Corretoras: rivalidade libertina - 07

  • Publicado em: 28/10/22
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  • Autoria: TurinTurambar
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Obs.: este é um de dez partes do último arco de Cônicas do Bairro Velho. Se começou a ler por aqui, peço que volte e leia a partir da primeira parte.


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Sara havia desistido de ajudar Teresa naquela disputa sem sentido, mas mudou de ideia. Porém, não foi até a amiga se reconciliar com ela. Precisava entender melhor o que acontecia. Fez isso em um café, onde, do outro lado da mesa, estava Joyce.


— Que surpresa você por aqui, querida.


— Não vai me irritar sendo irônica, isso funciona com ela.


Joyce riu.


— Então me diga, porque me chamou para essa conversa. Quer pagar a aposta no lugar dela quando eu ganhar?


Joyce podia não conseguir irritá-la, mas ela era esforçada nesse sentido. Sara percebia uma disposição constante em agredir, mesmo gratuitamente. Tinha algo por trás disso e ela queria descobrir.


— Quero saber porque vocês se detestam tanto.


— Pergunta para ela.


— Ela falou para perguntar a você. Se ela fez algo de errado, não vai assumir. Queria que você me dissesse o que ela te fez para ter tanta raiva dela assim.


Joyce respirou fundo.


— Tudo bem. Isso começou quando ela entrou na empresa onde trabalhávamos. Ela acabou de ser contratada. Lembro dela cursar algo na faculdade e precisava pagar as contas. Nas primeiras semanas eu ensinava tudo a ela, como ela provavelmente faz bom você hoje. Era muito comum fazermos visitas juntas. Sabe, não somos meras guias de visitas a imóveis, somos vendedoras também. Não é só deixar o cliente correr livre no imóvel e esperar ele se convencer sozinho. Precisa ter lábia e saber seduzir o cliente.


— Então, nessa época, você já saia das visitas com porra escorrendo na boca?


Joyce sorriu.


— Não digo seduzir nesse sentido. Falo em fazer o cliente entender que aquele imóvel vale cada centavos cobrado por ele e o quanto a vida dele vai melhorar se comprá-lo. Não é para qualquer um. Imagino que ela esteja te ensinando isso.


— Estou sem falar com ela por uns dias.


— Por quê, aquela piranha te passou a perna também?


— Não, ela me repreendeu por me dedicar demais ao trabalho e a essa aposta entre vocês.


— O que foi? Saiu com porra escorrendo na boca e ela não gostou?


Sara desviou o olhar, constrangida. Joyce gargalhou.


— A Teresa não falha. Sempre pondo as amigas na confusão e depois fugindo, deixando tudo no colo delas.


— Ela não me meteu em confusão nenhuma, mas gostaria de saber no que ela envolveu você.


— Por que quer saber?


— Porque acho essa disputa entre vocês, muito idiota. Isso tem que acabar.


— Vai acabar quando ela pagar a aposta dela.


— Transar com o seu marido? Isso não é estranho?


— Meu amorzinho quer um ménage. Eu disse que arrumaria uma puta para ele. Só estou sendo uma boa esposa.


— Está sendo uma boa esposa ou está usando ele para se vingar da Teresa.


Joyce ri.


— As duas coisas.


— Ou talvez seja por se sentir culpada por fazer sexo com os clientes. Seu marido não sabe disso, não é?


A expressão debochada de Joyce ganha um tom sério.


— Isso é uma ameaça? Estou tolerando você, mesmo sendo amiga dela. Não queira mexer comigo.


— Não se preocupe, não vou te chantagear, só quero entender essa relação de vocês.


— Insista com ela, se pode me encher o saco, como faz agora, pode encher o dela também.


— Farei isso depois. Por enquanto, gostaria que continuasse. Estava falando de quando trabalhavam juntas e ensinava o trabalho para ela.


— Sim. Eu não fazia “essas coisas” na época. Sempre fui muito competente no meu trabalho. Ensinei a Teresa tudo o que ela sabe. Éramos muito amigas, até aparecer aquele cliente.


Joyce toma um gole de café.


— O cara devia ser muito rico, pois estávamos apresentando-lhe uma das coberturas mais caras desse bairro. Era um homem bonito até, grisalho. Parecia ter uma certa idade, mas se cuidava. Enfim, era um coroa gostoso — Joyce riu — . Naquele dia deixei a Teresa guiar a visita, pois a ideia era ela fazer isso sozinha e não precisar de mim para mais nada. Então fiquei só observando quando ele começou a perguntar coisas pessoais e ela não cortava. Pior ficava com aquele sorriso bobo de garotinha encantada. Foi quando eu interferi e assumi a visita.


— Ela estava caindo no charme dele e você a salvou?


— Quase isso. Olhando aquela situação de fora, vi uma moça sendo seduzida durante o trabalho. Tomei o lugar dela, ponderando protegê-la. Mas enfim, o cara era foda. Ele começou a fazer o mesmo comigo, com aquela voz rouca, me olhando nos olhos. Nem me dei conta de estar na mesma situação dela.


— Que safado ele queria comer as duas.


— Sim, mas isso nos dividiu. Eu apresentava a sala para ele e Teresa me interrompia, chamando ele para a cozinha. Quando olho, a safada já tinha dois botões a mais abertos, com aquele sorriso de oferecida.


Sara ri.


— Tá rindo do quê?


— Não a imagino fazendo isso.


— Então tá. Vou te contar tudo para você esfregar na cara dela. Duvido aquela piranha negar.


— Então vá em frente.


— Ela tava doida por aquele cliente e eu também. Quando vi ela se oferecendo para ele, eu fiz o mesmo, mas tirando o sutiã. Ainda dei um jeito dos biquinhos ficarem duros para aparecer na blusa, sabe? Quando cheguei na cozinha, o cara estava por trás dela, quase a pressionando contra a pia. Sei lá o que faziam, mas ela parecia doida para ser comida ali.


Sara cobria a boca com a mão, incrédula.


— Para você ver como ela é safada. Isso me deixou louca, não só queria pegar aquele cara, como tirar dela. Eu me encostei no braço para ele sentir os meus peitos e chamei ele para mostrar o banheiro. Puxei ele pela mão e fui rebolando para ele ver que a minha bunda era melhor que a dela. Aproveitei-me do banheiro ser pequeno e fiquei o tempo todo junto dele. Quando notei a respiração dele ofegante, percebi ter ele na mão. Eu não estava mais comendo na mão dele e sim o contrário.


Joyce toma um gole de café e se abana com a mão.


— Fico molhada só de lembrar. Ele ficou com a mão na minha cintura o tempo todo enquanto eu mostrava o banheiro a ele. Aquele pau duro roçando na minha bunda me deixou doida. Resolvi pegar ele ali mesmo e o beijei. Estava com tanto tesão que nem me importei se a Teresa estava vendo ou não. Eu só agarrei ele e chupei aquela língua gostosa dele. Aquele safado apertava a minha bunda com as duas mãos.


Joyce parou, olhou para as outras mesas, desconfiado estar falando alto demais. Se debruçou, e Sara a seguiu, para poder falar mais baixo.


— Ajoelhei e tirei o pau dele para fora. Eu precisava mamar aquela rola e fiz ele gemer na minha boca. Ele quase não se aguentava em pé. Eu ia tirar tudo daquela rola, mas ele me puxou para cima quando estava quase gozando. Ele me beijou de novo. Porra, como aquele homem beija bem. A língua dele me deixava louca e eu abria a minha calça enquanto ele me engolia. O safado me pôs ajoelhada em cima da privada e socou tudo de uma vez só. Que pirocada gostosa, viu? Ele metia, batendo na minha bunda. Aí começou a me chamar de piranha e tudo mais e tudo me deixava mais excitada. Ele tinha um jeito fino e educado, mas quando metia, era outro homem. Bruto, agressivo, nossa — Joyce se abanava — uma delícia.


Sara ouvia o relato de Joyce atentamente, com suas coxas esfregando entre si. Se esforçava para disfarçar o formigamento entre as pernas provenientes daquele relato. Ouvindo tudo aquilo, Sara podia se sentir, dentro daquele banheiro, socada por trás.


— Teve uma hora em que ele puxou meu cabelo. Meu Deus, eu fico muito excitada com isso. Ele acertou um tapa na minha bunda, que fez um barulho danado. Me sentia totalmente dominada por aquele safado gostoso. Quando gozei, foi incrível. Eu estava imobilizada, só conseguia gemer, ou gritar. Eu não conseguia me mexer e tremia toda.


— Uau!


— Bota ” uau” nisso. Depois ele me pôs de joelhos e me deu aquele caralho para chupar. Aquele pau babado de mim… chupei tudo. O safado depois fodeu a minha boca, me fazendo de brinquedo dele. Adorei aquilo! Ainda gozou na minha cara depois.


Sara não conseguia controlar o sorriso ouvindo toda a história.


— Te com a periquita melada é?


— Não — mentiu, Sara — mas até aqui não entendi o que ela te fez. Você roubou o cara dela, não?


Joyce respirou fundo, voltando a se sentar normalmente.


— O problema é o que veio depois. O cliente não comprou o apartamento, que ficou um bom tempo sem conseguir vender. Aquela piranha da sua amiga, por inveja, contou o que aconteceu para alguns colegas. Fiquei com uma fama horrível na empresa, os colegas me assediavam o tempo todo a ponto de ficar insuportável trabalhar lá. Uma hora a história iria chegar nos chefes e eu seria demitida. Fora o meu casamento, uma hora meu marido iria saber. Eu pedi para sair. Dei um jeito daquela piranha ser demitida também.


— O que fez?


— Contei que ela estava se oferecendo para o cliente. Não me olhe com essa cara. Eles mandaram ela embora, mas a única que ficou com fama de piranha fui eu.


— Não acredito que tudo isso começou com briga por homem.


— Homem? Ela estava se derretendo toda naquele cara e eu só entrei para segurar a onda, proteger ela. O que ganho em troca? Uma fofoca me colocando na posição de puta da empresa. Vai lá, dizer para aquela filha da puta que a briguinha dela era por homem. Para mim, tem a ver com meu emprego, minha vida.


— Você tem certeza de que foi a Teresa que espalhou esses boatos?


— Claro. Seria quem? O cliente?


— Os homens são assim. Não deve ser todo dia em que alguém come uma corretora bonita. Com certeza ela contou a todo mundo.


— Duvido! Ela disputou o cara comigo, só pode ser inveja.


— Ela não parece ser uma pessoa invejosa.


— Ela é. Você não conhece ela direito. Agora estão trabalhando juntas, mas logo ela te passa a perna e quando perceber está pedindo para sair.


— E o seu casamento? Você não parece arrependida de transar com o cliente numa visita.


— Eu me arrependo sempre, até a próxima vez. Porra, é bom para caralho! Sempre dá uma emoção diferente de qualquer coisa que faça com meu marido. Mesmo assim me sinto mal, por isso queria levar uma piranha lá em casa e ver se isso me deixa menos culpada.


— Precisa ser a Teresa? Não pode chamar uma garota de programa?


— Essas aí vão deixar ele apaixonado. Não quero. Tem que ser ela, porque quero ver aquela filha da puta chorando no pau dele. O do meu marido é grande, viu? Me come gostoso com aquele pausão todo, mas vive pedindo o meu cu. Isso eu não dou, aquele puto pode me estourar. Então dou o da Teresa e faço aquela piranha sofrer.


— Quer que ela sofra com seu marido? Você é muito perversa.


— Foda-se. Quero foder aquela filha da puta, para pagar pelo que sofri.


Joyce se levanta.


— Eu já vou indo, minha paciência com você acabou.


— Você está julgando ela sem saber a verdade, criando essa aposta ridícula para humilhar ela. Já pensou na possibilidade de perder a aposta?


— Não, querida. Ganhei a aposta porque hoje cedo fechei meu quarto negócio. Ganhei! — Joyce dá um pedaço de papel a Sara — aqui tem o meu endereço, entregue a ela.


— Vim pedir para vocês conversarem, para parar essa briga e você me faz ficar esse tempo todo aqui, a toa?


— Achei estranho você marcar essa conversa, mas achei convenientes te usar de putinha de recado. Então fala para ela ir lá em casa amanhã e bem arrumada.


— Ela não vai se humilhar dessa forma.


Joyce dá as costas e se afasta.


— Ela fez a aposta querida. Ela vai pagar. Se está com pena, vai lá no lugar dela!


*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 28/10/22. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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