Inocência Maculada, 16

  • Publicado em: 05/05/18
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  • Autoria: PequenoAnjo
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"É preciso querer ser feliz e contribuir para isso. Se ficarmos na posição do espectador impassí­vel, deixando para a felicidade apenas a entrada livre e as portas abertas, será a tristeza que entrará."

(Émile-Auguste Chartier)


(Este relato possui 18 episódios, você irá ler o 16º)


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16 - Hinomaru, terra do Sol Nascente

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E era o sol que deveria fazer brotar vida, e era nascente porque naquela noite o sol da Hinomaru resplandeceu clareando o escuro breu embaralhando o não nunca tinha sido arrumado...

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15 de março de 1997, sábado - Itamaracá: "Deusa nipônica..."

(Não é difí­cil gostar de quem gosta da gente e Manoela deixou de ser arredia e se deixou gostar de quem já gostava...)


Depois do almoço Beatriz foi para o quarto com Juliana e as meninas preferiram ficar conversando com Claudio.


- Tio, tu conheceu mamãe onde?


- Bia..., Beatriz sempre esteve muito presente em minha vida... - sorriu, a garota começava a se soltar - Erámos crianças...


- Tu namorou ela, não namorou?


- Namoramos..., Bia era uma pá virada... - suspirou com vontade de fumar - Estudamos juntos desde o jardim de infância até..., fiz curso técnico e ela...


- Sei..., mamãe conta as coisas de vocês...


- Tudo?


- Não sei, mas contou umas bandalheiras de vocês no educandário - riu e esticou as pernas já torneadas de menina moça - A tia Suelen é muito gaiata...


- Minhas fiéis escudeiras... - acariciou os pés delicados apoiados em pernas - Éramos unha e carne... Sachiko, pega meu cigarro...


A japonesinha ouvia os dois sem desviar atenção, correu e voltou com o cigarro aceso.


- Não conheço tia Joana..., mamãe contou que era a mais atirada... - sorriu.


- Bia..., tua mãe sempre jogou para Joaninha as coisas que aprontava...


- O senhor gosta dela, não gosta? - Sachiko tomou o restante do suco de tamarindo.


- Gosto..., amo minha doidinha... - sorriu, Manoela olhou para ele com olhar sapeca - Perdi para um marinheiro bonitão...


- Papai..., tu é mais bonito que ele... - fremiu o calcanhar no colo e sentiu o cacete - Porque tu não..., tu não casou com ela...


- E... - olhou para ela que fremia o calcanhar massageando o cacete - Se tivesse, você não estaria aqui conosco... - segurou o pé e ela sorriu.


- É, mas aí­ a mamãe ia ser mais feliz, né? - sorriu e levantou.


Claudio olhava para dela, não era a garota que pensava ser comedida e não poderia ser, era filha de Beatriz.


- Porque seria mais feliz comigo? - sorriu, Sachiko olhava para eles com um sorriso com um quê enigmático.


- É só ver ela contigo... - coçou a barriga - Parece uma garotinha...


- E..., e com teu pai?


- Ah! Tio, sei lá... - respirou e olhou para Sachiko - Papai..., ele não é de brincar, a gente só veio aqui uma vez e..., e não foi legal como está sendo...


- Porque não foi?


- A gente veio e voltou no mesmo dia... - tornou desviar o olhar para a colega - Se tu quiser ir..., vou depois...


- Tá! Mas..., se a tia perguntar, posso dizer que tu tá com ele?


- Pode mas..., tu quer ficar? - olhou para ele que olhava para ela - Tu..., o senhor liga se ela...


- Senhor..., tu... - riu gostando de conversar com a menina, olhou por sobre o ombro - Claro que pode, vem Sachiko...


A japonesinha acendeu o cigarro e deu uma tragada antes de entregar.


- Não..., vou ver a tia... - olhou para ele - Depois a gente conversa...


- Que tu vai fazer lá, fica!... - Sachiko olhou para ele - Vamos..., tu quer conhecer o jardim de pedras, tio?


- Jardim de pedras?


- É... - Sachiko atalhou - É ali, tu quer ir?


Não estava com vontade, tinham perambulado muito e preferia ficar, mas levantou e Manoela segurou sua mão, andaram calados pela areia grossa.


- A Juju gostou de ti... - Manu quebrou o silêncio - Eu também...


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29 de agosto de 2001, quarta-feira - Fortaleza, Praça Jardim Japonês: "Delí­rios e Insensatez"

(Era final de tarde quando sentaram eu uma pedra no Jardim Japonês.)


- Tu sempre foi maluquinha... - Patrí­cia sussurrava ao ouvido de Suelen - E..., tua mãe...


- Coitado do meu Dinho..., o pau murchou na hora - suspirou lembrando - Mamãe estava possessa, gritava como uma louca...


- Não é pra menos... - ouviu gritinhos, Christiane parecia uma garotinha correndo por entre touceiras de plantas verdes - Ele sabe mexer na gente...


Solange tentava segurar o braço da amiga que sorria, Claudio olhava para as duas compreendendo a felicidade que pulava na liberdade de estar feliz.


- Pai! Ajuda pai!...


- Pai? - Patrí­cia olhou para Suelen - Quer dizer que...


- Dinho ainda acha estranho - olhou sem ver o pai de sua filha sentado, de pernas cruzadas, lendo uma revista de arquitetura - Não sei amiga..., acho que tinha de ter falado antes...


- E ia adiantar alguma coisa? - sorriu segurando a mão - Pelo que tu contou eles..., eles já estavam na sacanagem...


- Se eu tivesse falado... - olhava para a filha - Se tivesse falado quando..., quando soube...


- Tu era só..., fica assim não, morena... - acariciou a mão da amiga - Foi o destino e..., e coisas do destino ninguém se mete...


- Mas..., eu via as coisas acontecerem e..., e não falei, deixei acontecerem...


A tristeza acabrunhada contrastava com a alegria moleca das duas.


- Tu tá feliz, não tá? - sentaram cansadas.


- Tô..., tô muito feliz... - respirou e recostou no tronco caraquento da árvore.


- Tudo isso por uma pimbada? - Solange olhou para Claudio que não olhava para elas.


- Por isso também..., mas... - abraçou as pernas - Será que papai não vai grilar?


- Tia Patrí­cia já deixou, não deixou? - beijou a bochecha da amiga - Será que ela...


- Sei não, mas... - sorriu - Papai bem merece um chifre...


- Cê doida, loira... Tu acha que..., que ela deu pra ele?


Christiane desconfiava que a mãe tinha trepado com Claudio, no princí­pio ficou cheia de raiva, mas depois daquela orgia desvairada tinha mudado de opinião.


- Se gozou como eu gozei..., porra miga! - olhou para Claudio que lia entretido a revista - Nunca tinha gozado tanto, teu pai..., Dinho sabe foder a gente...


- Tu ainda não viu nada... - uma risada galhofada ecoou espantando os passarinhos...


Ainda foram ao Centro Dragão do Mar antes retornar para o apartamento. Lancharam na cozinha da discórdia entre conversas animadas e risos gaiatos.


- Vocês poderiam ficar... - Patrí­cia olhou de ponta de olho para a filha - Teu pai só chega depois de amanhã e...


- Melhor não, miga... - Suelen respirou lembrando da confusão - Vamos deixar quieto...


- Nada a ver tia, aquilo... - olhou para Claudio - Vai ser bom, afinal o titio vai levar minha companheira..., de traquinagem...


- Fica, pai... - Solange abraçou Claudio pelas costas olhando com olhar safado para a mãe - A gente vai mesmo sair cedo, né mãe?


- Tu e quem sabe Dinho, só que...


- Pô tia, deixa de ser estraga prazer..., Pede pra ele, mãe...


Não sabia o que passava pela cabeça fantasiosa da garota que teve coragem de abrir as pernas e se deixar fazer mulher, e nem se dormir ali seria saudável para a relação, já estremecida, com Suelen. Mas acabou ficando e sentaram na varanda bebericando e conversando entre risos e galhofas.


- Tu dorme no quarto de hospede... - Patrí­cia levantou, a bermudinha de algodão quase transparente enterrada na bunda - E..., tu é quem sabe, morena...


Ainda ficou sentado na varanda conversado com a filha e a amiga, Patrí­cia e Suelen não mais voltaram.


- Tu podia era ficar com a gente, né miga? - Christiane acariciava o braço de Claudio - Preciso me despedir...


- Eita! Não sei tu, mas estou de boceta ardendo... - Solange sorriu - Assim tu mata meu paizinho...


- Morre nada... - apertou o cacete duro - Tu é que está bem servida, sua sacana...


Claudio sorriu e beijou o rosto da garota antes de levantar e se refugiar no quarto frio.


- Essa minha amiga tá me saindo uma taradinha... - Solange abraçou o pai - Tu ganhou mais uma... Se ela quiser ir com a gente, tu deixa?


- Ir para onde menina? - deitou na cama macia.


- Pra São Luí­s...


- Deixa de coisa, Solange... - olhou para ela parada encostada na porta fechada - E..., não, garota, não...


- A tia... - bateram de leve na porta, abriu, a mãe entrou - Mãe, se a Chris quiser ir com a gente...


- Não dá filha - cortou, tinha escutado colada na porta - Tua amiga é daqui e..., Patrí­cia e João nunca aceitariam, esquece isso e... - acariciou o rosto da filha - Dá um tempo pra..., pra teu pai...


Solange olhou para Claudio que parecia ter apagado, olhos fechados, respiração cadenciada. Se aproximou e beijou a testa do homem que, durantes todos esses anos, tinha lhe feito adorar gosta de verdade,


- Boa noite..., papai... - acariciou o rosto, Suelen olhava para ela e relembrou anos vividos,


- Vamos filha, deixa teu pai descansar...


Solange cobriu o pai com o lençol de cetim, apagaram a luz e saí­ram.


- Já amava Dinho antes..., - Solange suspirou - Antes de saber...


- Sei filha, sempre soube, só..., só não sabia que vocês... - suspirou - Devia ter contado antes...


- Devia... - suspirou e abraçou a mãe - Mas..., aí­ eu não...


- Será que não, filha... - acariciou o braço da garota recordando o que a amiga havia falado - Talvez ele..., sei lá filha... O importante é que você seja feliz...


- Eu sou, eu sou..., agora muito mais... - olhou para a mãe - Temos que cuidar bem do..., do teu namorado...


Não esperou que a mãe respondesse, beijou o rosto e subiu correndo para o quarto. Suelen olhava para a filha tentando imaginar de como teria sido as depravações dos dois e estremeceu quando Patrí­cia lhe tocou, ela tinha escutado.


- Que história é essa da Chris ir com vocês?


- Não sei, Solange... - suspirou - Preocupa não, deve ser conversa fiada..., vamos?


- E..., Claudio já deitou?


- Já..., ferrou no sono...


- Chris..., tu achas que?


- Sei lá, amiga... - suspirou, também tinha lá suas pulgas remexendo os miolos - E se...


- Ela não ia aguentar aquele cacete... - riu recordando do espanto ao ver o tamanho (relembre, clique...), não deve ser tão gulosa quanto uma certa mãe e filha depravada.


- Nem é tão grande assim... - riu.


- O do meu doutorzinho é dessa tamaninho... - mostrou o dedo - Nem metade daquele mondrongo..., deve entupir...


- Tu..., tu deu pro Amaral, não deu?


- Pra ninguém, era virgem quando casei...


- Mentira, vi tu chupar ele...


- Chupei, mas não dei... - viu a amiga abrir a porta - O que tu ai fazer?


- Eu nada, mas tu...


- Tu tá é doida, morena... - respirava agoniada - Nunca traí­ João...


- E tu acha que ele não te trai?


Patrí­cia olhou para a amiga que sorria segurando a porta.


- Olha..., não vi nada... - olhou para a amiga e saiu para o quarto.


Patrí­cia não viu o rosto sacana de Suelen, mas sentia a xoxota melada. Sabia, tinha certeza que o marido não era fiel, mas nunca havia sequer pensado no que estava pensado e respirou, fechou os olhos sem saber se teria coragem.


- Não vai entrar?... - Claudio não estava dormindo e ouviu a conversa.


- Claudio? - Patrí­cia olhou para ele, para o volume estufando a cueca - Não..., eu..., não Claudio..., não...


Não eram nãos de não querer, era de não ter certeza de que não queria ser puxada, mas deixou que ele lhe levasse para o quarto.


- Claudio..., espera..., não..., espera... - ele parou, soltou a mão nervosa, ela olhou para ele, novamente para a barraca da cueca - Dinho..., eu...


- Desculpa, desculpa... - Claudio suspirou, não era certo.


Patrí­cia parada entre ele e a cama, na cabeça um zunido de aperreio, de um não querer querendo sem coragem de querer. Suspirou, a xoxota minando, e a vontade de querer mexia no não querer.


- Eu... - a respiração parecia doer antes de escapulir dos pulmões - Dinho, eu...


Ele olhava, talvez via Christiane que queria sem querer, e não piscou, nem estranhou quando ela tirou a camisa de seda do pijama e os seios pareceram iluminados, os olhares fixos nos olhares olhando desejos fluindo dos poros.


- Por favor..., me..., me dá amor... - suspirou, sentou na cama com cobertas desalinhadas e tirou a bermuda de dormir - Preciso ser amada...


Claudio olhava para ela, para o corpo cuidado e tornou estranhar de como as pessoas confundem amor com sexo e, ali naquele aposento frio e escuro, não havia amor, havia desejo de sexo.


- Vem..., me ama, me ama... - não foi um pedido, era uma mulher carente implorando poder se sentir mulher - Por favor, por favor...


Ele suspirou e caminhou, lento, e ela fechou os olhos em um não querer tardia. Sentiu a cama baloiçar e a mão carinhosa lhe roçar a pele, o dedo escorregando no ventre, desviando do umbigo até tocar o monte tremulo.


- Patrí­cia..., vamos... - a falta de certeza em nada igualava ao desejo - Olha..., a gente... - ela abriu os olhos e não eram olhos de quem não tinha certeza, e ele viu - Levanta..., não te deixar envolver com as coisas de Suelen...


- Não..., não é..., não foi ela... - segurou prendendo a mão em seu seio - Não tem nada..., não tem nada a ver com ela... Eu..., por favor, me queira...


- Eu te quero..., mas..., mas não assim...


- E como tu me queres?


- Te quero..., te quero amiga..., te quero... - calou, ela segurava seu cacete duro.


- Então..., porque ele tá assim?... - talvez ela tivesse tentado sorrir sentindo o pênis vibrar em sua mão - Então..., fode tua amiga..., amigo... - puxou o corpo e beijou a boca como tinha sonhado beijar.


â—„-ª-ª-ª-ªâ—„-ª-ª-ª-ªâ—„-ª-ª-ª-ªâ—„-ª-ª-ª-ªâ—„-ª-ª-ª-ª (Tempo: Passado) -ª-ª-ª-ª-º-ª-ª-ª-ª-º-ª-ª-ª-ª-º-ª-ª-ª-ª-º-ª-ª-ª-ª-º-ª-ª-ª-ª-º


15 de março de 1997, sábado - Itamaracá: "Manoela"

(Estavam cansados de tanto caminharem pelas coisas da ilha, Beatriz e Juliana estavam no quarto e ficaram conversando.)


- Tu não vai jantar tio? - Manoela sentou no colo de Claudio - Tu tá gostando daqui?


- Estou adorando...


- Tu gostou mais de que? - olhou para ele - Do passeio ou da gente...


Estava, sentados debaixo de um pé de manga, o sol já começava mergulhar no horizonte pintando o céu de vermelho amarelado por entre as nuvens que encobria as estrelas, Beatriz foi para o quarto com Juliana e Sachiko espreitava de longe sentada na cadeira de sol. As duas ainda vestiam o biquí­ni ainda úmido.


- Claro que gosto mais de vocês... - cheiro os cabelos úmidos da garota - E você?


- Também gosto de ti... - virou o rosto para cima - Tu tá com mamãe, não tá?


- Sempre estive... - beijou o rosto e ela sorriu - Apesar de...


- Tu..., tu come ela não come?


- Não... Não como gente, prefiro um peixinho na brasa... - brincou sabendo do que a garota estava se referindo.


- Né de comer comendo... - riu e se aninhou mais no colo - É comer a..., tu sabe...


- Não sei, fale você... - acariciou a barriga e Manoela sentiu os cabelinhos eriçarem - E..., e sua mãe é casada, lembra?


- A tia Akihiko..., a mãe de Sachiko... - calou talvez com vergonha em revelar o que não devia - Olha..., se tu e..., e ela... - levantou e tornou sentar, agora de frente pra ele - Tu pode comer ela, não falo pro papai..., ela é gostosa, é?


Claudio não respondeu de imediato, apenas olhou a menina temendo que ele, ou Beatriz, tivesse deixado transparecer alguma coisa ou que Juliana tivesse contado dos flagras. E, lá no fundo estranhou, já tinham conversado sobre aquilo.


- Papai quase não mora com a gente... - olhou para ele - Quando tu chegou, ela... Mamãe... Ela contou que tu e ela..., é..., que tu e ela...


- Namoramos, fomos namorados... - sorriu imaginando do que a doida tivesse falado sobre ele - Brincamos muito, nos divertimos mas..., isso foi há muito tempo...


- Acho que o papai deve de ter outra...


- Porque você acha isso?


- Dá de ver que ele..., ele e ela não... - respirou fundo sem saber de poderia falar o que queria falar - Eles não..., ele não..., não deve de..., de comer mais ela...


- Como você sabe disso?


- Quando ele chega..., eles não ficam no mesmo quarto... - calou e ficou olhando pro nada como se navegasse nos pensamentos - Gosto do papai mas..., gosto mais da mamãe e tu faz ela rir e..., e eu e a Juju, a gente... Tu tem namorada?


Claudio ouvia, apenas ouvia as palavras que formavam frases às vezes soltas sem conexão formando teias de veredas.


- Não, e você? - sorriu.


- Tu podia era namorar a mamãe, né? - aquele sorriso maroto que dizia sem dizer.


- Não é hora de tirar essa roupa molhada? - perguntou saindo daquela arapuca.


- Né não... - sorriu - Tu tá é querendo não dizer, né?


Não respondeu, levantou e acendeu outro cigarro. Manoela ficou parada olhando para ele querendo querer falar.


Naquela noite Claudio procurou ficar afastado das quatro, apenas afastado observando e quando resolveram entregar os pontos.


- Capotaram... - também ela já dormitava - Leva Manu...


A noite estava escura, nuvens negras tapavam a lua, apenas eles ainda resistiam brigando com o cansaço sonolento. Beatriz beijou os lábios de Claudio e andou apressada, ele e a japonesinha eram os únicos que pareciam não querer se entregar.


- Tu vai voltar? - Sachiko olhava para ele - Se tu voltar eu espero..., tô sem sono...


- Volto..., também estou sem sono... - pegou Manoela nos braços - Peça alguma coisa, volto logo...


- Tá... - olhou para a coleguinha aninhada nos braços de Claudio e viu, sapeca, que o corpinho do biquí­ni tinha suspendido deixando o pequeno peito a mostra - Ajeita ela, o peito...


Mas foi Sachiko quem recolocou e tapou o peito da garota, olhou para ele e suspirou querendo mais que simples afeições.


No quarto Beatriz já dormia abraçada com Juliana, colocou Manoela na cama e beijou o rosto.


- Tu já vai dormir, tio... - a sussurrou assoprando em seu ouvido - E tu vai dormir..., tu quer dormir com ela?


- Não, doidinha... - sentou na beirada da cama - Durma..., amanhã temos muito o que fazer...


- Pega meu pijama na sacola..., é desse que Juju tá usando...


Tateou a penumbra e voltou, a garota tinha tirado a roupa. Tornou sentar e ajudou a menina vestir a bermudinha de algodão cor de rosa.


- Tu me acha gostosa?... - olhou para ele que tentava não olhar para ela.


- Gostosa não sei... - suspirou e acariciou o rosto macio, ela fechou os olhos - Mas é uma garota muito bonita...


- Tu... - abriu os olhos, pegou a mão e colocou em seu peitinho do coração.


- Eu o que?... - sentiu o biquinho do peito como se espetasse a palma da mão.


- Tu quer... - sentia aquela coisa estranha e gostosa - Se tu quiser...


Ele bolinou o biquinho do peito e ela suspirou, aproximou o rosto e lambeu, ela se agoniou e abraçou a cabeça prendendo eu seu corpo. Sentia a xoxotinha melada e ele chupou o biquinho do peito, depois do outro antes de dar um pequeno beijo em seus lábios e querer sair. Manoela olhou no escuro frio o vulto, não sabia direito o que sentia nem o que queria, mas a lambida no bico do peito ainda fazia zunir dentro da xoxota.


- Espera... - segurou a mão - Não vai, fica...


Claudio suspirou lembrando da loucura de Beatriz com Juliana que dormiam ressonando.


- Porque... - sussurrou e sentou na cama - É hora de menina está dormindo, tua irmã...


- Fica aqui, deita..., deita comigo... - sentia o corpo tremer - Tu..., tu gostou de..., de meu peito?


- Vá dormir Manu, amanhã...


- Não, quero que tu... - ajoelhou na cama, o colchão macio estremeceu - Tu não..., tu quer chupar de novo?


Olhou para ela, não via o rosto de verdade, o escuro breu e aquele frio.


- Não Manu... - tocou o rosto, ela suspirou e segurou a mão.


- Fica...


Queria não ter estado ali, queria não ter aceito o programa de Beatriz, mas já estava feito, estava imerso naquele caleidoscópio de estranhas emoções sem saber onde tudo aquilo chegaria...


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-º No próximo episódio:

Claudio já não se espana com as armações de Beatriz, mas de noite queria não ter estado ali... Suelen conversa com Patrí­cia e lhe conta parte das traquinagens com as amigas... Patrí­cia vê Claudio enrabar sua filha...

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-º CONTINUA â—„


*Publicado por PequenoAnjo no site climaxcontoseroticos.com em 05/05/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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