Sobre viver e amar..., 7

  • Publicado em: 09/03/18
  • Leituras: 2108
  • Autoria: PequenoAnjo
  • ver comentários

"A linguagem de seu coração é que irá determinar a maneira correta de descobrir e manejar a sua existência."

(Paulo Coelho)


-------------------------------------------------

CONVERSAS COM MAMÃE e UM PASSADO...

-------------------------------------------------


9 de janeiro de 1988, sábado - São Luí­s, Maranhão

Aqueles dez meses pareciam já durar a vida toda, não lembrava mais de Roberto e não era mais apenas meu irmão querido, era e é meu homem que me fez voltar a viver. A primeira vez que rolou alguma coisa entre nós dois foi em 1981, eu tinha dezessete anos e Nelson dezoito, lembrei daquele dia por causa do que aconteceu.


Você vai sair, filha? - mamãe entrou no quarto.


Sei não mãe, o Nelsinho está um pouco cansado...


Dona Anabelle deitou na cama e sorriu.


O coitado deve estar é de pau esfolado, isso sim...


Era ainda estranho conversarmos sobre ele, mas para mamãe aquilo passou a ser a coisa mais comum do mundo.


Nunca pensei um dia viver assim... - deitei do lado dela - Ele não existe...


Mamãe me olhou, no rosto um sorriso gaiato como sempre fazia antes de jogar uma das suas.


Existe sim..., quem é melhor de cama, ele ou o Beto?


Estremeci, nunca mais tinha pensado em Roberto.


Não sei... - suspirei - O Beto era diferente, não era meu irmão...


Tentei recordar algum momento nosso, mas cada pensamento era com a imagem de Nelson. Parecia que Roberto tinha sido só um sonho bonito.


Está bom, mas se não fosse teu irmão e se você tivesse que dar uma nota, qual daria?


E a senhora, qual o melhor na cama? Nelson ou papai...


Nelson. É claro... - riu e me abraçou - Esse menino me deixa doida, já teu pai... Me diz uma coisa filha, você nunca tinha feito nada com ele?


Naquele momento lembrei de uma vez, foi pouco antes do acidente que matou meu irmão.




14 de abril de 1979, sábado - São Luí­s (Um banho, uma dedada e a descoberta)

Tinha combinado com a turma irmos para a Tucano"s (danceteria), não foi nada premeditado, sequer tinha sentido nada antes, mas naquele dia me descobri mais que irmã...


Você vai sair, filha? - papai entrou no quarto.


Acho que vou na Tucano"s com a galera! - levantei a cabeça - Porque paizinho?


Ele sentou na cama e ficou me olhando por um longo tempo.


Sei não... - respirou, parecia preocupado com alguma coisa - Estou com uns pressentimentos esquisitos - deitou e repousou a cabeça em minhas pernas - É como se fosse acontecer alguma coisa muito ruim com a gente.


Papai tinha esse negócio de premonição. Toda vez que alguma coisa acontecia, era ele quem primeiro sabia e muitas das vezes, antes que acontecesse.


Que coisa pai? - larguei o livro de filosofia aplicada e prestei atenção a ele.


Sei não filha..., mMas tenha a impressão que nesse mês vai ter uma tragédia entre a gente - ficou calado fumando o eterno hollyood.


Vai não pai... Vai não! - fiz cafuné em sua cabeça - Vai ver é por causa das coisas da firma...


Ele ficou por quase vinte minutos de olhos fechados antes de levantar e sair cabisbaixo.


Nunca fui de me impressionar com essas coisas, mas o papai estava visivelmente transtornado com aquela certeza de que algo inevitável iria acontecer. Balancei a cabeça espanando as preocupações e tirei a roupa para tomar banho.


Já tinha entrado debaixo do chuveiro quando escutei abrirem a porta do quarto, agucei o ouvido tentando identificar quem tinha entrado.


Carol!... Carol!...


Escutei a voz de Nelson me chamando, pouco depois batidas leves na porta do banheiro.


Carol?


Que foi Nelson? - depois daquelas coisas de papai fiquei preocupada, ele não era de entrar no quarto - Aconteceu alguma coisa?


Ele abriu a porta do banheiro e parou estático, notei que não imaginava que eu estivesse nua.


Desculpa... - ia voltando.


Deixa de besteira garoto! - fiquei olhando pra ele - Entra!


Nelson não tirava o olho de meus seios e aquilo era gostoso. Ver meu irmão excitado era algo que há muito não via, desde que éramos crianças quando brincávamos de casinha eu não tinha voltado a ver o piru dele ficar duro.


Tu vais sair hoje? - perguntou com a voz embargada.


Acho que vou na Tucano"s..., vamos? - alisava a boceta sentindo meus pelos macios acariciar minha mão - Tu fechou a porta?


Nelson olhou para traz.


Não!...


Fecha...


Ele saiu do banheiro tentando esconder a excitação e eu sorri deliciada com o aperreio do coitado, devia estar na lona, pensei no que ia fazer e fiquei escutando para ver ser ele ia voltar, ouvi a porta sendo fechada com a chave, balancei a cabeça e voltei para o chuveiro imaginando o que ele iria fazer, se é que faria alguma coisa.


Como foi a faculdade hoje? - perguntei por perguntar sentindo o corpo percorrido pelos fios frios da água.


A chatice de sempre... - respondeu e identifiquei que devia estar sentado na cama - Quem vai contigo?


Ensaboei os cabelos com xampu maquinando o que fazer, como agir com ele.


Acho que o Carlão e a Sandra... Tu queres ir?


Demorou um pouco antes de responder.


Estou sem programa hoje... Se não tiver problema vou com vocês...


Resolvi ir em frente com o jogo de sedução, mesmo sabendo que poderia dar rolo se papai pelo menos sonhasse naquilo.


Tu já tomou banho? - arrisquei.


Já! Por que?


Vem pra cá mano, deixa de besteira - chamei e percebi que ele entrou no banheiro - Entra!


Nelson afastou a cortina e respirou agoniado. Não sou das mais gostosas, mas sei que tenho corpo de deixar qualquer marmanjo de queixo caí­do.


Tu és muito... - olhava para minha boceta.


Que foi Nelson? - sorri para ele - Já se esqueceu de como sou?


Ele arfava de tesão, notei o desejo estampado em seu olhar.


Tu ficou mais bonita ainda, e... - balbuciou nervoso - E gostosa... - respirava forte.


Fiquei com um pouco de pena dele e continuei o joguinho que estava me enchendo de tesão. Às favas esse negócio de pecados, Nelson sempre foi um cara bonito e desejado, muitas noites sonhei trepando com ele e ficava toda molhada quando o flagrava sarrando as garotas, morria de inveja por não ser eu que ele alisava.


Vem banhar comigo? - passei sabonete entre minhas pernas - Ensaboa minhas costas!... - estendi o sabonete para ele.


Nelson ficou indeciso, notei que estava morrendo de vontade de entrar, mas o olhar denunciava a batalha que ele travava com o desejo de ficar comigo e o receio de fazer aquilo que eu estava morrendo de vontade que ele fizesse.


Melhor não... - deu um sorriso amarelado - Não sei se consigo me controlar.


Continuava com o braço estendido, o sabonete na mão e o corpo gelado de desejo.


Pelo menos passa sabonete em minhas costas? - pedi fazendo a cara mais angelical possí­vel - Tenho certeza que posso confiar em ti.


Ele segurou o sabonete.


Está bom... Eu passo... - sussurrou.


Fechei a torneira do chuveiro, fiquei de costas para ele e esperei pelo toque de sua mão.


Que foi? - perguntei baixinho diante da demora.


Estremeci quando senti que iniciara a passear o sabonete em meus ombros, fechei os olhos deliciada pelo toque e meus pelos eriçaram formando pequeninos montí­culos que me povoaram o corpo por inteiro. Aos poucos, com movimentos cadenciados, ele cobriu minha costa com espuma perfumada, eu suspirava a cada volta que a mão macia dava em meu corpo, minhas pernas estavam bambas, meu coração disparado parecia querer sair pela boca.


É gostoso maninho... Está gostoso! - balbuciei.


Ele continuou explorando e espalhando a espuma macia, descendo aos poucos até tocar em minha bunda. Me arrebitei e abri as pernas indicando para que ele continuasse, para que também ensaboasse minha bunda e minha boceta.


Está bom, Carol... - parou e recolheu a mão sem que tivesse coragem de tocar minha boceta - Tira a espuma...


Eu não queria que ele parasse, almejava que continuasse até sentir a quentura de minha boceta melada de prazer.


Não! - suspirei implorando - Continua...


Ele parecia não ter coragem de continuar, sabia que eu desejava que ele me ensaboasse por completa, que passasse sabonete entre minhas pernas. Mas ele não tinha coragem.


Por que Nelson? - perguntei.


Tu sabes por que...


Mas eu quero... Continua!


Ia virar para encará-lo, mas senti que o dedo tocava minha bunda. Gemi baixinho e mordi o lábio inferior, meu corpo parecia em brasa. Eu queria sentir prazer, queria poder gozar mais ainda que estava gozando e estremeci quando ele segurou minha coxa e afastou, a mão macia, melada de espuma, roçou minha vagina e quase não consigo ficar em pé, meu corpo balançou como se fosse desabar e senti uma faí­sca saindo de minha espinha percorrendo meu corpo até explodir bem dentro da boceta.


Ai... Ai... - gemi baixinho e apoiei as mãos na parede - Isso... Assim...


Ele não parou mais e também não tirou a mão de minha boceta.


Tive vontade de sorrir, mamãe me olhou e soube que não tinha sido a primeira, mas nunca eu tinha ido além de beijos, abraços e aquele dia...


-------------------------------------------------

Nota importante:

Não esqueça o detalhe das datas, o autor não segue uma linha de tempo ascendente. Não há uma cronologia lógica e, em alguns episódios, poderá haver a narrativa de mais que uma data. Ler esse autor é embarcar em uma viagem caleidoscópica insana, hora nos leva adiante, ora nos faz retroceder no tempo.

-------------------------------------------------


â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹ (Continue lendo e comente...) â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹â—‹

*Publicado por PequenoAnjo no site climaxcontoseroticos.com em 09/03/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


Comentários: