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O Garoto do Mercado - Pt. 5 | Flagra

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 31/07/17
  • Leituras: 2347
  • Autoria: dri_al
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Kaique.


Sai dali com a cabeça quente, novamente eu falhei. Só que dessa vez foi bom pra caramba, não me arrependo. Preciso compartilhar isso com o Pedro o quanto antes. Certeza que serei zoado mais duas semanas, mas vou contar assim mesmo. Dobrei a esquina, dei mais alguns passos e entrei em casa. Antes de atravessar o batente da porta, percebi uma conversa, tinha mais alguém em casa. Bom, alegria de pobre dura pouco. Meu irmão do meio estava lá, que felicidade (claro que não). A senhora minha mãe, como sempre, perguntou onde estava e por que cheguei tão tarde, disse que tinha ido na casa de um amigo jogar um pouco. Desviei o olhar para aquela figura segurando as malas:


- O que ele está fazendo aqui? - Não escondi a decepção.


- Seu irmão vai passar um tempo com a gente. - Ela o olhava - Ele conseguiu se meter com uma briga feia lá e como sempre... voltou. - Ela se decepcionava muito com Thiago, mandou ele para o sul, estudar junto com a namorada, mas o bastardo conseguia dar trabalho, sem contar as incontáveis vezes que meus pais recebiam ligações da faculdade ou de algum outro lugar fazendo reclamações sobre as burradas dele. Eu apenas balancei a cabeça. Passei por ele. Me segurou:


- Espera aí­ maninho, não vai falar comigo? - Que cara chato.


- Oi Thiago, como vai? - Respondi debochando.


- Agora bem melhor! - Ele forçava uma expressão de despreocupado, folgado e atoa.


Segui em direção ao quarto. Ainda tinha que falar com Pedro. O meu santuário é bem organizado, sou muito perfeccionista, não é à toa que quem arruma as prateleiras do mercado sou eu. Deitei na cama empurrando algumas folhas de uma pesquisa da escola. Peguei o celular. Não gostava de senhas. Passei o dedo na tela e abri o WhatsApp. Pedro estava online. Que ótimo! Não deixo de lembrar do dia que contei minha primeira experiência para ele, sua reação foi muito engraçada, ria e chacoteava de mim. Nossa amizade era sincera, mesmo ele sendo gay e me contando suas aventuras malucas. Realmente nos levávamos a sério. Foram várias as vezes que fui acudido em algum boteco depois de beber além do necessário, tudo feito pelo Pedro. Voltei a terra e o chamei:


Boa noite mano


~~Fala manolo


Mano, tô precisando de uma consulta


~~Pera ae que vou abrir meu escritório aqui


Quem bom! Vê se serve coca dessa vez kkkk


~~Aqui só produtos de qualidade direto do mercado Rodrigues


kkkkkk chega de enrolar


~~OK né


Peguei mais um cara... §)


~~Oi?


~~Ah não, para


Sim é vdd... não me mata


~~Vc tá brincando miga!?


Pega leve cara... kkkk


~~Detalhes... eu quero detalhes!


Bom, daí­ para a frente expliquei tudo, contei como aconteceu e fui sórdido nos detalhes. Ele respondia de forma rápida e eu continuava, uma hora disse que estava se masturbando. Morri. Tive minha sessão de terapia, dei boa noite e fui dormir. Gostava de compartilhar as coisas com ele, sempre esteve ao meu lado para tudo. Quando terminei meu namoro com a Camila, ele ficou comigo o tempo todo. Muito parceiro.


Durante a noite eu tive um sonho estranho, parecia estar no controle de uma nave em um espaço verde e vinho, avistei dois planetas e tentei seguir no rumo do que me chamou mais atenção, só que o controle da nave não permitia, ela estava indo para o outro. Acordei.


Relógio chato marcava 06h45, tinha que arrumar as coisas e ir para a escola. Estudava em um colégio público, não gostava muito, mas fazia o possí­vel para aprender, sempre fui atento e estudioso.


Depois de ouvir uma enorme teoria alien do professor hipster de música, finalmente o sinal tocou, acabou a última aula. Voltei para casa correndo. O almoço estava cheirando, a comida da velha é ótima. Tratei de não almoçar na mesa para evitar a presença inconveniente. Minha mãe insistiu, mas fui logo correndo para o quarto. Comi tudo e larguei o prato num canto da bancada do PC. Catei o celular, 12h30, tratei de ligar para o Adriano. Eu queria ouvir a voz dele, uma coisa lá dentro pedia. Só fui. Ele atendeu! Ele atendeu! E agora? Não saiu uma palavra, eu só respirava fora de controle. Até que ele falou o alô mais uma vez e eu consegui emitir um som. A conversa tomou um rumo, o assunto estava meio fraco e acabou indo para uma parte que me incomodava bastante, me estressei e cortei logo. Desligamos. Acho que fui meio intolerante, mas não gosto de falar do Thiago. Acabei chateado depois dali. Sai do quarto e topei com meu pai já soltando:


- Filho, a tarde é sua na lotérica. Fique à vontade, as contas estão ali do lado do telefone. Depois vai no armazém fazer os pedidos. Pode usar o carro, mas fique alerta com a polí­cia. - O rei da Ironia. - Vou para a fazenda junto com sua mãe na caminhonete, então usa o Fiat. Seu primo ficou no mercado. Passa lá de vez em quando só para saber se está tudo em ordem.


- Ok pai. - Não tinha escolha mesmo. Meus pais já foram saindo. Eu também estava de saí­da, catei as chaves e fui para a lotérica. A fila estava enorme (novidade), já bati a mão no bolso a procura de alguma distração. Que bom, o celular ficou em casa. A tarde vai ser ótima.


Após passar a tarde toda correndo pela cidade, enfim eu podia voltar, e queria muito. Estava com um tesão lascado. Ficar sem o que fazer me ajudou a lembrar da noite de ontem, e fez a coisa esquentar aqui em baixo.


Parei o carro na porta de casa, enquanto descia avistei um amigo de Thiago, que ele conheceu no fundamental, dobrando a esquina, já tratei de poupar o serviço e gritei para ver se "a merda" saia no portão e não me dava o luxo de ter duas desagradáveis presenças dentro de casa:


- Thiago... você tá aí­? - Escutei vozes dentro da casa, ele parecia estar conversando com alguém.


- Thiago, seu merda! Ficou surdo? - Só poderia estar no celular. O amigo já se aproximava da porta. Então corri para dentro na tentativa de tirá-lo logo de lá. Estava no quarto. Bati na porta. A voz rouca pediu que esperasse. Repetiu a frase "espera, espera, espera". Esperei até ouvir o som das batidas no portão. O amigo havia chego. Perdi a paciência, coloquei a mão na maçaneta e girei.


- O que é isso? Meu Deus... O QUE É ISSO? - Só podia estar vendo coisa.


Continua...


*Publicado por dri_al no site climaxcontoseroticos.com em 31/07/17.


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