A Jornada, 8

  • Publicado em: 20/03/18
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  • Autoria: PequenoAnjo
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"Quem só tem o espí­rito da história não compreendeu a lição da vida e tem sempre de retomá-la. É em ti mesmo que se coloca o enigma da existência: ninguém o pode resolver senão tu!"

(Friedrich Nietzsche)


(Este relato possui 18 episódios, você irá ler o 8º)


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A JORNADA: O RIO, A INDIAZINHA e a LOIRINHA SAFADA

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3 de janeiro de 2003, sexta-feira - Rio Preguiça (Abismos)

Chegaram na Aldeia dos Macacos quando o sol brincava saí­do por detrás da mata e os bichos miadores esticavam as canelas e os pássaros do céu piavam e cacarejavam espantando a preguiça. Foi logo depois de vencerem mais uma barreira de ramas no meio do rio que Esmeralda viu o bando de í­ndias tomando banho nuas...


- Quim... - Esmeralda sussurrou ao ouvido do professor - Acho que chegamos...


Demorou quase nada para o grupo de í­ndias desaparecer dentro da mata, não foi difí­cil manobrar o Desbravador por entre as pedras e fundear na margem.


- Não façam movimentos bruscos... - o professor olhou para o grupo - Apesar de aculturados, não estão acostumados com estranhos na aldeia...


Aos poucos e titubeando começaram a se mostrar, algumas mais novas correram para a aldeia e homens, vestidos, foram encontrar o grupo.


- Benvindo! - um dos í­ndios acenou - Pensamos que vocês não viriam... - se apresentou, não era í­ndio, era o professor da aldeia na escola pública.


Feita as apresentações o grupo seguiu para um barracão, ao centro da aldeia, onde funcionava a escola, as igrejas - Católica e Protestante - e também o local de reunião. As meninas olhavam tudo com interesse e as aldeãs se aproximavam rindo.


Novamente foram aconselhados a terem cautela no Roncador.


- Se o senhor quiser, um deles pode ir com vocês - os professores conversavam - Eles sabem o caminho.


Fernanda e Rafaela, que preferiram ficar com o professor, aprovaram a sugestão e foram falar com o resto do grupo.


Tinham pressa, mas aceitaram o banquete oferecido e os cestos com frutas e iguarias feitas pelas í­ndias.


- É uma pena que não conseguiram chegar ontem - professor João entregou uma cuia para Joaquim - A aldeia tinha lhes preparado a dança do porco...


- O senhor vive aqui? - Fernanda não desgrudava do tio.


- Vivo... - olhou para trás e chamou, em um idioma que eles não entenderam, duas garotas - São minhas filhas Y-apyra e Potyra... - viu que Fernanda tinha franzido o cenho e sorriu - Y-apyra quer dizer "cabeceira do rio" e Potyra "flor"... - olhou para Joaquim - O idioma tupi utiliza figuras da natureza cujo significado tenha alguma ligação com o que se deseja expressar... A pronuncia, para nos brasileiros não povos da terra soa diferente..., Y-apyra em tradução fonética livre pode ser Japira e Potyra é mais próximo da fonética portuguesa, Potira, entenderam?


- O senhor é casado com uma í­ndia?


- Não... - olhou para Joaquim - Não sou casado aqui, mas tenho uma famí­lia...


- E..., e elas não tem vergonha de ficarem nuas?


- Não... - sorriu - Aqui é diferente dos costumes da cidade... Hoje já não é como antigamente, os adultos vestem roupa de cidade, só algumas mulheres e as crianças não gostam de pano que faz calor...


- E..., e tu é de onde?


- São Paulo..., capital... E vocês?


- A gente é tudo de Santa Isabel... E porque tu veio pra cá?


- Cheguei aqui em 1973 no Projeto Rondon, eu tinha terminado meu curso de lí­nguas com especialização em idiomas nativos e... - falou alguma coisa que não entenderam e uma das meninas saiu correndo - Foi buscar a mãe... Pois é! Vim para conhecer melhor o idioma Tupi e conheci Itá-syra por quem me apaixonei e fui ficando...


- E tu virou í­ndio?


- Não menina...


- Fernanda, minha sobrinha - Joaquim cortou.


- Não Fernanda, ninguém vira í­ndio, só os nativos..., só quem nasce aqui e é filho de í­ndio pode ser e é considerado í­ndio... Essa é Itá-syra..., Itacira que quer dizer "Pedra cortante, afiada" porque sempre foi meio rebelde, riu e falou para a mulher... É a mãe de minhas duas filhas, Fernanda...


Conversaram um pouco mais até Beto lembrar a hora. E, ao embarcarem uma mocinha, na faixa etária das garotas, subiu a bordo com o professor.


- Essa é Cunhã-porã que vai com vocês...


- Mas..., pensei que seria um í­ndio homem? - Esmeralda olhou para a garota.


- Não se enganem com as í­ndias e nem com Cunhã-porã que é a campeão de remo nos Jogos dos Povos Indí­genas... - sorriu - Ela fala Português...


- Não preocupa, eu saber levar vocês na Ita-iba... - olhou para João.


- Ita-yu quer dizer "pedra ruim" e, para nos Roncador.


- Paraiwa tiwa acemira açu, Cunhã-porã apoena.


- Rio ruim cheio de dor grande... Ela, Cunhã-porã sabe onde é..., enxerga longe... - falou no idioma para a í­ndia - Pedi que ela só fale em português.


Retomaram a tarefas diária, a í­ndia se mostrou útil desde a saí­da manobrando com destreza o varão e não estranhou quando as meninas tiraram a roupa.


- Vocês diferentes... - falou para Joaquim que estava no observatório - Pensamos ser gente mais grande, só tu homem grande, eles aluno é?


- São, sou professor de educação fí­sica... Aquela moreninha é minha sobrinha...


- Pensar ser filha tua..., parece ela e tu... - acocorou dentro da cabine, usava um vestido de chitão florido - Aquela mais..., grande tua mulher?


- Não... Todos são meus alunos, porque você perguntou isso?


- Ela parecer gostar de tu... - riu - Aquela qui tu diz sobrinha muito... Ér.., er..., bonito?


- Você não quer tirar essa roupa? - falou voltando olhar para a í­ndia - Se quiser pode, as meninas gostam de ficar só de calcinha por causa do calor...


- Não! Pai disse Mim..., eu ficar assim gente branco...


- Quim, vai de suco de tamarindo? - Esmeralda entregou copos com suco - Porque ela está com esse chambre?


- Quim é tu? - a í­ndia olhou para Esmeralda mirando seu corpo - Tu não ter..., ter ver..., medo... Não, não medo..., vergonha professor?


- Não, tira esse chambre garota, tá um calor de lascar?


Cunhã-porã olhou para Joaquim, Esmeralda esperava os copos.


- Ele diz para você tirar o vestido - falou pausadamente fazendo sinais - Está fazendo muito calor..., pode tirar...


A í­ndia levantou e tirou o vestido que Esmeralda levou para a sala.


- Está melhor? - Joaquim perguntou.


- Melhor... Pano agonia eu... - voltou a acocorar perto de Joaquim - Ela gostar de tu...


Joaquim não respondeu e ficara em silêncio e vez por outra Cunhã-porã apontava um pássaro, ou animal ou árvore falando em tupi.


- Você tem quantos anos? - Joaquim quebrou o silêncio.


- Er..., er... Um..., um e quatro... - mostrou com as mãos.


- Quatorze? - ela balançou a cabeça - Pensei que você fosse mais velha.


A indiazinha ficou atenta olhando para o rio sem prestar atenção para ele, levantou espiando as margens.


- Que foi, alguma coisa? - Joaquim saiu da cabine e escutou o som do roncador.


- Paraiwa tiwa acemira açu!..., paraiwa tiwa acemira açu - correu para o costado e pegou um varão - Aqui..., qqui... Tu aqui, ele ali - apontou para Esmeralda e Beto - Vira lá! Vira lá... - gritou para Fernando no leme - Tu..., tu home grande lá... Garota pele escura lá...


E sempre gritando sem deixar o varão guiou o grupo pelas corredeiras, era o Roncador. O Desbravador dava solavancos e estrebuchou como um burro xucro, rangeu gemendo pelos quase dez minutos antes de chegarem nas águas calmas, tinham vencido mais um obstáculo.


Os garotos gritaram, se abraçara e pularam alegres e aliviados e Joaquim olhou para a indiazinha que sorria vendo a alegria e, em um ato não planejado, abraçou Cunhã-porã e ela lhe abraçou.


- Obrigado indiazinha, obrigado...


Continuaram até começar escurecer e fundearam em uma vazante de melancia.


- Quim a gente pode banhar no rio? - Rafaela olhou para ele que indagou para a í­ndia se ali era seguro, o que foi confirmado - Pode Rafa, mas não vá se afastar da margem...


Logo a indiazinha também mergulhou nua como todas, Joaquim preparou o jantar com as iguarias da aldeia.


- Podemos ficar como ela? - Dora pediu, a í­ndia estava nua.


- É melhor não, assim vocês maltratam o velhinho aqui e o garoto ali - apontou para Beto - Vocês de calcinhas já é um pecado...


Depois do jantar e de conversarem pelo rádio viram que Cunhã-porã tinha acendido uma fogueira para onde foram papear e cantar músicas bregas.


Joaquim voltou para o barco e sentou no lugar de sempre para suas anotações, pouco depois a garota í­ndia sentou de seu lado.


- Tu escreve bom... - olhava ele fazer suas anotações no diário de bordo - Que..., que ser isso?


- É o diário de bordo... - entregou, a í­ndia olhou e leu - É onde registro tudo o que acontece na viagem...


- Eu aqui... - mostrou - Tu acha eu bonita?


- Você é bonita... - acariciou os cabelos negros - Você é filha única?


- Não... Eu filha mais velha..., ter uma..., rr... Irrmã e um..., um curu..., um irmão - sorriu e segurou sua mão olhando - Tu não branco de..., de ver..., verdade... Cabelo preto como meu...


Calou, Rafaela chegou e sentou no colo de frente para ele.


- A cantoria tá danada Quim! - olhou para a í­ndia e para entre suas pernas - Ela vive assim na aldeia?


- Acho que vive... - virou para a indiazinha - Na aldeia você fica o tempo todo nua?


- Não gostar pano na..., no corpo... Eles não gosta eu assim?


- Não garota, não tem nada a ver... - Rafa sorriu - Quim não liga...


- Também casa tua..., de teu pai e mãe?


-Não Cunhã-porã, na casa deles eles ficam vestidos...


- Não chamar Cunhã-porã..., chamar eu Bairari, pomba que voa... Cunhã-porã só entre min..., minha famí­lia - olhou para Rafa e apontou para seu próprio corpo - Bairari, eu Bairari - imitou pássaro voando - Pomba que voa, tá?


- Entendi... Bairari é seu apelido, né?


A indiazinha balançou a cabeça sorrindo e virou para o grupo que cantava aos gritos uma música de Waldick Soriano.


"Amigo, fui enganado / Ela jurou me pertencer por toda vida / Mas tudo não passou de uma mentira Ela queria arruinar a minha vida..." .


- Eles beber?


- Não, só estão brincando - Joaquim respondeu sorrindo - São muito novos para beber.


Rafaela olhou espantada para Joaquim ao sentir o pau duro martelando no bunda, ele notou e suspirou. Bairari de cócoras tinha coçado a xoxota.


- Ela já deu Quim - sussurrou baixinho no ouvido - Olha, o xiri dela é aberto...


- Vocês falar o que?


- Nada não - Rafa se apressou - Só falei uma coisa..., tu namora?


- Namora? - olhou para Joaquim.


- Ela perguntou se você tem companheiro? - não sabia se a garota tinha entendido - Namorar é ter companheiro que brinca e que beija, entendeu?


- Ah! Sim... Hayhuha... Não, não hayhupára..., Bairari não Juayhu ninguém, Baiari gostar í±aí±uvã ha hetÅ© - fez gestos para cada palavra em tupi - Ela í±aí±uvã ha hetÅ©?


- Acho que ela quer saber se você gosta de abraçar e de beijar - olhou para Rafa.


- Sim, eu gostar de beija e abraçar - Rafa respondeu e abraçou Joaquim e beijou sua boca.


- Tu e ela hayhupára? Ela não tua aluna?


- Não, ela não é minha namorada... - olhou para Rafaela - É só uma garota que gosta de beijar e de abraçar.


- Ela ser tua tembiayhu - viu que ele não tinha entendido - Ela e tu Ahayhu í±emi? - novamente os dois não entenderam, a indiazinha teu tapinhas na própria cabeça e apontou para os dois - Ahayhu í±emi ser isso... - fez sinal caracterí­stico de fornicação.


- Não! A gente não fez isso... - olhou para Joaquim e repetiu o gesto e balançou o dedo negando - Tu já Ahayhu í±emi?


Bairari balançou a cabeça e abriu as pernas mostrando a vagina.


- Rohecha ypy guive rohayhu(1) - a indiazinha apontou para Joaquim - Mborayhu hakate"ỹ? (2) - viu que não tinham entendido e fez gestos de raiva e depois acariciou o rosto de Joaquim.


- Sei não Quim, acho que ela tá dando em cima de ti.


- Não... - sorriu para a indiazinha - Ele perguntou se você tem ciúmes de mim! Você tem?


- Tenho... - repetiu os gestos da í­ndia que sorriu - Tu queres... - repetiu os gestos de fornicação - Com ele?


A í­ndia balançou a cabeça sorrindo e Rafaela olhou para ela e levantou, Joaquim sentiu o clima e gesticulou que não ia fazer o que a garota estava querendo, e ela olhou para Rafaela.


O grupo voltou para o barco ainda alegres e armaram as redes sem se importarem com os três conversando, apenas Fernanda foi para eles.


- Tu não deitar agora Rafa? - a amiga falou que não estava com sono - E ela, vai dormir onde?


- Em minha rede... - o tio acariciou a mão da sobrinha - Pede pra alguém armar...


- E tu, vai dormir onde?


- Dou um jeito... - olhou para Rafaela que entendeu, a sobrinha também entendeu e voltou para a sala.


Ficaram calados, Joaquim sentado entre as duas e Rafaela exultando querendo que o tempo passasse logo.


- Porque tu não querer eu? - Bairari quebrou o silêncio - Tu não gostar... Não... Ahasénte nendive ha uperire cheretÅ©...


- Fale português, não te entendemos... - Rafaela olhou para ela.


- Não dizer pra vocês, dizer pra eu... - a indiazinha falou pausadamente - Porque ele não querer eu?


- Ele quer, não quer Quim? - a mão pousou na bermuda e apertou o pau - Ela tá doidinha, Quim... Tu quer ficar só?


- Não Rafa, fica... - bolinou no biquinho do peito e a garota suspirou - É estranho...


- Né não, ela tá querendo... E ela não é virgem, vai! Come logo ela...


- Não é assim Rafa...


- É sim... - olhou para a indiazinha - Tu quer mesmo?


- Eu sim, ele não... - falou algumas palavras em seu idioma antes de levantar e sentar afastada.


- Quim?! Não faz isso, ela ajudou... - foi conversar com a indiazinha sussurrando, vez em quando olhavam para ele - Vai lá...


- Bairari hayhu í±ehetÅ© hayhupára(3) ela... - apontou para Rafa que riu - Ela fala tu querer que tu vergonha de Bairari.


- Você, em? - olhou para Rafaela e depois para Bairari - Ela é...


Bairari sentou no seu colo e beijou sua boca de uma maneira estranha, a lí­ngua rija passou em seus dentes e mexeu em sua liga, Joaquim suspirou e abraçou o corpo da nativa e deitou. Rafaela sorriu, tinha dado certo. A indiazinha só parou de lhe futucar com a lí­ngua quando ele chupou e acariciou suas costas e sentiu Rafaela puxar sua bermuda, segurar seu pau e colocar na boca, ele fechou os olhos e a mão percorreu as costa das garota í­ndia e tocou sua bunda. Ela suspirou e levantou, Rafa teve que deixar o pau escapulir da boca, Bairari pegou a mão de Joaquim e colocou em seu peitinho esquerdo, e sentiu o batucar forte do coração da garota.


- Vocês são doidas... - puxou o corpo moreno e chupou o peitinho, Bairari suspirou.


- í‘embokiha aguaraha py"aporã, ahayhu - olhava para sua cabeça sentindo o frescor do desejo lhe tomar de assalto - Aikosénte yvytúrõ ha nde ypí½rupi ahasakuévo vevuimi roipejukuévo, tahetÅ© pe nde syva... (4).


Nem ele e nem Rafaela entenderam nada e nem sabiam se realmente queriam entender, Joaquim puxou o corpo da menina e girou, e deitou em cima do corpinho daquela garota que sabia querer não ser menina, que abriu as pernas mulher sedenta. Rafaela tornou segurar o pau e colocou na boquinha da xoxota, que como todas as mulheres da aldeia Bairari também não pelo.


- Rafa, isso não é certo...


Rafaela não respondeu e pincelou a pequena abertura lisa com a cabeça do pau, Bairari olhou para trás sorrindo e forçou até girar e ficar por cima e foi quando viu os dentes alvos brilhar na escuridão e a garota empurrou a pélvis sentindo o tronco ereto lhe invadir, não falou mais nada, não reclamou de nada e seu rosto era singelo com uma estranha luz e quando tornou se empurrar os corpos colaram.


- Hun!


Foi o único som que ouviu da boca da indiazinha que se esfregou, roçou a pélvis na pélvis dele até que ele lhe fez girar e tornou ficar deitado em cima dela que sorriu e deixou escapulir pela boca semiaberta um vento morno. Rafaela só olhava, mas dentro da cabeça o desejo de ser ela ao invés a í­ndia recebendo e agasalhando o cacete duro, a mão acariciou a bunda do professor que subia e descia em um bailar ritmado pelos suspiros da indiazinha valente que sentia a grossura lhe encher o corpo passivo e quieto. Não era como Fernanda que abraçou seu corpo com as pernas, não... E somente muito depois veio a saber que era assim mesmo, que í­ndias são passivas e se deixam penetrar e gozam em silêncio, mas naquela noite sua í­ndia gemeu gozando quando ele gozou e lhe encheu a bocetinha.


- Tu gozou Quim? - Rafa viu ele parar - Tu gozou dentro?


Ele não respondeu e ficaram os dois colados pelos sexos em silêncio até ele rolar e sair da í­ndia que respirava manso, que tinha no rosto a mascara da satisfação.


- Eu gostar... - virou e passou a perna por cima dele e lhe acariciou o rosto enamorada - Ahayhu potapyre hayhupyre(5)...


- Não sei o que você falou... - acariciou o rosto pequeno e beijou seus olhos - Quisera ser de teu povo para te entender.


Ela sorriu e levantou e correu e se jogou, de ponta cabeça, no rio que era seu. Rafaela olhou a indiazinha nadar no escuro, Joaquim continuou deitado mergulhado em seus próprios pensamentos.


- Quim... - deitou do lado dele - E aí­?


- Estou com medo...


- Medo de que?


- De estar extrapolando todos os limites da decência... - olhava para ela, para seu rosto de anjinho levado - Eu deveria estar protegendo vocês..., ensinando para que a vida lhes fosse melhor...


- Mas tu tá, Quim..., tu tá nos ensinando a viver... - ele não respondeu, não era sobre aquele viver que ele pensava e era aquele o motivo de suas dúvidas e de seus medos - Tu não vai banhar? - novamente ele não respondeu e Rafa se debruçou sobre ele e lhe acariciou o rosto - Porque tu tá assim?...


- Minha garota levada da breca... O que eu estou fazendo?... - levantou, tirou a roupa e mergulhou.


Rafaela sentou encostada na cabine de observação e também pensou...


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-º No próximo episódio:

A Jornada mexia nos receios e medos de Joaquim e piorou quando Bairari decidiu continuar para auxiliar na "Queda da Menina", Beto se declara para o professor... Ana e Carina se encontram e vão para 3 Corações, Carina conta como encontrou Joaquim em Recife e revela que a filha mais velha é filha de Joaquim. Dolores se assusta, mas aceita, e Carina conta uma de suas aventuras para a filha que ri. No Desbravador há preocupações com a Queda da Menina e de noite Fernanda vai para a rede do tio e fodem...

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1. Rohecha ypy guive rohayhu: Desde que ti vi gostei de ti (tradução livre)

2. Mborayhu hakate"ỹ: Você tem ciúmes dele? (tradução livre)

3. Bairari hayhu í±ehetÅ© hayhupára: Eu quero um beijo, tua namorada deixou (tradução livre)

4. í‘embokiha aguaraha py"aporã, ahayhu: Eu te sinto e te beijo e te amo de verdade (tradução livre)

5. Ahayhu potapyre hayhupyre: Você/Tu me deu a vida dentro de mim. (tradução livre)


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-º CONTINUA â—„

*Publicado por PequenoAnjo no site climaxcontoseroticos.com em 20/03/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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