Margarida
- Publicado em: 02/11/20
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- Autoria: missqueer
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Olá! Sou a Raquel, tenho 31 anos, 1, 69m e 60kg. De cabelo curto e queer, as camisas escondem um corpo coberto de tatuagens.
Conheci a Margarida num curso. De 43 anos, 1, 60m e 50kg, tem um corpo que faz inveja a muitas meninas de 20 anos.
À primeira vista, não temos nada em comum. Mas o curso levou a que construíssemos uma das melhores amizades que já tive a oportunidade de viver. Os olhares e sorrisos cúmplices, a conversa constante, a abertura com que nos dávamos, tudo levou a que me apaixonasse por ela.
Pela diferença de idades e por todas as restantes diferenças, inclusivamente, o facto de ela ser heterossexual, nunca permiti que percebesse que a queria com todas as minhas forças. Mas é como a Shane diz... "But Gloria, you know I"m straight. So is spaghetti until it gets wet."
Após 3 anos de amizade, a Margarida começou a dar-me alguns sinais de que os seus sentimentos por mim não eram de pura amizade. Desde ter ciúmes se me (re)aproximava de outras mulheres, a ameçar que me daria com cenouras caso me portasse mal (e não era de uma forma inocente)... Passou a pedir-me mimo quando estava carente. Mas pela amizade que construímos, sempre o ignorei.
Até que vieram as discussões. Quando discutíamos, parecíamos um casal. No final, acabávamos aos abraços e beijinhos. Até que houve uma discussão feia... E por orgulho, nenhuma de nós pediu desculpa durante meses.
Ao combinarmos um jantar com os nossos amigos, decidi pedir-lhe desculpa e dizer-lhe o quanto sentia a sua falta. Não me respondeu.
No dia anterior ao jantar, enviou-me uma sms "Amanhã vem ter comigo ao sítio do costume". Ia sempre ter com ela a casa, e seguíamos juntas para o jantar. Desta vez foi igual.
Ao vermo-nos, não houve os sorrisos típicos nem os cumprimentos entusiasmados. Havia um clima de desconforto e precisava ser quebrado.
Abracei-a, pondo uma mão na sua nuca. Sem pensar muito no que ia fazer, puxei-a para mim e beijei-a.
O seu primeiro instinto foi afastar-me e perguntar o que estava a fazer.
- Quando é que vais admitir que estás apaixonada por mim? Quando é que vais admitir que não me vês como uma simples amiga? - perguntei.
- Estás louca! Se foi para isso que vieste, podes ir embora!
Aproximei-me novamente, o que a fez recuar até à parede.
- Vais dizer que não sentiste nada? Que não queres que o volte a fazer? - insisti.
- Raquel, sai! Eu namoro com o João!
- Não és capaz de me responder? Diz-me que são coisas da minha cabeça, que arranjei estas desculpas para justificar o teres-te afastado e vou embora.
- São coisas da tua cabeça. - disse.
- Então porque é que era a mim que me pedias mimo quando estavas triste? Porque é que tinhas ciúmes das outras mulheres?
Ficou em silêncio a olhar para mim.
Voltei a aproximar-me dela. Aproximei os meus lábios dos dela e perguntei se queria que me fosse embora.
- Não... - respondeu.
- Queres ir neste clima para o jantar? Eles vão perceber...
- Não...
- Posso beijar-te?
Levantou os olhos e olhou-me nos meus olhos.
- Nã...
Não a deixei terminar. Encostei os meus lábios aos seus, sem fazer pressão. Não se afastou.
- Quero-te desde o dia em que te vi entrar na sala pela primeira vez. - disse-lhe.
Fechou os olhos e respirou fundo.
- Eu nunca senti isto por nenhuma mulher. Eu não sei lidar com isto! - respondeu.
- Deixa-me mostrar-te o quanto te quero. Se quiseres que pare a qualquer instante, diz-me.
Pus as mãos à volta da sua face e puxei-a para mim. Beijei-a na testa, nos olhos, nas bochechas.
- Não sabes as vezes que sonhei com isto. - disse-lhe, antes de juntar os meus lábios aos dela.
Beijámo-nos lentamente, ainda que tivéssemos amigos à nossa espera. Fui passando a língua entre os seus lábios, para que me deixasse invadir a sua boca.
Quando mo permitiu, o beijo tornou-se mais quente, mais rápido. Desci a mão pelo seu pescoço, peito, deixando-a pousada na sua mama e dando um pequeno apertão.
A nossa respiração começou a acelerar. Não queria parar por ali, mas perguntei-lhe se queria que o fizesse. Respondeu que não, que queria ir até ao fim.
Mas tínhamos os nossos amigos à espera e tivemos de sair.
Durante o jantar, fomos aquilo a que eles estavam habituados. Ninguém percebeu que tínhamos estado meses sem conversar. Ninguém percebeu que nos despíamos com os olhos, mesmo com eles ali ao lado.
Terminou o jantar, pagámos e naturalmente, como tantas outras vezes, abracei-a.
- Sempre te disse que queria que me mostrasses esse teu lado menos certinho, que fode onde lhe dá a vontade. - segredou-me.
Estávamos num centro comercial, pelo que apenas tínhamos provadores e casas de banho.
- Meninos, vou ao wc! Levo a Margarida comigo!
Peguei-lhe na mão e guiei-a até ao wc mais próximo. Mal entrámos, encostou-me à porta e beijou-me. Não o beijo de quem tinha medo, como mais cedo fora. Um beijo decidido, cheio de tesão.
Puxei-lhe o vestido para cima e não perdi tempo. Desviei as cuequinhas e passei os dedos entre os lábios. Tinha a buceta húmida, o clítoris duro. Comecei a acaricia-lo, alternando entre movimentos lentos e rápidos, sentindo-a quase a vir-se. Beijava-a para que não a ouvissem gemer. Esse prazer seria só para mim. Meti a outra mão por trás e penetrei-a com dois dedos.
Foi assim, com uma mão a tocar-lhe o clítoris e dois dedos dentro dela que ela chegou ao orgasmo e se veio, pela primeira vez na vida.
- Isto nunca me tinha acontecido! Pensei que era um mito! - disse-me.
- É para saberes o que andaste a perder por não admitires que estás apaixonada por mim. - disse-lhe, com um sorriso travesso.
- Estou apaixonada por ti, Raquel.
- Eu sei, mas ainda bem que finalmente assumes! - disse-lhe, beijando-a.
Voltámos para junto dos nossos amigos, que não desconfiaram do que tinha acontecido naquele wc.
Fui levá-la a casa, como sempre... Pediu-me para passar a noite com ela. E assim o fiz.
*Publicado por missqueer no site climaxcontoseroticos.com em 02/11/20. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.