Uma noite de salsa e sexo

  • Publicado em: 16/06/17
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  • Autoria: babyblue
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Cuba foi o destino da minha primeira viagem internacional. Não que estivesse no topo da lista, mas sim por uma questão de oportunidade. Submeti um artigo cientí­fico a um congresso internacional e foi aceito. Viajei com uma colega, sem saber muito o que esperar. Sempre que se falava de lá só ouvias comentários superficiais de quem nunca pisou na ilha, derivados de questões polí­ticas.


Ao chegarmos no aeroporto de Havana tive minha primeira surpresa, o cheiro. Todos fumavam charutos em todos os lugares, inclusive os fechados. Se eu pretendia provar os famosos charutos cubanos, sentir aquele cheiro toda hora e todo lugar me fez desistir da possibilidade.


Outro estranhamento foi ver vários cães policiais farejando as malas ainda nas esteiras. Eu, como besta que sou, já fui querendo brincar com um cachorrinho (leia-se pastor alemão) mas minha colega me repreendeu na hora. Depois passamos por um questionário oficial, ai sim pudemos de fato desembarcar.


Pegamos um taxi, um carro muito antigo e bem cuidado, e fomos para Havana Vieja, onde ficamos hospedadas no primeiro final de semana. Na segunda partirí­amos para Santiago de Cuba, onde ocorreu o congresso, então estava determinada a aproveitar ao máximo aqueles três primeiros dias da viagem.


Largamos as coisas na hospedaria e fomos bater perna pelo centro histórico. Se não fosse pelas roupas, eu teria certeza que tinha voltado no tempo. Casarões majestosos do perí­odo colonial com os veí­culos antigos estacionados a frente. Além dessa sensação nostálgica, o deslumbre vinha pela beleza do lugar. Sim, Havana é linda, seja a sua parte antiga que rasamente descrevi, ou sua parte nova, com os hotéis de luxo e banhada por um mar tão azul quanto os olhos do Chico Buarque.


Depois de passar o dia turistando, voltamos a hospedaria. Minha colega, que não tinha terminado a sua apresentação, precisava trabalhar. Como eu fui com tudo pronto, tinha a noite livre e não ia ficar no quarto olhando-a fazer o seu trabalho de última hora. Tomei um banho rápido e fui andar mais um pouco. Já estava tudo escuro e as ruas eram iluminadas por postes antigos de luz amarela. Para completar o cenário, escuto a trilha sonora perfeita para o ambiente. Ao longe tocava uma música da Orquestra do Buena Vista Social Club, um famoso clube cubano que teve seu auge na década de 1940. Literalmente me deixei guiar, e quando vi estava na frente de um bar e entrei.


A noite era dedicada ao famoso Club, uma referência cultural para a ilha. Busquei uma mesa ao canto, onde esperava apenas degustar de uns petiscos e drinks locais e ouvir boa música. Se dizem que os brasileiros são acolhedores, é porque não conheceram os cubanos. Eles são tão eloquentes e atenciosos que chegam a ser pegajosos.


Por isso, várias vezes fui chamada para dançar. E não, eles não estavam dando em cima de mim. Muitos se passaram por professores de dança comigo e estava me divertindo muito. Depois de não sei quantas músicas, senti sede e me aventurei a provar um mojito. Se eu já estava solta pela energia da música e por como fui tão bem acolhida naquele local, agora eu me sentia em casa.


Voltei para pista de dança e agora eu que chamava os caras para dançar. Confesso que me divertia mesmo era dançando com os velhinhos, pois achei fantástico dançar a "salsa de antigamente". Depois de um tempo, passei a me sentir observada. Olho discretamente e vejo um rapaz recostado a um pilar me olhando. Deixei para lá e continuei a me divertir. Sempre que me faziam girar, aproveitava para ver se ele ainda estava lá me olhando e sim, ele estava.


A banda fez um intervalo e chamou uma senhora ao palco. Pelo que pude compreender com meu portunhol fluente, ela foi bem famosa e até hoje ainda era uma celebridade. Depois de uma rodada de discursos, declarações e agradecimentos ela começou a cantar.


Uma música suave, que até contrastava com sua voz forte. Meus olhos encheram de lágrimas, de tão lindo que era ouvi-la cantar. Inebriada com o que via e ouvia, minha conexão com ela foi interrompida ao ouvir uma voz grave ao meu lado. Era o meu paciente observador.


- Una linda voz, ¿no?


- Sí­.


Sem dizer mais nada ele me puxa para si e começamos a dançar. Não sei se era a lentidão da música, ou o jeito dele me envolver entre seus braços, mas de alguma forma, parecí­amos um só. Deixava-o guiar, sentia sua mão firme em minha cintura e sua respiração levemente ofegante em meu ouvido.


Ao findar da primeira música foi a primeira vez que olhei em seus olhos. E que olhos... Ele era um negro esquio e de um rosto bonito, com olhos ligeiramente apertados cor de mel. Acho que travei por alguns segundos completamente hipnotizada. Ele sorriu discretamente, direcionando minha atenção para seu lindo sorriso e sua boca carnuda.


Passei a conversar comigo mesma:


- Você não veio aqui para isso! Está num paí­s estranho e sozinha, não faça besteiras!


Ignorando a mim mesma, permaneci aonde estava. A música seguinte não parecia nada com a anterior. Se aquela tinha sido suave, esta era em um ritmo muito mais rápido. Ele me puxou novamente para si, mas conforme a música, de forma bem mais intensa. Se antes haví­amos dançado coladinhos, agora nossos corpos não se tocavam tanto, mas meu coração acelerava sempre que acontecia.


Dançamos até o fim do show da primeira banda e no intervalo fomos para o bar. Pedi outro mojito e ele me acompanhou. Tentamos conversar um pouco e ele fez questão de me dar várias sugestões do que fazer durante a minha estadia.


A segunda banda entrou e voltamos a pista. Diferente da primeira banda, onde dancei com quase todos que estavam por lá, agora só dançava com ele. Cheguei a perceber uns olhares curiosos dos meus parceiros de dança anteriores, mas apenas sorria de volta. Quando acabava uma música, ele não me soltava totalmente, dava sempre um jeito de inibir que outro me tirasse para dançar. Confesso que percebi tudo isso, mas não me importei. Estava me divertindo muito e iria aproveitar até o último minuto.


Por fim o show acabou. Me despedi dos meus novos "amigos" cubanos, principalmente da velha guarda e do meu parceiro de dança. Ele disse que também estava de saí­da e que irí­amos conversando até nossos caminhos tomarem rumos diferentes.


Caminhávamos lentamente, pois ele bancava o guia turí­stico noturno. Certamente fizemos um trajeto bem mais longo do que necessitávamos, mas estava adorando ver Havana Vieja a noite e tão bem acompanhada.


Chegamos à Praça Velha, uma das principais do centro e sentamos a beira da fonte. Ele passou um pouco de água no rosto e disse que eu quase o tinha matado de tanto dançar. Rimos e ele passou a me fazer elogios. Fiquei um pouco desconcertada, pois elogios é uma coisa que nunca soube lidar.


Ao perceber meu constrangimento ele calou-se e apenas me olhou. Pela segunda vez na noite me senti hipnotizada por aquele olhar. Quando dei por mim, já estávamos nos beijando. Um beijo ora suave e carinhoso como nossa primeira dança, ora fervente como as que a seguiram.


Depois de um tempo voltamos a caminhar, agora abraçados. Percebi que estava próxima da hospedaria e lamentei por aquela noite estar prestes a acabar. Ainda bem que estava errada. Nos deparamos com uma viela mal iluminada e prontamente ele me recostou na fachada de um sobrado. Seus beijos eram intensos e suas mãos percorriam meu corpo.


Ele mordia minha boca, meu queixo, meu pescoço... e quanto mais sua boca descia, assim acompanhavam suas mãos, abaixando as alças do meu vestido. Logo ele estava abocanhando meus seios e agarrando minha bunda. Só me restava uma coisa a fazer: gemer!


Ao me ouvir gemendo baixinho no seu ouvido ele soube que eu estava entregue. Com uma mão agarrou-me pelos cabelos e pôs a outra por baixo de meu vestido. O sacana me masturbava me olhando nos olhos. Gemia descontrolada, arranhando suas costas. Quando meu primeiro orgasmo veio, minhas pernas ficaram tão tremulas que ele teve que me abraçar por uns minutos.


Enquanto eu recuperava o fôlego, passava a mão por sua intimidade e o olhava nos olhos. Abri e desci sua calça e tirei aquele membro rijo, grosso e grande que estava a ponto de rasgar sua cueca. Fiquei de joelhos e comecei a passar aquela pica nos meus lábios. Sem interromper nosso contato visual, comecei a chupá-lo devagar, me deliciando com cada centí­metro seu. Aumentei a intensidade e passei a punhetá-lo em minha boca. Não demorou muito e ele estava gozando em meus seios.


Ele me puxou pelos cabelos e sussurrou algo em meu ouvido que meu portunhol não permitiu compreender, mas a linguagem do sexo é universal e de alguma forma meu corpo sentiu todo o desejo que ele tentou traduzir naquelas palavras.


Me pôs de costa para ele e senti sua respiração ofegante em meu ouvido. Beijava minha nuca, minhas costas e ia descendo à medida que ia reclinado meu corpo sobre o carro estacionado. Voltei a sentir seus dedos dentro e mim, que deslizavam facilmente em minha buceta molhada. Quando menos espero, sinto sua pica entrando de vez. Agora eu gemia alto e ele não ligava. Pelo contrário, quanto mais eu gemia, mais forte e funda era a estocada. Suas mãos firmes em minha cintura puxavam meu corpo contra o seu e só me largavam para bater em minhas coxas e minha bunda.


Apenas alguns minutos depois de gozarmos nos demos conta de como nossos corpos estavam exaustos da noite de dança e sexo tão intensa. Ele me acompanhou até a hospedaria, deixando seu contato, o que me garantiu um ótimo guia turí­stico e amante nos dias que seguiram.

*Publicado por babyblue no site climaxcontoseroticos.com em 16/06/17. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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