Nas Cartas do Tarot

  • Publicado em: 26/03/15
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  • Autoria: LOBO
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"Você vai passar anos quieto, como que afastado de tudo... mas depois seu mundo se transformará...".


O que ela queria dizer é que haveria muito movimento, tanto nos ní­veis profissional, como pessoal. E sorriu com uma certa malí­cia ao falar em "pessoal".


"... falta calor em sua vida, mas vai surgir alguém para te alertar sobre isso...".


Disse muito mais, mas pouco me lembro. Arcanos maiores, arcanos menores... Eu, totalmente cético, estava mais curioso pelos belos desenhos das cartas do tarot do que realmente por tudo que ela me dizia.


E mais preocupado com a possibilidade de ser visto, ao fim da consulta, saindo dali.


Ora bolas, pensava: como fui me permitir que cedesse a uma curiosidade dessas. Só um maluco como eu, para fazer análise com uma analista que tem amigas tarólogas. Indicou-me esta, e eu acabei por aceitar a indicação...


Se alguém da turma soubesse, seria o centro de gozações por semanas. Calei-me sobre o assunto, claro. Tinha saí­do de lá furtivo, olhando para os lados. Achando que o assunto morreria por aí­.


Só que ela disse para verificar meu carro, o que, claro, não fiz. Dias depois daquela consulta uma pane no sistema elétrico deixou-me subitamente a pé...


Também havia dito para estar atento a vazamentos de gás.


Pois não é que estava eu na sauna, quando começo a aspirar o odor caracterí­stico de gás GLP. Ninguém notava nada, mas insisti e foram achar um vazamento na caldeira. Como a instalação estava fechada, com pouca ventilação - um absurdo! - aquilo era uma bomba prestes a explodir.


Fui considerado herói, os donos não aceitaram de forma alguma que pagasse minhas despesas. Só dias depois me lembrei das previsões. Com um certo calafrio...


Acabei lembrando do sorriso malicioso da taróloga, sugerindo que as cartas mostravam muitas mulheres surgindo.


Mas o tempo passou, esqueci a taróloga. E minha vida seguiu numa solução de continuidade. Trabalho indo pouco além do marasmo. Casamento estável, mas com um clima - parece que isso sempre acontece com o passar dos anos - cada vez mais morno na sexualidade.


Até que não mais que de repente uma guinada surgiu no trabalho. Um antigo colega assumiu a diretoria de uma empresa e contratou-me para uma série de trabalhos de consultoria e pesquisa. Coisa de no mí­nimo dois anos, com mais que prováveis desdobramentos depois.


Passei a viajar muito, conhecer muita gente nova.


Era comum, quase sempre a cada 15 dias, uma ida a Belo Horizonte, ficando lá dois ou três dias a cada vez.


Quase sempre era atendido por Claudia, gerente adjunta do diretor regional e sua equipe. Morena, uns 1.65 m de corpo bem feito. Mais ou menos a minha idade, casada como eu...


Relacionamento exclusivamente profissional, mas sempre sobrando um olhar ou outro. Era quase sempre muita correria nessas idas por lá. Sobrava muito pouco tempo para qualquer coisa mais. À noite voltava para o hotel e jantava por lá ou algum restaurante perto. No máximo, uma ou outra vez ia sozinho ao cinema.


- Como você é fechado! Só trabalho...Não relaxa nunca?...


Era Claudia, no fim de uma reunião antes do almoço, questionando minha postura excessivamente profissional.


- Hoje, como todas as terças e quintas, a gente sai daqui para um choppinho. Venha também. Tá na hora de relaxar um pouco...


Aceitei o convite. E passei o resto da tarde repensando. Não era apenas Claudia que me achava um sujeito muito reservado. Até meus amigos diziam isso. Falavam que era difí­cil surgirem pessoas novas na minha vida, pois eu estava sempre excessivamente focado no trabalho e famí­lia.


Encontrei Claudia e sua turma numa chopperia ali perto. Além dela estavam Suzana e Roberta, gerentes da empresa, dois auxiliares delas, Djair e Wander, e um moleque bem mais novo que nós, cujo nome não guardei.


O menino tomou uma coca e zarpou para aulas na faculdade. Djair e Wander eram assumidamente gays, pareciam ter um caso, saí­ram logo para ir a uma boate. Convidaram, mas preferimos continuar no choppe.


Fiquei eu com as 3 mulheres, que pouco a pouco iam me convencendo da veracidade da fama do calor das mineiras...


Suzana levanta-se para ir ao toalete, seguida, como sempre, pelas outras. Demoram, sugerindo que alguma troca de segredinhos se fazia por lá. Na volta, Suzana pega a bolsa e diz que tem que ir apanhar a filha na aula de piano. Roberta vai junto, aproveitando a carona.


Sobramos e eu Claudia, que me encara. De repente toma minha mão e diz:


- Trouxe uma coisa para você...


Apanha dentro da bolsa e coloca, discretamente, à minha frente. Uma calcinha preta...


- Se você quiser o que estava dentro dela, temos que ir agora. Meu marido dá aulas na faculdade e volta sempre às onze e pouco...


Así­ no más...


Fiquei totalmente atônito. Juro que jamais imaginei que um dia receberia uma abordagem dessas.


Mas, obviamente, também fiquei absurdamente excitado...


Atabalhoado, não sabia bem o que fazer. Aqueles lábios carnudos me pediam um beijo. Tentei, mas ela me afastou.


- Em público não! Sou casada, esqueceu?


Meio embaraçado, eu concordo, desculpo-me e proponho irmos a algum motel.


- Nada de motel, bobinho... Não sabe que seu hotel, bem aqui do lado, é famoso por ser discreto, nunca fazer perguntas a quem entra?


Olha-me num sorriso deliciosamente provocante...


Nem lembro se cheguei a pagar a conta do bar. Saí­mos apressadamente, cruzamos a rua e entramos em meu hotel. Na portaria foi tal como ela disse: ao apanhar as chaves, os conscierges pareciam não vê-la.


Ou talvez já a tivessem visto por lá...


Bem, para sair da casca em que eu vivia, nada como uma mulher quente e exuberante. As mineiras - fui descobrindo pessoalmente - são pródigas nisso.


Tomamos o elevador discretamente, havia outros hospedes conosco. Mas quando a porta do quarto se fechou, todo o clima mudou.


Agarrei Claudia com toda minha fome represada, de anos em silêncio na rotina do cotidiano. Beijei-a, sendo recebido por uma boca escancarada, com uma lí­ngua ávida que dançou com a minha.


Tiramos as roupas em segundos. Voamos juntos para a cama. Eu, e uma tigresa faminta...


Chupei-a todinha. Claudia se revelou ser do tipo meio escandalosa. Gemia muito, jorrou um mel quente de gozo na minha boca.


- Deita de barriga pra cima, vai... - ela pediu num tom de voz muito, mas muito inspirador.


Coloquei-me assim, meu pau, tamanha minha excitação, ficou erguido no ar. Foi apanhado delicadamente pelas mãos dela, que o conduziram para o calor profundo de sua buceta.


Uma cavalgada intensa nos uniu. Claudia apertava meu pau dentro de si. Rebolava, movendo os quadris lateralmente, enquanto recebia com gemidos altos as estocadas que de baixo para cima eu lhe dava.


Teve um gozo e suplicou que continuasse.


Seguimos naquela cumplicidade plena enquanto a penetração seguia. Ora beijos ávidos, ora seus seios generosamente oferecidos à minha boca faminta.


Até que num momento ela ergue o tronco, fica com os seios ainda balançando, totalmente sentada em meu pau. Para e me olha com expressão séria:


- A gente esqueceu da camisinha!


Eu estava quase gozando...


Olha-me de novo. Com uma expressão de quem se diverte com minha reação, para então concluir generosamente:


- Deixa que eu resolvo...


Saiu de cima de mim e caiu de boca no meu pau, todo molhado dela...


Presenteou-me com um boquete feito com maestria. Chupou, lambeu, recebeu meu gozo em sua boca e depois esfregou meu pau melado em sua face.


Curtiu um pouco esse banho de leite de homem e então foi lavar o rosto.


O que ela talvez não soubesse ainda, é que havia despertado o predador, devorador de carne feminina que estava adormecido em mim há anos.


Vendo-a caminhar nua até o lavatório, fiquei olhando fixamente sua bela bunda. Fiquei novamente excitado. Decidi que aquela noite não terminaria sem que a sodomizasse.


Agarrei-a quando voltou, beijando-a carinhosamente. Mas com toda a volúpia que uma mulher dessas inspira num homem...


Nosso beijo continuou, mas minhas mãos já exploravam seu rabinho.


Claudia se afastou:


- Calma lá! Mal nos conhecemos...

- Mas você gosta, não é? - agora sou eu que provoco...


Claudia sentou na cama, numa expressão que sugeria duvidas.


- Olha, você é legal, gostoso de cama, mas sabe o que é? Você é muito cavalheiro...


O predador recém despertado entendeu as entrelinhas de sua mensagem...


- Sei... Aqui você não quer ser uma dama.


Ao me ouvir, ela me encarou com os olhos bem abertos.


Eu continuei:


- Num encontro como esse nosso, você quer ser outra coisa. Ok! Eu vou te fazer essa coisa...

- Vai fazer o quê? - Sua voz já tinha um tom de excitação...

- Vou te fazer uma puta, e nada melhor para uma puta que uma boa enrabada!

- Repete!

- Vou foder teu cuzinho agora!

- Safado, sem-vergonha! Seu tarado!


Falou isso gritando, mas com um sorriso. Fui aprendendo que mulheres como Claudia, quando entram num encontro como esse, querem fugir absolutamente da rotina. Querem viver uma outra dimensão de cumplicidade e prazer.


Ela nada mais disse. Apanhou todos os travesseiros que estavam na cama, empilhou-os e deitou de bruços sobre eles, com as coxas abertas, expondo-se toda para mim.


- METE!!!!!!!!!!!!!!


Tal como já se evidenciara nos outros atos, ela era bem experiente. Gostava de sexo em todas as suas formas. Assim, a penetração anal foi fácil. E extremamente excitante.


Claudia gemeu mais ainda. Cheguei a temer que a segurança do hotel batesse na porta.


Esse gozo, intenso, que tivemos dessa forma encerrou este primeiro encontro.


Claudia tinha que voltar para casa antes que o marido retornasse. Preferiu deixar o banho para lá, tí­pico de mulheres que adoram conservar o quanto puderem o aroma do sexo feito.


Vestiu-se rapidamente, beijou-me e abriu a porta para partir.


Foi quando vi sua calcinha preta pendendo do bolso de meu paletó. Como ela pode esquecer?


Corri atrás dela, mas ela me disse que estava usando outra.


- Essa fica para você de lembrança...


A porta do elevador se fechou. Fiquei lá com a calcinha úmida na mão, descobrindo o que houvera: ela, safada, talvez em conluio com as outras, havia planejado tudo...


No mês seguinte voltei a BH. Louco para rever Claudia, mas para minha decepção ela havia saí­do de férias.


Envolvi-me com o trabalho. E havia muito... Na quinta-feira não houve aquela tradicional happy hour. Programei-me para jantar e depois trabalhar noite adentro no hotel. Precisaria de cópias de uma série de documentos, mas a máquina da empresa estava quebrada.


Ficaram de mandar numa copiadora e me entregar tudo mais tarde no hotel.


Fui para lá. Estava saindo da ducha quando batem à porta. As cópias chegando, decerto, eu pensei . Vesti um roupão do hotel e fui abrir.


Dou de cara com Suzana. Usando o mesmo tailleur daquele dia, só que a blusa de seda estava dois botões aberta. Criando um decote que insinuava seios volumosos...


- Uau! Todo cheirosinho e solto dentro desse roupão! Não me convida a entrar?


Bem, desculpem o uso deste clichê tão batido, mas esta, também, já é uma outra estória...





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