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O Garoto do Mercado - Pt. 10 | Kaique

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 29/12/17
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  • Autoria: dri_al
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Como Kaique reagiu a tudo que aconteceu nos últimos dois dias? Veja aqui!


Nós estávamos a uns 80km/h quando avistei o carro de passeio parado logo em frente, gritei:


- PARA!!! - O carro freou em cima. Respirei fundo, minhas mãos tremiam. Fazia frio, já passava das 22h. Ouço a voz falha do Adriano:


- Nossa... Não consegui avistar... Eu apenas... Minha cabeça estava longe. - Falou. Acho que foi o que perguntei antes que fez isso com ele. As vistas estão um pouco embaralhadas. A bebida não me fez bem, só conseguia sentir a angustia daquele dia na minha cabeça...


Voltando ao dia do flagra:


Quando avistei os dois ali, pelados, foi demais. Adriano é uma putinha de primeira. Trepou com aquele canalha. Sabe, eu não tenho raiva dele, mas sim dó, muita dó. Não sabe o erro que cometeu ao fazer isso com aquele porco. Acabei rindo da situação, depois o ódio me consumiu:


- O que é isso? Meu deus O QUE É ISSO? - Todas as piores emoções resumiram-se a mim! - Não, não e não! Não pode... - Me senti mal, apenas balancei a cabeça, estava muito decepcionado. - Adriano... Thiago... Vocês... Olha só vocês!


No momento eu não quis olhar na cara daquilo que seria meu irmão.


- Calma maninho, eu posso explicar, eh q... - Ah lá vem ele, é melhor calar a boca.


-Explicar?! Claro que pode, preciso saber, não tem condições, o que vocês fizeram... Adriano, como você foi capaz? A gente mal se conheceu e você já me puxou, agora ele? Eu estava sentindo algo, uma coisa diferente, até pensei que em apenas uma noite eu não poderia, mas senti. Pelo visto não se pode dizer o mesmo de você... - A aflição me consumia.


- Kaique... Olha... - O que o Adriano ainda quer? - Eh... Eu me perdi... Foi isso... Seu irmão... Ele... El... - Não adianta perder tempo, não queria ouvir mais nada.


- Ele o que? Ele o que? Te pagou? Fez você de burro? - Minha cabeça já doí­a, eu respirava forte. Merda de irmão! - Você gosta de acabar comigo não é Thiago? Adora me ver pra baixo... é isso! EU TE ODEIO! - Estava em fúria, chateado demais. Só pensava no que Adriano tinha feito comigo.


- Kaique, me escuta. Esse bastardo, ele usou seu celular... Foi tudo armação. Me chamou aqui dizendo que era você. É só olhar. - Adriano gaguejava. - Seu celular, tá tudo lá. - Ele começou a chorar. Adianta? Depois de ter feito isso tudo...


- Ah, claro. A putinha recebeu uma mensagem e veio correndo, tudo bem... é do seu feitio sair dando pra todo mundo... Não é Adriano? Primeiro eu, depois esse lixo aqui. - Meu olhar foi para o merda ali do lado. - E agora quem mais? Meu pai, meu primo... Minha mãe?! - Peguei pesado, mas já era.


Não pensava muito, a mente processava a situação. Ainda não estava acreditando. Quando falei com Pedro ontem, eu disse que a noite foi mágica, nosso sexo... Foi tudo ótimo, inesquecí­vel. Havia programado de ir até a sua casa ainda naquele dia. Tinha passado num amigo depois que sai do armazém, comprei dele um quadrinho exclusivo, reparei no quarto do Adriano que ele gostava dessas revistas. Queria agradar. Já era né?! Agora ele deve sumir da minha frente.


- Cara... Sai daqui... AGORA! Se veste e some da minha casa. Eu não quero te ver nem passando aqui na frente. Entendeu? - Colei na cara dele, sentia os olhos cheios d"agua, fode-se.


Depois que Adriano desapareceu, apenas saí­ do quarto sem nem olhar a cara imunda do Thiago. Ignorei ele correndo atrás de mim na tentativa de "explicar". Fui procurar meu celular. O idiota nem ao menos apagou a mensagem, estava lá. O horário o denunciou. "Tá vendo Kaique, não foi culpa do Adriano, armaram pra ele...", eu pensei nisso, mas ele aceitou a peste que o consumia, ele quis transar, sabia que a gente poderia ter um relacionamento, mas mesmo assim caiu na sedução.


- Foi você, né!? SEU LIXO! Eu ainda te mato Thiago, dou um jeito de sumir com você! - Gritei sem ao menos ver ele. Fui direto para o quarto e tranquei a porta.


Fiquei triste a tarde toda, meu travesseiro era o companheiro. Só pensava no quanto foi rápido e ruim. Até o telefone tocar. Era Pedro:


- Fala mano! - Parecia animado.


- Oi Pedro... Tudo bem? - Não conseguia disfarçar a tristeza.


- Mas que voz de funeral é essa ae? - Ele percebeu.


- A vida cara, sei lá... Ela decepciona demais... - Não queria ir ao ponto.


- O que houve? Aconteceu alguma coisa?


- Um monte pra falar a verdade... - A decepção era firme.


- Você sabe que pode me contar o que quiser né?! - E realmente eu podia.


- Foi o Adriano... Eu peguei ele pelado no quarto com meu irmão...


- O QUE? - Seu grito me fez afastar um pouco o celular da orelha. Continuou:


- Como assim, que babado feroz... Minha santa Inês... - Que santa é essa? Ah, sei lá.


- Foi cara, eu não tô bem não... - Queria morrer. Piorava quando lembrava que essa não foi a primeira vez que meu irmão fez isso.


- Como ele foi capaz? Depois de uma noite, que se foi da maneira que você me contou, espetacular. - Eu tinha contado tudo a ele.


- Eu sei... - Não havia palavras, apenas funguei.


- Vamos animar agora, sobe aqui pra casa que gente vai tomar uma gelada com a galera, afinal é sexta feira. - Será que eu aceito o convite? Ah, não me resta nada mesmo, vamos beber!


- Eu não deveria, mas tudo bem. Chego aí­ às 19h. - Marquei o horário.


A noite veio, a gente conversou, expliquei como foi a cena, bebemos bastante. Tiramos muitas fotos. Postei uma em especial, acredito que o Adriano veria, quando se tem amigo em comum e alguém curte sempre aparece lá. E temos alguns, já é o suficiente. Selfie. Pedro fez questão de pegar na minha cintura. Espero que funcione.


Acordei em casa já pela manhã. Não lembrava de mais nada depois daquela foto. Tudo sumiu. Meu pai me sacudia:


- Vamos pra fazenda filho, saí­mos depois do almoço. - Aff que ótimo.


- Ok pai, já eu levanto e arrumo tudo. - Ainda sentia sono. Procurei o que fazer dali em diante, eram 10h13min, abri o face e procurei as fotos. Postei uma e o Pedro outra, nas duas estávamos só ele e eu juntos. Alguns flashes apareciam na lembrança, gritos, pessoas brigando na mesa ao lado e mais outras loucuras.


Tudo ok, tudo ótimo... Até aquela notificação chegar. Era ele, Adriano me mandou mensagem. O que faço? Será que eu respondo?


~~ Oi


Um "oi", tentativa falha de me amolecer, não sou fácil kkk. Brincadeira. Estou mal. Bom, voltando a vida. Olhei aquela mensagem por alguns minutos, reparei que ele estava online, provavelmente esperando eu responder um: "oi meu amor te amo s2!!! Boa tarde!", ah não é assim não Adriano. Você falhou comigo logo no primeiro dia, imagina o que faria depois. Eu estou chateado, a magoa arde aqui dentro. Ao mesmo tempo lembro daquela noite, mas volta a cena do que aconteceu ontem e apaga tudo.


Some! (10h31) - Eu não consigo, desculpa.


Eu almocei pouco e já fomos saindo. Entrei na caminhonete e só paramos ao chegar nas terras. Era um lugar calmo, aproveitei pra ajudar meu pai no conserto da máquina de colheita. Quando vimos, o sol já ia sumindo no horizonte. Voltamos. Assim que meu celular entrou na rede eu recebi um áudio de Pedro:


~~ Mano, vamos no Bis hoje? O Caio me chamou, topa?


Claro que topo! Heheheh tá louco de eu negar uma dessas. ~~ Respondo com o outro áudio.


O som estava alto, eu bebia cerveja, tequila, vodca e o que mais viesse, por quê? Por que você bebeu tanto Kaique? Só pra fazer besteira... Já era tarde. A mensagem foi enviada. 21h40min, eu vejo a confirmação de leitura. Adriano está digitando...


Depois de atender aquele telefone e entregar para o Pedro, eu só reparava na cara dele ao falar com Adriano, mas não ouvia nada, minha cabeça girava um pouco, as vozes ecoavam e ia pra outro lugar bem distante. Quando me dei por conta vi a figura descendo da bicicleta e vindo até a mesa. Fiquei feliz. Não sei se era a bebida, mas eu não consegui esconder. Pedi que sentasse, mas o que senti foi um puxão. Me carregou dali. Vi apenas o baque quando cai no banco do passageiro, ele entrou e girou a ignição. O carro saiu barulhando. As coisas estavam embaralhadas na cabeça, só vi aquele carro porque estava consternado olhando para a frente. Paramos com força, a moça lá fora retornou ao seu veí­culo, pela janela mostrou o dedo do meio e sumiu. Nos olhamos por um tempo, Adriano chorava. Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas também comecei a chorar. Ele colocou o carro no acostamento. Abraçou o volante e debruçou a cabeça, escutei entre os seus sussurros:


- Desculpa Kaique... Só me desculpa... Eu não sei o que fiz... Seu irmão fez de tudo pra me colocar naquela situação, não estava em mim... - Soluçava bastante. Meu coração apertou, só vi que estava tirando ele daquele volante quando a mão segurou em seu ombro. Nos fitamos ali, meu corpo se mexeu sozinho, os nossos rostos estavam próximos. Eu o beijei.


Continua...


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*Publicado por dri_al no site climaxcontoseroticos.com em 29/12/17.


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