Paixão Antiga

  • Publicado em: 21/10/17
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  • Autoria: Nathanael
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A chuva caia moderadamente quando cheguei na porta do prédio onde ela morava. Inevitável ser temperado por algumas gotas de água. A passos largos me desloquei até a porta do elevador, cumprimentando o porteiro, César, que já me conhecia de outras vezes em que eu havia estado ali.

- Bom dia sr. Marcos; 14º andar?

- Exatamente. - Foi a única coisa que conseguir responder, sem demonstrar muito meu nervosismo, mesmo assim creio que César o percebeu, pois com um leve sorriso de canto da boca, ele abaixou a cabeça e voltou a ler seu jornal.

A espera pelo elevador parecia uma eternidade, eram anos sem se ver, e foi a pouco tempo que a troca de e-mails voltaram a ocorrer. E com ela, uma enxurrada de emoções e desejos. Aquele cigarro voltou a ser tragado, com força. Era ní­tido que a paixão não havia morrido, que o tesão apenas adormeceu, que o desejo se camuflou, e que o magnetismo entre nós dois aumentava cada vez mais.

Quando entrei no elevador, olhei para fora, não pensei em nada, apenas travei. A porta permaneceu aberta. Meus olhos não piscavam, e a dúvida caiu em meus pensamentos. Involuntariamente, sem olhar para o painel, meu braço se ergueu, e meu indicador tocou o botão 14. As portas se fecharam e o elevador começou a subir, numa viagem sem interrupção, até meu destino. Parado a frente da porta dela, a dúvida ainda me consumia, o senso de errado me dizia para ir embora dali, esquecer tudo. Com a testa e a mão apoiada na porta, eu não sabia o que fazer. Nesses momentos, o desejo é o maior traidor do bom censo.

Revirei meu bolso até achar a cópia da chave de seu apartamento, ela havia mandado para mim juntamente com um casaco que eu havia esquecido com suas coisas. O pretexto inicial, o estopim de tudo isso aqui. Com calma eu abri a porta, e o silencio reinava no apartamento. Eram nove horas da manhã, horário em que ela acordava. Coloquei minha mala e minha mochila no corredor. Não pude evitar de ir direto ao seu quarto.

Abri a porta lentamente, no momento em que ela estava despertando. Estava descoberta, com uma linda calcinha verde de renda, tipo shortinho, com suas nádegas para cima, e a perna levemente inclinada. Meu coração disparou quando percebi que ela usava aquela mesma camisa azul minha. Ao virar-se para mim, procurando por sentar na cama, pude observar seus pequenos seios fazendo uma curvatura no caimento da camisa, com seus bicos eriçados, sobressaindo e aumentando meu desejo para mais uma vez tê-los em minha boca. Ao me ver, ela sorriu e disse:

- Quanto tempo meu amor, quanta saudade - nesse momento seus olhos baixaram para minha calça e ela percebeu minha ereção - porque você não deitar um pouco? A viagem deve ter sido cansativa.

- Nunca vou estar cansado para amar você.

Me aproximei da cama, e ao seu lado apoiei meu joelho, e tomando seu rosto em minhas mãos, olhei em seus olhos e sorri, com uma alegria que nunca havia sentido. Ela sorriu de volta, e foi impossí­vel não beijar aqueles lábios convidativos. As mãos dela subiram por baixo de minha camisa, acariciando minhas costas. Nossos beijos eram os mais gostosos que eu já havia experimentado.

Tirei minha camisa, minha calça, enquanto ela tirava graciosamente a camiseta que vestia. Revelou seus lindos seios, pequenos, redondos, excitados. Não me detive e devagar, beijando seu pescoço, desci roçando minha barba na sua pele, até deslizar minha lí­ngua em seus mamilos durinhos. Em movimentos circulares, aproveitando cada milí­metro do seio daquela linda mulher. Minha mão passeava por suas costelas e costas, enquanto as mãos dela se agarravam em meu cabelo. Ela se deitou, e eu me dirigi aos seus pés. De joelhos na cama, aos seus pés, comecei a massageá-los, sem dizer uma palavra sequer, apenas aproveitando, sentindo, amando aquele momento. Quanto mais olhava aquele corpo marcado por tatuagens coloridas, pintadas em uma pela alva e macia, sedosa e perfumada, que exalava um inebriante odor de flores silvestres. Com ela deitada e eu de joelhos na cama, seus pés tocando delicadamente meu peito, deixando a amostra sua calcinha, a parte interna das suas coxas, sua virilha. Uma visão hipnotizante, e enquanto apertava e beijava um de seus pés, ela escorregou o outro pelo meu peito, descendo pelo meu abdômen, parando em cima do volume da ereção em minha cueca. Levou suas mãos aos seios e sorriu para mim, acariciando-me com o pé.

Minha boca começou a passear por sua coxa, beijando e mordendo acima do joelho, seguindo em direção a sua calcinha. Meus dedos passaram a deslizar por sua pele, e foram os primeiros a chegar ao local de mais desejo. Ao tocá-la de leve, puder sentir ela quente, ficando molhada, e seu corpo se contorceu, e um gemido baixo nasceu de sua boca. Sua mão pegou a minha, direcionando-a para cobrir com meu toque a maior parte possí­vel da sua calcinha. Peguei-a firme pela cintura, e a girei em cima da cama, com força, fazendo seus belos dreads balançarem no ar. Ao expor suas lindas nádegas, robustas e redondas, não me contive e soltei um forte tapa nela, fazendo que um leve grito ecoasse pelo quarto. Poucos segundos depois pude ver brotar contornos vermelhos do desenho de uma mão no local onde minha palma encontrou a macia pele da minha amada.

Ela empinou sua bunda na minha direção, com os braços esticados e a cabeça abaixo da linha da lombar. Devagar, beijando e mordendo sua bunda, retirei sua calcinha. A cada centí­metro que abaixava, eu revelava um pouco mais do corpo daquela mulher que por anos povoou meus desejos. Aos poucos revelava seu ânus, descendo mais, a linda vagina. Rosada, com os lábios pequenos, mas de aparência suculenta. Levei sua calcinha até seu calcanhar, e de um pé cada vez a tirei. Deslizei minha lí­ngua, do mesmo jeito que alguém desliza por um picolé em um dia quente de verão, pelos lábios molhados, começando na base do clitóris, indo à entrada, e parando depois de chegar no ânus. Que delicioso sabor tinha sua vagina. Deitei de costas na cama, e pedi para que ela sentasse na minha cara. Com graciosidade ela atendeu meu pedido, com as pernas dobradas ao lado dos meus ombros, segurando meu cabelo com uma mão e se apoiando na cabeceira da cama com a outra. Desceu devagar com se quadril, rebolando e olhando em meus olhos, com uma expressão de desejo. As minhas mãos passavam por baixo de suas coxas e as abraçavam, deixando que eu segurasse ela firme pela cintura.

Quando minha lí­ngua tocou finalmente os lábios da sua vagina, pude sentir o doce néctar dela escorregar para minha boca. Nunca senti tanto desejo antes, mas me contive para fazer da melhor maneira a dar prazer a minha amada. Minha lí­ngua se divertia entre os movimentos diversos e ritmados que fazia nela, subindo e descendo, da entrada ao clitóris e sugando levemente os lábios. Enquanto me esbaldava naquele mar de desejo, sentindo escorrer pela minha barba o prazer de Emanuelle, podia perceber o leve tremor que se abatia em suas pernas, apreciava com carinho o movimento da sua respiração, e contemplava seu rosto inundado pelo tesão, seus olhos fechados e sua boca entreaberta. Não queria nunca mais sair daquele local, queria chupar essa mulher por toda a eternidade.

A tremedeira começou a tomar conta de seu corpo após mais alguns minutos naquela posição e naquele deleite da minha lí­ngua. Ao mesmo tempo começou a rebolar timidamente, a mexer seu quadril e a puxar meu cabelo com mais força. Apertei mais forte sua cintura, e mantive o ritmo do meu trabalho bucal. Não demorou muito e seus gemidos se intensificaram, sua respiração ficou mais forte e sua cintura mais maleável com seus movimentos.

No ápice do momento, suas pernas pressionaram meu tórax, enrijeceram, sua respiração travou, e alguns segundos depois, ela veio abaixo, relaxando cada músculo do seu corpo, inspirando fundo o ar de volta aos pulmões e desabando seu peso em cima do meu peito. Estava demasiadamente ofegante, e eu lhe perguntei em tom de brincadeira se gostaria de uma pausa. Ela riu e deu uma tapa leve em meu rosto antes de deixar sua face cair sobre meu peitoral novamente. Deixei que o corpo dela caí­sse para o lado na cama e me levantei, procurei uma toalha no banheiro, para secar a barba que estava ensopada.

- Não é melhor lavar o rosto? - Ela me perguntou do quarto, com a voz meio sonolenta.

- Não, prefiro ficar sentindo seu cheiro na minha barba o resto do dia.

Ao voltar para o quarto, ela estava de joelhos na cama, e ao me aproximar ela pegou a barra da cueca e me puxou para perto. Com as duas mãos e bastante forca, Emanuelle baixou minha cueca, expondo meu membro rijo em sua face. Sem pegar com as mãos nele, simplesmente o abocanhou, virou seus olhos em direção aos meus e cravou suas unhas em minhas coxas. Fechei meus olhos ao sentir a sensação de estar nas nuvens, a lí­ngua de Emanuelle parecia ser mágica, descendo até a base do meu pênis e subindo com maestria até a cabeça. Suas unhas desciam pintando de vermelho as marcas que deixavam na minha pele. Seu olhar me hipnotizava, e seu prazer era meu prazer. Puxava-a fortemente pelo cabelo, fazendo seu rosto ficar voltado para cima, olhando para mim com a boca entreaberta e molhada com sua própria saliva, eu batia em sua face com a palma da mão, de leve, segurando seu maxilar, depois a soltava, e ela ia direto se deliciar no manjar do meu membro. Posicionou-se de quatro na minha frente sem tirar a boca do meu pênis. Agora segurava-o com uma mão enquanto me chupava, e foi impossí­vel não ajudar no movimento puxando seus lindos dreads. A curvatura de seu corpo era magnifica nessa posição, suas costas levemente arqueadas e sua bunda empinada, com alguns de seus dreads caindo pelos ombros, as tatuagens a mostra nas pernas e nos braços.

Minha mão desceu fortemente em sua nádega, um tapa espalmado, cheio, de sonoridade seca, fazendo formigar tanto o local em que bati, quanto a mão que usei para fazer tal ato. Desci com meus dedos entre suas nádegas, indo até a bucetinha molhada de Emanuelle, introduzindo o dedo do meio nela e fazendo a minha amada suspirar e sugar-me com mais vontade. Deixei meu dedo bem molhado, e então usei ele para masturbar a entrada de seu ânus, massageando em movimentos circulares.

Que Mulher era aquela! Emanuelle começou a deslizar sua lí­ngua na base do meu pênis, subindo por ele, enquanto massageava minhas bolas com uma de suas mãos, continuou com a lí­ngua subindo pelo meu abdômen, seguindo pela barriga, peito, pescoço, até chegar na minha boca. Agora, ela de joelhos na cama e eu em pé na sua frente. Abraço-a forte, apertando sua bunda, enquanto nossos lábios se encontram num beijo apaixonado. Seus braços passam ao redor do meu pescoço, e eu a seguro pela parte de baixo das suas nádegas, puxando-a mais para mim. Pego ela no colo em um movimento impulsionado pelos dois corpos. Ela joga suas pernas envolvendo-as em minha cintura, e eu a seguro com meus braços paralelos as suas coxas e as mãos próximo ao quadril.

Não paramos de nos beijar, e eu a carrego pelo quarto até chegar a porta. Chuto-a com força para que se feche. O som oco da batida faz minha amada suspirar e apertar meu corpo com mais força. Colo suas costas contra a madeira da porta. Ela ergue levemente seu corpo, arqueando suas costas, olho para as tatuagens em suas pernas e meu tesão aumenta ainda mais. Dou uma leve rebolada, para que meu membro se encaixe melhor nela. Ela faz o possí­vel para chegarmos ao ponto certo, a posição não favorece muito no iní­cio.

Após uma mexida no quadril, nossos olhos voltam-se ao mesmo tempo um para o outro, e meu pênis está no ponto certo para penetrar Emanuelle. Deixo ele escorregar na vagina encharcada dela, devagar, para não machucar. Meu membro não é demasiadamente comprido, mas tem uma grossura significativa, o que pode causar algum desconforto se não for usado corretamente. Mas Emanuelle e eu sabemos como aproveitá-lo ao máximo.

A cada centí­metro mais fundo, minha amada inspira o ar mais intensamente. Sinto cada local daquela vulva maravilhosa, quente, molhada, macia e excitada. Emanuelle começa a rebolar gentilmente, fazendo meu membro adentrar mais fundo, cada vez mais fundo. O stress nos meus músculos, e a sensação dos dedos daquela mulher passando pelos meus cabelos, o perfume da sua pele, o doce sabor do seu beijo, o prazer da entrega do seu corpo para mim, a maciez e o calor da sua vagina, o toque de nossas peles, o movimento de nossos desejos, o tesão entre nós dois paira no ar como uma névoa que toma conta de todo um recinto.

Estávamos embebedados no amor e na libido, imersos no oceano do tesão, voando alto entre as nuvens da adrenalina.

Com ela ainda em meu colo, caminho devagar carregando seu corpo até a cama, jogo-a nos lençóis brancos de algodão, seguro uma de suas pernas esticadas sobre meu tronco, enquanto me ajoelho no colchão. Deslizo minha mão por sua coxa, abraçando-a com força, envolvendo sua carne em meu braço. Com o lábio inferior de sua boca entre os dentes, minha amada ergue seu tronco em minha direção, apoiando-se em seus cotovelos para se ajeitar e logo depois deixando-se cair no peso do corpo.

Com minha mão, direciono meu membro em direção a ela, dessa vez ele entra com mais facilidade, mas mesmo assim eu coloco-o com calma, devagar, para ambos sentirem cada parte de nossos corpos se conectando. Me delicio ao ver o prazer em seu rosto, seus olhos fechados e sua boca aberta, sua respiração forte, e as feições que se multiplicam conforme movimento meu pênis dentro da sua vagina. Não existe para mim, prazer maior do que dar prazer a esta mulher. Fazê-la minha pelos infinitos minutos do curto tempo que estamos inebriados nesse desejo. Esquecemos do mundo que passa no lado de fora da janela, dos carros passando na Av São João, do trânsito na Av Duque de Caxias, do movimento no centro de São Paulo, aproveitando apenas o som da chuva, como uma filarmônica dando o tom à nossa opera sacana.

Ergo sua outra perna até meu tronco, ambas estão esticadas num ângulo quase reto, seus calcanhares se apoiam em meus ombros, um em cada lado, mantendo suas pernas fechadas, e sua vulva mais apertada, porém, mais aconchegante, mais molhada, mais quente, mais desejosa. Seguro suas pernas pelos joelhos, deslizando firmemente minhas mãos por suas coxas, ou subindo até seus pés, pressionando firme contra meu corpo. Aumento vagarosamente a intensidade com a qual penetro ela, a velocidade vai subindo conforme seus gemidos se tornam mais altos e menos ritmados. Uma gota de suor se forma em minha testa enquanto o tempo passa vagarosamente em nossa cama, os gemidos e suspiros de Emanuelle me excitam cada vez mais, senti-la se entregando totalmente para mim é praticamente indescrití­vel.

Na mesma posição, nossas mãos se entrelaçam, nossos olhos se cruzam, nossas respirações e nossos corações aceleram, meus movimentos de vai e vem se tornam mais fortes, mais rápidos, e o suor começa a descer pelo meu rosto. Desço minhas mãos por suas coxas tatuadas e as seguro com firmeza, apertando com força sua cintura, usando de contra golpe para meus movimentos. Seguro-a pelos calcanhares e viro seu corpo de lado na cama, sem tirar meu pau de dentro dela, faço com cuidado para não machucar. Suas mãos percorrem o lençol até achar um amontoado de dobras no tecido para se agarra nele. Seus dreads caem sobre o rosto, e de sua boca nascem gemidos profundos, suas pernas se entregam ao relaxamento muscular, e seus seios balançam levemente conforme os caprichos de cada penetração que eu faço. Com uma das minhas mãos eu aperto as pernas de Emanuelle, com a outra, seguro uma de suas nádegas, deixando mais espaço para penetrá-la fundo.

Meus dedos deslizam por sua cintura, subindo por suas costelas, indo até seus cabelos. Puxo-os com força, esticando seu pescoço, e aumento a força da penetração, fazendo com que Emanuelle olhe como pode para mim, gemendo, com as sobrancelhas levemente arqueadas, a boca entreaberta e o rosto suado, sem dizer uma única palavra, mas deixando ní­tido em seu olhar que desejava mais. Seu braço agarrou o meu, e nós dois os entrelaçamos, formando uma espécie de cordão. Suas unhas entravam na carne do meu braço, e eu a apertava com força. Com meu outro braço, abracei sua coxa, passando-o por entre suas pernas, laçando-a e erguendo ela no ar. Com um dos meus joelhos apoiados na cama, e o outro num ângulo reto, erguia Emanuelle como podia enquanto ela não soltava as unhas do lençol e do meu braço. Podia sentir o ardor dos cortes que ela fazia na minha pele, a tensão em todos os músculos do meu corpo, a fadiga da viagem intercontinental, e o tesão enorme por aquela mulher. Não poderia me segurar por muito tempo, e ela percebeu isso em meu olhar, começou a gemer mais forte, mais alto, a pedir que eu a fodesse com mais força, que eu fizesse dela a minha putinha. -Você é o único homem que eu quero em minha vida... - disse ela entre gemidos e suspiros - Me fode!

O suor corria livremente por nossos corpos, e os dois estavam chegando ao ápice. Urros e gemidos eram soltos no ar apaixonado daquele quarto, corpos suados e doloridos, anestesiados, dançando num palco de espuma, num ritmo frenético e surreal. De repente silêncio. Tensão muscular.

Olhos nos olhos enquanto gozávamos juntos. Tudo então se desprendeu, e nossos corpos despencaram com a força da gravidade, sucumbindo ao cansaço, caindo soltos entre os lençóis brancos, molhados de suor. Por alguns segundos, nada se ouvia se não os carros na avenida e a chuva batendo no vidro da janela.

Levantei e convidei Emanuelle para tomar um banho.

- Não consigo mover minhas pernas ainda, se quiser, pode ir.

Enquanto a agua quente do chuveiro corria abaixo pelo meu corpo, eu pensei em tudo o que aquilo poderia significar, em todo nosso amor do passado, em toda beleza de nossas transas, no blues de nossa paixão, nos altos e baixos dessa relação. Quando voltei ao quarto, já vestido, vislumbrei seu corpo nu adormecido, como um anjo descansando em uma nuvem do céu. Recolhi meus pertences que estavam espalhados, arrumei eles em algum canto da minha mochila. Dei um beijo na testa de Emanuelle, e sem abrir os olhos, com a voz fraca, ela me disse:

- Vamos nos ver de novo antes de você voltar para Roma. Sinto sua falta.

Não a respondi, e apenas beijei seus lábios, peguei minhas coisas e me retirei do quarto. Ao sair do apartamento, tranquei a porta, olhei a chave que ela havia me enviado. Por via das dúvidas, guardei-a em meu bolso e fui em direção ao elevador. Na portaria do prédio, quase esbarrei com Eduardo, marido de Emanuelle. Ele pareceu não me notar, não me conhecia, não sabia quem eu era, e muito menos desconfiava do que havia acontecido. Antes de sair do prédio, me virei para

Eduardo, para observá-lo entrar no elevador. Fiquei observando até a porta se fechar. O que passava na mente daquele homem? Como ele via sua vida e seu casamento? Será que ele achava que estava tudo indo bem? Virei as costas mudando de pensamentos e fui para a rua. Peguei um táxi, e fui para o hotel onde tinha reservado um quarto.

*Publicado por Nathanael no site climaxcontoseroticos.com em 21/10/17. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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