Cúmplices - Capítulo 6 - Os Instintos mais primitivos

  • Temas: Cúmplices, Heterossexual, vizinha
  • Publicado em: 13/01/23
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  • Autoria: TurinTurambar
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Os últimos acontecimentos deixaram Isadora mais fogosa. As várias situações a faziam se sentir mais desejada e se tornou normal, descarregar isso em Roberto. Nem mesmo a rotina atarefada trabalhando com Silvia e o cansaço a seguravam. Tornou-se comum o sexo na sala, com a cortina aberta, assim como a postura mais bruta de Roberto. Isadora se acostumava com os tapas e os puxões de cabelo e olhava para o prédio vizinho esperando ser observada. Era uma evolução da relação entre os dois, funcionando muito bem, até a noite em que transaram simultaneamente com a vizinha de cima.


Ao ouvir os gemidos de Alessandra e os pedidos para bater, Roberto ficou ainda mais bruto com Isadora. Os tapas eram ainda mais fortes e já incomodavam. A esposa se lembrava da vizinha e as manchas vermelhas no corpo e perdia um pouco a vontade de continuar. Quando ouviu Alessandra pedir sexo anal, interrompeu a transa abruptamente.


Roberto nada entendeu. Quis conversar com a esposa, mas ela não estava disposta. Não insistiu muito e foi tentar dormir. Foi uma noite onde os dois passaram em claro, sem se falar.


Na manhã seguinte, Isadora saiu para trabalhar mais cedo, sem nem mesmo tomar café. Roberto ficou em sua cama por bem mais tempo. Olhando para ao teto, refletia sobre a noite anterior. Mesmo sem conversar com Isadora e sem entender o porquê dela ficar assim, tinha um motivo para se sentir culpado. A presença de Alessandra o perturbava. Desde a primeira vez, quando ela lhe pediu ajuda, não havia uma tarde na qual não parava de trabalhar para se masturbar fantasiando com ela. O fato dela transar nesse horário e fazer questão de ser ouvida tornava tudo mais fácil. Aquela mulher tão gostosa e tão submissa o deixava excitado apenas por pensar nela. Não havia traído Isadora, mas descarregava em sua esposa todo o tesão acumulado.


Seu jeito de fazer sexo mudou. Por influência dos gritos e gemidos do andar de cima, ficou mais bruto. Os tapas e puxões de cabelo se tornaram mais comuns. Como sua mulher também tinha um corpo incrível, a vontade de submeter ela cresceu. Tinha vontade de propor a ela fazer sexo anal de novo. Sabia dos medos dela, mas ouvir aquela voz manhosa implorando por ser enrabada o deixava louco de vontade.


Roberto sabia da necessidade de não ser bruto demais com Isadora, e sentia ter encontrado o “tom” certo. Porém, ouvir a vizinha gemer justamente quando transava com sua mulher o fez perder o controle de si. Para ele, os tapas e puxões mais fortes a assustaram e provavelmente sua esposa não ficaria disposta tão cedo.


Ele estava chateado, passou o dia em frente ao computador sem conseguir finalizar a maioria das tarefas, procrastinando na maior parte do tempo. Sentia um misto de culpa e tristeza por todo o dia, pensando em como pedir desculpas. Porém, a noite chegou e Isadora ainda não havia voltado. As ligações não foram atendidas e as mensagens eram respondidas com “Não fale comigo. Estou ocupada”. Roberto começou a se perguntar se havia motivo para ela o ignorar daquela forma. Entendia ter sido um pouco bruto, mas nunca a forçou a nada. Jantou sozinho. Lavou a louça refletindo mais sobre sua situação. Considerava que se sentia preso, estimulado por dias pelos gritos da vizinha, mas sem poder descarregar seu desejo latente na esposa, pois ela sempre chegava cansada. De repente, ela aparece disposta, querendo sexo todas as noites e quando ele se empolga, ela para de falar com ele. De culpado, Roberto virou um injustiçado nos próprios pensamentos.


A campainha tocou.


Era Alessandra. A vizinha já não aparecia a dias, dando a entender já ter internet em casa e não precisar dos favores, principalmente naquele horário. Não trazia nenhum notebook e vestia o mesmo camisão do primeiro dia. A primeira vista, se perguntou se ela estaria vestindo apenas calcinha como daquela vez, mas logo afastou esse pensamento para não ter de esconder uma ereção involuntária ao anteder a moça. Dessa vez, a vizinha precisava montar um móvel. Havia dispensado montadores por acreditar fazer sozinha, mas se viu incapaz. — Seu namorado não pode ajudar? — perguntou Roberto. Ouviu dela não ter namorado, sendo aquele rapaz apenas um ficante, não disponível para montar armários naquela noite.


Depois de um dia triste e um início de noite incomodado com Isadora, parecia uma boa ideia fazer algo diferente para se distrair. Seguiu a vizinha até a sua casa, distraído com o balanço de seu quadril e a dúvida sobre a roupa usada por baixo daquele camisão. Para sua surpresa, sua dúvida foi respondida logo ao entrar na casa dela. Alessandra tirou o camisão dando-lhe a impressão de ficar nua naquele momento. A loira usava um pijama por baixo e sorria sapeca, como se lesse na expressão abobalhada de Roberto, seus pensamentos. Um short curto e muito justo abraçava firme o seu quadril junto a uma blusinha. O decote generoso denunciava tanto o volume dos seios quanto o fino tecido, envolvendo-os perfeitamente. A forma da calcinha, apesar de minúscula, era aparente na marca do short. Roberto se arrependeu de não ter vestido cueca antes de sair de casa.


Antes de ficar excitado, perguntou pelo mobiliário a montar e seguiu apressado até o quarto dela. O ambiente até era espaçoso, mas parecia pequeno devido a tanta bagunça. Haviam roupas e objetos espalhados por todos os lados. Roberto mal conseguia achar um lugar vazio para pisar. Rindo de si mesma, Alessandra começou a tirar as roupas do chão — ai que vergonha — dizia ela em um tom nada avergonhado a cada calcinha encontrada. Roberto procurou recolher roupas e ao jogá-las na cama, caiu um objeto.


— Eu estava procurando isso, obrigada. — disse Alessandra ao pegar o vibrador e guardá-lo em uma gaveta.


— Isso é o que estou pensando? — perguntou Roberto.


— Sim — Respondeu Alessandra, cobrindo o rosto.


— Pensei que com namorado não precisava disso.


— Ele não é meu namorado e além disso, é claro que preciso. Tem hora que quero estar sozinha. A sua mulher não tem?


— Não, ela não precisa.


— Claro que precisa. Toda mulher pode ter um. Não precisa ser solteira.


Roberto se sentiu confrontado pela primeira vez. Até aqui, Alessandra parecia provocá-lo o tempo todo. Não quis insistir na discussão e ficou em montar a estante. Depois de um tempo Alessandra volta a puxar assunto.


— Roberto, eu sei que está com calor. Pode tirar a camisa se quiser.


Roberto respondeu não precisar e continuou a montagem. Alessandra saiu apertando o passo, dando um momento de silêncio ao seu vizinho. Assim, ele continuou a montagem sem interrupções até perceber Alessandra o espiando. Chegou a se assustar, roubando um riso sapeca da loira, encostada no vão da porta. Seu corpo colado à guarnição da porta oferecia o vislumbre da silhueta da sua bunda. Roberto montava a estante inquieto, olhando para ela o tempo todo. Já não sabia se o suor escorrendo em seu corpo era tensão ou calor.


— Veio me dizer alguma coisa?


— Não, só está me dando agonia vê-lo suando desse jeito. Me desculpe por ainda não ter instalado ventilador, mas se quiser tirar a camisa, não tem problema. Eu entendo.


— Não acho que precise, está tudo bem. Você tem razão numa coisa. Este quarto esquenta muito. Não sei como consegue dormir aqui.


— Durmo pelada mesmo.


Roberto reagiu ao comentário olhando Alessandra de baixo para cima, imaginando o corpo dela nu, envolvido entre lençóis. Era uma imagem magnífica.


— Por que está me olhando assim? — Perguntou com um sorriso malicioso no rosto, de quem entendia muito bem o motivo de estar sendo comida com os olhos.


— Nada….— tentou desconversar procurando mudar de assunto — é que minha mulher dorme assim também.


— Conheci a Isadora. Ela é linda, tem sorte de casar com ela.


— Conheceu?


— Ela me deixou usar a sua rede no sábado. O senhor deve ficar doido com uma mulher daquelas andando de calcinha em casa.


Até onde Roberto se lembrava, Isadora não tinha esse hábito. Riu constrangido e voltou ao silêncio enquanto montava a estante. Alessandra não se conforma e volta a puxar assunto.


— Se não for abusar muito, poderia apertar os parafusos da cama? Se fizer isso, não ouvirá a gente mais.


— Tudo bem, mas ouço outras coisas além da cama.


— Que coisa?


— Você sabe.


Alessandra cobre o rosto, numa demonstração de vergonha tão falsa, incapaz de convencer seu vizinho. Roberto ignora, continuando a montagem.


— Te incomoda ouvir a gente?


— Não. Até porque são raras às vezes em que os ouço. Na maior parte do tempo trabalho com fones de ouvido.


— Quando ouve, você gosta ou se incomoda.


Roberto fez um pausa.


— Não me incomoda.


— Eu já ouvi vocês.


Roberto respira fundo.


— Isso lhe incomodou?


— Não… na verdade gostei. — Respirar fundo já não adiantar mais para controlar a ereção de Roberto. — Cada vez que os ouço, parece mais bruto, com uma pegada mais forte. Isso me excita, sabe. Fecho os olhos e me imagino ono lugar dela. É nessas horas que uso o vibrador…


Roberto se desconcentra, deixando uma peça de madeira cair no chão. Se mantém de joelhos e se estica para pegar a madeira caída para não denunciar o volume formado em sua calça. Pede um copo d’água para ganhar um tempo sozinho. Enquanto ela vai, ele respira fundo, várias vezes, fechando os olhos, se forçando a pensar qualquer outra coisa que não seja aquela loira deliciosa nua em sua frente. Funciona, até ela voltar.


Alessandra chega abraçada à garrafa de água com um copo na mão. Ao dar o copo para Roberto e enchê-lo, exibe sua blusinha, molhada pela transpiração da garrafa de água gelada. Os bicos dos seios ficam bem enrijecidos e o tecido fino da blusa ganha transparência. Roberto bebe sua água, descaradamente, sem tirar os olhos dos peitos de Alessandra. Não conseguia mais fingir o tesão e tinha cada vez menos vontade de fazê-lo. Devolveu o copo sem se levantar, disfarçando um pouco sua ereção. Alessandra levou a garrava de volta com um sorriso vitorioso e voltou mais uma vez.


— Você tem certeza de que não quer tirar a camisa, você está molhado de suor.


— Está preocupada com o meu suor ou quer me ver sem camisa.


— Estou preocupada com o seu suor… — Alessandra faz uma pausa — E acho bonito homem sem camisa.


— Tudo bem, você venceu. — Roberto tira a sua camisa e o sorriso malicioso de Alessandra ganha outra tonalidade, observando os músculos de seu vizinho. Não eram músculos volumosos, mas bem definidos. O suor, além de realçar os volumes, dava um ar mais bruto àquele homem. O olhar dela, cheio de desejo, levou Roberto cada vez mais próximo de cruzar os limites.


— Me diz uma coisa: sou só eu passando calor aqui? Só eu devo ficar sem camisa?


— Minha blusinha é mais fresca. Não preciso.


— Tem certeza? Estou vendo você bem suada.


— Verdade. Se eu tirar você promete que não vai olhar?


— Eu não prometo nada.


Alessandra mordeu os lábios e se virou de costas. Olhava para o vizinho por cima do ombro, exitando em tirar a blusa. Roberto se levantou, sem se importar com a ereção aparente em seu short e caminhou até ela. Assustou a vizinha pois o primeiro contato foi o pau duro roçando em sua bunda. Tirou a blusa sem a menor resistência e suas mãos grandes engoliram os seios fartos da loira. Sua boca investigou o pescoço, arrepiando–a, explorando seu rosto até encontrar a boca.


Alessandra sentiu a língua grossa lhe invadir e abafar os seus gemidos. Aquele volume suro por baixo lhe provocava uma enorme vontade de rebolar e assim ela abaixou o short dela, libertando aquele falo antes de soltar seus quadris. Roberto abaixou o short dela. Naquela posição mesmo, Alessandra se apoiou no vão da porta, oferecendo o quadril para o vizinho. Depois de uma longa sequência de provocações, Roberto tinha pressa. Entrou nela de uma vez, e ouviu de perto aquele delicioso gemido manhoso.


— Isso, me come, gostoso!


A loira provocava em meio a seus gemidos e Roberto respondia com estocadas mais fortes. Ouvir aquela mulher implorar para ser comida mais forte despertou seus instintos mais primitivos. Os tapas foram apenas o início de uma descarga de tesão reprimido.


— Isso, seu safado, me bate!


— Tu gosta de apanhar, piranha?


— Amo! Me bate, seu puto! Me xinga, me fode!


Roberto chamou Alessandra de nomes que jamais cogitou dizer para Isadora. A cada título indecoroso, sua vizinha parecia gemer mais manhosa, se entregando aquela brutalidade. Prestes a gozar, mudou de posição, jogando sua vizinha em cima da cama, amontoada de roupas. Deu mais tapas e Alessandra respondeu encostando o rosto nas roupas, jogando seu quadril para o alto. Roberto bate mais, e enfiou tudo de uma vez.


Alessandra já não gritava mais, pois tinha lençóis e calcinhas misturados em sua mordida. Apoiada na cama pela cabeça, fazia força com os braços para aguentar as fortes estocadas. Seu corpo quase saía do lugar e a cama batia contra a parede com força. A loira tirou a boca das calcinhas para gritar seu orgasmo, escandalosamente. O gozo de Alessandra chamou o de Roberto, que tirou o pau na hora para jorrar nas costas daquela mulher que tratava como uma puta. Após gozar, Roberto deu um último tapa na bunda de sua vizinha e saiu da cama. Alessandra sorriu, foi tratada do jeito que gostava.


Enquanto a vizinha tomava banho, Roberto terminou sua montagem e o aperto da cama. O momento sozinho fez brotar o arrependimento e a culpa pela traição. Viu a hora e pensou em Isadora. Provavelmente a esposa já estava em casa, preocupada com ele quanto a traía. Não ver nenhuma mensagem recebida só o deixava pior. Saiu da casa da vizinha sem se despedir direito e, para a sua surpresa, encontrou sua casa ainda vazia. Ficou sentado no sofá esperando sua esposa chegar com uma roupa bem diferente da usada para ir trabalhar.


*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 13/01/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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