A aluna - parte 1

  • Publicado em: 09/04/21
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  • Autoria: missqueer
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Há umas semanas, no trabalho, foi-me pedido que orientasse uma aluna de licenciatura no seu trabalho final. Com bastante medo, mas proporcionalmente entusiasmada, aceitei conversar com ela, para que pudesse perceber se a minha ajuda lhe seria útil.

Deram-me o seu email e rapidamente lhe enviei uma mensagem, a apresentar-me e a fazer algumas perguntas sobre o que pretende fazer. Não foram precisos muitos emails para perceber a empatia que existia entre nós.

Pensei pedir-lhe o número de telemóvel, para falarmos pelo WhatsApp, mas achei que poderia ser um abuso da minha parte. Com isto em mente, não pude evitar o sorriso quando abro o email e leio «Podemos falar por WhatsApp ou seria inadequado?». Passei-lhe o meu número e, nessa noite, foi inevitável que a conversa se tornasse mais pessoal. Não foi preciso nenhuma de nós dizer qual a sua orientação sexual, pois o clima de sedução não deixava margem para dúvidas. Não sei o que tinha, mas estava a mexer comigo de uma forma que nunca ninguém mexeu.

Tinha de ser sincera com ela, mas mais uma vez, antecipou-se.

- Sou a única a achar que corremos o risco de nos envolver? - perguntou.

- Não... E temos de decidir se queremos deixar isto avançar ou se preferes que te oriente no trabalho. - respondi.

- Gostava muito que me orientasses de forma privada (emoji do anjinho). - respondeu.

Com isto bem claro para as duas, falei com os professores que me tinham convidado para a orientação da Maria, expliquei que o trabalho dela não se enquadrava na minha investigação e que, por esse motivo, não poderia ajudá-la. Lamentaram, mas compreenderam a minha decisão.

Uma vez que a Maria tinha a sua sobrinha a viver temporariamente com ela, durante algum tempo, a relação continuou a ser virtual. Muito desejo de estarmos juntas, algum sexting e simultaneamente um sentimento a crescer.

Até que chegou o dia em que podí­amos estar juntas. Dada a pandemia que atravessamos, combinámos em casa dela. Ia bastante nervosa, porque podia chegar lá e percebermos que tudo aquilo tinha sido uma ilusão, mas assim que lá cheguei, tudo passou.

Quando me abriu a porta, o nosso sorriso não deixou dúvidas. Frente a frente, percebemos que o que sentimos é real. Agarrou-me na mão e puxou-me para dentro de casa, abraçando-me.

- Fecha os olhos. - pediu.

Soltou-me e foi buscar uma prenda, pois o meu aniversário tinha sido no dia anterior. Quando me virei para lhe agradecer, beijei-a.

Agarrou-me novamente na mão, puxando-me para o sofá. Deitámo-nos, abraçadas, ela com a cabeça no meu peito, a conversar enquanto ví­amos tv. Tudo ali parecia certo, sentia que já a conhecia desde sempre, que aquele gesto era algo frequente entre nós.

Quando lhe levantei o queixo para a beijar, começámos com um beijo lento, apaixonado, mas que rapidamente se tornou cheio de desejo. Ela, mais comportada, ia fazendo-me festinhas enquanto me beijava, dava-me a mão. Eu, menos comportada, comecei a passar-lhe a ponta dos dedos nas costas, junto ao rabo. A respiração de Maria acelerou, dando lugar a gemidos junto ao meu ouvido. Subindo para cima de mim, começou a rebolar a anca na minha coxa, mas era possí­vel sentir que estava molhada, mesmo estando ambas vestidas.

No momento em que lhe estava a despir a t-shirt, tocou a campainha. Arranjámos as roupas e o cabelo e ela foi receber a tia. Cumprimentei-a, e enquanto foi à casa de banho, despedi-me de Maria, dizendo que voltaria no dia seguinte.


(continua...)

*Publicado por missqueer no site climaxcontoseroticos.com em 09/04/21. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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