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Alice e a Sacerdotisa dos Sete.

  • Conto erótico de lésbicas (+18)

  • Temas: medieval, idade média,
  • Publicado em: 10/01/20
  • Leituras: 4297
  • Autoria: ivaseduz
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PRÓLOGO "“




Ganhei o primeiro livro no meu aniversário, todos sabem, adoro esse tipo de estória. Sou mais que uma nerd, uma cosplay, nem lembro desde quando. Apaixonei há tempos por estórias do tipo: realidades fantásticas, mágicas, dimensões paralelas. Outros mundos, terras... Outras vidas. Viajo nesse tipo de estória. Invento, crio narrativas também, muitas delas baseadas nesses mundos virtuais criados por outros autores. Usando e abusando das personagens que eles inventam.


Enfim, gosto da mistura de ficção com tesão, essa soma estranha, como estranha eu sou, me sinto. Eu sei que sou deslocada, mas, e daí­ eu gosto de me sentir mesmo descolada, mais que antenada.


Na época que me deram o livro nem dei muita bola, haviam outros que me interessavam, acabei deixando de lado, esqueci. Eu tava fissurada pelo Crepúsculo, os dois primeiros livros eram ótimos, apaixonei pelos contrastes que a Stephenie Meyer criava... Sonhei com o Cullen se saciando na minha cama, com aqueles olhos vermelhos injetados, me arranhando e lambendo o pescoço, numa noite sem lua. Eu gemia me afogando naquela loucura, me senti transformada numa vampira, numa transa com aquele morcego gostoso.


Mas o correr das páginas foi me decepcionando começou toda uma enrolação, a coisa piorou depois dos filmes, fui percebendo que a Stephenie queria seus personagens mais bonzinhos do que eles realmente eram. A mocinha fraquejou na hora "H" e deixou aqueles selvagens como se eles fossem gatinhos amestrados. Aquilo foi me dando ânsias de vomito, fui me irritando com a fresca da Bella e ainda mais com o idiota do Cullen, diabos de um drácula com pudores, melindres... Um vacilão.


De apaixonada e meio tarada pelo morcego, fiquei com nojo. Resolvi me vingar e escrever uma estória sacana com aqueles dois babacas. Vocês devem se lembrar, foi - O lobo mau comeu a Bella.


Nunca escrevi um conto de Zoofilia, realmente não gosto, mas eu tava com tanta raiva daqueles dois que resolvi extrapolar só pra vingar. Imagina, eu escrevendo esse tipo de estória! Fiz o panaca do Jacob transar com a Bella com ele de lobisomem, pelo menos numa parte da estória. Tudo na frente do pateta do Cullen amarrado nu numa árvore. Fiz do morcego um corno manso e da Bella uma bela vagabunda.


Não foi meu melhor conto, mas eu tava vingada.


Pra esquecer daqueles otários, foi que eu puxei o tal livro da prateleira, ele tava até meio empoeirado, e eu entediada. Abri sem vontade, achei que só passaria os olhos, qual não foi a surpresa... Até um certo espanto. Foi como um ato de feitiçaria, no final da primeira página a curiosidade tomou conta, fui lendo encantada, uma página atrás da outra, cada vez mais fascinada enfeitiçada.


Aquela mistura cavaleiros, armaduras e damas salpicado com magia e muitas surpresas nas reviravoltas improváveis do George Martim... Era tudo o que eu queria, e eu perdendo tempo com os personagens otários da Meyer. O final do livro foi tão impactante que eu não sei dizer se fiquei deslumbrada ou apavorada... Com certeza eu fiquei dominada. Refém mesmo de todo aquele encanto que era a saga, essa sim uma verdadeira saga. As crônicas do Gelo e Fogo - a Guerra dos Tronos.


Eu me divirto com aqueles que se dizem fãs da saga, tudo porque assistiram a série de TV, a série é ótima... Mas ela nem de longe reproduz o efeito provocado pelo Martin ao descrever, por exemplo, o nascimento dos dragões. Um abuso surreal, quase sexual... Impactante, impressionante. Isso só pra citar um fato.


Devorei A Fúria, mais ainda A Tormenta, mas foi só quando lia O Festim dos Corvos que me veio a ideia... Um conto. Sim, um conto erótico com aquelas figuras, aquele clima atrevido abusado, mais que sensual que o George imprimia aos personagens.


Comecei a imaginar estórias com aqueles tarados, muito além das sacanagens da Cersei com o irmão gêmeo, ou da Khaleesi, a rainha puta, Daenerys, a heroí­na da estória, a última dos Targaryen.


Quem sabe outros, quem sabe tantos outros personagens. Claro porque não, um conto com o meu preferido: Tyrion. Mas George já tinha colocado outras mulheres na cama do anão... Pensei então em escrever uma estória menos plausí­vel, quem sabe Arya, iniciada na Confraria pelo tal padre, ele também a iniciaria em outras artes menos nobres, mas muito mais ao gosto dos meus leitores... Arya perderia a virgindade com o tal homem na Casa do Preto e Branco.


Fui imaginando as cenas, as referências ao em torno daquela saga, me senti até envergonhada de não estar à altura da obra do George, mas também fiquei animada pensando como seria... Ela comida pelo tal padre, o tal homem misterioso.


Comecei a escrever enquanto ainda terminava de ler O Festim. Aquilo foi me dominando, eu até evitava de ver série de TV só pra não me influenciar com os personagens. Eu preferia imaginar cada figura, cada lugar, vestimenta ou armadura. Só que eu podia, podia ir além do Martin, escancarar toda a sacanagem. É inegável a distopia das estórias misturada com uma boa dose de libertinagem me encantava ainda mais.


Fui ficando viciada, contagiada com a ideia de escrever um novo conto, como sempre me acontece misturei minha vida com as estórias dos tais livros, como se eu estivesse ali, vivesse aquilo. Fui ficando estimulada, mais até que excitada, passei a me masturbar imaginando as cenas.


Só que dessa vez... Dessa vez foi diferente. Pelo menos eu me senti diferente. Não sei como aconteceu! Não sei se realmente aconteceu? Só sei que uma noite eu dormi, ou será que eu caí­, só me lembro do último olhar num espelho. O fato é que pra mim, aquilo aconteceu, nem pareceu uma fantasia...






MINTHUS -






Acordei sentada de lado, sentindo um frio congelante, tentei me levantar... Foi só então que me dei conta, meus braços e pernas estavam presos em correntes de ferro. Aquilo era estranho, mesmo para um sonho era estranho, porque tinha cheiro, um cheiro de lugar mofado, sem esquecer que eu sentia um frio danado.


Me pus de joelhos e me levantei aturdida, só então me percebi descalça. Pisando um chão de pedras polidas negras, as correntes me prendiam a uma parede na mesma cor escura. Só havia luz no centro o sol descendo por uma janela.


Eu usava uma espécie de bata, um tecido grosseiro semitransparente, com mangas longas e que me cobria pouco abaixo da cintura. Aquilo não podia ser real, era muito surreal, tinha que ser um sonho!!


Gritei assustada, mas se era um sonho era um bem diferente, porque eu ouvia o eco da minha voz. Nunca tive um sonho assim. Eu pisava nas pedras, eu sentia as correntes, as alças me prendendo os pulsos, os pés. O tecido grosseiro me pinicando as costas.


- Tem alguém aí­?!


Falei andando na direção da luz, justo pra fugir do frio que me congelava os ossos. Nem bem cheguei ao centro deu pra ouvir o barulho de ferros do outro lado, não dava pra enxergar, mas tava na cara que havia mais alguém naquele lugar.


- Quem é?!


- Eu?! Yvam... Yvam Minthus.


- Quem!!? Yvam? Onde! Onde é aqui?


- Que deu em você Khyra, bateu a cabeça?


- Khyra!


- Se acalma garota.


- Eu não chamo Khyra, meu nome é Alice, Alice Aoi.


O som das correntes e de repente um sujeito nu na minha frente, do outro lado do cí­rculo de luz. Eu mal acreditei no que via: estatura mediana, meio calvo e com a barba por fazer, barrigudo e o mais constrangedor aquilo mole balançando como um pingente. Além do lugar bizarro, agora um homem na minha frente, ainda por cima nu.


Os olhos dele brilhavam, um brilho de homem quando vê uma mulher bonita pela frente, não era exatamente o meu caso. Só que o olhar dele foi ficando ainda mais suspeito. Toda mulher sabe quando os homens ficam assim, eu sabia. Imaginei que ele não via mulher há um bom tempo. Me deu medo, eu nem sabia onde estava, ainda mais com um cara meio tarado do outro. Ainda bem que ele também estava acorrentado.


- Trouxeram ontem, disseram que você não queria, te deixaram aqui pra ver se muda de ideia... Ou então...


- Então o que? O que é que eu não quero? Eu não tô entendendo, eu não sou daqui. Onde é aqui?


- A Fortaleza, a Fortaleza Vermelha, Porto Real garota!


- O que?!! Wes, Westeros!


- Lembrou, viu.


- Isso, isso é impossí­vel. Eu eu sou Alice de Macapá no Amapá.


- Onde? Não!! Você é Khyra Milqus de Pentos no Essos. Foi o que me disseram.


- Moço, isso é uma confusão, confusão. Só, só pode ser um sonho, sonho!!


Ele soltou uma gargalhada de deboche, mostrou os dentes no meio daquela barba por fazer. E o olhar ainda mais brilhante... Seu pingente começou a crescer. Tentei desviar o olhar, mas tava na cara que o cara era mais tarado do que eu imaginava.


- Você é muito bonita, não é à toa que é a nova prometida do embaixador.


- Embaixador! Eu não sei de nenhum embaixador.


- O dothraki, que veio nas asas do dragão. O cartão de visitas da rainha... Os guardas me falaram que é um insaciável, um cavalo, você já é a terceira.


- Eu não lembro de nada, não lembro... Eu tava na minha sala, frustrada porque não conseguia imaginar um jeito de contar a transa da Arya com o tal padre.


- Você escreve!! Como escreve, mulheres das Cidades Livres não sabem ler, muito menos escrever! Você foi comprada pra ser aia da Soror Mirqa.


- Soror!! Mirqa? Não conheço nenhuma soror com esse nome nas crônicas.


- Não sei do que você está falando!! Aqui é a terra dos nobres senhores, das belas damas e nós, nós só somos os servos... Rezando pra que eles não briguem. O que eles mais gostam de fazer... Só que agora, os senhores das antigas Casas estão apavorados. Além do inverno agora chegaram os dragões do outro lado do mar. Fogo e frio tudo ao mesmo tempo, aqui... Agora.


- Dragões? Daenerys! Daenerys chegou a Westeros?


- Não, ainda está do outro lado do mar. Mas o embaixador chegou mostrando as credenciais, se me entende. Quem tiver sorte, quem tiver um corpo como você...


- O que?


- Talvez não vire o jantar do Viserion.


- O dragão da rainha?


- Um deles, né!! Mas o dragão nem é o pior, apesar do cheiro de carne assada por onde ele passa, bem alimentado é controlável. O pior é saciar a fome do embaixador... Pra isso é que escolheram você.


- O embaixador é...


- Pior que um tarado, pelo menos é o que me contaram. Se bem que... Tem algumas que gostem. Pelo jeito não foi o seu caso, por isso te colocaram aqui, como um castigo. Pra ver se esfria a cabeça, se muda de ideia.


- Como se chama o embaixador, você sabe?


- Qumtai Kur... Quem disse que um guerreiro dothraki só anda a cavalo, se ele pode vir nas asas de um dragão. Metade dos senhores fugiu apavorada, não só de Porto Real, falam que até na Campina e no Dorne eles estão fugindo. Um bando de covardes, sempre foram.


- E o que o embaixador quer?


- Apavorar as grandes Casas, quem sabe evitar uma guerra, se eles aceitarem a rainha como a nova soberana... Os targaryens de volta ao Trono de Ferro. Enquanto isso, ele parece adorar desvirginar as nossas meninas, meninas como você.


- Mas eu, eu não sou virgem. Juro, não sou!!


Yvam abriu um sorriso sarcástico, com os olhos ainda mais brilhantes e o membro... Ainda mais empinado, curvado, mais parecia uma espada, uma adaga pequena.


- Isso eu já não sei, mas se Mirqa te escolheu... O que importa se você não é?


Eu balancei um não e olhei, eu eu não pude deixar de encarar, a tal adaga brilhante no meio das pernas daquele desconhecido.


- Ele gosta de descabaçar um cuzinho, mais até do que uma bucetinha. Deve ser a tal vida de nômade, deve ter comido muita cabra quando era criança.


- E porque, porque você está aqui comigo? Assim, desse jeito assim?


- Tem três anos que eu não vejo uma mulher, não durmo com uma mulher, não trepo... E ver uma assimmm... Quase nua... Dá pra ver os seus peitinhos. Ah!


Talvez fosse o calor do sol, pra fugir do frio, talvez fosse uma atração mútua Só sei que a gente estava cada vez mais próximos, dava pra sentir o cheiro de cerveja no hálito daquele sujeito, dava pra ver como ele me queria. E eu só queria fugir dali, mas nem abraçar a gente podia... Foi uma surpresa, mas também foi uma forma de conforto quando o Minthus me buscou num beijo.


Tentei fugir virando a cara, mas o frio e o brilho daquele olhar de homem. Deixei ele me beijar como queria, como podia, nossas bocas mal se tocaram, mas a lí­ngua dele me invadiu a boca, o gosto de cerveja foi sumindo. Confesso, eu fui gostando... Fui me entregando. Talvez o medo, talvez o frio... O estranho foi ficando com jeito de menino, foi me lembrando um antigo namorado.


Que mulher faria isso num lugar daqueles! Que mulher se entregaria para um sujeito assim, assim como Minthus... Mas eu deixei, não apenas porque eu tava gostando, mas também imaginando que me entregar ao estranho me livraria do tal embaixador, nem sei porque me veio essa ideia ridí­cula. Foi quando a gente parou de se beijar.


- E se eu me entregar a você?


- Não tem como, não vê?


O pênis dele roçava a minha bata, dava pra sentir o calor do membro. Não era só medo do embaixador, o tesão do Minthus me contagiou. Minha vagina esquentou, uma pegação com um estranho, eu nunca tinha feito aquilo, mas eu fiz... Fiz.


Olhei fundo nos olhos do Yvam, ele entendeu. E eu desci, me ajoelhei diante dele. Não é pra muitos que eu faço uma coisa assim, ainda mais ali, mas eu tava afim. A adaga brilhava dura à minha frente. Abri a boca e aos poucos mostrei a lí­ngua. Yvam se esticou até gemer preso pelos pulsos... Eu lambi, lenta saboreando a textura, a grossura do pênis, molhei o falo do cara, cuspi, só depois eu engoli.


Sim, eu engoli. O engoli o que pude, como pude. Senti o contorno da cabeça carnuda na entrada da boca, mesmo esticado e dobrado Yvam mal chegava no céu da minha boca, mas ele estocava como podia, qual louco, ele me comia a boca como se fosse de uma vagina.


Fechei os olhos e saboreie aquele momento, eu tava gostando, o coração aos pulos e a minha vulva molhando, só pra me esquecer que aquilo era mais que um sonho um real pesadelo.


Eu presa, fazendo um boquete num desconhecido...


Deu pra sentir o momento, Yvam gemeu e o seu pênis tremeu. Depois de tudo eu até podia, mas na hora achei melhor não. Abri a boca e deixei o pênis sair. Foi por pouco, Yvam cuspiu um jato branco, me manchando o rosto. Senti o cheiro acre do creme branco, nem tanto assim ele cuspiu.


- Aaaaahhhh!!! AAaahhhh!!! Garota, nossaaaa!!!


Eu só ri, ri me sentindo envergonhada. Será que isso bastava? Me livrava de vez do tal embaixador?


Nem terminei o pensamento, foi quando ouvi um barulho, barulho de ferros destrancando uma porta, uma lufada de vento e o som de passos. Eu vi dois guardas, na escuridão só dava pra ver o elmo brilhante nas suas cabeças e as espadas pesadas, presas na cintura. No meio estava a figura de uma mulher altiva, vestia um longo manto num verde musgo, com as mangas presas nos dedos médios e numa delas um anel dourado. Não dava pra ver os cabelos, a tal manta tinha um capuz na mesma cor. Seus olhos eram azuis de um azul escuro, o nariz era fino e o rosto magro. Não era feia, mas metia medo. Devia ter entre 30 ou 40 anos e não era magra, nem gorda.


- Ora, ora, ora! Parecem até animais no cio. Mesmo presos e vocês sempre arranjam um jeito. Levanta, Khyra... Milqus... Prefere um desses ao do embaixador?


Fiquei de pé, com a cara marcada pelos jatos do Yvam. A tal mulher não se fez de rogada, passou o indicador e molhou a ponta... Depois lambeu.


- Já foi mais doce Yvam... Bem mais doce.


- Quem é a senhora?


- Ela continua assim, desmiolada e desmemoriada?


- Soror?


- Irmã Layssa, ainda não me reconhece Khyra? E então, Mirqa quer saber?


- Mas vocês ainda vão me querer, mesmo assim, mesmo depois disso? Eu não sou virgem!! E chupei o pênis de um desconhecido!


- Háhá... Você tem um jeito estranho de falar dessas coisas. Um pau garota! Você chupou um pau de homem! Ainda que tenha sido esse lápis que o Yvam tem no meio das pernas... E além do mais, melhor uma que saiba como agradar o embaixador. Despreparadas como a última só nos trazem problemas.


Layssa mordeu o beiço num jeito vitorioso e depois olhou firme nos olhos do Yvam.


- Melhor do que uma última refeição, não é Yvam? Não foi? Eu devia mandar cortar essa verruga que você tem entre as pernas. Era só pra você meter medo rapaz! Sorte sua que vai vestir o negro. Sorte sua que vão te mandar pra Muralha, se é que a Muralha ainda está de pé.


A irmã deu um tapa estalado no rosto do homem, deixou uma marca vermelha e o sangue escorreu se misturando com os pelos da barba. Yvam já nem se parecia com o homem que a poucos eu chupei.


- E você, o que vai ser? A cama do embaixador ou os quartos sujos na Baixada das Pulgas, como uma putinha qualquer? Pelo jeito é o que você quer.






MIRQA "“






Nunca tomei banho de leite com mel, nunca. Li nas estórias, mas achava que era só mais uma invenção do Martim, mas eu estava tomando. Um banho relaxante, com leite morno e uma fragrância de mel. O embaraçoso era ser tocada por outras mãos. Femininas mãos me ensaboando o corpo, massageando a nuca, os peitos, as coxas.


Eram duas mulheres, uma de cara amarrada e mais velha fazia tudo apressada como se não gostasse do tal serviço, já a outra mais delicada, uma garota da minha idade, mas com uma cara de safada. Tinha um sorriso de quem sabe algo que eu nem imaginava. Era a mais abusada, deu pra sentir quando ela me tocou os lábios, eu reagi me encolhendo envergonhada.


- Deixa ela Sonssa, deixa. A garota não é sua.


- Pena, quem sabe um dia a mãe me dá de presente


- Duvido, a Soror nunca divide suas aias.


Fiquei mais um tempo naquele misto de constrangimento e agrado, sendo ensaboada por uma e dedilhada pela outra. Sai me enxugando numa toalha felpuda, com cheiro de pétalas, a mais velha me secou os cabelos naquele jeito estabanado, enquanto a jovem me secava as pernas e calçava meus pés numas sandálias macias.


Aquilo não podia se um sonho...


Me sentei de frente para um espelho, que mais distorcia do que me deixava ver como eu ficava, mesmo assim dava pra ver como eu estava cada vez mais bonita, ainda mais que me cortavam os cabelos negros rente aos ombros.


- Eu nunca soube de mulheres de Pentos com os olhos assim, rasgados assim.


- Eu sou uma japonesa, uma neta de japoneses.


- Nunca ouvi falar nessa raça.


- Eu não sou de Pentos, nem daqui.


A velha fez cara de brava com a minha fala e a outra nem prestou atenção ao que eu dizia. Depois de tudo, até eu começava a duvidar do que eu mesma falava. Quem mandou me interessar por estórias como as crônicas, como outras.


- Pega o perfume Sonssa, levanta garota.


Senti um odor de laranjas, quando elas me passaram as mãos no pescoço e nos braços, a tal garota se aproveitou pra me tocar os seios, molhar os mamilos com o tal perfume... Com aquele riso de tarada ela me apertou os bicos. A mais velha, pra minha surpresa enfiou a mão em meio as minhas carnes e me tocou os lábios, o reto. Senti seu dedo movendo e me penetrando o ânus. Ela forçou e o indicador se afundou até o meio... Fechei os olhos e a garota gargalhou do meu jeito. As duas riam cúmplices e me bolinavam juntas.


Foi quando a porta se abriu e entrou uma senhora, num manto totalmente branco que lhe descia até os pés, com algumas faixas finas em grená, usava um capuz dourado. E devia ter seus 45 anos, os olhos eram verdes, era mais alta do que eu.


- Deixa que eu termino. Podem sair.


- Ainda não terminamos Soror, ainda falta vesti-la.


- Saiam, eu mesma cuido.


A porta rangeu e as duas se foram, ficamos nós duas. Ela me encarou como se lesse minha alma, como se pudesse saber os meus segredos mais í­ntimos. Fui ficando ainda mais incomodada do que com as mulheres que me trataram daquele jeito.


- Ainda bem que você tomou a decisão certa menina, melhor assim.


- Soror... Eu, eu não sou daqui. Não sou de Pentos.


- Paguei caro por você, era pra você ser minha, uma pena. Agora vou ter que dividi-la com o embaixador, se soubesse tinha te escondido.


Aquela conversa estava ficando ainda mais esquisita, ganhei coragem e olhei os olhos dela. As pupilas verdes pareceram faiscar.


- Vem, deixa pelo menos eu te experimentar primeiro.


Ela me apontou a cama, uma larga cama encimada por um docel branco e coberta com um cobre leito carmesim, dois travesseiros de cetim rosa. Andei até a borda, fiquei de costas pra tal sacerdotisa. Meu coração dava pulos, minha cabeça trabalhava a mil. "O que será que essa mulher ainda quer comigo, meus Deus? Já não bastava me entregar ao embaixador."


Não, não bastava. Meus pensamentos se esvaí­ram ouvindo os sons que ela fazia, tava na cara que ela se despia e eu tremia imaginando o que viria.


Não demorou muito, e logo sua mão me tocou a nuca, agarrou, apertou. Como por encanto meu tremor se foi, comecei a sentir ondas que se espalhavam pelo corpo vindas do seu toque no pescoço. Aquilo me eriçou, me arrepiou.


- Fica tranquila. É pro seu bem... Meu bem. No final você vai adorar, todas amam.


Ela falava sussurrando, numa voz encantadora, quase de uma amiga.


- Soror... Eu nunca fiz isso. Nunca... Com uma mulher.


- Me chama de mãe. Adoro quando vocês me chamam de mãe... Na cama. Foi pra isso que eu te comprei meu bem, pra ser uma das minhas crias, uma das aias...


Ela encostou, senti seu púbis me tocando a anca, delicada e quente ela esfregou. Se esfregou me fazendo sentir a vagina de mulher madura a me estocar a bunda, me arranhando a pele com sua vulva peluda. Mirqa cruzou os dedos com os meus, apertou, espremeu. Enquanto seus gestos obscenos se tornavam ainda mais intensos... Além de quente deu pra sentir a vulva daquela sacerdotisa safada a me molhar a pele.


Mirqa me buscou num beijo, meio de lado, um beijo de lí­ngua. Uma lí­ngua comprida que se enrolou na minha, me mordeu o beiço. Foi quando me dei conta que apesar de completamente nua, com os bicos duros se esfregando nas minhas costas, estranhamente ela ainda usava o capuz dourado.


O calor finalmente tomou conta da minha cintura, gemi um gemido de mulher no cio. Ficamos um instante encostadas, só as testas e os narizes juntos. Eu já de frente pra tal senhora, aquela sacerdotisa exótica.


- Deita meu bem, deita pra mãe te ver.


Ainda de boca aberta, os olhos de assustada, eu me pus de costas na cama macia. Sem ela pedir, abri as pernas altas, dobradas nos joelhos. Aquela sacerdotisa ia ser a minha primeira vez com outra. Mirqa ficou de frente, deu pra admirar sua forma, os seios gordos proporcionados, mas pensos e os mamilos ainda rosados e destacados os bicos duros. Ela quase não tinha barriga, a cintura mais larga, uma vulva nem tão peluda e as coxas mais grossas do que eu supunha.


A mão aveludada me cobriu os pelos, gentil me esfregou os lábios. Molhei seus dedos à medida que seu toque me fazia sentir novas ondas, ondas mais intensas que as outras. Vindas daquele centro nervoso que toda garota tem, gemi... Sim gemi, chorando, cada vez mais adorando seus toques, fechei os olhos e apertei os dedos dos pés na medida que a mãe me levava a loucura ao me tocar o ponto... O grelo.


Passei a mover o corpo como numa trepada, uma transa gostosa. Imaginando uma foda bem safada com a minha senhora... Eu fui entrando no clima e me movendo como uma cobra.


- Soror, por favor, por favor!!!


- Me chama de mãe.


- Mãe!!! Aaaiiiii!!!!!


Dois dedos entraram, se afundaram em meu centro. Me tocaram por dentro, me agitaram no fundo. O calor explodiu no meu âmago, senti minha vulva úmida a escorrer gotas entre lábios. Eu fui deixando, me entregando gostando cada vez mais de toda aquela loucura.


- Eu, eu não sou virgem mãe, não sou!!


- Melhor ainda querida, melhor. Você nem vai sentir dor e aquele bruto nem vai se dar conta... Vai, vai abre mais essa bucetinha, mostra que você gosta, mostra como você gosta, mostra!!!


Deu pra ouvir os barulhos do seu toque no meu fundo, os dedos molhados e babados dentro da minha vulva quente, cada vez mais ardente e a mãe me falando as maiores sacanagens, me xingando de todos os nomes. E eu adorando aquilo tudo.


- Vai menina, goza, mostra que você gosta. Goza pra mãe ver, a mãe gosta de ver.


Empinei a testa, retesei, nem fui eu que quis. Saiu como um jato, um longo e dois curtos, eu tremia de prazer. Um espasmo delicioso, relaxante e eu arfando. A tal sacerdotisa nem me deu tempo de recuperar o folego. Quando vi ela se sentou sobre o meu corpo, se ajeitou até se encaixar na minha cintura. Senti sua vulva peluda me arranhando a vagina. Uma sensação incrí­vel de estar grudada, presa. Num beijo tão í­ntimo com uma mulher, duas xanas se beijando, se lambendo, raspando.


A mãe me segurou o pescoço, eu lhe apertei o seio gordo, um naco gostoso. Nos movemos juntas, unidas, plenas. Cada vez mais intensas e tensas.


- Tua buceta é uma delicia menina, delicia! Fazia tempos, tempos que eu não tinha uma assim tão, tão putinha, como você. Adoro comer meninas, como você.


- Mãeeeeee!!! Soooooror, não!!!!


- Vou te levar aos deuses querida, mostra pros Sete que você sabe!!! Goza sua puta, goza... Que eles adorammm!!.


Senti uma golfada quente, me molhando as coxas. Mirqa se dobrou sobre mim e o seu corpo continuou tremendo em espasmos. Os olhos se reviraram nas orbitas, a tal sacerdotisa mais parecia num transe. Gozei na sequência, quando ela finalmente me puxou num beijo de amantes. Lambuzamos as caras, suadas... Terminamos num riso cumplice de amigas.


- Mãe! Que isso?


Falei num sussurro, mordendo o beiço.


- Amor meu bem, um amor que só os Sete dão a quem merece.


- E agora, e lá? Disseram que ele gosta... Gosta de um anal.


- Todo homem garota, ainda mais um animal como Kur.


- Porque eu?


- Porque ele gostou de você, porque ele te viu.


- Mas vai machucar!! Eu nunca fiz, eu só escrevi.


- Um pouco, mas eu tenho uma coisa que vai te ajudar.


Mirqa se livrou afinal do capuz dourado, deu pra ver o seu cabelo afogueado, curto. Levantou e foi até uma cômoda, abriu e de lá voltou segurando um frasco.


- Usa que vai te ajudar.


- Como?


- Passa no cacete daquele animal, espalha bem e muito, muito mesmo. Mas também passa...


- No meu ânus?


- No cu garota, o cuzinho gostoso que você tem, que todos querem, inclusive eu.


- É um lubrificante?


- Nem sei o que é isso, só sei que ajuda, vai te relaxar e você vai gozar com um pau no seu cu. Comprei a peso de ouro de uma feiticeira lhazarena, uma tal de Zar Tur.


- Comprou pra mim!! Só pra fazer um anal?


- Não, seu cu é só a isca. Eu quero mesmo é dar um susto naquele jumento dothraki. Essa poção tem outros fins...


Mirqa abriu um sorriso antevendo a desforra e me entregando o frasco.


- Que fins?


- Dizem que um dothraki não é nada sem o seu cavalo, mas ele é menos ainda sem o seu pau. Além de relaxante essa poção também broxa o sujeito. Pena que só dura algumas semanas. Mas Imagina, Qumtai sem poder comer alguém. Quem sabe, talvez até se mate?


- Mas isso não pode me fazer mal?


- Só se você for um homem, mas usa, passa tudo no cacete do Kur e também no seu cu.


- Mas...


Mirqa nem me deixou terminar, pôs o indicador nos meus lábios e avisou.


- Quanto mais você trepar, quanto mais der o cu... Mais a poção vai funcionar.


>>> Continua>>>


Dedicatória: esse texto e a sua continuação são uma homenagem a uma amiga muito querida e porque não, tão desejada quanto. A também escritora, nerd e cosplay, a sincera e tarada Maí­sa Ibida. Seus textos e o seus gostos me inspiraram a escrever um conto sobre uma estória tão distopica quanto as suas próprias estórias e baseados numa obra que eu particularmente adoro que é a Saga do George Martin - A Guerra dos Tronos. Fiz 'dona' Maí­sa se vestir de Alice e descer num mundo estranho e sensual na pele de Khyra Milqus e de alguma forma fazer ela e você (leitora ou leitor) participar daquele mundo medieval. Ainda que meu texto não tenha qualidade da escrita do George. Espero que tenham gostado e que a continuação seja ainda mais... excitante.


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*Publicado por ivaseduz no site climaxcontoseroticos.com em 10/01/20.


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