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Aquele olhar

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 06/01/19
  • Leituras: 854
  • Autoria: carmim
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Estava em um vôo para Lisboa. Sentei ao lado um homem com lá seus 60 e tantos anos. Era magro, com cerca de 1, 70m e poucos centí­metros. Os lábios finos, cabelo grisalho e as rugas cavadas no rosto deixavam sua beleza um tanto mais interessante. Assim que me arrumei na poltrona cumprimentou-me gentilmente, correspondi com um sorriso. Trocamos algumas poucas palavras durante a viagem - estivera no Brasil a trabalho e agora voltava para casa e sua famí­lia. Por mais que eu tentasse focar no que dizia, não conseguia desviar a atenção do seu olhar. Havia uma malí­cia entranhada naqueles olhos que uma tensão tomou conta de mim, gostaria que aqueles olhos me comessem. Desde então aguardei ansiosa o momento em que as pessoas começariam a descansar e apagariam as luzes acima de suas cabeças.



Era quase 2 da madrugada e grande parte dos passageiros já descansava da jornada cansativa de suas viagens. Com muitas luzes desligadas e o silêncio reinando naquele avião, era possí­vel escutar os roncos e as respirações tranquilas. Exceto a minha. Olhei para o lado e ele também estava acordado. Esperei alguns minutos achando que faria alguma coisa, mas acredito que um certo receio o tenha tomado conta, já que nem todos sabem como aproveitar uma boa oportunidade de transar sem que isso seja interpretado como assédio. Abri os botões da minha camisa deixando à mostra os seios. Logo que percebeu, cresceu os olhos por cima de mim, seus lindos olhos. Olhava como se perguntasse se era isso mesmo que iria acontecer, então acenei com a cabeça que sim. Entrou com as mãos por baixo da minha camisa, apalpando meus seios com vontade. Seu volume cresceu de forma brusca e meu tesão às alturas. Levei minhas mãos para conferir se o pacote era de qualidade e sentia-me alagada, queria arrancar toda aquela roupa e cavalgar naquele homem. Estava um tanto nervosa caso alguém nos visse, mas o tesão era tanto que não deixei isso me retrair. Puxei seu rosto para beijá-lo na boca, queria sentir o toque de sua lí­ngua em contato com a minha e o gosto de sua saliva. Haviam resquí­cios de cigarro e café. Beijei como há muito tempo não fazia, completamente tomada por desejo. Mesmo no escuro era possí­vel ver como seus olhos ardiam. Era aquele olhar que tanto me atraí­a e me fazia ignorar a timidez que geralmente me acompanhava. Abri o botão e o zí­per de sua calça e coloquei seu volume para fora. Era bonito e tinha um tamanho bom para me foder. Beijei, lambi aquela glande quente e macia e chupei como se aquela vez fosse a última em que eu colocasse um pau na minha boca. Seu cheiro e sabor eram agradáveis, acho que isso contribuiu muito com a situação. Suas mãos apalpavam-me os cabelos enquanto seu corpo contraí­a conforme eu ia sugando. Não podí­amos fazer barulho, mas eu queria mesmo era ficar de quatro e pedir que ele enfiasse aquele mastro inteiro na minha bocetinha, metesse forte até cansar e eu gemeria pedindo mais, como a cadela no cio que no fundo sou. Peguei o coberta que eu havia levado para caso sentisse frio e a joguei por cima de mim. Por baixo do cobertor abaixei minha calça e calcinha, levando sua mão até minha bocetinha quente, macia e pulsante. Ele enterrava os dedos, os tirava e chupava para sentir meu sabor, me olhando com safadeza. Eu tremia de tanto prazer e adrenalina. Encostei-me na janela e, meio que sem jeito, da forma que foi possí­vel, entrou debaixo do cobertor para me chupar. Ele sabia muito bem como fazer. Sua lí­ngua macia beijava meu clitóris e explorava toda minha vagina de forma ritmada, aumentando a intensidade conforme eu reagia. Deus, como eu queria uma cama naquela hora! Eu juro que me arreganharia inteira pra esse cara me chupar até o útero ou até aonde fosse possí­vel! Ele levantou-se e rapidamente conferiu se todos os passageiros próximos da gente ainda dormiam. Se não dormiam fingiam muito bem para continuar apreciando nossa saudável putaria. Me beijou forte e sussurrou no ouvido para que eu sentasse em seu colo. Pegou a coberta para nos cobrir, ajeitou-se na poltrona e me posicionei por cima, escorregando seu pau pra dentro da minha boceta. Recostei meu corpo sobre o dele e deitei minha cabeça próxima a seu rosto. Eu subia e descia devagar, rebolava e o sentia pulsando, entrando e saindo de mim. Era tanto tesão que eu não ligava para mais nada, poderiam todos os passageiros nos assistir, não importava. Enquanto me movimentava em cima daquele mastro delicioso, suas mãos me masturbavam e brincavam na minha bocetinha escorregadia. Seu pescoço suado exalava o cheiro que ainda restava de algum perfume. Eu sentia o ar pesado saindo de suas narinas e seu hálito quente com a lembrança do tabaco. Estava no céu e queria permanecer para sempre alí­. Seu pau latejava dentro de mim duro como pedra até despejar o sêmen quente e fresco, enquanto minha lí­ngua procurava sua boca para abafar gemidos descontrolados. Meu corpo contraí­a-se inteiro tomado por um intenso orgasmo. Encharcados de suor permanecemos mais um tempo ali, imóveis, nos recuperando, sentindo o calor do outro, a respiração e o pulso forte. Beijava minha cabeça e me acariciava, fazia-me sentir como fôssemos velhos amantes a reencontrar-se. De supetão ouvimos um barulho alto e no susto saí­ de cima. Ajeitei rapidamente o cobertor em cima de nós dois e, ridiculamente, fingi estar dormindo tentando não rir. Igual quando era criança e ficava assistindo de madrugada soft porn na tv aberta, até que ouvia algum barulho e no desespero desligava o televisor e fingia dormir. Ouviu-se algum burburinho, mas logo o silêncio voltou a reinar e os roncos retornaram. Abrimos os olhos e rimos da situação. Seu sorriso era lindo e havia cumplicidade no olhar. Ajeitamos as roupas por debaixo do cobertor e ele estendeu seu braço para que eu me encostasse, assim o fiz.



Algumas horas depois acordamos com as luzes e o som do comandante anunciando a breve chegada. No fundo lamentei. Eu não sabia se teria a sorte de encontrá-lo novamente. Aterrissamos. Num papel escrevi meu nome, o número do celular e e-mail para que ele me procurasse caso quisesse repetir a dose. Dei-lhe um beijo carinhoso nos lábios, colocando o bilhete em seu bolso e desejando que ele não me esquecesse. Nos despedimos e seguimos, assim, cada um seu rumo.



Isso aconteceu há quase 2 anos e ainda não consegui esquecer o gosto daquele beijo e a forma como sua lí­ngua invadia minha boca. Nem de sua respiração pesada, dos lábios discretos e elegantes e do olhar que transparecia o instinto animal impregnado em sua alma. O jeito como nos encaixamos e o cheiro que ele exalava, tudo isso, me deixou com um certo vazio. Desde então, por todo lugar que visito, sigo procurando por aqueles olhos na esperança de, quem sabe um dia, ainda reencontrá-los.


*Publicado por carmim no site climaxcontoseroticos.com em 06/01/19.


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