Marta - na casa dela

  • Publicado em: 17/12/20
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  • Autoria: missqueer
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(Se ainda não leu, vá ler o conto "Marta - o reencontro".)


Na manhã seguinte, acordei antes da Marta. Não queria, mas continuava chateada por não ter recebido nada...

Levantei-me e fui tomar banho. Continuava a pensar em tudo o que tinha acontecido. Como é que ela tinha sido capaz de ir dormir assim?!

Saí­ do banho, vesti apenas uma camisa branca oversize, sem soutien, e umas cuecas e fui para a cozinha preparar o pequeno-almoço.

Enquanto lavava a loiça que tinha sujado na preparação da comida, Marta apareceu por trás de mim, abraçou-me e beijou-me na nuca. Tinha vestido apenas a t-shirt que lhe emprestei na noite anterior.

- Bom dia, babe!

Continuei a lavar a loiça, ignorando-a.

- Ótimo, continua a ignorar-me! Quero ver durante quanto tempo o vais conseguir fazer.

Com uma perna, fez-me afastar as minhas pernas. Senti a sua mão invadir as minhas cuecas.

- Marta! Estás louca! Para!

O lava-loiça fica em frente a uma janela. Ainda que tenha um jardim à frente, os portões são baixos e quem por ali passar consegue ver o que se passa na cozinha. Não abaixo da bancada, mas...

Foi a vez de ela me ignorar. Fez pressão com o corpo dela de encontro ao meu, contra o lava-loiça, de forma a que eu não me conseguisse libertar. Não é que quisesse fazê-lo.

Pôs uma mão por dentro da minha camisa, alternando os carinhos que me fazia entre a mama esquerda e a direita. Com a outra mão, acariciava-me o clí­toris. O tesão aumentava e eu tinha de manter uma expressão indiferente, caso alguém passasse.

Sem que esperasse, baixou-se e despiu-me as cuecas. Senti a lí­ngua dela passar desde o clí­toris até ao rabo.

- Fuck! Assim não aguento, Marta! - disse, enquanto tentava virar-me.

- Não te mexas. - respondeu, impedindo-me de me mexer.

Continuou a lamber-me, mesmo quando já estava difí­cil manter-me em pé e lhe implorava que parasse. Segurava-me ao lava-loiça como quem se agarra à vida.

Vi os meus vizinhos do lado passar e olharem. Aqueles que reclamaram na noite anterior. Acenei-lhes como se nada se passasse.

- Marta, por favor! Vamos sair daqui!

Nesse momento, o meu telemóvel começa a tocar. Era a minha vizinha!

- Raquel, está tudo bem?

- (respirei fundo) Sim, Jo, porquê?

- Nada... Não me pareceste bem...

(claro... tenho de fingir que não tenho uma mulher a lamber-me!)

- Estou bem, mas obrigada! Falamos depois? Combinei ir à loja da minha prima e tenho de acabar de me despachar...

- Ok! Se precisares de alguma coisa, diz!

Desligámos.

- Por favor, Marta! - na realidade, não queria que aquilo parasse.

- A tua sorte é não ter aqui um strap-on... - respondeu. - Ok, vamos lá despachar-nos para irmos à loja. - Levantou-se e beijou-me.

- Sonha... - respondi. - Como é que foste capaz de me deixar sem nada ontem?! E agora voltas a parar?!

- Queria surpreender-te. Queria ter levado isto até ao fim... Mas tens razão, a tua prima está à nossa espera.

- És louca. - respondi a rir.

Fomos tomar banho juntas e antes de sairmos de casa, perguntou se dava tempo de irmos buscar a mota, voltar a casa para deixarmos o carro e irmos de mota. Disse-lhe que sim e foi o que fizemos.

Quando ia para a mota, perguntou-me se tinha tudo o que precisava. Estranhei, mas disse que sim.

Fomos visitar a loja. Como previsto, a Marta adorou-a, adorou a minha prima e a minha prima também gostou muito dela. Combinaram que a Marta lhe viria entregar algumas peças na semana seguinte. Apesar de ter uma casa em Lisboa, passava a maior parte do tempo em Aveiro. Era lá que tinha a oficina de artesanato. Era mais uma oportunidade de a ver!

Quando saí­mos da loja, disse que agora que já conhecia a minha casa, queria que conhecesse a dela (era isso que tinha motivado a pergunta mais cedo).

Já vos disse quão sexy ela fica na mota?

Nunca tinha pensado como seria a casa em que ela vive. Na realidade, nem sabia onde era a casa! No caminho, pensei que fosse um apartamento restaurado, num dos bairros de Lisboa. Combinava com ela! Ou pelo menos, com aquilo que eu achava conhecer dela. Ao chegar a Sintra, vejo uma casa branca com alpendre sobre o mar. Olhamos em frente e é só isso que vemos: mar. Reconheci-a de algumas fotografias que ela tinha partilhado.

- Chegámos! - disse, parando a mota no alpendre.

Estava sem palavras. A minha casa é bonita, tem uma vista extraordinária, mas nada que se compare com isto! Não fosse a paz que tenho lá, mas não teria aqui, também seria feliz a viver nesta casa.

- Obrigada por partilhares isto comigo. Deve ser incrí­vel acordar com esta vista. - disse-lhe.

- Amanhã de manhã dizes-me! - respondeu, a sorrir e com um piscar de olho.

Tal como tinha feito na noite anterior, mostrou-me a casa. Tinha apenas um quarto e uma casa de banho, e na sala havia um contraste entre o pavimento antigo, móveis modernos e as peças feitas por ela. O melhor da casa era mesmo o exterior.

Enquanto absorvia a energia daquela vista, Marta aproximou-se de mim por trás, abraçou-me e disse que estava muito feliz por me ter ali.

- Estás no meu espaço... sou eu quem estabelece as regras. - Acrescentou.

Durante o resto do dia e até quase ao final da tarde, fomos passear à praia, mostrou-me a sua arte, conversámos.

Ao fim da tarde, de copo de vinho na mão, fomos para o alpendre, ver o magní­fico pôr do sol. Encostei-me ao muro, de olhos fechados, a absorver toda aquela energia. A Marta abraçou-me, desapertando alguns botões da minha camisa e começando a dar-me beijinhos nos ombros e no pescoço, aproveitando para mordiscar as orelhas.

- Quero terminar o que comecei hoje na cozinha... quero foder-te aqui. - Segredou-me.

- Que loucura! Hás de falar-me desse teu fetiche com sexo em sí­tios onde nos podem ver...

- Vais dizer que não ficas excitada com a ideia? Que imaginares-me a foder-te ao pôr do sol ou iluminadas pela lua não é uma ideia que te agrada? Vais negar aquilo que os teus mamilos estão a demonstrar? E aposto que se descer a mão, vais estar pronta para receber os meus dedos dentro de ti...

Como resistir a isto? Ainda para mais, tinha a mota ao lado e começavam a passar-me imagens pela cabeça que a incluí­am... E não havia risco de sermos apanhadas. A casa é bastante isolada.

- Vou negar, sim! - não podia entregar-me assim tão facilmente!

- Sabes que há formas de te fazer calar... E como disse, aqui, sou eu quem manda.

A forma decidida como dizia tudo aquilo estava a deixar-me bastante excitada. Eu era quem normalmente estava no comando... Mas ela sabia dominar-me. E estava a gostar disso.

- Vou tirar-te o copo da mão e vais virar-te para mim.

Fiz o que ela queria. Após pousar os copos, voltou para perto de mim. Tinha aberto mais alguns botões da camisa, de forma a que os olhos dela se fixassem no meu decote.

- Vais continuar a negar?

Peguei-lhe na mão esquerda e levei-a para dentro da camisa. Tinha o mamilo duro, a fazer pressão contra a mão dela.

- Vou! - disse, desafiando-a.

Puxei-lhe a cabeça para mim e beijei-a. Lentamente. Abri o resto da camisa e empurrei-lhe a cabeça até à outra mama.

- Afinal és tu quem está calada... A fazer o que EU quero.

Foi má ideia dizê-lo tendo a boca dela na minha mama. Aquela mordidela doeu! Mas não posso negar que foi bom.

Num movimento rápido, virou-me de costas para ela e dobrou-me sobre o muro.

- Nega novamente que estás cheia de tesão. - disse, enquanto me dava um apertão forte na mama e começava a descer a outra mão pela minha barriga.

Não respondi.

Despiu-me os calções e as cuecas de uma só vez.

- Abre as pernas.

Não abri. Senti a mão dela no meu rabo, a passar o dedo...

- Nem penses! É uma porta fechada! - disse-lhe, assustada.

- Então abre as pernas e assume que queres que te foda.

Não abri as pernas.

- Tens strap-on? - perguntei.

Não esperava aquela pergunta, pelo que demorou um pouco para responder.

- Tenho. - respondeu.

- Vou querê-lo. Vou foder-te em cima da mota. - disse-lhe, no mesmo tom em que ela me tinha dito tudo o resto.

- Isso é a admissão?

Aproveitei que ela tinha diminuí­do um pouco a força com que me encostava ao muro e virei-me. Com a boca muito perto do ouvido dela, disse-lhe:

- Não. Só estou a dizer que te quero comer em cima da mota. Mas se queres saber se me deixas com tesão... ajoelha-te. - disse, enquanto abria as pernas e a convidava a provar-me.

Ajoelhou-se.

- A mota é minha. Sou eu quem vai ter o strap-on. - disse, antes de encostar a lí­ngua à minha boceta.

Veremos, pensei eu. A forma como a lí­ngua me tocava, sabendo os pontos onde tocar para me dar mais prazer, levaram-me ao orgasmo rapidamente. Desta vez, não contive os gemidos, não controlei a respiração nem as expressões faciais.

Levantou-se e beijou-me, com o meu gosto na boca. Sem me deixar recuperar, a forma como me tocava o clí­toris era dolorosa de tão sensí­vel que ainda estava. Já não conseguia estar em pé, mas ela segurava-me, não me deixando cair.

- Marta... quero os teus dedos dentro de mim.

- Se alguma vez me dissessem que iria estar aqui contigo, que me irias estar a pedir para te foder... - disse, enquanto fazia o que havia pedido.

Voltei a vir-me com os dedos dela dentro de mim, já sentada no chão.

- Não fiques convencida... Mas és capaz de entrar para o ranking das melhores quecas da minha vida.

Rimo-nos muito, tendo ficado deitadas no chão do alpendre durante algum tempo, a trocar beijos e amassos.

De repente, levantou-se e puxou-me.

- Vamos tomar banho e comer. Ainda não terminámos...


(continua)

*Publicado por missqueer no site climaxcontoseroticos.com em 17/12/20. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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