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Trabalhando no feriado

  • Conto erótico de casual (+18)

  • Publicado em: 03/11/17
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  • Autoria: AlineTotosinha
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Dois de novembro, Dia de Finados. O Dia de Los Muertos brasileiro, mas nada de festa nem doces, porque em português existe uma palavrinha muito importante: saudade. É dia de visitar o cemitério, ir à missa, refletir... Enfim, sentir saudades. Para uns. Pois existe também a palavra hipocrisia. Então, para outros, é dia de ficar em casa: assistir Netflix, fazer as unhas, comer besteira, transar gostoso, tudo menos trabalhar. Mas não pra mim. Ontem eu trabalhei. Eu amo o meu trabalho, mas puta que pariu, que raiva! O ano já acabou e o serviço está mais do que acumulado. Como dinheiro é muito bom, e eu gosto muito mesmo, topei essa furada. Só eu e mais um trouxa no escritório.


Um carinha meio chato, daquele tipo que se acha engraçado. Não conheço muito bem, nem quero conhecer. Na hora do almoço, veio se desculpar:

- Já vim trabalhar no feriado, tenho que pelo menos almoçar com a famí­lia. Desculpe te deixar pra almoçar sozinha.

- Sem problemas querido, antes só do que mal acompanhada.


Mentira, eu não disse isso. Ele foi educado e eu não sou sem noção. Tranquilizei o cara e deixei ele ir de coração leve. Normalmente eu nem faria pausa pra almoçar, gosto de ficar sozinha, adoro trabalhar sozinha. Mas demorei me arrumando de manhã, saí­ sem comer e àquela altura já tinha um buraco no meu estômago e se não fosse logo teria que fazer pausa pra lanchar depois. Vesti minha jaqueta, peguei minha bolsa e fui.


O mesmo restaurante de sempre, surpreendentemente cheio. Montei meu prato, dei aquele sorriso bonito pro amigo churrasqueiro, peguei as melhores carnes enquanto a fila crescia atrás de mim. Que marasmo. Ia almoçar rápido pra ir embora rápido, terminar meu trabalho rápido, faturar uma grana rápida e voltar pro meu sofá rápido.


Sentei à mesa, felizmente sozinha. Apesar do ambiente ser super arejado, o calor era forte, provavelmente por causa do número de pessoas se amontoando. Estendi os braços para trás e comecei a puxar as mangas da jaqueta. E aí­ vi um cara me olhando. Sempre tem um cara olhando quando a gente tira uma peça de roupa, por mais banal que seja. Momento bom pra testar a macheza de um sujeito metido à besta desses, que se acha no direito de assistir. Quer se comportar como se eu estivesse fazendo um strip-tease grátis? Então aguenta, que é assim mesmo que eu vou me comportar. Olhei nos olhos e continuei tirando a peça, agora mais devagar, sem perder contato visual em nenhum momento. Lambi de leve os lábios. Movimentei o tronco pra libertar os ombros.Terminei de me despir sem ficar nua e deixei a jaqueta repousada na cadeira. A macheza sempre acaba antes dessa parte: eles desviam o olhar, ou ficam vermelhos, ou fingem que não é com eles, qualquer saí­da do gênero. E ele desviou o olhar. Pro meu decote, agora bem exposto.


Uns 37 anos, cem por cento careca, olhos castanhos esverdeados, pele branca, nariz grande, baixo, cerca de 1m70. Costas largas, braços apertados na camisa, cara fechada. Tem coisa mais viril do que um homem forte, totalmente careca? Do jeitinho que eu gosto e olhando pros meus peitos como se fossem o prato do dia no restaurante, sem o menor pudor. O primeiro engraçadinho que não se intimidou. E que despertou meu interesse.


Durante o almoço, acompanhado de um colega, conversava, comia e me olhava nos olhos. Aliança grossa de ouro na mão esquerda, mas os olhos em mim. Arroz, feijão, couve, repolho, carne de porco, suco de limão. Olhos em mim. Recomendava o melhor tamanho de piscina pra filha do amigo treinar natação de verdade. Olhos em mim. Blá blá blá "SESC de Taguatinga", "morar em Águas Claras".... Olhos em mim. Não dei bola, comi meu almoço. Toda vez que eu virava na direção dele, lá estavam aqueles olhos, em mim. Não sorria, só olhava.


Precisei de guardanapo, que não tinha na minha mesa. Na dele tinha. Ele me viu procurar ao redor. Vi em seu rosto a certeza de que eu estava dando mole e ia pedir pra ele. Levantei, virei de costas e peguei de uma mesa atrás de mim. Só pra ele me ver flertar com o cara da mesa com porta guardanapos. E só pra ele poder olhar pra minha bunda no jeans justo e claro.


Terminei de comer primeiro, peguei minhas coisas e fui pro caixa. Ao caminhar senti minha calcinha molhada. O cara do porta guardanapos veio atrás e ficou me amolando na fila. Eu sorria e retribuí­a o flerte, mas olhando pro careca, que ainda estava sentado com o amigo e me vigiava de rosto sério. A caminho do meu carro consegui despachar o chato do guardanapo, mas perdi o careca de vista. Eu nem sabia o que esperar, mas sabia que agora o lance estava perdido, por bem ou por mal. Quem sabe esbarrasse com ele outro dia. Quem sabe fosse melhor não vê-lo nunca mais.


Logo que saí­ do estacionamento notei um carro vindo atrás a uma certa distância. Subiu um calor do cóccix até o topo da minha cabeça quando vi no retrovisor o careca dirigindo sozinho. Desviei meu caminho, segui por ruas mais desertas e improváveis. Sabendo que eu estava de olho nele, como eu imaginava, veio atrás. Meu coração pulando dentro do peito, minha nuca suada com a antecipação. Misto de medo e desejo.


Estacionei atrás de um prédio abandonado, sem desligar o motor. Portas travadas, janelas fechadas, ré engatada. Pronta pra sumir num piscar de olhos, doida pra ficar e ver onde aquilo ia terminar. Ele parou a alguns metros e desligou o carro. Abaixou o vidro. Esse tempo todo ele não tinha sorrido nenhuma vez, o que me amedrontava e me atraí­a ainda mais. Sem desengatar o carro, abaixei um pouco o meu vidro escuro. Ele olhou ao redor. Com os lábios e um gesto da cabeça perguntou se podia se aproximar. A excitação dentro das minhas calças tentava me impedir de pensar com clareza. Ele estava indo com calma, e eu disse que sim.


Desceu do carro e eu pude ver o volume no jeans. O pau já estava duro e pronto para me tratar. Meu pé esquerdo formigando de tanto segurar a embreagem, o direito esperando sobre o acelerador, a calcinha molhada. Ele chegou bem pertinho da minha janela, ajeitando o pinto por cima da calça.

- Posso entrar? Se não quiser, tudo bem.


Não consegui falar, fiz que sim com a cabeça.


Destravei a porta, ele entrou do lado do passageiro. Me faltava o ar. Olhou pros meus pés, olhou pro cambio do carro.

- Quando você quiser eu vou embora. Vou agora se você quiser - disse com uma mão na maçaneta e a outra sobre o pinto. Desengatei a marcha, puxei o freio de mão, desliguei o motor.


Seus dedos tocaram o meu pescoço de leve, ele avançou sobre mim e enfiou a lí­ngua na minha boca. Não resisti. Chupei seu lábio inferior, ele segurou minha nuca com mais força. A boca doce do suco, um hálito gostoso e quente, o cheiro de perfume masculino. Me babava e me chupava os lábios e a lí­ngua, desceu pro meu pescoço. Cada pelo do meu corpo se arrepiou, a pele quase doí­a de tão intensa a reação do meu corpo ao seu toque. Devorada de sobremesa, derreti naquela boca, que desceu, lambeu e chupou a parte dos meus seios que o decote deixava à mostra, e que ele tanto já havia olhado. Eu só queria sentir aquilo nos mamilos, no biquinho. Esperei ele botar meus peitos pra fora e mamar, mas ele gostou dali de cima, e continuou lá mesmo.


Não aguentei mais, enfiei a mão dentro do sutiã e puxei o seio esquerdo pra fora, ofereci pra ele chupar. Ele continuou chupando só o que ficava à mostra. A lí­ngua quente triscava e molhava a bordinha da aréola, sem nunca abocanhar o mamilo. Voltava pra minha boca, descia pro meu peito, o pau já pra fora da calça, batendo uma enquanto me lambia. Lambeu e chupou embaixo do seio. Da boca ao peito eu estava toda coberta de saliva e ficar lambuzada só me dava mais tesão.

- Vamos pro banco de trás.


Obedeci. Ele voltou a beijar minha boca, abriu minha calça e tentou abaixar. O suor dificultava a saí­da da calça que já era muito apertada, e ele não conseguia tirar. Tentou, tentou, e tentou de novo e não conseguiu. Irritado, descolou a boca da minha e puxou a calça com brutalidade, tirou meu sapato e terminou de arrancar o meus jeans com calcinha e tudo. Enfiou dois dedos na minha boceta e me fodeu com a mão, a lí­ngua dentro da minha boca. Os dedos entraram gostoso na minha xoxota, deixei escapar um gemido dentro do beijo dele. Meu rosto quente de vergonha.

- Finalmente eu ouvi sua voz, hein? Será que eu vou ouvir mais? - e o sacana começou a meter os dedos na minha boceta mais rápido, só pra me ouvir gemer.


Meus olhos lacrimejaram e eu não consegui segurar, gemia enquanto ele me masturbava e me assistia com o mesmo olhar do restaurante. Tirou os dedos lá de dentro e começou a tocar só o meu grelo, meu corpo tremeu e eu abri mais as pernas. Olhando pra minha boceta que os dedos com certeza deixaram toda aberta, ele massageava meu grelinho no ritmo certo, sem pressa de enfiar o pau. Abaixou na minha direção e eu senti a lí­ngua molhar devagarzinho o bico do meu peito. Desde o restaurante ele vinha lendo o meu corpo e agora não errava uma. Parecia um choque partindo do meu clitóris e se espalhando pelo meu corpo. Minha boceta contraiu com força e eu senti aquela dorzinha gostosa de um orgasmo forte e demorado sacudindo meu útero. Acho que eu gemi de um jeito estranho, porque ele perguntou se eu ia chorar e sugou meu peito de leve.

- Gozou?

- Gozei.


Minha xoxota escorria e molhava entre as minha nádegas. Ele abriu as minhas pernas e lambeu todo o lí­quido que estava espalhado. A lí­ngua percorreu entre os grandes lábios; demorou um pouquinho embaixo do grelo; desceu pro meu cu lambuzado, entrou na minha boceta arrombada. Não ia fundo mas eu sentia tocar as paredes por dentro, me deixando mais molhada, de tesão e de saliva. Meu grelo estava latejando e ele o lambeu, deu uma última chupada com força, levantou e enfiou o pinto em mim. Apesar de já estar relaxada pela penetração dos dedos, eu senti minha boceta se abrir ainda mais pra engolir o pau extremamente duro.

Com a rola enfiada em mim, tirou a camisa. O corpo musculoso, sem definição, liso de pelos, brilhante de suor me esmagou. A preocupação em demorar e me dar prazer sumiu. Enfiava e tirava freneticamente a rola na minha xoxota, o saco esfregando no meu perí­neo. O peso do corpo sobre mim arrancava lufadas de ar dos meus pulmões. Ele gemia o gemido mais masculino que eu já ouvi, agressivo, me fodendo com pressa. Levantou e esporrou sobre a minha boceta e sobre a minha barriga, melou minha blusa e encheu o meu umbigo.


- Gostou?


Não consegui responder, só sorri. Antes de ir, pediu meu whatsapp. Não dei.

- Qualquer dia a gente se esbarra na hora do almoço né?


Hoje não o vi no restaurante. Mas ontem foi o melhor feriado de trabalho da minha vida.

*Publicado por AlineTotosinha no site climaxcontoseroticos.com em 03/11/17.


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