A maior treta da minha vida 6 p.2
- Publicado em: 23/06/21
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- Autoria: Ero-Sannin
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Nadine: Eu sei muito bem o que você está pensando, mãe. Mas se ele subiu foi porque você pediu alguma coisa a ele. Ele foi lá e fez, só que se deparou comigo. Ele entrou no quarto e lá estava eu. Eu havia terminado tudo e me distraí no Notebook.
Adélia: Ah... então, se foi assim...
Eu: Bem, você e a Jéssica devem ter muito a conversar, Adélia. Acho que eu já causei muito por hoje. Desculpe por qualquer coisa, eu já tô indo.
Nadine: Pára, Felipe, você não causou nada.
Eu: Sinceramente, acho que poderíamos até melhorar isso em outra ocasião, mas pra mim já deu. Eu vou levar o carro do seu pai, é melhor assim. Boa tarde, Adélia.
Visivelmente sem graça, Adélia baixou a cabeça e não disse nada. Jéssica não havia voltado, mas foda-se. Não importava. Não fosse o bom senso da Nadine, eu estaria muito fodido com aquela mulher.
Entrei no carro, encostei a cabeça na parte de trás do assento, coloquei a chave na ignição e... vi uma sombra sentada ao meu lado. Nadine. Tomei um susto.
Eu: Posso saber o que você está fazendo aqui!?
Nadine: eu não saio desse carro sem a gente poder terminar a nossa conversa. Liga, vamos tomar um suco, um sorvete, em algum lugar...
Eu: Quer me presentear com mais problemas...
Nadine: " VOCÊ ME DEVE! "
Eu: O que?
Nadine: A minha mãe não foi legal com você, te induziu a um erro imaginário, você me viu quase nua no quarto da minha irmã e ficou de pau duro na minha frente, seu safadinho... e eu gostei de você. Já imaginou se eu corroborar as acusações da minha mãe?
Eu: Então quer dizer que eu estou completamente entregue em suas mãos?
Nadine: Vai ser bom pra nós dois.
Eu: ( abaixei a cabeça e a xinguei em pensamento ) Tá tranquilo, Nadine. Realmente eu te devo muito e preciso demonstrar minha gratidão.
Nadine: Então liga o carro. A gente precisa respirar um ar menos denso. Não é?
Só liguei o carro e deixei ela me conduzir. O jogo do Wagner é pesado, mas parece mais simples do que este novo jogo que eu estava sendo literalmente dominado por uma garota que sabe lá o que pretendia comigo.
Chegamos a uma lanchonete ao ar livre, que vendia açaí. Pedi um de 500ml pra mim, paguei também um de 400ml pra ela. Durante algum tempo, fiquei em silêncio, pensando no que eu havia me metido. Nadine pegou na minha mão, me tirando dos pensamentos.
Nadine: Ficou tão quieto por quê?
Eu: Nada, só devaneios das cavernas escuras da minha mente.
Nadine: Pode dividir comigo?
Eu: Cara, já tô dividindo muita coisa em tão pouco tempo com alguém que nunca ouvi falar detalhadamente até poucas horas.
Nadine: Como assim, você não...
Eu: É, ela não fala muito de você. Desculpe se isso te choca, mas lá na casa do Wagner não se toca muito no passado. E eu tava muito bem até precisar levar a Jéssica pra sua casa, Porque pra mim dane-se o passado de família de vocês.
Nadine: Mas é ele quem torna o que a gente é hoje. E eu não que pense que estou te manipulando. Eu gostei de você.
Eu: Obrigado. Eu acho.
Nadine: Baixe a guarda, cunhadinho. Se eu quisesse prejudicar você, era só eu deixar a coisa rolar sem jogar lenha na fogueira, concorda?
Eu: ( acenei positivamente, mordendo os lábios) É... tem razão.
Nadine: Deixa só eu te fazer uma perguntinha?
Eu: Depende.
Nadine: Abre o jogo comigo, já estamos bem ligados agora, pelo menos seu amiguinho aí ficou, isso já conta, hehehehe!
Eu: Ok.
Nadine: Certo. Então... você e minha irmã já...
Eu: Caraca, Nadine, pegando pesado hein...
Nadine: Ah, fala sério, garoto, não perguntei detalhes, é só uma curiosidade boba.
Eu: Sim. A gente tá bem ligado. E fazemos com bastante frequência.
Nadine: Uau... minha mãe me mataria se soubesse que eu transo com meu namorado.
Eu: Você transa? Tem namorado?
Nadine: Claro que não tenho namorado. E já transei , sim. Escondido. E o meu pai? Como você sobreviveu a isso? Hahahahahaha!
Eu: Bom, eu já tô sem saída, então foda-se: conheci sua irmã numa festinha de rua, havia uma garota que havia chamado atenção, eu cheguei nessa garota, mas ali estava Jéssica, e...
Fui contando pra ela, e cada lance que eu falava, Nadine se surpreendia mais ainda comigo. No final de tudo, o açaí dela já tinha virado suco.
Nadine: Cara, como o mundo deu voltas, hein! E você, quando vê a Vanessa, você ainda tem alguma atração por ela?
Eu: Vanessa é linda. Não nego. Sua irmã já me atrai por beleza e outras qualidades. Eu gosto dela de verdade. Ó, morreu aqui, hein!
Nadine: minha boca é um túmulo. Em todos os sentidos.
Eu: Acho que estou mais aliviado, com sua resposta.
Nadine: Bem , a única coisa que eu tive uma certa dúvida...
Eu: O que seria?
Nadine: Se a sua falta de modéstia seria algo que pudesse ser sepultado entre nós. Eu acho que sua jactância é algo que eu não conseguiria engolir completamente.
Pude sentir meu rosto pegar fogo. Dei um sorriso sem dentes.
Nadine: Gostou do que viu!?
Eu: Você já sabe a resposta.
Nadine: Mas quero ouvir da sua boca.
Eu: Gostei.
Nadine: Se não tivesse ninguém em casa, o que faria comigo?
Eu: Caralho, Nadine, você...
Nadine: Vai ser um segredo só nosso. Conta pra mim. O que você faria se fôssemos só eu e você.
Eu: Cara, melhor a gente voltar...
Nadine: Voltar pra onde? Para minha casa!? Já mudou de idéia, hahahahaha?
Eu: Preciso deixar você em casa, certo?
Nadine: Aí, a irmã que mal troca palavra comigo vê o namorado dela ao meu lado... O que ela pensaria acerca de você? Ui, seria interessante ver o ódio dela contra mim, mas não. Quem sabe num futuro próximo.
Eu: Tem raiva dela?
Nadine: Depois eu conto o meu lado da história. Responde a pergunta, gatinho: o que você faria comigo? Seu amiguinho me disse tanta coisa sobre você que nem faz idéia.
Eu: Eu não consegui pensar em nada naquela hora. Sabe quando você buga e só se pergunta o que deve ser feito para apagar aquilo? Eu só escolhi seguir em frente.
Nadine: Eu vi vocês chegando, e eu entrei lá de propósito. Eu queria ver sua reação. Eu queria poder ver o que estava sentindo na hora. E você me disse tudo. Eu sou atraente pra você?
Eu: Se eu disser que não eu... quer saber? Nadine, eu só decidi seguir em frente porque eu esperava alguma sensatez sua. Esperava que não gritasse, não me prejudicasse, mas se pudesse abriria esse presente e deixaria o meu corpo dizer o que as palavras falham agora...
Nadine: Então a gente tem muita coisa em comum. Mais do que eu pensava.
Eu: Que quer dizer com isso?
Nadine: Você me quer. Não é óbvio? Não deveria dizer isso, mas é que...
Eu: ???
Nadine: Você precisa me pagar o que deve! E eu vou pensar num jeito bem bacana. Você não vai se arrepender.
Não podia acreditar no que estava ouvindo. Aquela mina era mais maquiavélica do que eu imaginava. Só me vinha uma frase na cabeça: " Você está fodido!"
Eu só tinha uma alternativa: seguir em frente. E parte de mim queria cair naquela armadilha. Eu mal conseguia me controlar lá embaixo.
Nadine: Vem, a gente precisa voltar. Deixa seu número comigo e , eu vou te ligar. E aí, você vem. Você vai me deixar na esquina com aquela rua que a gente...
Seguindo as instruções dela, deixei ela onde havia marcado e voltei para a casa da mãe delas. Jéssica ficou surpresa com minha chegada.
Jéssica: Minha mãe já me contou tudo! Que bom que você voltou, ela te deve desculpas e vai se retratar agora... mas aonde você foi?
Eu: Esfriar a cabeça, comprei um açaí, tomei e voltei.
Jéssica: E a minha irmã? Cara, isso é culpa dela, eu...
Eu: Você não vai falar nada com a sua irmã, se não fosse ela eu estaria frito na mão da sua mãe. Olha, eu sequer deveria ter lhe trazido. Fato. Eu já tive problemas com sogra antes, e hoje foi a coisa mais idiota que me deixou numa furada. Só voltei por você e...
Adélia: Felipe, tá bom. Okay? Desculpa, eu tirei conclusões precipitadas e eu quero corrigir isso. Ninguém tem culpa de nada. Somente eu. Se for embora, eu vou entender, mas não quero que saia daqui com essa mágoa. Não sei se vou consertar, mas... fica!
Jéssica: Por favor, é importante pra mim. Fica, amor!
Eu: Tá bom! Eu fico...
Jéssica: Graças a Deus( me deu um beijo cálido) .
Adélia: Será que você pode me desculpar?
Eu: Desculpas aceitas.
Adélia veio e me abraçou. Aquela revolta dentro de mim deu lugar a uma estranha sensação. Quando abracei Adélia, senti uma reação do meu corpo que deixou trair. O perfume dela invadiu minhas narinas, era como se tivesse simplesmente esquecido.
Adélia: Será que podemos zerar agora e começar de novo? Você só tem a ganhar... eu também.
Eu: Ok.
O almoço eu não vou me ater aos detalhes, foram conversas amenas, sem grandes emoções. Ah, claro, a Nadine voltou justamente na metade da refeição. Jéssica e ela trocaram um sorriso meio seco, já comigo, ela lançou disfarçadamente o mesmo olhar que da primeira vez e deu um boa tarde comedido, porém carinhoso.
Adelia: Você foi buscar o Felipe de volta . E depois, aonde esteve?
Nadine: Bom, eu tava meio perdida por aí. Voltei agora porque... pra mim a tarde já estaria melada mesmo, nem esperava achar o carro do pai aqui de novo. Que bom que voltou, Lipe. Tá gostando da comida? Eu que ensinei pra ela.
Adélia: Continua humilde, né filha? Tô morrendo de rir por dentro- disse entre os dentes.
Nadine: E você, maninha? Tempo que a gente não se fala né? Olha, você fez uma dieta, resolveu se amar mais, né!?
Jéssica: Cala a boca e come, não me faz eu vomitar meu prato na sua cara, não!
Adélia: " CHEGA! AS DUAS! " Nadine, monta logo seu prato e come de boca fechada. Seu namorado tá aqui, Jéssica, mas nada me impede de te dar um tapa nessa boca, também!
Jéssica: Quer saber? Perdi a fome, tem coisas que embrulham o estômago mesmo. Fui!
E me deixou sozinha lá com a sogra e a cunhadinha maquiavélica. Ótimo. Mas eu não iria parar o meu rango ppr nada.
Adélia: Desculpe de novo, Felipe, hoje está sendo um dia horrível pra você. Mas é bom que agora você conhece de verdade a Jéssica.
Nadine: Será que ele aguenta a pressão?
Adélia: Era melhor você quieta no seu quarto. Você causou isso, garota. Acaba de comer e hoje você não sai mai para lugar nenhum.
Nadine: QUÊ? E eu vou ficar aqui de candelabro pra esses dois?
Adélia: Estávamos reconstruindo o ambiente sem amassos, sem carícias, Lipe tava me contando da vontade dele ser um lutador profissional.
Nadine: Jura? Você luta, cunhado? Mas que desperdício, tão gatinho e deformando esse rosto. Não pensa em fazer outra coisa que te dê uma estabilidade, como uma faculdade, mestrado?
Eu: Eu ainda não havia chegado a essa parte. Sou lutador, mas gosto de música. Meu pai é músico e produtor e tem um estúdio, e eu quero ser instrumentista profissional e compositor, dá muita grana também.
Adélia: Mas não pensa em fazer uma faculdade?
Eu: Recursos Humanos. É o que tenho em mente. O restante dos cursos de especialização é relacionado a Produção Musical. Só isso.
Adélia: Hum, e onde você estuda?
Eu: Fator X!
Nadine: "COMO É?" Mas essa escola é de altíssimo nível, garoto, como um lutador passou pro Fator X?
Eu: Usando a cabeça, claro! Tenho bolsa de 100% e não consegui batendo, não. Foi usando esse músculo aqui, que por sinal funciona como o de um Xavier, se é que me entende!
Nadine: E não pensa nem em estudar no Exterior? Cara, lá os alunos passam pros Estados Unidos, se tornam diplomatas, ocupam altos cargos na sociedade...
Eu: Eu quero ganhar dinheiro com música. Quero alegrar as pessoas falando de amor, de relacionamento, de coisas que as pessoas vivem no dia a dia. E ter só um Diploma de RH. Isso se eu não me tornar um Lutador profissional. Porque se eu conseguir... ah, aí o dinheiro vem fácil! E o que eu ganhar, vou investir em várias coisas.
Adélia: Contanto que não seja Policial, tá tudo certo. Filha minha não merece perder noites de sono, sem saber se o esposo volta ou não. E ainda ver o homem chegando ensanguentado porque perdeu o amigo, lutar contra um sistema que só fode ele, ou ainda pior: se corrompendo!
Eu: Acho a profissão muito nobre. É dura, sim, mas se não tivesse ela, o que teríamos para nos defender ?
Adélia: Eu sou ex de Policial, garoto, sei de coisas que te fariam vomitar todo esse prato. Espero jamais te ver sequer armado.
Eu: Aí eu discordo. A Polícia não pode estar em todos os lugares, as pessoas precisam ter direito a se defender!
Adélia: Nem todos estão prontos para isso. Não discordo totalmente de você, mas haveria muitos psicopatas clm armas por aí.
Eu: já temos psicopatas que usam qualquer coisa como arma por aí. E muitos bons homens que estão completamente indefesos. Eu sou a favor da lógica que é melhor você possuir e não precisar ...
Adélia: Que precisar e não ter! É, eu sei. Mas falta maturidade ao nosso povo. Eu mesma poderia ter me tornado uma agente de segurança. Eu seria oficial hoje. Larguei pela família. Eu também comecei com o Wagner. Preferi seguir outro rumo. Ficar perto das minhas filhas. Proteger a imagem do pai delas em casa, ensinando-as a respeitar a instituição, educar no caminho do bem. Mas ele não me ajudou. E a ingrata ainda me deixou aqui.
Deu pra notar como foi uma tarde agradável? Hahahahahahaha, puta que pariu, depois daquilo ficou bem claro um certo ressentimento da Adélia em relação à Jéssica. E a Nadine meio de lado, porque a irmã era a maior atenção da mãe. Eu não me demorei muito, procurei a Jéssica, que estava no quarto, ainda aborrecida.
Tentei fazê-la sorrir, mas não ia adiantar, parecia que era o inferno ela ter de visitar a mãe com uma irmã insuportável. Mas aí você se pergunta: Por que a treta foi justamente com o lado da mãe e não do pai?
Quando voltei pra casa- finalmente, né!- após aquela visita desastrosa à casa da minha sogra( Jéssica ficou lá), eu fui assombrado pelas chamadas escondidas de Nadine. E de fato, aquela garota não saía da minha mente. E na primeira ligação, já eram altas horas , eu morto com farofa, recebo a ligação da gostosa. Havia acabado de falar com a Jéssica.
Nadine: Dia cheio, não é ?
Eu: E a noite vai ser cheia, pelo visto. Vai dormir, garota, eu tô com sono, pow!
Nadine: Eu vou te deixar dormir, pode ficar tranqí¼ilo, mas...
Eu: Diga.
Nadine: Goza pensando na sua cunhadinha, tá!?
Eu: Garota, onde você quer chegar com isso?
Nadine: Por que minha irmãzinha tem que ficar com a melhor parte eu não posso nem tirar uma casquinha disso?
Eu: Isso é inveja da sua parte. Você é muito linda, pode arrumar um cara legal...
Nadine: Não se esqueça que você ME DEVE! E me deve muito, porque graças ao que eu fiz, eu quebrei a guarda da minha mãe, ela infernizaria vocês dois até terminarem. Você não faz ideia do que ela é capaz!
Eu: Cara, qual é a tua? De que lado você está?
Nadine: Eu preciso estar de um lado ou de outro? Eu só quero estar do meu lado. Não quero conviver mais com minha irmã, ela é a razão de todo esse inferno que você viu. E minha mãe só ficou assim por culpa dela! Se ficasse conosco, tudo estaria bem. Eu suportaria minha mãe falar mal do meu pai, de boa, mas tendo todas as regalias que ele sempre nos deu. Eu odeio ele pelo que ele fez, mas se tenho essa vida, é porque ele não fugiu de sua obrigação.
Eu: E por que eu?
Nadine: Minha mãe marca duro com meus esquemas, e namorar eu só posso depois que concluir o Ensino Médio! Estou driblando a louca porque se não eu não tenho vida. E eu tô louca por você. Quero muito te ver de novo. Se isso não acontecer, eu juro que vou fazer um inferno na sua vida. Não duvide: eu posso fazer isso!
Continua!!!
*Publicado por Ero-Sannin no site climaxcontoseroticos.com em 23/06/21. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.
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