de estar ali, disse:


- Gotcha! Me enviaram para ser o seu desafio...voce disse que NUNCA beijaria uma mulher desconhecida que o provocasse ... que fosse fácil...e bem Casanova, você perdeu a aposta! Voce queria mais que um beijo! Adeus e boa sorte na próxima!




Deixando um Dante Casanova entre estupefato e raivoso, virei as costas para ele e seus amigos; rebolando sensualmente fui embora, sem deixa-lo ver o sorriso triste em meu rosto.




Escrito por Ayesk@




Nota da Autora: Faz tempo que não escrevo e não tenho tido a inspiração necessária ; espero que gostem do meu primeiro conto do Ano.


A música " Delicate", foi indicada por um Amigo Especial, sendo assim dedico esse conto a "Ele". Bjs doces inquietantes!




Direitos Autorais reservados conforme Lei.


*Publicado por Ayeska no site climaxcontoseroticos.com em 07/03/15.


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