O Tempo de uma Dança

  • Publicado em: 13/02/16
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  • Autoria: Pierre
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É uma noite de sábado quente no centro da cidade. No interior do clube, faz mais frio, felizmente. Ainda é cedo, mas logo as mesas ao redor do palco estarão cheias de clientes histéricas. Por enquanto, um pequeno grupo de amigas seguram suas taças sorrindo. Mas ao longe, duas mulheres de certa idade discutem mais seriamente.


Os garçons se agitam, verificam a ordem perfeita do salão e se preparam para a noite que está por vir, enquanto brincam entre si discretamente como de costume. O bar está lotado, as taças alinhadas com esmero. As luzes ainda estão todas acesas.


Nos camarins, os artistas se preparam num ambiente de amizade. Nenhum sinal de ciúmes

ou comparação. Cada um sabe o que veio fazer aqui. A competição não é necessária. Há até mesmo alguns que dão seus últimos conselhos ou dicas que funcionam muito bem com o público.


Um pouco mais tarde, duas jovens vem se sentar bem na frente do palco. Este é o melhor lugar na minha opinião. A visão deve ser incrí­vel ali embaixo. Às vezes eu me sentava na platéia, pra sentir a emoção, a atmosfera. Ao olhar mais de perto, percebi que esta é provavelmente a primeira vez delas neste clube. Elas pedem um drinque e esperam, trocando algumas palavras de vez em quando. Em pensamento, desejo-lhes uma ótima noite.


O lugar se enche gradualmente e uma mistura de cores feliz é visí­vel agora. Todos estes clientes de bom humor bebem descontraidamente, sabendo que vão se divertir. Grupos de quatro ou seis são bastante comuns. Há até mesmo uma moça que vai se casar e veio enterrar sua vida de adolescente com seus amigos. A atmosfera aquece lentamente.


As luzes se apagam, o ní­vel de ruí­do diminui um pouco, os olhares convergem para o palco e bastidores. A curiosidade é palpável. A espera ainda se prolonga um pouco mais. Algumas taças se enchem pela segunda ou terceira vez, os risos se tornam mais abertos, os garçons estão atarefados e atentos. A clientela não tem do que reclamar, tudo está arranjado para o máximo prazer.


Eu atravesso o salão lentamente, anônimo e discreto. Posso sentir o pulso do público, como todas as noites. Sorrisos coniventes começam a ser trocados entre as mulheres das mesas e os empregados. Passando em frente ao palco, ouço alguns trechos de conversa entre as duas mulheres jovens. Elas se apresentam para os indiví­duos que estão com elas à mesa. Entendo que a ruiva grande se chama Julie e a morena tí­mida, Nancy. Sempre tive um fraco por aquelas que vêm aqui sem saber por que, em grupos reduzidos. Vir a dois é como partilhar uma experiência í­ntima. Não há possibilidade de se esconder atrás de um grupo de amigos. Tudo é vivido um pouco em função do que o outro pensa ou como ele reage, especialmente quando as pessoas em questão não são de natureza extrovertida.


Resta apenas o mí­nimo de iluminação no salão. O espetáculo está prestes a começar. A cortina se fecha em torno do palco de forma circular. O animador se apresenta e dá as boasvindas a todos. Seu papel, sabe-se bem que é o de aquecer o ambiente, ou a espera seria longa. Mas agora um grupo de moças de seus vinte anos gritam como histéricas. Em todas as partes, as bocas sorriem, os olhos brilham, os corpos se inclinam imperceptivelmente para a frente, as respirações se fazem mais curtas e as mãos brincam nervosamente com as taças.


A cortina se abre em duas partes, deslizando para trás. As mesas em frente ao palco tem o privilégio de ver aantes de todos. Mas ainda não há nada para ver, o gelo seco borra a visão. Os gritos aumentam no salão, isolados e concentrados em algumas mesas. O apresentador pede um pouco mais de entusiasmo e as últimas inibições desaparecem.



- E agora, para começar ... aquele que chamamos de O Macho !


Há gritos esfuziantes e alguns aplausos. A fumaça se dissipa um pouco e podemos distinguir um homem que entra pela parte de trás do palco. De fí­sico robusto, calças pretas e uma camisa branca translúcida, ele cumprimenta e sorri para a multidão. Executa alguns passos de dança sob uma música ritmada. Ele gira sobre si mesmo, tentando travar alguns olhares com as primeiras mesas. Calmamente se mostra tal como é, tentando criar uma cumplicidade entre si e sua audiência. Depois de uma volta, ele suspende a camisa e submete o peito a aprovação geral. Ele desfaz o primeiro botão de sua calça, sorri uma última vez, lança um beijo para suas admiradoras, em seguida, deixa o palco.


- Senhoras, este foi O Macho! Uma forte salva de palmas!


Segue um concerto de gritos misturados com aplausos. Esta noite de sábado será bem quente. À frente, Julie e Nancy aplaudem sabiamente, entreolhando-se. Eu imagino que elas se perguntam o que estão fazendo aqui, se elas irão realmente gostar deste lugar. Todas acabam amando...


- Recebam como se deve a Steve, O Animal!




Dessa vez os gritos vem mais espontaneamente. O clube está quase cheio. A maior parte da clientela é feminina, embora seja possí­vel ver alguns homens acompanhados de suas namoradas ou amigas, por motivos que me prometo descobrir um dia desses.


Steve entra em cena. Ele usa uma vestimenta que é um tipo de pele de leão, o que lhe cai muito bem, como provam os gritos e alguns risos. A fantasia surpreende, mas logo todos entram no jogo. Ele percorre o salão com os olhos, como se estivesse numa caçada.

A tensão aumenta. Ele ensaia uma dança felina, muito sugestiva, simulando saltar sobre sua presa, provocando um grande riso coletivo. Depois ele simula a posse sexual da presa, e todas adoram.


- Querem ver mais? pergunta o apresentador.


E um concerto de mocinhas super excitadas dizem um "sim" unânime. Steve sorri e retira sua tanga num gesto viril, escondendo seu membro com a mão. Ele dá uma volta pelo palco e mostra seus atributos às espectadoras das mesas vizinhas ao palco. Algumas reagem com uma histeria expressiva, outras apenas riem.


Lenta mas seguramente, o anfitrião consegue aquecer o ambiente. Mesmo as mulheres mais tí­midas tratam de gritar, de bom humor. Pode-se comparar isso com groupies de rock antigo, adorando seu í­dolo, exceto que aqui existem apenas homens anônimos e, finalmente, inacessí­veis para a adoração. Mas eu acho que as mulheres sempre acabam acreditando que há pelo menos um dos dançarinos que parece olhá-las diferente, ou um dos empregados ... O clube vende sonhos e fantasias femininas.

Do lugar de onde estou, na parte inferior esquerda do palco, eu tenho uma boa visão geral do salão lotado. Adoro ver aquelas pra quem vou dançar, saber a quem me apegar para seduzir e dar o meu melhor. Concentro-me nas mesas ao longo do palco, porque lá é mais fácil de criar o contato visual durante o show.


Há um grupo de amigas bem jovens e um pouco loucas em uma extremidade, as duas mulheres mais velhas e muito sérias, depois outro grupo que parece gostar da presença um do outro, tanto quanto dos dançarinos.


No meio, as duas mulheres que notei desde o começo, Nancy e Julie. Esta última observa tudo ao seu redor e o palco. Ela faz parte do que eu chamo a raça dos céticos. Ela sabe que os bailarinos são pagos para agradar as senhoras, assim ela tem um olhar divertido e os vê de longe. Mas esse tipo de mulher, que geralmente se assume ao ní­vel do sexo, pode muito bem se soltar quando decide se deixar levar completamente e se proporcionar esse prazer. Nancy, a morena, não fala muito e bebe regularmente sua bebida. Ela me dá a impressão de não ter uma grande experiência de vida. Acho que tenho as minhas duas ví­timas desta noite. Elas serão a minha motivação para dançar bem, especialmente a ruiva.


A hora da minha aparição no palco se aproxima. Eu levo um tempo para me preparar. Vesti um jeans que deixa meu traseiro mais bonito. Gosto de ouvi-las gritar quando descobrem minha pele nua em vez da cueca esperada. Seleciono uma camiseta preta que molda meu peito musculoso. Um pouco de perfume, um chapéu caindo sobre meus olhos e estou pronto.


- Agora, Rick, O Sedutor! anuncia o apresentador.



Uma música tecno-trance bem lenta me permite ir no meu ritmo e dançar mais ou menos como eu desejo. Entro pela parte de trás do palco sob gritos humanos que saturam os ouvidos, clamor doce para o meu ego. As mais assí­duas me conhecem, as iniciantes estão prontas para me receber, o mundo está aos meus pés, estou aqui para seduzir a todas. Passo os olhos pelo salão, prendendo os olhares delas, lançando-lhes olhares quentes que as fazem vibrar.


Eu me viro, mostro-lhes minha bunda e dou um forte tapa na nádega esquerda, o que faz redobrar o barulho no ambiente. Um sorriso brinca sobre meus lábios. Viro para frente novamente, me imagino beijando a todas. A sensualidade que emana de mim se propaga até as mesas e eu as vejo se contorcendo eu suas cadeiras.


Passo minhas mãos lentamente sobre minha camiseta, mostrando-lhes o homem que sou. Me aproximo da primeira mesa na parte extrema e levanto o tecido para revelar-lhes meu peito nu e liso. Elas ficam loucas comigo. Dou uma volta lenta e desnudo completamente meu tórax antes de atirar longe o pedaço de tecido rasgado. Todas podem admirar meus poderosos músculos, minhas mãos sublinham meu corpo e começam a deslizar sobre a cintura do meu jeans.


A música me deixa selvagem, fluido, sensual. Olho Julie nos olhos de passagem, ela sustenta o olhar, sempre muito séria. Ela acaba de tomar consciência de seu desejo. Dou alguns passos de dança com uma desenvoltura que deixaria um dançarino de salsa profissional com inveja.


Desabotoo meu jeans com um gesto confiante, com uma única mão, como de costume. Deixo minha mão direita escorregar para dentro, profundamente. Empunho meu membro para me por em condições. Sinto prazer de verdade e elas percebem isso. Vejo que elas não ousam fixar os olhares por muito tempo sobre minha virilha.


Eles continuam a gritar bem alto em um êxtase coletivo, então eu finalmente baixo o meu jeans, virando as costas. Elas têm uma visão dos sonhos das minhas nádegas redondas, nas quais eu dou umas palmadas. As mais sensuais sentem o efeito como se eu lhes tivesse aplicado uma surra, outras gritam ainda mais forte como para extravasar sua tensão sexual. Esta é a principal razão de nunca terem explodido. A maioria destas mulheres se permitem gritar com a visão de um homem nu, como crianças se divertindo muito. Apenas uma minoria se permitirá de iní­cio a experiência do prazer sexual e se deixará prender pelo jogo.


Com a mão escondendo meu sexo, lentamente caminho ao redor do palco. Em cada mesa, eu paro, olho as mulheres nos olhos e lhes pergunto se elas querem ver. Se ela disser sim, eu lhe revelo meu sexo que eu estendo com a mão. Chegando ao centro, observo Nancy em seus olhos, ela parece vagamente envergonhada e sorri de leve. Revelo-lhe meu membro, acariciando-me lentamente, seu sorriso crescendo. Percebo que sua amiga não olha para o meu sexo, mas olha para mim. Prendo seu olhar e indico a direção do meu abdômen, como se dissesse "você não quer?" Ela balança a cabeça e ri. Há uma certa cumplicidade entre nós por um momento. Eu sei que ela acabou de dizer que francamente não tem nada a ver com o meu sexo, o que lhe interessa é ser seduzida, e ela conseguiu o que queria neste momento de conexão.


Termino minha performance e saio finalmente de cena com um último olhar e um beijo lançado das pontas dos dedos. É uma euforia generalizada. Elas estão maduras, prontas para o jogo fatal de aumentar sua excitação. Agora nada pode impedi-las e ter uma ótima noite. E eu estou pronto para elas, quero seduzi-las, ver seus olhos brilharem de prazer.


O apresentador anuncia agora uma pausa no espetáculo. É hora de se pagar uma dança a essas moças das mesas. Uma mulher, se desejar, pode pedir a um dançarino de sua escolha para vir dançar para ela à sua mesa, com uma modesta retribuição. A maioria delas que aqui vem vivem a experiência ao menos uma vez e algumas a repetem na mesma noite.


Com os outros dançarinos, deixo o camarim e vou sentar no bar, de frente para o salão, vasculhando a semi-escuridão em busca de uma mulher interessada. Nunca nos aproximamos delas, são elas que nos escolhem e nos pedem o que querem. Isso aumenta seu desejo e prazer e elas não se sentem agredidas. A fórmula funciona muito bem. Eu immagino todas essas conversas que reconstituo a partir de dezenas de fragmentos já ouvidos às escondidas. Eu as escuto dizer que tal não é ruim, mas o outro é melhor, com comentários sobre os músculos e nádegas, rindo.


Para a maior parte delas é um pequeno luxo, uma ocasião única de pensar em si mesmas. O mais engraçado é que a reação não está sempre de acordo com o tipo de pessoa que elas são na vida diária. Assim, uma mulher à vontade na sociedade, cercada de amigos e confiante em geral, pode se mostrar intimidada quando um homem vem balançar seu corpo nu perto do seu em público. Cabe a nós ver até onde elas estão dispostas a ir, sem contato fí­sico. Não se deve esquecer que as outras mulheres em volta assitem à dança da mesma forma e tem sua cota de participação. Nem todas são voyeurs e exibicionistas de natureza.


Alguns dos meus colegas já foram vendidos, por assim dizer. No tempo de uma música, eles se transformam em amantes à distância, imitando diante delas o mais próximo possí­vel o ato amoroso. O desafio não é fácil, é preciso primeiro ganhar sua confiança, especialmente se a mulher em questão não é muito ousada. Deve-se pagar uma dança para sua melhor amiga, que vai lhe garantir que ela não pode perder isso.


De canto de olho, vejo minhas duas musas inpiradoras, Julie e Nancy, se levantarem rindo. Reconheço a atitude daquelas que desejam uma dança, mas que são tí­midas demais para pedi-la. Julie parece ser mais resoluta que sua amiga. Elas se digirem ao nosso grupo e rapidamente me dou conta de que sou eu quem elas escolheram. A grande ruiva se decide a falar.


- Boa noite.

- Boa noite.

- Isso é por uma dança, pede ela me olhando nos olhos.


Respondo rapidamente que na próxima música eu vou estar na sua mesa na frente do palco. Assim lhes dou a sensação de terem sido notadas antes.


No devido tempo, eu tomo meu descanso de joelho, uma espécie de pequena mesa de café estofada em que posso me colocar de joelhos sem tocar o chão, e me dirijo para a mesa. Pergunto pra quem é adança, porque não é óbvio, uma das duas não deixou seu acento. Depois de uma olhadela para sua amiga, Julie volta sua cadeira para mim e me olha com um ar divertido de desafio. Esta mulher tem personalidade, acho que vou me divertir com ela.


Com um sorriso, me inclino para ela, sentindo-me ligeiramente hipócrita, e lhe pergunto seu nome fazendo a pergunta ao pé do seu ouvido. Ela me responde sem delongas. Ela aceitou implicitamente o contato do meu sopro sobre sua pele.



Recuo um pouco para observá-la. Sinto que é isso que ela quer, se sentir bela e desejável. Ela sustenta o lhar. Inclino-me por cima dela e aproximo minha cabeça da sua. Sopro docemente no seu pescoço. Em seguida olho para ela e avanço meus lábios lentamente em direção ao seus. Vejo sua boca que se entreabre como por reflexo. Ela não tenta resistir e deixa as sensções invadi-la. Eu a admiro porque a maioria das mulheres são incapazes de se abandonar assim a um desconhecido em público.


O instante é intenso. Ela imagina que vou beijá-la, ela morre de vontade, mas não se mexerá porque ela sabe que não tem o direito de tocar os dançarinos. Entretanto, seu espí­rito se persuade de que o homem em sua frente sonha com ela e a tocará se puder. No último momento, me afasto e faço um barulhinho com a boca. Ela aceita o jogo e começa rir, seus olhos sempre mergulhados nos meus, até que eu mudo de posição.


Me apoio no encosto de sua cadeira e sopro suavemente em seu corpete. Noto que ela se arrepia, sua boca sempre disponí­vel e os olhos afundados numa onda de prazer. Não preciso olhar para saber o estado em que ela se encontra. Tenho diante de mim uma mulher extremamente sensual que se assume em público e gosta de se exibir.


Brinco com ela o quanto posso, pois ela gosta. O público nas proximidades também capta o intenso erotismo da situação e não deixa de olhar e fazer comentários. Julie não vê nada, não ouve nada, toda entregue ao seu prazer.

Levanto-me e começo a segunda parte da dança. Minhas mãos acariciam sugestivamente meu peito. Seus olhos se movem num vaievem, passando das minhas mãos aos meus olhos, mas ela sente mais prazer ao imaginar uma conexão emocional e me encara com um olhar ví­treo. Desabotoo minha calça jeans e agarro meu membro para mostra-lhe. Ela lança para ele um olhar casual e eu espero. Ela não quer isso? Ela balança a cabeça negativamente, rindo. Decididamente, esta mulher tem uma grande autoconfiança, e ela sabe o que quer.


Fecho minha calça tranquilamente e me inclino para ela. Beijo-lhe as duas faces. A dança terminou, o jogo também. Ela me agradece com um belo sorriso ao me pagar, reconhecendo que foi tudo muito divertido.


Sempre achei estranho que algumas mulheres não saibam como se soltar. Julie foi capaz de ter prazer com facilidade e mostrar isso na frente de todos sem se perturbar o mí­nimo. Essas personalidades são os perigos reais para os homens na vida cotidiana. Quando uma mulher é capaz de se deixar seduzir é porque ela pode seduzir, e isso não deixa homem algum indiferente. Honestamente, desejo-lhe um relacionamento com alguém que possa se beneficiar de seu lado exibicionista. Caso contrário, eu não acreditaria muito na fidelidade do casal, o primeiro sedutor que ganhasse seu corpo levaria consigo também seu coração.


Eu sou Rick, O Sedutor, dançarino num conhecido clube para mulheres. Tenho a oportunidade de ver a cada noite centenas de mulheres de longe e algumas de perto. Eu lhes digo, a revolução sexual está longe de terminar. Os tabus têm vida longa, mas há algumas coisas liberadas neste mundo. Quando duas pessoas livres se encontram, não é verdade que se acende uma fagulha?

*Publicado por Pierre no site climaxcontoseroticos.com em 13/02/16. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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