Ana

  • Temas: amor, amizade, lésbicas
  • Publicado em: 17/06/24
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  • Autoria: missqueer
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Olá, o meu nome é Raquel, tenho 35 anos. Já partilhei alguns textos por aqui, mas há algum tempo que não o faço.


Conheci Ana em 2019, através do Tinder. Ana é mais velha, tem atualmente 38 anos. Quando a conheci, vivia uma relação abusiva, com uma mulher sem valores, que se aproveitava da sua fragilidade para conseguir manter Ana presa a si.

Ana corresponde ao padrão de mulheres que me atrai. Feminina, inteligente, com sentido de humor. Infelizmente, também corresponde no quesito de ser alguém frágil, o que sendo eu protetora, acabou por me atrair e levar a apaixonar. Contudo, preferi guardar sempre esse sentimento para mim e evitar ao máximo mostrar-lhe que a via como mais do que uma amiga, com receio que a afastasse.

Durante 3 anos, a nossa amizade foi apenas virtual, porque a namorada não permitia que estivéssemos juntas - por ciúmes. Mas nesses anos a nossa amizade ficou bastante fortalecida. Ana tinha noção de tudo o que estava errado naquela relação, só faltava ganhar força para terminar!


Em 2022, combinámos um jantar. Ao chegar ao pé de mim, abraçou-me. Um abraço com sabor a “finalmente!”. Inesperadamente, senti um impulso para a beijar, mas consegui controlar. Ao longo da noite, foram vários os abraços que demos. Durante o jantar, agarrou-me na mão por cima da mesa, como se fôssemos um casal apaixonado. Como a companhia estava boa, perdemos a hora do seu ónibus, pelo que fui levá-la a casa.

Chegadas lá, ficámos ainda muito tempo a conversar no carro. Ana inclinou-se para me abraçar e, instintivamente, puxei-a para cima de mim. Havia um clima de tesão no ar, e Ana mordeu o lábio, provocadoramente. Felizmente, consegui controlar-me e não avançar.


Este jantar levou ao término da relação de Ana. Com a namorada a obrigá-la a escolher entre ela ou eu, pela primeira vez, Ana escolheu a nossa amizade.

Durante vários meses, saímos juntas. Era um namoro muito inocente, pois apesar de umas provocações esporádicas e de andarmos sempre de mãos dadas, na rua ou nos restaurantes, nunca permiti que acontecesse alguma coisa - primeiro queria que ela cicatrizasse as feridas causadas pelas relações anteriores.

Contudo, sem que nada o fizesse prever, tivemos uma discussão muito grande e afastámo-nos.


O meu coração ainda lhe pertence e, este ano, decidi tentar recuperar a amizade que tínhamos. Lentamente, consegui voltar a entrar naquele coração, que se tinha fechado com medo de sofrer mais. Decidi abrir o jogo e contei-lhe dos meus sentimentos por ela, mas em momento algum me falou dos seus. Nem falámos sobre isso.

Ana convidou-me para ir numa viagem com ela, para assistir a um concerto que queria muito. Aceitei. O nosso sonho sempre foi viajarmos juntas.

Quando chegámos ao hotel, já de noite, estávamos cansadas da viagem e fui tomar banho, para de seguida ir ela. Decidimos não sair naquela noite e só ir conhecer a cidade no dia seguinte.

Terminei o banho, vesti uma t-shirt e uns short e me joguei na cama enquanto Ana tomava o seu banho. Veio de toalha na cabeça - ao contrário de mim, que uso cabelo curto, Ana tem o cabelo longo - e roupão. Não preciso dizer que meu coração disparou ao vê-la, mas respirei fundo para acalmar. Deitou-se a meu lado, agradecendo por estar ali com ela. Puxou meu braço e aproximou-se, deitando a cabeça no meu peito. Fiz-lhe um carinho, passando a mão na testa e descendo até ao pescoço, afastando ligeiramente o roupão e percebendo que estava nua por baixo. Mas ficámos ali abraçadas, em silêncio, e acabámos por adormecer.

Ana acordou e levantou-se para se pentear. Quando voltou, tinha trocado o roupão por uma t-shirt e usava um fio dental rendado, preto. Não pude não olhar e mordi o lábio com o que via.

Deitou-se novamente abraçada a mim.

- Com que então gostavas de mim!! - disse, a rir.

Já esperava que algum dia o tema calhasse em conversa, mas respondi a brincar também.

- Foi o vídeo que me enviaste a dançar. Apaixonei-me.

Começámos a rir e ela a fazer-me cócegas. Para que parasse, fui para cima dela, encaixando-me de joelhos entre as suas pernas e prendendo-lhe as mãos acima da cabeça.

- Afinal as mulher certinhas também têm pegada! - disse-me. É uma piada nossa, porque ela achava que as mulheres certinhas - visto-me de forma certinha, para contrastar com a personalidade endiabrada! - eram muito passivas.

- Eu disse que andavas a escolher as pessoas erradas…

Sem ter tempo para reagir, puxou-me com as pernas e fiquei deitada em cima dela. Sentia o coração a bater tão acelerado quanto o meu. As bocas próximas, olhos nos olhos.

- Ana… - disse eu.

Encostou os lábios aos meus. Suspirei, o que a fez perceber que estava com vontade. Com as pernas, apertou-me mais contra ela. Tinha a buceta dela encostada a mim, então meneei a anca, numa investida contra ela.

- E também sabem mexer a anca! - disse, a provocar-me.

Ainda sem lhe soltar as mãos, passei a língua entre os seus lábios, dando uma mordida no lábio inferior.

- Estás a conseguir mostrar bem o teu ponto de vista! - disse Ana.

- Tens a certeza disto? - perguntei.

- Sempre disse que te acho sexy. Tentei convencer-me que não queria foder com a minha melhor amiga, mas a verdade é que te quero há muito. Por isso me magoou tanto quando te afastaste.

- Humhum… disseste várias vezes que não querias foder com a tua melhor amiga. - disse eu.

- Mas quero. Muito.

Encostei os lábios aos dela, dando-lhe um beijo inicialmente lento, mas que foi aumentando de intensidade enquanto punha a mão por baixo da t-shirt, começando a descrever círculos no seu mamilo. Tinha o bico da mama duro e suspirei ao perceber que estávamos ambas com muito tesão.

Rapidamente as roupas foram parar ao chão e guiou a minha mão para a sua buceta, que estava muito molhada. Estávamos de joelhos, de frente uma para a outra. Ao tocar-lhe o clitóris, encostou a cabeça ao meu ombro, gemendo. Ao penetrá-la com os dedos, alternando um vaivém lento e forte com um movimento rápido, estava com as pernas a tremer.

- Foda-se. Tu sabes bem o que fazes! - disse, a rir, depois de se vir.


A noite não terminou por aqui, mas isso conto noutro dia.

*Publicado por missqueer no site climaxcontoseroticos.com em 17/06/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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