O Dilema da Freira I

  • Publicado em: 27/03/22
  • Leituras: 7174
  • Autoria: Prometeu
  • ver comentários

Nossa memória é mesmo algo surpreendente; se as vezes nos ilude e engana, em outras revela detalhes e lembranças que estavam tão soterradas nas profundezas do cérebro que nos deixam embasbacados ao vê-las virem a tona. Esse é o caso que vou narrar hoje e só posso afirmar que aconteceu mesmo, sendo que em alguns momentos tive que valer-me da imaginação, pois os comentários recebidos além de vagos encontravam-se encobertos pelo preconceito vigente na época.


Havia um educandário administrado por uma ordem religiosa de freiras da Imaculada Conceição, cuja diretora chamava-se Heliodora …, este não era seu nome de batismo, já que na época ao receberem o sacramento para a vida sagrada elas eram obrigadas a escolher um nome que as acompanharia durante toda a vida religiosa; seu verdadeiro nome era Bárbara, filha de um casal extremamente fervoroso que entregou a filha para seguir o caminho religioso como agradecimento pelas graças que haviam alcançado ao longo de suas vidas.


Heliodora era uma mulher bonita (aliás, sempre foi) e depois de concluir o mestrado em Pedagogia foi enviada para dirigir esse educandário que na época já sofrera uma reforma em seus institutos para aceitar classes mistas de rapazes e moças, o que de certa forma facilitava seu trabalho sendo ela uma educadora de vanguarda. Foi um início um tanto tumultuoso com alguns conflitos pontuais e confrontos com pais e alunos que criaram um certo desgaste; entretanto as coisas foram se ajustando e com o passar do tempo Heliodora conquistou o respeito e admiração de todos.


Certa feita, foi admitido no educandário um encarregado de serviços gerais, responsável por comandar uma pequena equipe de artesãos que cuidavam da manutenção das instalações dos edifícios e entorno onde situava-se a escola. Seu nome era Raul, um negro alto, forte e vistoso, cuja educação e polidez a todos conquistava; sempre com um sorriso no rosto e uma frase alentadora, Raul conduzia a manutenção do educandário com dedicado esmero. Como era solteiro e sem filhos Heliodora consultou o Padre Ignácio, pároco indicado pela Cúria como superior da diretora, pedindo permissão para que Raul residisse dentro das instalações o que facilitaria seu trabalho, já que ele morava muito longe, e também traria mais agilidade na solução dos problemas que eventualmente surgiam.


-Ele pode morar naquela pequena edícula, situada próximo ao muro externo das quadras poliesportivas – respondeu Heliodora quando o sacerdote questionou sobre onde se instalaria Raul.


Tendo ele plena autonomia de decisão Padre Ignácio acolheu o pleito de Heliodora e dias depois, cheio de felicidade, Raul mudou-se para a edícula que logo tornou-se um lugar bem cuidado e cheio de zelo. Esse evento de alguma forma aproximou ainda mais Raul e Heliodora que constantemente eram vistos juntos conversando, rindo e discutindo assuntos diversos. Os alunos que já se encontravam na pré-adolescência viam aquele relacionamento com os olhos maledicentes da luxúria típica da juventude e contaminavam seus pais que logo passaram a prestar mais atenção no estranho casal.


Percebendo essa movimentação arredia a sua volta, Heliodora tomou a frente convocando uma reunião, primeiro com os alunos e depois com os pais, buscando esclarecer que nada havia entre ela e o encarregado. Com seu pulso firme e seu discurso convicto, Heliodora foi capaz de reduzir o nível dos comentários maldosos como também angariou mais proximidade com os alunos e seus pais. Tudo pareceu voltar a normalidade e a vida seguiu seu curso. Em uma noite escura anunciando pesada chuva, Heliodora fez uma varredura pelas instalações do educandário a fim de certificar-se de que tudo estava em ordem; sem saber a razão, ela avançou pelo longo corredor que conduzia ao mura externo onde ficava a residência de Raul e ficou curiosa ao ouvir gemidos que provinham de seu interior.

Eram gemidos acentuados e intercalados com expressões inaudíveis que fizeram a religiosa aproximar-se mais para conseguir discerni-los; e qual não foi sua surpresa ao constatar que entre os gemidos seu nome era proferido por uma voz embargada e angustiante; preocupada imaginando que Raul pudesse estar adoentado ela foi até a porta e ao girar a maçaneta viu que ela não estava trancada. Ao abri-la presenciou uma cena insólita e impressionante.


Raul estava nu deitado em sua cama manipulando seu membro cujas dimensões eram inacreditáveis, mesmo para uma mulher que vira a genitália masculina por meio de desenhos, fotografias científicas e pinturas, Heliodora assustou-se e seus movimentos e reações congelaram impedindo-a de afastar-se daquela cena imprópria. Raul por sua vez, olhou para a freira abrindo um enorme sorriso enquanto intensificava o manuseio daquela peça de carne rija sem dizer uma palavra sequer, apenas mirando a religiosa que estava ali de pé a sua frente.


Depois de algum tempo, o corpo do sujeito começou a convulsionar-se contraindo músculos com o gestual mecânico do membro ganhando ainda mais intensidade, até que, finalmente, ele foi tomado por uma espécie de estertor enquanto o membro projetava jatos de um tipo de gosma esbranquiçada que se projetava no ar vindo a cair sobre o corpo suado de Raul que ofegava e também sorria olhando para Heliodora. Recobrando o domínio de suas faculdades mentais, a freira deu de costas correndo para longe da edícula, deixando o encarregado para trás, porém sem conseguir tirar de sua mente a cena que presenciara.


Minutos depois já dentro do claustro e em sua cela, Heliodora não conseguia tirar da memória a cena perturbadora que assistira; o membro colossal de Raul e o resultado de sua manipulação a deixavam com uma inquietação que jamais sentira em sua vida; dormiu muito mal acordando várias vezes e em dado momento sentiu uma umidade entre as pernas; levou a mão até o local e constatou que alguma coisa vertia de suas entranhas; preocupada que fosse sua regra mensal, ela se levantou para conferir descobrindo que o estranho líquido era quase cristalino e com odor característico; e ela não conseguiu dormir mais naquela noite.


Nos dias que se seguiram, Heliodora evitou contato mais próximo com Raul e sempre que era necessário fazê-lo pedia que Irmã Hermínia a acompanhasse. Mesmo assim quando os olhares se entrecruzavam, ela sentia um arrepio percorrer sua espinha e a pele eriçar-se por inteiro. Heliodora não conseguia entender o que estava acontecendo! Pensou em pedir ajuda ao Padre Ignácio, mas recuou temendo que ele pudesse interpretar suas palavras de outra forma. Ainda assim, a religiosa não conseguia afastar da mente a cena presenciada na moradia de Raul, como também não conseguia evitar sudoreses a poluções noturnas que ela descobrira vasculhando alguns livros de fisiologia clínica a que tinha acesso representavam claros sinais de excitação!


Certa manhã, Heliodora foi procurada por Hermínia que trazia nas mãos um dos famosos “catecismos suecos”, que eram pequenas revistas de pornografia explícita importadas e caras que ela flagrara um casal de alunos folheando às escondidas; Heliodora pediu que o casal entrasse e teve uma conversa séria com eles, propondo um acordo pelo qual eles jamais voltariam a trazer para dentro do educandário publicações daquele tipo e ela se comprometeria a manter o assunto longe de seus pais. Aliviados, os alunos aceitaram o acordo e retornaram para a sala de aulas.


-Quer que eu jogue essa coisa suja no lixo, irmã Heliodora? – perguntou Hermínia apontando para a revista que jazia sobre a mesa da diretora.


-Não! Pode deixar que eu mesma faço isso – respondeu Heliodora esforçando-se para não denunciar sua ansiedade.


E naquela mesma noite, com o auxílio de uma lamparina que querosene, Heliodora folheou atentamente o “catecismo” querendo encontrar explicações para tudo que sentia …, e não demorou a concluir que seu sentimento era de desejo …, desejo por Raul!

Mais dias arrastaram-se com a mente e o corpo de Heliodora, fustigados pela excitação que turvava seu raciocínio quase fazendo-a beirar a insanidade. E bastava ver Raul para que a cena antes presenciada voltasse a memória acompanhada das imagens do “catecismo” assolando a religiosa que experimentava uma onda quase interminável de calores, sudoreses e arrepios desejando sentir-se mais fêmea livre para pertencer a um macho! E Raul era esse macho! Heliodora via-se em uma luta diária contra si própria sem saber o que fazer ou a quem recorrer.


Uma tarde ela quase colidiu com Raul ao retornar da área das piscinas; os dois entreolharam-se incapazes de dizer alguma coisa; Heliodora não conseguia se mover como se estivesse paralisada perante aquele negro de olhos profundos e sorriso cativante ansiando por atirar-se em seus braços esquecendo do mundo a sua volta. “Dona Heliodora …, sobre o que a senhora viu e ouviu naquela noite …, me desculpe! Mesmo!”, disse Raul com tom suplicante enquanto rompia o silêncio que imperava entre eles.


-Não carece se desculpar Raul …, eu que fui invasiva em sua privacidade – respondeu a freira quase balbuciando as palavras – Não devia ter entrado daquele jeito e …


-Não! A senhora não tem culpa! – interrompeu ele com tom enfático – Culpado sou eu! …, é que eu, sabe …, eu …, eu sinto um tesão doido pela senhora!


Heliodora ficou perplexa com a afirmação de Raul e mais uma vez ela não sabia o que dizer …, a religiosa estava atônita com as palavras do sujeito e pensou em remendar a situação de alguma forma.


-Espera um pouco, irmã! – prosseguiu ele antes mesmo que Heliodora fosse capaz de articular uma frase – Eu sei que isso é errado! …, que é pecado! Mas eu não consigo parar de pensar na senhora, então eu tomei uma decisão …, vou embora do educandário …, já conversei com o Josias e ele vai tomar o meu lugar …, é melhor assim!


No momento em que a religiosa esboçou uma reação, Raul afastou-se, deu-lhe as costas e seguiu seu caminho. Heliodora viu-se em um torvelinho de sensações ambíguas; se por um lado tinha vontade de correr atrás de Raul e dizer que ela sentia a mesma coisa por ele, de outro havia seu compromisso religioso assumido desde sempre e do qual não poderia se desvencilhar, exceto se decidisse abandonar a vida monástica para desfrutar dos prazeres da carne gerando uma tragédia familiar.


Atormentada, Heliodora não sabia o que fazer e viu-se na obrigação de resignar-se com seu destino. Naquela noite ao recolher-se ao claustro a religiosa amargava um enorme desejo ardendo em seu corpo; vestiu apenas a longa camisola de algodão recusando-se a usar peça íntima já que sentia verter o seu desejo entre as pernas. Uma borrasca despencou sobre a região acompanhada por raios e trovões que rasgavam os céus e feriam ouvidos. Como de costume, um frade capuchinho do monastério próximo veio para trancar o claustro, medida de segurança adotada pela Cúria a fim de evitar possíveis invasões indesejadas.


Passadas algumas horas, Heliodora acordou tomada por imenso desespero …, e tomou uma decisão que poderia mudar radicalmente a sua vida; sem pensar em mais nada correu para a porta do claustro e valendo-se de uma cópia da chave que ela mesmo mandara fazer a muito tempo atrás, a religiosa saiu correndo ao encontro de Raul. A chuva forte castigava quem ousasse enfrentá-la, mas Heliodora estava fora de si. Entrou na edícula e pôs-se e olhar para Raul que estava nu deitado em sua cama. Com a camisola encharcada marcando suas formas ela mirava a nudez inquietante do sujeito que por sua vez olhava para ela saboreando os detalhes de uma nudez parcialmente velada, denunciando mamilos intumescidos e ausência de outras peças de roupa. Heliodora recuperou o folego e sem hesitação livrou-se da camisola exibindo de vez seu corpo nu para os olhos famintos do macho!

-Eu …, eu …, estou aqui …, pra você – balbuciou ela esforçando-se para verbalizar – Sou virgem e inexperiente …, preciso que me ensine …


-Ô minha freirinha linda – respondeu Raul com ternura afastando-se na cama para dar espaço a ela – deita aqui comigo …, vou te ensinar tudo! Vou te fazer minha mulher!


Sentindo todo o corpo fremir, Heliodora caminhou a passos incertos na direção da cama de Raul deitando-se ao seu lado e sendo envolvida pelos braços fortes dele; Raul aproximou seus lábios dos dela e começou a beijá-los carinhosamente; deixando-se levar pelo instinto Heliodora abriu sua boca recebendo a língua quente e abusada de Raul; os primeiros beijos mais profundos causaram um impacto tão significativo na freira que percebeu quando um espasmo gostoso antecedeu ao gozo revelado por um fio de seiva escorrendo de sua vulva.


-Nossa! Minha freirinha gozou? Que coisa mais linda! – comentou Raul em euforia enquanto acariciava a vulva quente e molhada de Heliodora – Todos os seus gozos serão meus e apenas meus, minha doce freirinha!


-Uhhh! Ohhh! Isso …, isso é …, um gozo? – murmurou ela com tom de voz trêmula com seu corpo tomado por pequenos espasmos e leves convulsões involuntárias.


-É sim meu amor! – respondeu Raul entre beijos – Olha como fiquei! …, olha como você deixa a benga do negão! Quero meter ele em você …, posso?


-Pode sim! – respondeu ela com tom aflito – Mas, por favor …, seja carinhoso comigo …, eu nunca fiz isso …, e quero que você seja o primeiro …, e o único!


Ouvindo aquelas palavras repletas de desejo e ternura, Raul colocou-se sobre Heliodora instruindo-a para que abrisse as pernas e relaxasse. “Vai doer um pouquinho …, mas só um pouquinho …, depois você vai gostar …, e vai querer sempre!”, sussurrou ele no ouvido da religiosa enquanto com a mão conduzia a vara rija usando a glande para pincelar a região causando sensações indescritíveis em Heliodora que ora gemia, ora suspirava e ora implorava.


-Vai, meu amor! Me faz tua! – suplicou ela em murmúrio enquanto se abria para receber Raul dentro de si – rompe minha virgindade e …, Ahhh! Ele é …, tão …, grosso …, Ohhh!


-Tá doendo minha princesa! – perguntou Raul com tom preocupado.


Heliodora olhou no fundo dos olhos de Raul e sorriu meneando a cabeça em sinal de que ele devia seguir em frente. O sujeito avançou enfiando lentamente seu membro enorme para dentro da grutinha de Heliodora que aos poucos dilatava-se o suficiente para tê-lo em seu interior. E quando as bolas do macho roçaram a região da vulva de Heliodora esta soltou um longo suspiro recebendo a seguir outro beijo apaixonado de Raul. Ele então deu início à cópula com movimentos pélvicos cadenciados e profundos provocando uma sucessão delirante de orgasmos causando enorme alvoroço em suas entranhas. E por um tempo que ela ansiava perdurar para sempre, Raul a presenteou com uma sensação indescritível de prazer que fazia dela um ser pleno e satisfeito.


Tomado por um espasmo violento, Raul sacou o membro e passou a masturbá-lo longe de Heliodora que fez questão de ficar o mais próximo possível para apreciar aquele espetáculo que lhe pertencia. Raul soltou um grunhido rouco enquanto ejaculava sobre a cama, deixando uma poça do líquido gosmento e esbranquiçado ao qual Heliodora dedicava enorme atenção. Lá fora a chuva não dava sinais de arrefecer, mas isso não tinha mais importância; ela estava feliz nos braços daquele homem, terno e carinhoso que a abraçava proporcionando uma indizível sensação de segurança …, ela não queria mais sair de seu lado e mesmo quando pensava nas consequências de tudo que acontecera, ainda assim, Heliodora não guardava medo de nada!

*Publicado por Prometeu no site climaxcontoseroticos.com em 27/03/22. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


Comentários: