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Clara: Perdemos Juntos

  • Conto erótico de história real (+18)

  • Publicado em: 09/02/18
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  • Autoria: PraMarcelo
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Bem. Meu nome é Maria Clara e vou contar uma história que aconteceu há muitos anos. Apesar de distante no tempo, tão presente na memória, que poderia contar até nos mí­nimos detalhes. É o que vou tentar. Afinal, a primeira vez, seja por que razão for, é sempre inesquecí­vel. É isso, vou contar como perdi minha virgindade, com um cara também virgem.


Estudava numa escola de classe média da minha cidade e tinha muitos amigos, principalmente meninas. Com um grupo mais restrito, rolava muita intimidade e éramos mesmo uma espécie de "Conselho Sexo-Amoroso". Coisas da idade. Todas à flor da pele, umas já haviam transado, outras não. E sabí­amos de todos os detalhes. Será que sabí­amos mesmo?


Tudo aconteceu quando eu tinha 16 anos e ainda era uma das virgens do "Conselho". Se não era a mais bonita da turma, não fazia feio com os meninos (e até com meninas, fiquei sabendo depois). Sentia que era desejada, mas sabia também que não podia confiar muito naqueles adolescentes, que não podiam ver um par de coxas sob as saias cinzas do uniforme da escola. E, sei, tinha belas coxas, todos diziam. Não era muito alta, mas chamava a atenção pelos olhos verdes e pelos seios maiores que a média das colegas. Eram bem durinhos, e modéstia a parte, ainda são. Minha bunda não era grande, mas bem gostosinha, e por isso adorava usar calças bem justinhas. Menos na escola é claro. Cabelos castanhos na cintura, que eu geralmente amarrava em tranças. "Gostosa, com carinha de anjo", brincavam comigo.


Já tinha "ficado" (na época a gente nem falava assim) com alguns meninos, rolando alguns amassos, mas nada além disso. Só uma vez segurei um pau, mas fiquei tão assustada, pois tinha gente num cômodo ao lado, que nem consegui me divertir direito. Não achei muito bonito é verdade, mas que ficou um gosto de quero mais, ficou. Quem sabe com outro carinha, que eu ainda não havia encontrado.


Bom. Nesse ano entrou na escola (vindo do primário, que funcionava em outro prédio, em outro bairro) um menino que chamava a atenção de todos pela altura e magreza. Com 15 pra 16 anos, um ano escolar antes do meu, tinha 1m90. Era até bonito de rosto, mas com aquele corpo imaturo, de adolescente que espichou em pouco tempo, não atraia muito as meninas. Além de tudo, era tí­mido e até sofria um pouco de bullying por essas caracterí­sticas. Ele conseguia se enturmar um pouco, por ser bom em esporte. Realmente jogava handebol e vôlei muito bem e assim conseguia fazer alguns amigos na quadra.


Como o Marcelo, esse era o nome dele, foi logo chamado para a equipe da escola de handebol, acabamos por nos conhecermos um pouco mais, já que eu era do time feminino. Toda a parte fí­sica das equipes era feita com os times juntos e nos recreios éramos sempre os primeiros a "reservar" a quadra. Surgiu então logo uma camaradagem, mas não passava disso. Nem ia ficar bem aparecer em público com ele. Achava que tinha um nome a zelar no "Conselho" e, além disso, sabia que podia "ficar" com quem eu quisesse.


Mas o fato é que sentia, lá no fundo, pelos olhares, que ele me desejava, e isso, confesso, me dava uma certa curiosidade. Era um cara legal por trás daquela estranheza toda e, como disse antes, ele era bem bonito de rosto. Um nariz grande, coisa que sempre me atraiu, e mãos bem desenhadas. Ele tocava violão, eu já sabia, mas não se aventurava em público. Enfim, não foram poucas as vezes em que o flagrei olhando para mim durante os treinos e nos corredores. Tentava disfarçar, mas as meninas sabem quando são alvo de alguma cobiça. E sabemos como tirar proveito disso, não é mesmo?


E isso ficava claro, quando no meio dos exercí­cios nos tocávamos. Quando eu caia no chão, ele era sempre o primeiro a tentar me ajudar. Parece que estava ali só para acompanhar meus movimentos. Sabe também aquele alvo preferido nas partidas de queimado? Esse já era o Marcelo pra mim. E eu, entrando na "brincadeira" pra ele. Como ele parecia tí­mido ou, sendo eu um ano mais velha, ele me considerasse "muita areia pro seu caminhão", não rolava nenhuma iniciativa.


No começo do segundo semestre, as duas equipes, feminina e masculina, foram disputar partidas numa escola em outro bairro. Torneio intercolegial. E, além dos jogadores, iam juntos muitos colegas para torcer. As partidas terminaram com a nossa vitória no feminino (fiz dois gols, uau!!) e um empate no masculino. Não foi um resultado ruim, já que estavam na liderança do torneio.


Como sempre acontecia, a galera toda ia para um bar que, além de tudo, ficava perto da minha casa. Como meus pais estavam viajando a trabalho, nem precisei ligar pra casa. Naquela época, só com orelhão rs. Foi uma farra, todo mundo na maior zoação. Alguns já bebiam álcool, outros não. Marcelo ficou conversando mais com uns colegas e vi quando ele bebeu dois copos de cerveja. Já estava reparando até nisso. Lembro que dei uns goles no copo da Mariana, minha melhor amiga, e que já estava percebendo o flerte entre nós. Ela me sacaneava, mas no fundo até incentivava. "Já está na hora de perder esse cabaço, garota", ela dizia.


Já era noite quando resolvi ir embora. Marcelo já tinha ido com uns caras e sai caminhando com a Mariana até minha casa. No meio do caminho o encontramos, ali num campinho de terra jogando futebol. Do outro lado da calçada eu gritei: "não pode ver uma bola, hein?". Ele olhou e deu o sorriso mais lindo do mundo. Parou tudo e foi falar comigo. Ou melhor, com a gente rs. Mariana, percebendo o clima, disse que ia pegar o ônibus na outra rua e saiu de fininho, nos deixando sozinhos. Não valia nada essa minha amiga.


Ficamos conversando e ele acabou se oferecendo pra me levar até a porta de casa, que ficava a uns dois quarteirões. Eu disse que não precisava, mas, confesso, já esperando que ele insistisse. E assim fomos caminhando, agora em quase silêncio. Na hora de atravessar a rua, em frente de minha casa, por instinto, não sei, ele segurou na minha mão. E ainda em silêncio, elas não se separaram mais até o destino, sem que nossos olhos se encontrassem. Fiquei toda arrepiada, não sei o que estava acontecendo comigo. Até onde isso iria chegar?


Chegamos, trocamos dois beijinhos - tive que me esticar toda para alcançar seu rosto, mas as mãos insistiam em não se separar. Inevitavelmente, naquele instante, nossos olhares se encontraram e eu tive a certeza que também o queria. Nossos lábios se tocaram, timidamente, e ele sorriu. Eu nervosa, tremendo, num impulso o convidei para entrar. "Quer tomar um refrigerante", perguntei nervosa e excitada. Ele, é claro, nem pensou duas vezes, se deixou levar até a porta. Nossas mãos só se desgrudaram pra eu pegar a chave. Já não sabia mais se conseguiria resistir, meu corpo estava entregue àquela sensação nova para mim.


Entramos, fui na cozinha pegar um copo de refrigerante, que ele bebeu num só gole. Sentamos na mesa e ele pegou na minha mão. Não estava entendendo minha reação, ou melhor, a minha falta de reação. Suas mãos subiram pelo meu braço imóvel e arrepiado. Ele notava minha tensão, meu estado. Sem pensar, levantei, e, como ele é bem mais alto, ficamos com nossos rostos próximos por demais. Não resistimos ao beijo, ao melhor beijo que já havia trocado até então. Fiquei toda molhada, já imaginando como o corpo dele estava reagindo debaixo daquele short do time de handebol.


Me desequilibrei de emoção e acabei sentando no seu colo, nossos corpos se tocaram e pude sentir seu desejo. Já nem notava as estranhezas daquele "varapau", só sentia seu olhar me comendo. E como era lindo aquele olhar de desejo, daqueles olhos esverdeados. Foi como se um peso saí­sse das minhas costas. Pela primeira vez sentia um tesão incontrolável por um homem, na verdade, um garoto. E estava deixando rolar.


Um pouco de juí­zo me ocorreu naquele momento, talvez nem tanto. Pensei nos meus pais, na irresponsabilidade que estava prestes a cometer, dentro de casa. Estávamos imundos, resultado do suor já seco em nossos corpos. Até aquele momento, nada impediu nosso desejo sem jeito, mas me recompus e resolvi de relance ir ao banheiro. Estava fervendo por dentro e acabei entrando no box para uma ducha fria. Precisava disso pra não fazer uma loucura, na ausência de quem confiava em mim.


Me acalmei, esfriei a cabeça, e na saí­da percebi que na correria não havia levado a toalha. O que eu poderia fazer naquele momento? Ou mandava Marcelo embora ou pedia para ele pegar uma pra mim, no varal. Em 5 segundos, um turbilhão de pensamentos e sensações percorreram meu corpo, da cabeça aos pés, passando pelo meus seios, meu sexo.


Enfim, de repente, o reflexo decidiu por mim e da minha boca soaram palavras que não havia premeditado: "Marcelo, você pode pegar uma toalha pra mim no varal e deixar na maçaneta da porta?"


Ele gritou que sim, e poucos segundos depois bateu na porta. Toda molhada fui até a ela, girei a maçaneta, e quando coloquei a mão pra fora, ele ainda estava lá. Não o vi, mas percebi sua respiração, até seu cheiro de suor já reconhecia. Não sei como, acabei abrindo mais a porta do que precisava, do que devia. Peguei a toalha, me cobri, mas deixei que ele me visse naquele estado, toda molhada e com uma cara meio sonsa.


A toalha não cobria seu olhar, nem meu desejo. Virei em sua direção, acabei de abrir a porta, deixei a toalha cair e o puxei para dentro.


Meu corpo nu, todo molhado do banho, o dele todo melado de suor, se tocaram, vibraram. Voltei para o box, mas dessa vez com ele agarrado ao meu pescoço. Ele tirou sua camisa e eu o calção. Entrou na água ainda de cueca, mas com ela molhada não deu pra esconder o volume do seu pau, que já desejava, que sem vê-lo ainda, já achava o mais lindo.


Não me reconheci naquele momento. Fiquei de joelhos, abaixei aquele pano e, pela segunda vez na vida, segurei um membro masculino. E que lindo era aquele pau, assim todo empinado, levemente para a esquerda e molhado. E melhor, não havia ninguém do outro lado da parede, eu poderia enfim me divertir.


Agarrei firme, percorri aqueles centí­metros tesos, ensaboei, apertei até ele "gemer sem sentir dor", como dizia uma canção da época. Não, naquele momento não beijei ou chupei, acho que por nojo, sei lá. Medo talvez de não saber como fazer. Mas com nossos corpos ali, debaixo daquele chuveiro queriam mais. A diferença de altura não ajudava muito o contato mais í­ntimo, fiquei então parada massageando seu pau enquanto ele tomava banho. O tato mais delicioso que eu já havia sentido nas mãos. Duro como uma pedra, mas a pele macia e esticada. A cabeça vermelha era um convite à minha boca, mas eu ainda resistia. Queria sentir aquele corpo todo limpinho pra mim, queria dar tempo para ver se eu ainda me arrependeria.


Marcelo terminou o banho, desligamos o chuveiro e começamos a nos secar, com aquela única toalha. As fibras me tocando sob o seu comando me levavam á loucura. Minhas coxas, meu seios, meu pescoço, minha bunda. Meu corpo foi ficando seco aos poucos e eu cada vez mais encharcada por dentro. Na minha vez, passeei por todos os cantos daquele corpo longo e magro. Acariciei cada pedaço daquela pele que eu mais queria comer, estava fora de controle. Começamos a rir daquela situação, a gargalhar de nervoso e tesão.


Já secos, peguei na sua mão e o levei nu para meu quarto. Deitamos na minha cama e nos abraçamos. Foi nosso primeiro abraço, facilitado pela posição horizontal. E nos beijamos como se o mundo fosse acabar na hora seguinte. Parece que durou horas aquele nosso beijo, nosso primeiro beijo de lí­ngua, nossas lí­nguas ainda amadoras, sem saber bem por onde ir. Na minha cabeça passava um filme e a certeza que não tinha mais volta. Eu seria dele, ele seria meu naquela noite. Nossa primeira noite de amor.


Aos poucos ele foi se acostumando com a situação inesperada, tomando alguma iniciativa nesse meu corpo nunca dantes explorado. Foi quando me disse que também era virgem e não sabia bem como começar. Inexperientes, fomos nos pegando de qualquer jeito, até que sua mão encontrou minha buceta molhada, mas ainda fechadinha como um botão. Eu não raspava meus pelos, mas eram ralos e clarinhos. Com muito cuidado, ele foi espalmando a mão nas minhas coxas e eu já começava a me contorcer de tesão. Virei na cama deixando minha bunda na altura da sua boca, que me beijava em cí­rculos e me deixava sem reação. A gente não sabia como fazer e aproveitava para nos conhecer e aprender. Cada centí­metro dos nossos corpos foi explorado, apalpado, até que ele deitou a cabeça na minha coxa e beijou meu sexo. Eu gritei, mais de susto que de prazer. Mas gritei. Nem eu mesmo me tocando havia sentido o que aquele momento estava me proporcionando. Estava com medo, mas feliz, e entregue.


Ele percebeu meu estado, esperou intermináveis dois segundos para então começar a me lamber. Não sabia como, eu nem sabia o que esperar. Nunca uma lí­ngua havia tocado meus lábios. Nada importava no entanto, apenas o sentimento de estar no céu. Não sei se chamo aquilo de meu primeiro orgasmo com outra pessoa, mas foi como se uma onda cobrisse meu corpo ressecado pelo sol. Um alivio depois da tensão de não saber o que poderia estar por vir. Só a sensação de ter um corpo sentindo prazer no meu, me deixando mais curiosa que amedrontada com o que estava acontecendo e o que ainda estava por vir.


Seu pau era uma delí­cia no toque e eu ainda não tinha provado na minha boca. Sabia que devia fazê-lo, mas estava sem ação. Tinha medo de, dessa forma, antecipar os acontecimentos, a penetração que desejava e temia. O prazer que, como minhas amigas diziam, era precedido de uma imensa dor. Nos ensinaram a temer mais do que desejar. Nessa hora, por um segundo, pensei se não seria melhor dar a primeira vez para alguém mais experiente, mas a delicadeza dos caminhos que o Marcelo percorria, até penetrar minha boca com seu pau, me hipnotizaram. Ele me conquistou e me derramei.


Lembrei da Nina, não sei como, lembrei da Nina falando: "na dúvida, imagine um picolé de limão". Eu odeio limão, mas chupei meu primeiro picolé de creme com gosto de homem. Meu homem ereto, deslizando sua virilidade na minha boca, chegando à garganta e me fazendo quase engasgar. De iní­cio me senti usada, pensei em parar, mas resisti como retribuição ao orgasmo que sua lí­ngua havia me proporcionado. Apenas isso, mas era pouco. Aos poucos, fui me acostumando com o cheiro, o sabor, as curvas suaves, a pulsação, aos seus gemidos. Parecia que ia explodir na minha boca, mas quando ele sentiu o gozo vindo, parou e me olhou com um olhar de cumplicidade infinita, sem limites, como se fossemos parceiros de uma longa jornada amorosa.


Ele entendia meu medo. Esperou meu tempo, como poucos esperaram ao longo da minha vida sexual, que se iniciava naquela noite. Quando não deu mais para segurar eu disse no seu ouvido: "Me come meu homem, me faz sua mulher". Dois adolescentes se amando como adultos, aprendendo como crianças. A curiosidade nos guiava, nos consumia. Estava amando aquele "colega estranho", amando como ele me tratava nessa primeira vez. Minha e dele. Eu estava encharcada de tesão, mas ainda com medo, do que vinha a seguir.


Marcelo pediu pra eu guiar, e obedeci. Com uma mão abri meus lábios, com a outra segurei aquela vara apontada para mim. Me masturbava, masturbava ele, minha lí­ngua procurou a dele. Fui diminuindo aos poucos aquela distância, até que a pele dos nossos sexos se tocaram, arrepiadas, sensí­veis. Meus olhos se encheram de lágrimas. Lágrimas meio de alegria, meio antecipando a dor.


A cabeça de seu pau foi entrando devagar e quando tirei minha mão, passei o controle. Precisava confiar em Marcelo. Ele continuou com cuidado, esperando minhas reações. Parou, voltou, eu segurei e puxei seu corpo contra o meu. Quando a dor começou a surgir, esperamos uns segundos e então gritei:


"Vai, entra de uma vez".


Ele me obedeceu e, depois da penetração, o prendi com minhas pernas. Ficamos imóveis, eu sentindo pela primeira vez um pau me cobrindo. Em meio à dor lancinante que ia aos poucos passando, ele sussurrava palavras deliciosas no meu ouvido. Palavras estudadas, decoradas para aquele momento. Afinal, ele já me desejava desde a primeira vez que me viu, como confessou depois. Ainda não tí­nhamos intimidade pra ele me chamar de puta, gostosa, claro, ele foi apenas carinhoso como o momento pedia.


Depois de um tempo, eu estava transformada e comecei a me mexer. Girei o quadril algumas vezes demonstrando estar mais acostumada com aquele "troço" dentro de mim, até ele criar coragem para me foder de verdade. A dor foi se transformando em prazer, na mesma dimensão.


Primeiro devagar, só no fundo, com movimentos curtos. Depois tirando meio pau e voltando com carinho. Eu já louca de tesão mandava ele foder com força. "Me arromba Marcelo", eu gritei sem medo de ser ouvida por ninguém mais. Ele como uma fera no cio, começou a me invadir sem reservas ou culpas. Tão lubrificada que eu estava, só sentia seu pau deslizando dentro de mim, num vai e vem assustadoramente gostoso. Nossos movimentos eram animais, puro instinto em busca das melhores sensações. Desejo puro.


"Sem jeito mandou lembranças", dizia minha vó. Foi assim que chegamos ao primeiro orgasmo. Ele, logo depois de mim, me enchendo de porra, enchendo o quarto daquele cheiro inebriante de sexo. Nossos corpos tão diferentes no tamanho, tão envolvidos no abraço de alivio e prazer. Ficamos um longo tempo assim grudados, nos beijando com ternura e um sentimento que parecia, precipitadamente, amor.


Fizemos ainda um 69 maravilhoso, mas calmo. Não gozamos, nem tí­nhamos forças para isso. Só nos alimentava o desejo de prolongar esse nosso encontro, nosso contato fí­sico, a intimidade que nascia ali naquela cama. Sua lí­ngua agora explorava nossos gozos misturados, sem vergonhas; seu pau na minha boca já era um brinquedo conhecido. Já minha sentia a rainha do boquete.


Uma alegria enorme me invadiu e fomos tomar outro banho. Agora já í­ntimos, nos acariciávamos já sem a tensão de antes, já como amantes. Juro que naquele banho pensei em Mariana e nas histórias que eu iria contar. Só para ela. Mas não por muito tempo aquele segredo estaria guardado. Sem detalhes, por favor.


Não tomamos precaução alguma, mas poucos dias depois, felizmente, menstruei. Tive que dar a notí­cia pra ele, por telefone, na frente da minha mãe. Ela estranhou aquela linguagem cifrada, não perguntou nada, mas ele entendeu meus códigos.


Marcelo não foi a minha melhor trepada, mas foi a melhor que eu poderia imaginar para a minha primeira vez. Se faltou experiência, sobrou carinho e generosidade. Namoramos até o fim do ano, para o espanto de nossos colegas de escola. Ainda transamos umas 4 ou 5 vezes, cada vez aprendendo mais sobre sexo, cada vez avançando mais em nossos desejos. No final ele já me chamava de "minha putinha gostosa". Acabei me mudando da cidade com a famí­lia e não nos vimos mais por muito tempo.


Anos mais tarde nos encontramos numa festa de ex-colegas, quando fui visitar minhas primas. Ele já casado, fazendo faculdade no interior de Minas, e eu terminando um relacionamento. Claro, matamos a saudade na cama. Não foi igual, havia um sentimento de culpa por parte dele, mas foi bom sentir novamente aquele corpo no meu. Vou amá-lo pra sempre, como meu primeiro homem.


Já se passaram décadas dessa nossa primeira vez e, há poucos dias, o encontrei numa rede social. Vi que ele está solteiro, assim como eu. Será que o procuro para matar saudades? Quem sabe retomar uma história interrompida no passado? O que vocês acham?


Se rolar, eu conto aqui depois.

*Publicado por PraMarcelo no site climaxcontoseroticos.com em 09/02/18.


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