Ao seu Lado

  • Publicado em: 08/02/17
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  • Autoria: Medusasexy
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Manhã de terça-feira: Acordei e de imediato pensei no Matheus. Estava angustiada por ainda não ter notí­cias do coroa e nem ideia do que poderia ter ocorrido.

Olhei para o despertador... Aff! 9h35 desconfiei que tivesse desligado o bicho, calado seu apitinho irritante e dormido novamente. Estava uma hora atrasada para começar mais um dia de rotina.

Mais tarde, quando estava na agência, fiquei sabendo que não tinha cliente agendado para mim e meu trabalho seria apenas no evento. Fiquei aliviada por não precisar inventar uma mentira, visto que teria meu encontro com o Paulo Henrique naquela noite. Falei com ele ao celular durante o dia: Pediu que eu escolhesse onde jantarí­amos. Considerei que o motivo principal do nosso encontro seria a comemoração do grande negócio que ele fechou, então escolhi um lugar descontraí­do, movimentado e com música.

Por volta das 22 horas encontrei com ele próximo ao local que escolhi, era uma choperia da qual ouvira falar muito sobre seus pratos deliciosos e Chopp maravilhoso. Não era distante, mas raramente sobrava um tempinho para ir. Naquela noite havia música ao vivo onde predominou a mpb e um pouco de rock brazuca dos anos 80 e 90.

Apesar de a fachada parecer uma igreja, foi diversão garantida com comidas e bebidas deliciosas e companhia maravilhosa. Que peninha... o tempo voou, passava bastante da meia noite quando saí­mos para terminar a noite em sua casa.

Adoro sua cama king size de lençóis branquinhos e de um perfume leve e fresquinho que lembra orquí­dea. Pelo controle remoto ele ligou o som e a fuck music era gasolina para minha fogueira que já ardia (Barry White - Just The Way You Are). Talvez ele pensasse na ex quando escolheu a música, contudo, ele estava comigo naquele momento e isto é o que importava.

Com seus lábios nos meus o quarentão caminhou comigo, deitou-me em sua cama e começou a me despir. A cada peça de roupa que retirava o local onde a mesma se encontrava era acariciado. Foi assim com meus pés após tirar meus sapatos e a seguir calça jeans. Muitas carí­cias depois, minhas vestimentas estavam quase todas espalhadas pelo chão do quarto, deixou-me somente de calcinha e sutiã; o mesmo estava erguido exibindo parte dos meus seios. Meus mamilos eriçados denunciaram o quanto eu estava excitada.

Ele ajoelhou sobre a cama acariciando minhas pernas, beijou meus joelhos e foi descendo com sua boca até meus pés os beijando com carinho e sugou sedutoramente meus dedos. Eu vibrava de desejo ansiando por sentir seu corpo sobre o meu, entorpecendo-me com seus beijos e incendiando-me com seu calor. Todo sedutor ele se alojou entre minhas pernas flexionadas deitando seu corpo sobre o meu... Ah! Como não estremecer sentindo seu beijo quente que me fez delirar, não conseguia controlar meu corpo e o alisava com os movimentos de minhas pernas contorcendo-me como se fosse um réptil enquanto deslizava minhas unhas acariciando suas costas nuas. Quis morder seu corpo que emanava um leve aroma de cravo da í­ndia. Seu perfume era quase um alucinógeno.

Seguiram-se os arrepios com sua boca deslizando em meu pescoço a caminho dos meus seios nus, meu sutiã já repousava no chão. Ele fez uma parada saboreando meus bicos inchados de tesão antes de prosseguir até meu ventre. Seus lábios deslizavam em sincronia com suas mãos que puxaram minha calcinha até os meus pés. Dobrou minhas pernas e deixou-me abertinha... Ahh! Quando ele alojou sua boca em meu sexo eu ronronei entre gemidos, aquele homem realmente sabia como enlouquecer esta gatinha.


Manhã de quarta-feira:

Na manhã seguinte acordei cedo e evitei fazer movimentos para não acordar o homem que dormia gostoso. Com um sorriso bobo pensei: "será que ele sonhou comigo?" Fiquei viajando em meus pensamentos e apesar de ter tido o suficiente, lamentei que a noite tivesse chegado ao fim - eu sempre quero mais - Foi muito bom dormir aninhada em seus braços e sentir-me segura e protegida assim como me senti naquela noite.

Depois que despertei do sonho de fadas voltei aos problemas atuais e questionei a mim mesma: e se somente eu soubesse do sumiço do Matheus? Antes que pensasse em uma resposta voltei minha atenção para o meu companheiro de cama que acordou com cara de preguiça e um sorriso maroto. Ganhei um beijo de bom dia e um pedido de que eu ficasse para o café. Durante o desjejum eu contei sobre o perdido do Matheus em Camboriú e minhas tentativas de contato. Eu não queria envolvê-lo em meus problemas, no entanto, não conseguia mais segurar sozinha, precisava dividir isso com alguém experiente e que pudesse me orientar.

A princí­pio não dei muitos detalhes, se eu percebesse desinteresse por parte dele eu deixaria quieto. Fiquei animada quando ele demonstrou interesse e também achou estranho o homem nem ter ao menos ligado. Ele quis saber se aconteceu algo entre nós ou se notei algo diferente.

Contei com mais detalhes iniciando pelo telefonema que o coroa disse ter recebido de sua casa no final da tarde de sábado e sua ida para lá depois que jantamos com os dois homens de negócios (descrevi os homens e partes da conversa).

Relatei a presença surpresa do Ní­colas, minha fugidinha com ele e que o danado me abandonou no casebre.

Ele quis saber quem era Ní­colas. Expliquei que não sabia nada da vida dele, contei sobre seu assédio meses atrás no Resort e tudo que rolou entre nós naquele primeiro encontro.

- Não pense que sou uma vadia, é que eu curto muito estes lances proibidos.

Ele sorriu e disse que o proibido é mais gostoso e que eu estava certa, mas afirmou que era estranha a presença do cara. Contei que filmei o gato com meu celular no primeiro encontro (sem que ele desconfiasse) enquanto fingia verificar mensagens. Era somente para recordação.

- Poderá ser útil agora para sabermos mais a respeito - deduziu ele e perguntou se eu ainda tinha as imagens.

Entrei em meu e-mail, localizei o ví­deo em uma pasta e enviei para o e-mail dele a seu pedido. Ele iria pesquisar.


Manhã de quinta-feira

Na manhã do dia seguinte fui até sua casa, ele tinha informações e quis me contar pessoalmente. O resultado da pesquisa e o seu diagnóstico fez minhas pernas amolecerem e teria desabado se não estivesse sentada. O Ní­colas era policial de elite, BOPE de SC, ele foi afastado das funções e responde a um processo onde é acusado de corrupção.

Para piorar ele estava trabalhando para o advogado da famí­lia da mulher do Matheus. Meu coroa e os membros da famí­lia da mulher vivem em constante conflito por causa de negócios (segundo as fontes do Paulo Henrique).

Ele estava me assustando com suas informações, disse que se ocorresse do meu coroa morrer, a mulher e filhos seriam os únicos herdeiros.

Meu anfitrião esperava mais informações de uma pessoa que estava sondando o assunto. Minutos depois ele recebeu uma mensagem no Wats... Era um ví­deo de um jornal local lá de Blumenau sobre um carro encontrado no Rio Itajaí­-Açu. O mesmo dizia que na tarde do último domingo um Ford Focus Sedan preto foi içado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Itajaí­ de uma profundidade de 5 metros. (Aff! Senti um baque, pois era o carro que o Matheus alugou).

O carro só foi descoberto porque policiais rodoviários que passavam pelo local na manhã do mesmo dia perceberam a vegetação amassada formando uma trilha até o rio. Depois de pararem para examinar concluí­ram que algum veí­culo saiu da estrada, atravessou a vegetação e mergulhou no rio.

Informações fornecidas pela delegacia onde foi registrada a ocorrência: o carro foi alugado na tarde de sábado em Balneário Camboriú pelo empresário Matheus Weber. Não foi encontrada nenhuma ví­tima no interior do veí­culo e o empresário não foi localizado até o momento. A famí­lia ainda não se pronunciou publicamente e os mergulhadores da equipe de resgate continuam a busca.


Fui para casa mais nervosa do que antes, no entanto, recusei-me a pensar no pior. O coroa não era do tipo de pessoa que vacilava. Acreditei que ele apareceria em breve e daria alguma explicação. Lembrei que precisava retirar meu dinheiro e minhas joias do guarda volumes da Rodoviária, estava morrendo de curiosidade de saber o que havia na valise do Matheus que também estava dentro do Locker. Talvez dentro dela tivesse alguma pista do que estava acontecendo. Fiquei com medo de ir retirar, pois o Paulo Henrique disse que se havia alguma conspiração contra o homem, era melhor eu ficar distante de tudo para não correr perigo.

Droga! Eu queria minhas coisas, já que minha ideia era dar um perdido ficando uns dias fora de Campinas. Achei melhor não ir pessoalmente à rodoviária, porém, teria que pedir para alguém de confiança. "A Yasmin, minha escudeira, poderia pegar para mim" pensei. Voltei correndo para casa a tempo de encontrá-la antes que fosse malhar. Eu não diria nada sobre o que estava acontecendo, somente que ela faltasse na academia e quebrasse este galho pra mim.

Adoro esta garota, eu fui para a academia e a meu pedido ela saiu minutos depois levando uma sacola de loja que trouxemos nas últimas comprinhas.

Minha recomendação era que trouxesse tudo que estivesse no Locker, fizesse o pagamento e encerrasse o aluguel. Quanto às perguntas... pedi que deixasse para depois. Ela é doidinha, mas é responsável e sabe guardar segredos.

Havia insistido para que a Yasmin voltasse de táxi direto para casa, apesar da distância curta, e que me avisasse no Wats assim que entrasse no carro. Ela já sabia que estaria carregando coisas de valor.

Eu estava ficando neurótica com o ocorrido e as precauções do Paulo.

Voltei correndo para casa assim que ela enviou a mensagem, cheguei antes na portaria e fiquei aliviada ao vê-la chegando quase junto comigo. Arrastei a amiga até o meu apto, estava muito ansiosa para conferir logo o conteúdo da sacola... Ahaa! Meus bebês! Toda feliz eu beijei meus brincos, depois a beijei nas duas bochechas e agradeci muito.

Ela queria saber se eu estava envolvida em alguma coisa ilegal. Sorri e disse que não, era um rolo do meu tio, mas não tinha nada de ilegal. Depois eu contaria com calma o que estava acontecendo, e que ela poderia ficar tranquila.


Eu não recebia com muita frequência o Matheus em meu apartamento, e quando vinha nunca ficava para dormir. Por ser um empresário que já apareceu na mí­dia local algumas vezes, corria o risco de ser reconhecido e começarem a especular sobre o que ele fazia no apartamento de uma novinha.

Para a Yasmin e o Geraldo (rapaz da portaria) eu falei que ele era meu tio, quase um tutor, era irmão do meu pai que morava no México e que minha mãe morava lá também; eles tinham se divorciado.

A minha amiga e todos do prédio não sabiam que eu era garota de programa, achei melhor que não soubessem, procurei manter o segredo o máximo possí­vel.

Assim que a Yasmin saiu eu escondi a valise e brincos em um local improvável de alguém achar caso tivesse alguma visita indesejada em meu apto. Depois eu decidiria como abrir esta coisa.

A seguir fui para a agência decidida que seria meu último dia caso não tivesse programa para aquela noite. Eu tinha um registro como promotora de eventos e ganhava por horas trabalhadas, mas o valor não cobria um quinto dos meus gastos. O que pagava o grosso de minhas contas era o que eu ganhava com os programas. Tinha decidido que se meu chefe continuasse a me castigar reduzindo meus clientes, eu pediria as contas da agência, pois não valeria a pena continuar presa a um Booker, iria me virar sozinha. Naquele instante eu estava muito mais preparada do que quando comecei a atividade.


Em minhas preces eu pedia: "Aparece logo Matheus, não sei por quanto tempo continuarei esperando por você!".

Por coincidência ouvi uma canção vinda do rádio: Sade - By Your Side.

Só então me dei conta do quanto gostava do Matheus.



Beijos e até o próximo conto.

*Publicado por Medusasexy no site climaxcontoseroticos.com em 08/02/17. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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