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O Garoto do Mercado - Pt. 14 | Rapto

  • Conto erótico de jovens (+18)

  • Publicado em: 05/12/19
  • Leituras: 1134
  • Autoria: dri_al
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Eu não iria imaginar aquela cena, jamais... Aconteceu ali na minha rua. Fui pego pelo Thiago e era obvio. Eles falavam uns com os outros, minha mente estava num acústico distante da realidade, ouvi apenas aquele nome que vi pelos últimos três dias: "Pezão", ele estava dentro daquele carro, tenho que abrir a boca e começar a sacudir essa história:


- Espera... Pezão... Eu já vi esse nome... - Meu rosto não podia ser enxugado, já estava com as mãos atadas e amarradas nas costas. Uma situação nunca antes sequer imaginada. O desespero dominava meu sangue, o que fazer? Como sair dessa? Fui sequestrado? Para onde estão me levando? Thiago quer me fazer mal? Viram?! Foram apenas cinco perguntas em um segundo. Gritei:


- Thiago, eu sei que é você, seu monstro! Isso não vai longe... Eu vou acabar com sua vida, tenho tudo o que preciso para isso. Aquela turma inteira vai pelo ralo... - Poderia ficar calado e apenas chorar, mas não dava, precisava investir. Escutei:


- Olha isso, Administrador... Está ouvindo o que a putinha fala? Acho que ele disse que quer foder com toda a legião... Vamos levar ele para o galpão...? - A voz era do pezão, saia do banco da frente, o tal administrador era quem dirigia, só podia ser Thiago. Abri a boca:


- Ah Thiago... Você vai cair cara, não podia ser assim. - Chorava por baixo daquele pano preto. Sinto a raiva e o medo me consumirem. A camionete virava bruscamente para a direita, meu corpo caia para a esquerda. As risadas entravam na cabeça e ecoavam. O carro enfim parou. As portas se abriram. Me tiraram de lá. O braço doeu com a puxada. O capuz foi jogado de lado. Ele estava lá:


- Adriano, Adriano, Adriano... A putinha do meu irmão... Sabe, eu aprecio o fato de você ter tanta coragem, me ameaçar assim?! Que capacidade... - Andava de um lado para o outro, o terreno parecia ser um lixão, abandonado, avistava-se luzes, amarelas e fracas, o fedor era profundo e as pilhas de tralhas cobriam a visão mais distante. Ele voltou a falar. - Eu ainda pretendo que as pessoas entendam o quão complexo é este processo, o faturamento, o perigo, a polí­cia, o FBI e tudo mais, parece muito, né?! Mas depois de alguns milhões faturados, se torna fácil, arrumar um americano que entende de tudo, não esses lixos que encontramos nesse paí­s, eu tive uma grande decepção e uma falha enorme. Fui alertado várias vezes sobre aquela mochila, mas me achava infalí­vel, não é à toa que te peguei de primeira, mas estava errado, pela minha segunda vez eu estava errado. A oportunidade que tenho de consertar isso pode não ser promissora, mas terá um grande efeito. Os meus queridos companheiros... - Olhou para os dois figuras encostados na camionete apenas assistindo à seu discurso infame. Um era um pouco acima do peso, cabelo loiro e de feição feia, mal-humorado, já o outro, era novo, tipo sulista, notei pelo sotaque, seu corpo era esguio, um pouco magro, mas com massa muscular o suficiente para não ter dó de puxar o braço de alguém. O monstro voltou. - ... Vão dar um jeito em você, vou participar dessa festinha junto com eles... - Senti, era horrí­vel, a boca amargou, aquela sensação de incapacidade já tomara conta de mim. A saí­da era chorar muito e gritar. Sabia o que estava por vir. Os lixos cagavam pela boca:


- Vamos comer ele, Administrador?!


- É, vamos sim! Olha essa bundinha delí­cia...


- Isso vai, dá uns tapas nesse rabo gostoso, ele é nosso agora!


- Quero essa boquinha, hum... Que gostoso...


O corpo era jogado, parecia mais um boneco na mão de uma criança de dois anos. Os três me agarravam de todos os lados. Fui colocado de pé, as mãos esfregavam minhas coxas e pernas, outras entravam na minha bermuda, as bocas tocavam meu pescoço e tórax, o nojo e o fedor deles era notório. Tive vontade de vomitar, embrulhou tudo. Já não aguentava Thiago, imagina esses dois. A bermuda desceu, a cueca foi rasgada. Estava pelado, olhei de relance para o volume deles, já tiravam para fora. Ia ser estuprado!


O baque do corpo foi forte, a força daquele loiro era grande, meu rosto chocou direto com o chão. Estava completamente nu, de bruços com a cara naquela areia nojenta. O gosto invadiu minha lí­ngua, mas logo foi ocupado por um pau enorme que entrou com tudo, engasgava com aquilo, forçava até o fim, encostava na garganta, os olhos avermelharam na hora. Chorava por dentro e por fora. Os xingamentos eram fortes, saia de tudo: "prostituta que gosta se ser enrabada". Cheguei na pior parte. Entrou o primeiro, forcei o pescoço e notei que era Thiago, ele enfiou tudo e me segurou na nuca, seu corpo se jogava e ele gemia:


- Ohhhh que safado, agora vai sentir o que é tesão, vai gostoso rebola pra mim! Ohhh que tesão porraaaaa! - A fraqueza havia dominado e eu não conseguia nem gritar mais. A memória ia apagando o que tive de feliz, era a derrota de uma vida mudada de tal maneira. Ouvi o loiro ser chamado, ia ser dois. Rasgou tudo na hora, o pênis entrou, tentei evitar, mas fui enforcado ainda mais. Era uma dor enorme, eu não sabia o que fazer, chorava e nada mais. Via aqueles corpos se jogarem. O pau que pezão colocou na minha boca foi tirado, minha cara se encharcou de goza. O olho ardeu, era horrí­vel. Ele foi lá pra trás, ouvi um: "é minha vez!". Virei o corpo, mas fui impedido de continuar. Minhas pernas foram jogadas pra frente, acabei facilitando a posição deles. Quando o pênis de pezão entrou, eu mordi forte o lábio inferior, a pressão, a dor e o sofrimento formaram um combo. Ele empurrava tudo e batia forte na minha bunda. Gemia e xingava. Logo o loiro levantou meu corpo e se deitou por baixo de mim, enfiou seu pau e começou a forçar na entrada, o suor e as lagrimas se confundiam, um crime sanguinário. A cena era de prazer para os três e de horror para os ratos que circulavam. Os animais sentiam o absurdo de ver quilo ali. Gozaram dentro de mim. Trabalharam no meu maior sofrimento por uma hora. Os pés formigavam e o corpo tremia, soluçava muito. Nem ficava em pé. Fui arrastado até o veí­culo e caí­ de encontro com o banco. Apaguei.


"Não adiantou correr Adriano, foi falha a sua tentativa de escapar de mim, era fácil evitar, a porta estava entre aberta e você quis olhar, não era para ser assim, mas você o fez. Sinto pena e nojo, te jogar nesse buraco não vai ser a única coisa que vou fazer, ainda quero vê-lo consumir o pacote completo. Vou rir da sua morte e enfiar tudo o que puder dentro de você, e o Kaique vai ser apenas uma incógnita, força do acaso. O destino fez isso, e voc... Acorde! Acorde! Acorde!"


Um olho foi primeiro. Era úmido e frio. O outro veio e pude então montar a imagem, estava num campo aberto. Avistei o que parecia ser uma luz, não assimilava direito a realidade. O frenesi fazia um belo trabalho. A sujeira em meu corpo gritava. A dor era horrí­vel ao máximo. A morte me olhava e pedia atenção, queria dar sua oferta. Já caminhava sem nem ao menos saber como, a lembrança impedia de gravar os segundos anteriores. Seguia algum rumo, a capacidade de compreender era falha. O caminhão buzinou e eu olhei a minha volta, a rodovia estava entre minhas pernas. Corri dali depois do alerta que passou a uns 100km/h me mandando prestar atenção: "Quer morrer, seu otário?!". A oferta me agradava... Segui por uns metros e o reflexo de um farol que vinha na faixa da direita iluminou a placa. "Bem-Vindo à Brasí­lia! Aqui evitamos buzinar." "BR-040 Km 03". Estava muito longe de casa. A hora nem ao menos me presenteava com sua presença. Lembrei que tinha um corpo, olhei para ele, estava apenas de cueca. Os braços sujos e as pernas com alguns cortes. A bunda doí­a muito. Percebi que mancava. Caminhei mais um pouco, o trânsito era fraco e a cidade se aproximava. Os faróis me cegavam o tempo todo. Alguns carros buzinavam e gritavam. A ajuda não viria, meu celular nem sei se ainda existia. Era apenas eu e a estrada até em casa. A sensação de impotência fazia tudo acabar em nada, caí­ mais uma vez, só consegui ver o reflexo da lanterna de um veí­culo que estava parando. Abraçava alguém, e ouvia: "Calma Adriano, calma, calma! Vai ficar tudo bem...". Caí­ no limbo.


O branco ocupou parte do que conseguia enxergar, olhei para baixo: "Hospital Santa Luzia". Busquei o teto e depois minha direita, os aparelhos barulhavam aos montes. Uma figura sentada na cadeira dormia. Ele era ainda mais lindo dormindo, o que será que estava sonhando? Eu queria fazer parte, só para saber que o que passou foi apenas um pesadelo e nada mais. Movi meu corpo e senti a dor de novo. As costas e as pernas ardiam. Voltei a minha antiga posição e senti o alivio. Acabei gemendo sem querer. Kaique acordou. Seu olhar foi firme e preocupado. Levantou e veio direto a mim:


- Oi! Que bom que você acordou! Isso me deixa aliviado... Adriano... Você está bem! - Sua mão corria pela minha testa, a feição mudara pra um ser feliz e emocionado, logo ele abriu a boca e soltou um grito. - Dona Marina ele acordou! - Ouvi os passos rápidos e minha mãe entrou com o rosto cheio de lágrimas, me olhou de cima a baixo, parecia não acreditar no que via. Encostou perto de mim e me abraçou. Seu calor era a coisa que mais precisava, foi um alivio. Ela estava ali. Logo Kaique também se aproximou, eu então perguntei:


- Como eu vim parar aqui? - A cabeça doeu um pouco. Kaique respondeu:


- Agradeça ao Pedro, ele estava voltando de Luziânia mais um "amigo" e viu uma figura sem roupa na rodovia caminhando para um lado e pro outro. Pediu o companheiro que dirigia... - Fazia aspas com os dedos. - ... Para frear e avistou você com o rosto sujo e as pernas cortadas, caiu na hora que a porta do carro se abriu, então ele te catou de lá e trouxe direto pra cá. Agradeça ao bom plano de saúde e a ele por ter te visto. - Pedro foi o anjo que precisava, salvou minha vida. - Ele está lá fora, não quis entrar, disse que assim que você acordasse era para chama-lo. - Minha mãe saiu do quarto, provavelmente foi atrás dele. - Agora... Adriano, eu tenho que saber... O que aconteceu? - A pontada na nuca foi forte, a pergunta agitou tudo. O apito dos batimentos aumentou. Ele olhou assustado. A enfermeira abriu a porta e disse:


- Senhor, ele ainda está em recuperação e é importante que fique calmo, não pode forçar nada. Agora, por favor, se retire e deixe-o descansar. - A moça foi firme e grossa, Kaique se retirou com a mão dela empurrando suas costas. Fiquei sozinho ali até dormir mais uma vez.


"Viu? Eu avisei que o destino é algo sério, agora você vai entrar no dilema principal... Era melhor ter morrido. Sua famí­lia corre risco por sua causa. Se você ficar calado, mesmo assim, Thiago ainda vai fazer mal a todos que tu amas. Correu até cair no buraco. E no fim foi o Pedro que te salvou, não adiantou, mas ele tentou. Acorde, acorde, acorde!"


O médico conferia a pressão, balancei um pouco a cabeça e avistei mais alguém, era minha mãe acompanhando a conferencia. Ele apenas anotou numa caderneta, falou algo com ela e saiu. Na parede havia um relógio, marcava 09h30, Kaique não estava na sala. Pela janela avistei a outra torre do hospital e um corredor de ligação entre as duas. A memória queria me sacanear de novo, voltou com força. Os flashes das cenas viam à tona. O suor e a dor. Os gritos e a sensação de impotência. Sentimento de nada. Vontade de morrer... Gritei. Kaique entrou no quarto correndo. Só ele escutou. Veio de pressa até mim e conferiu minha febre:


- Nossa... Me assustou! Está tudo bem com a temperatura, mas não com você... Me conta Adriano, o que houve ontem de madrugada? - Tudo era uma bagunça, nada se firmava no lugar, eu apenas comecei a inventar o que dava.


- Assim que sai da sua casa, segui rumo à lanchonete, ia comer um lanche antes de ir. Na metade da estrada uns caras encapuzados me pararam e roubaram meu celular e as roupas, depois me amarraram e me jogaram na traseira de uma camionete branca. Só lembro de acordar aqui. - Quis entrelaçar a história, algo me obrigava a fazer isso. Inventei o que pude. Ele apenas assistiu a explicação, mudava as expressões o tempo todo, de susto à raiva, ali tinha de tudo. Soltou:


- Essa cidade está ficando uma merda! Porra! Porra! Porra! Eu ainda acho esses caras e mato eles, que ódio caralho! - Alterou o tom de voz. Era obvio que ficou injuriado com o caso, mas mal sabia ele que o verdadeiro culpado estava no mesmo teto que o seu.


Sai daquele hospital dois dias depois, fui acompanhado até em casa pelas duas pessoas que ainda me amavam. Assim que cheguei, fui carregado para o quarto. Fiquei de repouso, mas já conseguia andar e fazer algumas coisas. Falava com Kaique o tempo todo, ele me mandava mensagem e dava todo seu suporte, também troquei muitas mensagens com o Pedro, agradeci por tudo e disse que não sabia como pagá-lo pelo que fez. Sempre que notava já estava acordando de um cochilo, as vezes minha mãe chamava para um lanche ou me lembrar de ir ao banheiro, eu nem me preocupava com as necessidades, faltava percepção. Durante a tarde eu sentei na cama, ouvi alguém na porta e logo depois passos no corredor, três batidas e minha amada cuidadora apareceu:


- Adriano, visita para você! - Só podia ser o Kaique.


- Pede para entrar mãe! - Ela acenou e a pessoa que estava de fora entrou.


Congelei. Paralisei. Os batimentos do coração pararam. Ele entrou olhando para mim.


- Oi Adriano, você parece melhor...! - Thiago falou.


Continua...

*Publicado por dri_al no site climaxcontoseroticos.com em 05/12/19.


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