Flor e velas

  • Publicado em: 09/10/17
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  • Autoria: ivaseduz
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O texto abaixo não é um poema, mas há nele algo de poético - um elogio, ainda que mí­nimo, ao prazer feminino.


Como não encontrei melhor classificação deixo como poema essa 'crônica'.


Segue:


Caminha num tapete de pétalas, de coloridas rosas, elas levam a um cômodo, onde velas de diferentes tipos criam ambiente aconchegante, acolhedor.


Suave perfume de lavanda banha o local e no meio, entre velas, almofadas. Senta nesse espaço sensual usando lingeire preta, transparente.


O som de música agradável completa o cenário.


Ofereço vinho, bebe a sentir prazer nesse gosto redondo de um rose.


Sento..., gentil desato o nó do tecido mí­nimo, revelo..., curvas, você.


Seguro uma flor, estico encosto, sinto o contraste da textura vermelha na pele morena. Aliso ombro, subo pescoço, acaricio a orelha, venho a nuca, caminho nas costas....


Retorno ao ombro..., paro no seio...


A pele da rosa passeia os mamilos, leve caricia, excita.


Deita, estica, deixa se tocar em flor, que explora, pesquisa no roçar dessas peles suaves, vou barriga afora, encontro o umbigo, avanço a cintura, descendo a coxa carnuda..., passo a outra..., sigo ao joelho, aliso, deslizo tornozelos..., subo pés.


Toco dedos miúdos até chegar com essa planta nas plantas dos pés...


Volto subindo, fazendo cócegas, aflorando o sorriso no rosto moreno.


Chego...,


Abre..., entro...


O botão toca seus lábios í­ntimos, que afloram ao roçar delicado dessas mãos em flor. A flor desses lábios desabrocha, umedece as pétalas de minha flor.


Gentil e jeitoso introduzo o botão rosa na boca escura da sua flor, suave roçar de peles estranhas, leves caricias...


Sigo até a testa lisa, levemente empinada, os pelos eriçam...


Sento..., seguro um cesto, ergo..., deixo chover coloridas pétalas, no terreno macio e moreno de você, molho olhos, boca, peito, cintura... e pernas.


Ri, risada suave de menina encantada, curiosa..., desejosa...


Ergo uma vela, apago, entorno o liquido no seu colo, seio..., bico. O calor excita, mas não queima. A lí­ngua estica, a ponta lambe o bico, doce. Sugo o gosto da vela misturado com o gosto da tez morena em flor.


Derramo outra, outro bico, acaricio o seio espalhando o óleo adocicado quente. Passo o lábio inferior no mamilo molhado, encharcado em vela, envolvo inteiro sem morder, suficiente toque que faz brotar um bico duro.


A ponta da lí­ngua, brinca, o bico em ponta, o broto bico.


Excito...


Geme...


Devagar, desço até a gruta flor, onde pétalas se misturam com os lábios dessa boca, desabrochados, quentes, num leve pulsar. Fico a frente, admiro a paisagem dessa terra morena, orvalhada em pétalas.


Deixo escorrer nova vela na testa limpa, empinada e dura.


O óleo escorre quente, umedece lábios, rega pétalas.


As pernas abrem, revelam, deixam surgir o amago pulsante de você.


Aproximo..., suficiente, respeitosamente, estico...


A lí­ngua a lamber o liquido morno que desce devagar por seus lábios inda mais aflorados, plenos de sua pele doce em vela.


Deixo meus lábios encontrarem os seus, massageio beijo, enquanto seu corpo move, sobe... desce..., a me acarinhar a face, com creme de vela e flor que sai de você.


Os movimentos ganham força, a cintura treme, freme.


Suas mãos seguram tornozelos em pernas abertas, arqueadas, tesas, firmes... Os movimentos ampliam, crescem..., afundo a face no seu gosto, no fundo desse mundo escuro do seu ser.


Espaço amplo, cavernoso e úmido.


Beijar de bocas estranhas, desconhecidas, desentendidas, desejosas


Sinto, percebo, o fremir do corpo, o terremoto acontecer...


Tsunami, jato forte que esguicha de você, molha a face, os olhos, a boca...


Bebo seu prazer.




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Esse texto faz parte um projeto que publiquei na forma de livro digital no site da Amazon com o tí­tulo: Despedida & Desejo.

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*Publicado por ivaseduz no site climaxcontoseroticos.com em 09/10/17. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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