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Entreguei ela de bandeja.

  • Conto erótico de traição (+18)

  • Publicado em: 24/08/17
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  • Autoria: lucskardoso
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Dizem que o ciúmes é o sentimento mais enigmático que existe.

Destruidor, pode acabar com Troia, ou com a nossa mente.


Nunca fui um daqueles caras com artimanhas para paquerar. Não sei tocar violão nem cantar, não sou o mais forte nem tenho aquele olhar de filme romântico.

Mas sou bom de papo. Ou melhor, sou bom de lorota, sempre me convenci de que conheço a natureza humana, e por isso conseguia sair com mulheres lindas.


Um dos papos mais manjados que eu usava, era o do cara livre, poliamor e desprendido de posse. Eu tenho um bom emprego, não sou um cara feio, e tinha esse discurso de liberdade e empoderamento sexual e emocional. De fato, o discurso é muito mais bonito sendo discurso do que sendo realidade. E, esse discurso foi o responsável pela minha atual namorada estar comigo até hoje.


Há cerca de 1 ano atrás, conheci Paula em uma roda de amigos. Três anos mais velha que eu (tenho 29 anos) independente, com um emprego cujo o salário passa dos 4 dí­gitos, ruiva natural, cerca de 1,70, esbelta, com lindos, fartos e rosados seios. Ela é uma espécie de sonho impossí­vel de adolescência, tipo aqueles sonhos do primeiro carro ser um superesportivo. Ela é a minha Ferrari super-sport. Uma mulher-alfa. Daquelas que homem nenhum bota defeito.


Consegui ficar com ela, bancando essa linha de homem desprendido e seguro que todo homem tenta, inutilmente, ser. Mas, com o tempo, essa máscara começou a se esfacelar.


Mas eu enganava super bem.


Há cerca de um mês atrás, uma amiga da época de faculdade dela, Cris, voltou dos EUA, e ia ficar uns dois ou três dias na cidade. Elas combinaram de ir em algum barzinho da época de faculdade. Minha namorada, obviamente não me perguntou se poderia ir, ela me avisou:

- Amor, vou no Pub do centro com a Cris, você vem?

Paula se arrumou para ir, estava com uma meia-calça preta, e um vestido de couro decotado e curto. Como ela é ruiva, essas roupas de couro destacam ela na multidão, e ela adora.

Não preciso dizer que eu topei na hora, não se deixa uma Ferrari ruiva top de linha como a minha andar sozinha por aí­.


O Pub era um lugarzinho simpático, com uma decoração em madeira e meia luz. Tinha uma área com alguns sofás e mesas, e uma pista de dança um pouco a frente.

Nós três sentamos e bebemos por um tempo, até que começou a tocar uma banda cover, num estilo meio White Stripes nos bons tempos. E a Cris sugeriu irmos todos dançar. Eu havia acabado de pedir uma caneca de um litro de uma cerveja belga, e resolvi ficar sentado pra beber. Mas como eu sempre fui um cara "desprendido de ciúmes" disse pra duas irem dançar numa boa, que a noite era delas.


Lá pra metade da minha caneca, dois rapazes começaram a se aproximar delas, chegando meio junto, com risinhos e passinhos de dança calculadamente desajeitados o suficiente pra tropeçar nelas e puxar um assunto. Saquei na hora qual era a deles, e pensei em levantar e ir lá junto, marcar meu território. Mas nisso um estalo bateu na minha cabeça... "se eu chegar como um cachorro marcando território, a Paula vai se tocar que meu discurso é uma farsa, e vai ficar brava comigo". Pensando isso, resolvi ficar sentado e terminar minha cerveja, afinal, o que é uma dança?


Tocadas algumas músicas, com os quatro na pista conversando numa boa, as duas voltaram na mesa dizendo estarem cansadas, e com um pouco de sono. Me animei, pagamos a conta e í­amos rumo ao carro, quando a Cris me para perto da entrada do Pub e diz: - Tem problema se uns amigos pegarem carona com a gente?

Minha namorada respondeu antes de mim: - Claro que não Cris, chama eles lá.

A Cris voltou com três rapazes, os dois que dançaram com elas e mais um, totalmente bêbado.

- Precisamos levar ele em uma farmácia, de lá nós vamos embora, pode ser? - Disse um dos rapazes.

Como estávamos em seis no carro, o cara bêbado teve que ir na frente comigo, no banco de trás, minha namorada foi no colo da Cris, e os outros foram no colo um do outro também. Chegamos rápido em uma farmácia 24h, e então um dos rapazes desceu, e segurou o amigo bêbado, nisso a Cris desceu também, dizendo que ia ajudar caso ele precisasse. Ficamos eu, no banco da frente, minha namorada e o outro cara no banco de trás. Quando eu pensei em dizer pra ela vir pra frente, o rapaz interrompeu meu pensamento colocando a mão no rosto dela e dizendo:


- Eu estava esperando esse momento a noite toda.


Fiquei olhando aquilo pelo retrovisor, esperando ela dar um fora nele, pegando fogo e querendo quebrar tudo de ódio por dentro, mas pra manter meu orgulho, apenas fiquei quieto.

Paula olhou o retrovisor e viu que eu estava olhando, em seguida se virou para o rapaz, e como se fosse se espreguiçar, colocou as pernas em cima das pernas dele, sorriu e em seguida aproximou seu rosto do dele, que não era bobo, e a beijou.


Por um momento, eu achei que meu coração havia parado de bater.


Pisquei os olhos com certa força, e arrumei o retrovisor do carro pra olhar com mais clareza. Eu não acreditava no que via: minha namorada praticamente no colo de um cara que ela nunca havia visto antes (será?) beijando ele, enquanto a mão dele ia afundando levemente por entre suas pernas.


Eu estava tão sem reação que balbuciei alguma coisa como se fosse na farmácia ver como os outros estavam. Mas os dois nem me ouviram.

O carro estava a poucos metros da farmácia, então fui até o caixa e perguntei ao funcionário, que me disse que o moço bêbado ia tomar glicose, depois um soro e que isso iria demorar uns 30 minutos. Aí­ resolvi voltar pro carro, quando tive um certo choque. Olhei de fora e vi que a Paula não estava mais completamente a vista. Me aproximei mais e entendi o que estava acontecendo. Ela estava debruçada no banco, com as pernas dobradas, chupando o cara com uma naturalidade que eu nunca tinha visto.

Vendo aquilo, novamente tive um estalo, mas dessa vez foi mais forte, quase uma crise de pânico. Pensei em mil coisas, mas, fingi que nada estava acontecendo, e me aproximei do carro, encostei no capô, acendi um cigarro e fiquei esperando e olhando minha namorada se lambuzar no pau de um desconhecido.

Passado algum tempo, ela abriu a blusa, e ele abaixou de vez as calças, ela olhou pra mim e eu estranhamente comecei a sentir que estava atrapalhando os dois, então saí­ de lá de perto e fui em direção a farmácia novamente. Fiquei um pouco mais afastado e virei pra ver o carro de novo, então, lá estava ela, meu amor, virada de frente pra mim, sentada no colo do rapaz. Ela rebolava com vontade e sensualidade, enquanto ele apertava seus seios. Os vidros começaram a embaçar, e o carro a se mexer com mais intensidade. Entrei na farmácia e fiquei lá, sozinho com minha covardia.

Passados algum tempo, a Cris e os dois saí­ram da sala onde estava o soro e foram em direção ao caixa. Um dos rapazes, o que não estava bêbado disse que ia pegar algo no carro. Pensei em interrompe-lo pra avisar, mas me faltaram palavras. Ele foi, reparou no que estava acontecendo, e a porta abriu de dentro pra fora. Eles conversaram e deram algumas risadas, que eu não entendi vendo de longe... Aí­ o rapaz se aproximou da porta aberta, e vi sua calça caindo nos tornozelos, e minha namorada se virou, sem sair do colo do outro e começou a chupa-lo.

Cris estranhamente ficou dentro da farmácia, tentando puxar assunto comigo, mas eu não parava de olhar aquilo, era muito irreal. Até que o cara bêbado precisou de mais um apoio e eu tive que ir ajuda-lo.

Nesse mesmo momento, a Paula apareceu na farmácia, sem os outros caras, mas ela passou reto por nós, indo aos fundos. Logo em seguida ela voltou, fugindo do olhar dos funcionários e ficou nos esperando na frente do carro.

Os rapazes se despediram de forma discreta e distante delas, que entraram no carro com certa pressa.


Aí­ eu vi o resultado daquilo quando olhei pra ela, ela estava sorrindo, com o rosto todo melado de porra. Mas não estava se sentindo culpada, nem com cara de quem estava com vergonha. Cris olhou pra ela, com a maior naturalidade do mundo e perguntou: - E aí­, era tudo isso mesmo? Paula engoliu o que havia na boca, tirou o resto de porra do rosto com dedos e engoliu também, e disse: - Superou minhas expectativas, não é amor?


Depois daquele dia, eu repito todos os dias pra mim mesmo "não tenho vocação para ser corno, não tenho vocação para ser corno".


Ou será que tenho?

*Publicado por lucskardoso no site climaxcontoseroticos.com em 24/08/17.


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