Como passei a ser sua
- Publicado em: 20/06/17
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- Autoria: babyblue
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Domínio nunca foi algo que vi de forma negativa. Muito pelo contrário, poder sempre foi algo que busquei em minha vida. Mas, antes de tudo, que fique claro que esse meu empoderamento nunca se deu por repreender ou subjugar algo ou alguém. Foi apenas uma mera conquista de território: o meu espaço.
Dona das minhas opiniões, do meu corpo, do meu canto, da minha vida.... Tudo isso me deu apenas uma coisa: Liberdade. A melhor coisa que há é fazer algo ou estar com alguém porque quer e não porque precisa.
Essa minha forma de viver e de ver a vida, claro que potencializada pelo meu gênio forte, sempre foi confundida com autoridade. O simples fato de você saber o que quer e não ter medo de se impor já lhe empodera. Louco isso, não? Seja como for, sempre fui o membro dominante dos meus locais de trabalho, nos meus grupos de amigos, na minha família e nos meus relacionamentos.
Apesar de as vezes ser extremamente cansativo ser a responsável por organizar os eventos e juntar a galera, coordenar os trabalhos, resolver os dramas familiares ou conduzir tudo, isso sempre me assegurou uma coisa: o controle. E ter o controle sempre me deu a (falsa) sensação de segurança, pois como grande parte depende de mim, sei que faço acontecer (do meu jeito, rs).
Talvez me atrair por alguém que mexesse nos pesos dessa balança da minha mente maluca seja o esperado, mas não era, pelo menos não para mim. Óbvio que sei que existem pessoas bem mais inteligentes, perspicazes, maliciosas do que eu (até porque sou lá tudo isso), mas sempre achei que eu repelisse esse tipo, da mesma forma que sempre previ que não me atrairia.
Mas quando você conhece alguém assim é foda. Tudo começou com uma admiração pela sua forma de escrever e por seu modo de ver a vida tão distinto do meu. A cada troca de mensagens e e-mails fui baixando a guarda pois queria mais. A curiosidade fez comigo o mesmo que fez com Alice, mas o meu país das maravilhas é beeeem diferente.
No lugar de um coelho atrasado, uma lagarta chapada, um chapeleiro maluco e uma rainha, portadora de uma condição psiquiátrica para a qual não teria formação para atestar, no meu mundo centra-se um homem sem face. Sim, nunca vi seu rosto nem ele o meu. Mas para que, se o que nos conecta é o intelecto?
Seja como for, ele foi me conduzindo num caminho díspar de qualquer outro. Sim, ele ditou as regras desde o início e eu, relutante, deixei. Aos poucos fui abrindo mão do meu tão prezado controle e entreguei a ele de bandeja. Eu percebia seus jogos de poder, suas manipulações e mentiras. Mas o que ganharia contestando? O que importava era onde tudo aquilo iria dar.
O destino era o prazer. Um prazer diferente de qualquer outro que eu já tivesse vivenciado, por uma simples questão: quando se abre a mão do controle, tudo é imprevisível. Assim, ele deixou de ser apenas um cara com quem adorava trocar ideias e passou a ser meu novo caminho à liberdade.
Estranho pensar que através de um dominador se possa alcançar isso, mas provavelmente depende do dominador. Seja como for, por ver as coisas de uma forma bem diferente da minha, ele me abriu um leque de possibilidades, principalmente em um quesito: sexo.
Na primeira vez que ouvi sua voz, mesmo à distância, ele tomou meu corpo para si. Suas palavras guiaram minhas mãos, e mesmo através do meu próprio toque, senti-o me possuir de forma intensa e impiedosa.
Basta eu ouvi-lo ou ler uma mensagem sua que meu corpo responde, principalmente se nela contiver as palavras "venha para o seu homem". Fico a flor-da-pele, estremecida e claro, muito excitada.
Tantas vezes, rendida assim, me vi gozando em casa, no trabalho, no carro.... Às vezes fico me questionando o que aconteceria se realmente aquelas mãos grandes e firmes tocassem minha pele.
Neste último domingo me programei para passar a tarde no Museu Nacional, ver uma exposição e andar de patins até a luz da lua refletir no espelho d"água da Esplanada. Subi aquela rampa como todas as vezes, deslumbrada com a magnitude do eixo monumental. Entrei no museu e passei a olhar os quadros, quando de repente, meu celular vibrou.
Ao ver seu nome na tela já desconectei de tudo.
- Boa tarde, Blue.
- Boa tarde meu gostoso. Como está seu fim de semana?
- Ótimo, prestes a ficar excelente. E o seu?
- Tranquilo, resolvi sair de casa hoje e espairecer.
- Está gostando da exposição?
- Como?
- Perguntei se não está gostando...
- Como sabe que estou vendo uma exposição?
- Você está deliciosa nesse seu vestido vermelho. Sabe como fico quando vejo suas coxas!
Ao entender que ele estava lá, ao alcance da vista, entrei em parafuso. Me sentia observada, mas não sabia de onde. Buscava, enlouquecida, nos estranhos que me rodeavam qualquer pista que me fizesse identifica-lo.
Um lado meu queria correr direto para seus braços, mas confesso que o sentimento que predominava em mim era o desespero. Antes que eu pudesse pensar no que iria fazer, senti suas mãos segurarem-me pela cintura e ouvi aquela voz que me comandava dizer: "Não está feliz de ver seu dono? "
A noite estava fria, mas ainda assim despertei suando, com o coração a mil. Não estava excitada, e sim muito nervosa. Respirei fundo ao me dar conta que não passava de um sonho. Ele continuava onde deveria estar, nos meus pensamentos.
Após relaxar, me masturbei imaginando a continuação daquele sonho. Senti sua boca em meu pescoço, suas mãos agarrando meus seios e sua pica deliciosa roçando em minha bunda. Me vi sendo arrastada para o banheiro do museu, onde logo desnudou meus seios, levantou meu vestido e arrancou minha calcinha.
Sentia sua mão percorrendo meu corpo, enquanto eu, entregue, gemia. A mistura de dor e prazer ao ter os seios apertados, ou por ter meu cabelo puxado trazendo minha orelha próxima a sua boca me deixava louca. O calor de sua respiração em meu ouvido me fazia arrepiar!
Perdida mesmo fiquei quando seu cacete entrou em mim de vez. Minha buceta, por mais molhada que estivesse, não estava preparada para aquilo. Na mesma medida em que ela se abria para seu membro rijo, se contraía ao sentir sendo socada até o fundo. Os gemidos deram lugar aos gritos, ora por suas estocadas firmes, ora por suas tapas fortes em minha bunda e coxas.
O golpe final se deu quando, além de tudo isso, meu dono se apossou de meu clitóris. Seus dedos roçando e apertando meu grelo me fizeram chegar ao limite e, como sempre, gozamos ardentemente.
Este foi apenas um de nossos momentos. Já fudemos de todo jeito em nossas casas, trabalhos, hotéis, praias, locais frios, lugares públicos, festas de swing, entre tantos destinos que nossas mentes nos conduziram.
E, como sempre, estou aqui, ansiando por uma nova mensagem sua me chamando. Para onde será que vamos? O que será que ele vai querer fazer comigo hoje? Mal posso esperar...
Espero que tenham gostado!
Beijos, Blue!
*Publicado por babyblue no site climaxcontoseroticos.com em 20/06/17. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.