Sonhos de vidas e Amores eternos, 11
- Publicado em: 03/03/18
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- Autoria: PequenoAnjo
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"Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos."
(George Bernard Shaw)
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A MENINA DE CABELOS CACHEADOS
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1 de janeiro de 1986, quarta-feira - Resquícios
O homem vangloria-se de ter imitado o voo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam....
O que foi aquilo, mãe...
Marina olhou para a filha e novamente aquele sentir que lhe preencheu o querer pareceu tornar bolinar na boceta. Não respondeu, queria continuar desfrutando daquele momento mágico de redescobrir sensações esquecidas.
Tu..., fiquei com medo...
Medo de que filha...
Sei lá, só fiquei com medo - suspirou, a lua tentava escapulir pela beirada da nuvem preta - Tu...
Foi nada não..., só uma onda, mas... - era estranho, o gozo lhe tinha bebido a bebida - Teu..., Nando me segurou...
Meu o que?
Não era o brincar e nem o beber que lhe roubaria o ver a filha esticar olho para Fernando, nem em ver o interesse bolinoso quando suspirava a toques fortuitos.
Ele é bonitinho... - sorriu matutando se a filha teria coragem de se dar como ela - Não fosse ele...
É...
É o que?
Bonito... - sorriu e olhou para tras, ele continuava sentado no mesmo lugar - Tu acha que...
Acho...
Acha o que? - olhou para a mãe - Não terminei de falar, minha mãezinha doida...
Uma boa ducha fria e caminha... - abraçou a filha - Gostou da farra?
Gostei...
Foram direto para o chuveirão, na praia Fernando estava preocupado, não achava o calção que o mar havia roubado.
Tu vai... - olhou preocupada para os lados - Deixa de ser maluca mãe...
Marina tinha tirado a roupa branca, estava nua.
Pode aparecer alguém... - olhou o portão aberto - O Nando..., que é isso mãe... - viu o risco de gosma do gozo pingando da boceta da mãe.
Não é nada... - sentiu uma pinicada na ponta da espinha - Deve ser corrimento...
Mas não conseguiu que a filha passasse o dedo pegando o fio escapulido da xoxota e nem que prendesse entre os dedos e cheirasse. Manuela sabia muito em o que era aquilo e teve certeza quando cheiro. Marina puxou a mão da filha e lavou com sabonete.
Pega a toalha, minha filha doidinha e... - acariciou o rosto bonito da menina de cabelos encaracolados - Não é nada não... Depois vou na doutora Esmeralda, vai, tô com frio...
Manuela ficou com aquela sensação estranha martelando a cabeça, entrou e voltou com a toalha. Marina foi para o quarto onde Elesbão roncava, encostou na porta fechada pensando na loucura gostosa que tinha feito.
Manuela apagou a luz da varanda e saiu, Fernando não conseguia ver o calção arrastar na areia e viu a garota correr.
Tu vai ficar a noite toda aí, Nando... - viu o bolo azul esverdeado, pegou, era o calção e, um pouco adiante, a calcinha da mãe.
Vou não, demoro nada sair... - escorregou sentado, tinha de esconder estar nu - Tua mãe já entrou?
Entrou..., tá todo mundo dormindo... - olhou o calção preso debaixo do pé - A mãe tomou banho... Tu não quer o calção?
Fernando viu a menina pegar seu calção e depois a calcinha branca que Marina havia dado para Iemanjá.
Deixa aí..., quando sair visto... - levantou, ela já sabia.
Manuela viu, sabia e viu o garoto mergulhar nu varando a onda. A lua já tinha chutado a nuvem preta e iluminava a espuma das ondas, a estrela não paravam de piscar. Pegou o calção e calcinha branca e entrou sentindo o mar lhe querendo não deixar entrar e firmou o pé batendo de frente com outra onda que explodiu em seu corpo.
Eita! O mar tá brabo hoje... - a garota não se deixou cair e enfrentou os empurrões da água do mar revolto - Me ajuda...
Fernando olhou a menina brigar com o mar, mas estava nu.
Vem me buscar... - pediu sentindo não conseguir avançar - Vem Nando, me ajuda...
Tô nu... - teve de falar.
Eu sei... - riu e abanou o calção - Toma...
Jogou, ele não conseguiu pegar e zoando forte novamente a roupa foi empurrada para a praia.
Desculpa... - ainda conseguiu olhar o calção se embolar na onda.
Ele olhou, também viu, e sentiu o baque do turbilhão lhe empurrar. Manuela tinha visto a onda crescer e não teve tempo de avisar. Fernando rolou e bateu na menina e rolaram engolindo a água salgada até sentirem a pele arder arranhados na areia fina.
Elas meu... - tossia jogando fora o que conseguiu não engolir - Não deu de avisar, desculpa...
Também ele tossia, olhos vermelho ardendo e aquele asco de vômito amargo sujando o respirar de boca aberta.
Desculpa, Nando..., não deu de avisar... - respirou e não sentiu vergonha.
O vestido branco de meia molhada não escondia os biquinhos do peito que ele olhava.
Teu calção... - levantou, o vestido levantado colado na costa e a calcinha, também branca presa no meio da bunda branca com marcas de sol - Deixa que eu pego...
Ainda sentia olhos e garganta arder sem sentir a bunda a mostra pelo vestido levantado e quando curvou, para pegar o calção, ele viu a beirada da xoxota. Deu vontade de levantar, não levantou, o pau duro, só olhou e Manuela, sem saber, arrebitou e abriu as pernas antes de voltar e entregar a rupa do garoto.
Que tu tava fazendo nu?
Foi a onda... - recebeu o calção e vestiu sem levantar - Obrigado...
Nada..., e... - ele olhou a calcinha branca que Marina havia dado de oferta para Iemanjá - Porque mamãe...
Ela deu pra Iemanjá... - pegou a calcinha e atirou novamente no mar - Ofertou pra dessa do mar...
Mas..., não são flores e... - olhou para ele - Ela quer também calcinha?
Sei lá, acho que ela queria...
E tu..., tu e... - cortou, tinha de cortar, sabia muito bem o que ele iria falar, mas não terminou, outra onda quebrou perto deles.
Dei não... Tava sem cueca... - falou e viu que ela via, não ia dar tempo.
Não deu, tinha sentido a onda puxar a água. Tentou segurar a menina, também não deu e se viram embolados naquele mundo de água com raiva naquela noite de ficar nu. Dessa vez ela sentiu o joelho arder quando pararam de rolar abraçados sem querer abraçar.
Elas, meu... - não tinha encolhido água, nem ele - Outra dessas...
Olhou, ele olhou, estava em cima dela. O pau duro roçava na beirada da xoxota já sem proteção da calcinha roubada por Iemanjá.
Tu comeu ela, não comeu... - olhavam dentro dos olhos, sentiam o querer de olhar - Vi tua..., tua gala na bo..., na vagina dela...
Foi sem querer... Olha, eu não... - ela olhava que ele lhe olhava, não tinha expressão de estranhar, tinha só um que de querer - Tu..., me desculpa...
Porque? - não sabia porque, abriu as pernas sentindo ele encaixar - Tu..., tu gozou dentro dela, não..., hum..., gozou...
Não queria, mas... Não deu de..., de segurar...
Foi naquela hora que foi ver ela, não foi...
Não..., eu..., eu já tinha...
Ela..., ela gostou?
Deve de ter gostado... A gente não... - sentia o dedo da onda mexendo nos pés, brincando nas coxas - Ela..., ela te falou...
Não, eu vi e... - a pontinha gelada da onda bolinou a bunda melando as beiradinhas meladas da xoxota que brincava de lamber a ponta do pau duro - Peguei e... E lambi...
Tu lambeu ela?
Não..., só tirei um tiquinho e..., e lambi o dedo...
Porque tu fez isso...
Não sei, deu vontade... - sorriu, tinha certeza de que aquela coisa que bolinava na xoxota era o pau - Tem gosto de..., de xixi...
Tu já...
Não, mas deu vontade de lamber...
Tu sabia o que era? - sentiu estar encaixado, o morninho melado dava vontade de não sair de cima dela - Ela viu?
Não, seu doido... - estava gostando de gostar - A mamãe é meio doidinha, mas... Ela não é de dar assim não... Acho que não...
Também acho...
Porque, ela falou alguma coisa?
Não, é que... - ela mexeu a bunda pra melhor sentir - Ela é..., é apertada...
Manuela sorriu para dentro.
Tu é pesado...
Desculpa... - rolou pro lado, ela não queria que ele rolasse.
Não era pra sair não... - olhou pra ele - Só falei que tu é pesado...
Tinha de sair, senão...
Tinha nada não, a gente tava só conversando...
De tá, tava, mas... - olhou para ela, continuava de pernas abertas.
Ficaram se olhando sentido as línguas de ondas molhar seus pés, Manuela sentiu arder no joelho e sentou sem arrumar o vestido.
Ralou... - olhou o joelho ralado - Tá ardendo...
Fernando olhou, a lua focava as pernas abertas, rolou novamente e sentiu o aroma de xixi. Manuela não olhava o joelho arranhado, olhava para ele que olhava sua xoxota ainda papuda, poucos pelinhos e suspirou, lembrou da mãe sentada de frente pra ele, devia estar de boceta cheia, imaginou.
Tá doendo...
Não..., arde um pouco... - olhava para ele que não olhava para seu joelho que ardia - Deve te ter sido naquela onda...
Tu... Tu gostou dela? - fechou os olhos, ele lhe tinha tocado.
É..., gostei, é... É gostosa...
E eu?
Não sei..., deve ser... - passeou o dedo entre os grandes lábios, estava elado - Tu já...
Não..., só..., hum... Só... - olhos fechados, sentia o dedo lhe bolinar e a onda mexer em sua bunda - Tu..., eu...
Aquele cheiro de coisa proibida, ela de olhos fechados talvez sonhando sonhos sonhados não tinha como ver, só sentiu a respiração assoprada e o toque da língua lambendo a abertura melada do prazer...
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13 de junho de 1993, domingo - Perdidos em noite sem lua
Foi um domingo puxado cheio de correrias e de surpresas...
Quando, por fim, retornaram já passava das sete horas. As meninas sorriam com as paredes maravilhadas com a abertura dos jogos e com a os mimos e reencontros.
Pronto, agora é descansar que a terça-feira vai ser cheia - Luciana se desdobrava entre as trinta e nove garotas da delegação - Amanhã cedo vamos para o Marista...
O professor Abelardo não veio... - Rebeca tirou a calça e sentou em uma cama perto - Quem vai com a gente?
Abelardo não pode ir na abertura, mas amanhã vai estar lá e... - balançou a cabeça, ne pareciam as meninas comportadas do educandário - É bom fecharem a porta, as freirinhas não vão gostar desse desfile, viu dona Francisca!
Sabia que não adiantaria falar e levantou e saiu do alojamento fechando a porta. Na sala Mônica e Fernando conversavam com irmã Maria que lhes contava coisas do tempo de mocinha, Elisa e Clarisse reviam o programa dos jogos.
E aí professora? - irmã Maria sorriu bonachona - As garotas estão animadas...
Sorrisos e gritinhos vazavam do alojamento enchendo o convento de cores alegres como a muito irmã Maria não ouvia.
Quem aceita suco de pitomba? - uma mocinha alegre colocou a jarra na mesa.
Quem bom, irmã... - sorriu para a mocinha - Essa vocês não conhecem..., é Isabela, a noviça das mãos de ouro...
Não fosse o traje a lhe encobrir as formas bem poderia ser uma das capetinhas zuadentas no alojamento. Loira de cabelos cortados rente ao pescoço, olhos verdes cintilantes e sorriso alegre e um tanto desenvolta que logo chamou atenção de Luciana.
Obrigado, filha... - serviu os copos - Isabela é minha sobrinha, filha de minha irmã...
Novinha... - Luciana olhou para a garota - Vai ser freira também?
Isso só o pai pode saber..., por enquanto parece querer... - irmã Maria segurou a mão da sobrinha que sorriu encabulada - Estão brincando Bel, desde criança sempre falou que seria serva de Deus...
A tia é brincalhona, professora... - olhou para Luciana - Não sou a mais nova, temos meninas bem mais novas estudando no convento...
Nem todas são noviças... - irmã Maria atalhou - Amanhã vou leva-las para conhecerem o convento mas, por enquanto um bom suco há de refrescar esse calar dos... - olhou para cima e fez sinal da cruz - Dos infernos...
Riram e continuaram conversando sobre educação de meninas, Luciana estava ao lado de Fernando que lhe acariciava o ombro.
É sua namorada? - Isabela falou olhando para Fernando.
Não..., é minha tia...
Tia e mais mãe que eu - Claudia brincou - Foi pouco depois do moleque aí nascer que Luciana veio morar conosco e..., perdi meu filho.
Que os vê junto realmente imaginam serem um casal - irmã Maria confessou - Foi essa a minha primeira impressão...
Essa tia sempre foi maluca pelo sobrinho... Era seu boneco que fazia xixi e coco... - sorriu e puxou o filho - Quere ver uma onça, mexam nele...
Contou coisas da infância dos dois e de como a irmã tinha assumido o sobrinho em tudo. Durante o lanche da noite receberam o convite para conhecerem a orla de São Luís.
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De longe a aragem do mar já mostrara seu frescor. Ficaram em um bar reservado e preparado para os técnicos e professores dos jogos e jantaram ouvindo toques de atabaques e zabumba dos grupos folclóricos do lugar. Depois do jantar e de incontáveis discursos um grupo musical tocou músicas românticas, aos poucos as luzes foram sendo desligadas para que casais dançassem.
Do educandário apenas Mônica, Luciana, Fernando e Elisa que se mantiveram a margem dos grupinhos.
É bom pararem de beber... - Fernando toou o copo da mão de Mônica - Minha diretora já está meio encharcada e...
Deixa ela Nando.... - Luciana abraçou o sobrinho - Tua mãe sabe o que daz...
Será que sabe mesmo?...
Riram, a mãe e Elisa continuaram bebendo. Não havia lua, só estrelas aos montes piscando cintilantes no céu. O barulho de ondas quebrando na areia fina, o som do grupo tocando "O relógio" (clique o ouça) encheu o salão de silencio suspirado.
Adoro essa música e... - calou, não queria perder - Lembro de minha juventude...
Fernando olhou para a mãe de olhos fechados sorvendo as músicas que lhe remeiam para o tempo de mocinha e começaram dançar. O grupo deixara as músicas da época e cantavam músicas apaixonadas. Não havia outro som que não do conjunto, quem não dançava não conversava, parecia até não haver o que conversar, apenas ouvir e mergulhar em sentimentos guardados em aús no fudo da alma.
Vamos sair, Nando... - sussurrou em seu ouvido - Vamos...
A areia fofa dificultava andar, Fernando levantou a mãe nos braços e foram para uma mesa solitária debaixo de um coqueiro.
Tá sentindo alguma coisa?
Não, só essas músicas... - suspirou e tirou os sapatos cheios de areia - Tô carente de carinho...
Fernando olhou para ela, ela olhou para ele, olhares trocados, desejos confirmados. O som do mar, o assoviar do vendo e aquelas músicas era o que lhes bastava.
Aqui?
Aqui..., agora... - levantou, tirou a calcinha que jogou para ele e sentou em seu colo - Tu és o maior amor de minha vida... - repetiu o que cantava o cantor - Não sei porque te amo tanto...
Sou teu filho... - acariciou o rosto.
Não, não por isso... - suspirou e levantou para que ele libertasse o pau - Por isso, por isso Nando, por isso...
Essa música e tua cara... - riu.
Sou doida demais por isso... - colocou o pau no lugar e sentou - É isso que me faz te amar..., te amar tanto..., tanto...
Só por isso? - sentiu a buceta espetada no pau,
Hum..., não, hum..., também..., também por...., isso... - rebolou, estava cheia, totalmente cheia do pau que tinha vindo ao mundo de onde agora estava - Meu..., meu menino...
Olhavam nos olhos, viam desejo e sentiam prazer. As mãos apertadas apertavam as mãos e ela cavalgou como amazonas livre naquela praia deserta ouvindo as músicas de amar, as ondas explodindo e o assovio assoprado do vento.
Te amo, viu..., te amo...
Porque dizer, sabia, sempre soube do amor que ele, seu filho e homem, tinha por ela, mas ouvir enquanto sentia foi o que lhe bastou para o beijo.
Na porta do bar Elisa olhava sem olhar, a cortina de álcool anuviava o olhar e olhou sem saber se olhava.
Vixe maria, tô bêba! - puxou Luciana - Tu tá vendo aquilo?
Luciana viu, a irmã beijava o sobrinho e ela soube o que estava acontecendo, bastou firmar a vista para ver a irmã rebolar.
O que, pequena?
A Mõnica..., ela e...
Tu tá é bêbada, nigrinha... - abraçou a amiga e volttaram para a mesa.
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No próximo episódio...
-ºLuciana fala para Mônica que Elisa tinha visto a foda... Irmã Maria o grupo para conhecerem o convento e o colégio... A noviça se descuida e Fernando vê o que não poderia ter visto... No clube Rebeca mostra e ele vê o que ela queria mostrar...
Nota importante:
Não esqueça o detalhe das datas, o autor não segue uma linha de tempo ascendente. Não há uma cronologia lógica e, em alguns episódios, poderá haver a narrativa de mais que uma data. Ler esse autor é embarcar em uma viagem caleidoscópica insana, hora nos leva adiante, ora nos faz retroceder no tempo.
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*Publicado por PequenoAnjo no site climaxcontoseroticos.com em 03/03/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.
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