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Profissão PUTA

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 02/02/17
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  • Autoria: Medusasexy
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Meu celular tocou naquela tarde de sábado e o número em destaque era o da minha casa, como deduzi era o meu avô, disse que estava me esperando para esclarecer tudo àquilo que ouviu de outras pessoas e que também visualizou no Smartphone de um amigo.

Menti que estava trabalhando e iria cedinho, no dia seguinte (domingo), para casa conversar com ele.

- Trabalhando do quê? DE PUTA? - gritou cheio de raiva.

Havia imaginado, nas últimas horas, quantas vezes ouviria isso doravante, só com o intuito de me ofender, porém não imaginei que doeria tanto ouvir de uma pessoa que eu amava tanto.

Com a voz embargada pelo choro, mal consegui responder que era o trabalho de promotora em uma feira. Ele incorporou novamente o coronel que nunca deixou de ser apesar da aposentadoria, autoritário exigiu que eu voltasse imediatamente para casa. Concluiu dizendo que minha avó estava passando mal com tudo isso e ele a levaria de imediato ao posto de saúde. Desligou em seguida.

Engano meu ao imaginar que a repercussão ficaria limitada ao blog do cara, a reportagem com detalhes saiu no jornal impresso da cidade e também no portal G1, "Miséria pouca é bobagem" como diz o ditado.

Praticamente não dormi aquela noite, sai cedinho de Campinas e fui de carro fretado para evitar cruzar com conhecidos. Cheguei à casa dos meus avós pouco depois das 8h daquela manhã de domingo, e apesar do sol e céu azul, parecia mais uma segunda-feira cinza, fria e chuvosa. Ao descer do carro senti-me como se tivesse três metros de altura e com a sensação de que havia centenas de olhos me observando por frestas de janelas.


Minha avó estava sentada no sofá da sala e não conteve o choro a me ver, porém ao contrário do que sempre fazia em momentos difí­ceis da minha vida, não me abraçou e nem me deu sua benção. Meu avô estava sentado ao lado da mesinha do telefone, seu olhar era um misto de tristeza e decepção.


Nossa conversa começou difí­cil, cheia de tristezas e tiveram seus momentos de tensão, um deles foi quando recusei sua oferta de bancar minha moradia, estudos e tudo mais que eu necessitasse, sob a condição de eu deixar de ser PUTA (deu ênfase na palavra) e ir morar em outra cidade. Expliquei que não tinha motivo para me esconder, pois ganhava a vida honestamente como várias outras pessoas, só que eu trabalhava usando o meu corpo e havia escolhido este ofí­cio porque o sexo me dava prazer, não era apenas pelo dinheiro.

Pela primeira vez na vida ele me esbofetearia, não fosse a intervenção da minha avó que deteve seu braço já erguido. Após se acalmar um pouco, meu avô falou que conversou com minha mãe antes da minha chegada e que pediu para ela vir me buscar, pois sou responsabilidade dela, como também lembrou que eu ainda não tenho 21 anos e que não sou dona do meu nariz.

Falei que não voltaria com ela para São Caetano, estava saindo de casa e iria me virar sozinha. Continuamos discutindo enquanto eu arrumava as coisas que levaria. Minha avó só fazia chorar e dava conselhos para eu deixar esta vida, pois logo eu não seria mais jovem e bonita e iria me arrepender de tudo. Meu avô quis impedir que eu saí­sse antes que minha mãe viesse me buscar, o convenci que a tentativa era inútil, pois havia decidido seguir meu caminho sozinha, fugiria se fosse preciso.

Antes de sair liguei para minha mãe e a conversa não foi diferente da que tive com meu avô, ela também me chamou de puta... Bom, não tinha mais o que dizer a eles e nada mais a fazer naquela casa ou na outra (da minha mãe), falei para ela não vir, pois já estava indo embora e seguiria o caminho que escolhi.

Agradeci e me despedi de minha mãe por telefone, após desligar fiz os mesmos agradecimentos aos meus avós; gratidão por terem cuidado de mim até aquele momento e disse que os amava demais. Na sequência foi o adeus derradeiro e cheio de lágrimas.


Já ouvi inúmeros relatos sobre garotas de famí­lias... "Socialmente corretas", que optaram pela prostituição, ainda não conheço nenhum caso em que elas foram apoiadas pelos entes queridos. Como eu supus desde o princí­pio, meu caso também não foi diferente, eu era a puta da famí­lia e todos queriam que eu mantivesse distância ou sumisse, de preferência.


Voltei para Campinas e não fiquei me lamentando sobre infortúnios e nem permaneci reclusa naquele quarto, a vida sempre segue em frente e cuidei da minha, mesmo estando temporariamente fragilizada. A primeira providência foi ficar muito gata, ir a uma balada e me divertir "muitão" sem pensar em nada. Começaria o primeiro dia da minha vida nova somente na manhã seguinte.


Escolhi uma casa noturna onde não costuma rolar lances de programas, o que menos precisava era arrumar uma confusão por invasão de espaço de trabalho, só queria dançar e beber. Adoro boates, a música que não deixa a gente ficar parada, os drinks deliciosos e o cheiro de pecado. Passada uma hora naquela balada e após dispensar meu companheiro de dança que se tornou inconveniente, fui ao bar pegar outra bebida e trombei com um simpático solitário, trintão e tristonho. Parecia que seu dia também não fora dos melhores, nem me deu bola; Aha! Imagina que engoliria uma desfeita desta, puxei conversa e o deixei mais animado, acho que ele estava apenas esperando que alguém o percebesse e tomasse a iniciativa. Depois de vários goles consegui arrastar ele pra dançar comigo.


Foram algumas idas e vindas da pista de dança ao bar e pouco mais tarde o porre dele era maior que o meu, então combinamos de terminar a noite em outro lugar mais sossegado. Ele me levou para sua casa que não ficava distante e quando estávamos próximos ao portão sussurrou algo tropeçando nas palavras; deu para entender que era para evitar ao máximo fazer barulho para não acordar sua famí­lia. Eu estava muito alegrinha, além de estar enxergando dobrado, porém me comportei.

- Sussa, fico quietinha, prometo.


Levou-me para um quartinho na área de serviço, nem liguei para a simplicidade das acomodações, pois estava na fissura por sexo e querendo esquecer tantos momentos de tensão vividos naquele final de semana. Dei toda minha atenção ao que interessava, no caso o homem. Arranquei sua roupa o assustando com minha voracidade, após o deixar pelado da cintura para baixo fiz meu parceiro se contorcer entre gemidos, que ele tentava conter, dando-lhe chupadas, engolidas e fodendo com seu pau em minha boca como se fosse a minha vagina. Controlei para não o deixar gozar, queria aproveitar toda rigidez do seu membro e cavalgar sobre ele.


A cena daquele homem deitado de pênis ereto estava me consumindo com a vontade de senti-lo em mim, não perdi tempo tirando o vestido, tirei apenas a calcinha e apesar da quantidade de bebida ingerida, ainda tive o bom senso de revestir seu sexo com um preservativo que sempre trago na bolsa, só depois sentei sobre ele o deixando deslizar para dentro da minha grutinha... Ahh! O tempo deveria parar nesta hora, são impagáveis os segundos de prazer quando um membro firme adentra alargando minha fendinha e invadindo meu interior.

Nem a mistura de odores de produtos de limpeza daquele quartinho e o calor sufocante por falta de ventilação diminuí­ram a sensação de prazer daquela transa. Ele segurou em minhas nádegas indo e vindo dentro de mim com os movimentos do seu quadril e fazendo meu tesão ir a milhão. Quis gemer alto, gritar e falar palavrões, mas mesmo estando bêbada me lembrei dos seus pedidos de que não poderí­amos fazer barulho, porém no momento do clí­max seria impossí­vel não gemer alto... Deuuus! Que foda gostosa. Deitei sobre ele esfregando nossas roupas suadas e enfiei a cara no travesseiro urrando como uma fera demoní­aca em um orgasmo sem fim.

A cama parou de tremer, fiquei acabada e no estado em que estávamos não tí­nhamos condições de se pegar outra vez esta noite. O homem apagou e eu também ainda deitada sobre ele naquela cama minúscula e só acordamos quando começou a amanhecer, e graças a um sábia que resolveu bancar o despertador assoviando alto em algum lugar no terreno ao lado.


Gente! Só então o doido, apavorado e sóbrio (ou quase), disse que era casado e morava naquela casa com a mulher e a filha. Quando ele disse famí­lia, no momento em que adentramos a residência, pensei em pai, mãe e irmãos, nem de longe imaginei mulher e filhos. O cara havia brigado com a esposa e saiu a esmo durante a noite e entrou na boate para beber e esquecer seus problemas com a mulher.


Resumo da ópera: Eu teria que sair de fininho antes de ser vista pela dona da pensão ou a filha de oito anos. Meu vestido estava todo amarrotado e meus cabelos parecendo uma vassoura velha, após vestir a calcinha fui de mansinho o acompanhando com meus sapatos na mão e esgueirando pelo corredor até chegar ao portão. Enquanto eu calçava os sapatos ele sussurrou perguntando como me encontraria novamente, respondi que na mesma boate qualquer noite destas.


Caminhei sorrindo pela calçada e pensando: "se o primeiro dia do meu voo livre começou assim, cheio de emoção, imagine o que virá a seguir".


Beijos até o próximo conto.

*Publicado por Medusasexy no site climaxcontoseroticos.com em 02/02/17.


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