Cúmplices - Capítulo 8 - Crise

  • Temas: Cúmplices, Heterossexual
  • Publicado em: 15/01/23
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  • Autoria: TurinTurambar
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Roberto nunca viu Isadora naquele vestido. Para ele era estranho sua mulher sair para trabalhar com um roupa e voltar tão sensualmente vestida.


— Que vestido é esse?


— A Silvia tinha um jantar de negócios. Ela me deu para usar.


— Por que ela sempre te faz vestir desse jeito?


— Desse jeito como?


— Exibida


— Me acha exibida?


— Sim, anda desfilando de calcinha quando não estou em casa. Isso é para os vizinhos te olharem?


— Qual o problema? Estou na minha casa.


— Está me dizendo que não tem problema os vizinhos te olharem pelada?


— Foi só a menina daqui de cima. Você andou conversando com ela de novo?


— Ela pediu ajuda para montar um móvel.


— Ahh..então você foi na casa dela. Ela sim é uma exibida, mas pro exibicionismo dela você não vê problema.


— Eu só fui montar um móvel


— E eu só fui a trabalho.


— E isso de andar de calcinha com os vizinhos olhando?


— Você me comeu com a cortinha aberta. Daquela vez não tinha problema nenhum, não é?


— Deu uma vontade de fazer uma loucura sim, masa gente estava junto.


— Não estava junto comigo quando foi na casa daquela putinha daqui de cima. Deve ter te recebido de calcinha também.


— Ela não se veste igual puta para ir trabalhar.


Isadora acertou um tapa no rosto de Roberto. A reação a ofensa foi imediata, mas logo se arrependeu. O marido sentia a ardência do tapa com a consciência de merecer muito mais do que aquilo. Quando sua esposa cobriu o roto com as mãos e começou a chorar, as lágrimas também brotaram no seu rosto. Sentia-se desesperado e abraçou a esposa pedindo desculpas pela ofensa. Queria se desculpas por outras coisas, das quais não tinha coragem de assumir. Isadora, tomada pelo misto de arrependimento, medo e raiva, abraçou Roberto. Seu único companheiro. Tinha a certeza de que aquele seria o último abraço entre os dois.


— Você tem razão. Sou puta.


— Não é, meu amor. Fiquei de cabeça quente, me perdoa por dizer aquilo.


Isadora mandou o marido se calar. Não se sentia no direito de pedir desculpas. Chorando copiosamente, se esforçou em organizar as palavras e assumir a traição. Contou sobre a loja de roupas, sobre a reunião e o jantar com o Walter. Tirou o peso do segredo das costas e desabou no chão, chorando.


Ouvir aquilo tudo foi um golpe muito forte para Roberto. Nunca sequer imaginou sendo traído por sua esposa. Sentia uma agonia profunda ao saber que outros a tocavam com liberdade. Que quando ele pensava que sua mulher estava trabalhando, na verdade estava com outras pessoas. De repente, parecia não conhecer aquela mulher com quem tinha se casado. Sua companheira o havia traído e não entendia o porquê dela se enregar a outros e não a ele. Ele olhou para ela mais uma vez, viu a si mesmo e começou a compreender a resposta para suas perguntas.


Ajoelhado em frente a sua mulher, Roberto insistiu para ela olhar. Com lágrimas de vergonha, ele também assumiu sua traição. Disse o quanto se sentia ao ouvir os gemidos da vizinha e os desejos que aquilo despertava nele. Assumiu ter mudado seu jeito com Isadora por influência dela e ter finalmente cedido a tentação. Isadora, com seus sentimentos conflitantes, se calou.


Os dois ficaram sentados no chão da sala, calados. Decepcionaram, e também foram decepcionados. Sentiam-se horríveis pela foram como foram tarados, mas também peço próprio comportamento. Não tinham coragem de falar nada.


— Essa Silvia também, ela é uma filha da puta. Ela te usou, te colocou em todas essas situações e ainda jogou você no colo daquele cara. Usou o emprego para te manipular. Você devia sair desse trabalho.


Isadora apertou a mão do marido.


— Não é assim, Roberto. Eu quis. Eu senti tesão em cada situação daquela. O assédio dela e da Valéria me faziam sentir mais gostosa, assim como os clientes na reunião. No Jantar com o Walter, em algum momento ela quis mesmo me usar, mas as coisas só aconteceram porque tive iniciativa. Me senti em um jogo de sedução e quis participar dele. Eu me sentia gostosa, desejada. Sei que é errado, não devia ter feito isso com você, mas estava no meio de algo diferente de qualquer coisa que já vivi. Aquilo me excitava muito. Se não fosse hoje, seria outro dia, com outras pessoas. Eu não tenho perdão. Não é como essa menina se jogando em cima de você. A gente estava a dias sem transar, deve ser sido difícil se segurar.


Roberto imaginava Isadora como alguém sendo pressionada a fazer o que fez. Era, na cabeça dele, a única explicação para a traição dela. Ouvir de sua esposa que ela quis tudo aquilo partiu ainda mais o seu coração. Mesmo assim, não tinha moral para julgá-la.


— Ela não se jogou tanto assim. Só a vi duas vezes. O problema foi ouvir. Ouvir ela gemendo daqui de baixo me fez despertar um monte de fantasias e quando percebi, transava com você pensando nela. Eu ouvia aquela mulher se entregar de tal forma que nunca achei poder pedir a você. Hoje foi apenas a segunda vez em que conversei com ela e cedi as provocações. Não fui uma vítima.já queria aquilo há muito tempo.


Os dois se olhavam, arrasados.


— Se não tivéssemos mudado para cá, nada havia acontecido.


— Será?


— Se não tivéssemos conhecido a Silvia e a Alessandra, tudo seria diferente.


— Acho que não. Sinto que tudo mudou quando fizemos amor aqui, com as cortinhas abertas. Vi um vizinho me olhando. Senti vergonha, mas também tesão. Era tão impróprio, errado, mas me deu mais prazer. Às vezes ando de calcinha em casa e fico molhada só de pensar que tem alguém me olhando. É como se eu nunca me sentisse tão viva, com tanto desejo. Passei a me sentir diferente, principalmente quando as pessoas me olham. Eu achava isso estranho no início, mas com o tempo me senti confortável. Me aceitei sendo do meu jeito, mas fiz coisas que não devia.


Roberto ouviu sua esposa engolindo a seco. Não imaginava que aquele sexo atrevido na frente aos vizinhos teria dado início a tudo aquilo. Se deu conta de ser algo além de Silvia ou Alessandra. Além até, de um transa com as cortinhas abertas.


— Você sabe que tenho minhas fantasias, e nunca pusemos em prática porque não se sentia confortável. Alessandra trouxe isso à tona, mas te ouvindo falar agora me dei conta de outras coisas. Reclamei do seu vestido, de você andar de calcinha em casa, mas já tinha percebido o seu gosto em se exibir. Você atraía a atenção de todos durante a mudança. Notei que levou caixas demais para o quarto e me perguntava se isso tinha a ver com os montadores lá dentro. Eu não gostava de ver eles te olhando, mas me excitava muito ver você se exibindo. Já é tão sexy e ficava maravilhosa quando se exibia fazendo coisas mundanas. Estranhei saber que andava seminua em casa, porque queria estar aqui para ver.


Sentados, com as lágrimas secas no rosto, os dois revelaram tudo. Os corações foram abertos, mas ainda estavam feridos. Tinham dificuldades tanto em perdoar o outro como a si mesmos. Dali, se levantaram e tentaram continuar a vida, mas não do mesmo jeito. Quase não se falavam, conversando apenas o estritamente essencial. Não havia vida entre eles e nem mesmo fora de casa. Roberto ignorava os assédios de Alessandra por simplesmente não desejar mais nada. Isadora, frustrava Silvia criando um limite para sua chefe. Não queriam mais nada, nem entre eles e nem com ninguém.


Os dias se passaram e aquele ambiente morto entre os dois se naturalizou. Não conseguiam conversar entre si. Roberto ficou em sua mesa, trabalhando, mesmo sendo sábado, pois era o jeito dele de fugir da tristeza e de sua mulher. Isadora, assistia televisão a poucos metros dali, fingindo ignorar seu esposo. Não conseguiu. A agonia e a decepção ainda não haviam passado, mas ela não sabia o que fazer. Olhava para a televisão sem prestar atenção no que era exibido. Na verdade, pensava o tempo todo na situação dos dois. Aquilo era insustentável e parecia certo o fim do casamento. Continuar daquela forma, no fim das contas, era impedir ambos de seguirem suas vidas, como se precisassem se castigar com esse convívio torturante. Refletindo, Isadora chegou a conclusão sobre o que queria para si. Se levantou, mas não se dirigiu a Roberto.


Foi para o quarto, pegou roupas no cesto para lavar. Antes de levar as roupas à área de serviço, tirou o short e o pôs com as demais. Roberto podia se esforçar o máximo possível para focar no trabalho e se isolar, mas não conseguiu ignorar sua esposa desfilando de Blusa e calcinha pela sala. A peça, parecia se esconder naquelas nádegas fartas, tornando a visão ainda mais tentadora. As cortinas abertas não inibiam aquela mulher, nem os vizinhos nas janelas e varandas do prédio ao lado. Ela simplesmente fez o que quis, sem se importar com olhares ou julgamentos. Roberto, ao invés de enciumado, se percebeu admirado pela beleza de sua mulher, mas também pela atitude. Pois, afinal, Isadora era uma mulher independente, capaz de conseguiu melhores empregos e contribuir mais para sustentar aquela casa. Nunca pediria autorização para vestir o que quisesse, principalmente em sua casa.


Isadora jogava as roupas na máquina de lavar quando sentiu o calor em suas nádegas.


— O que foi?


— Sua calcinha está torta.


Bastava um movimento com os dedos para ajeitar, mas foram vários. Dedos indo e voltando sob a calcinha se transformaram em palmas apertando aquelas nádegas com firmeza.


— Ainda não ajeitou?


— Não. Acho que vou precisar ficar mais tempo ajeitando.


— Ótimo, não quero que saia daí tão cedo.


Roberto agarrou Isadora por trás. Quando ela virou o rosto, os dois se beijaram. As mãos dele percorreram o corpo dela por baixo da blusa até encontrarei os pequenos seios, sem deixar de beijá-la. As bocas pareciam querer se engolir, tamanho o desejo. Ele abaixou a calcinha dela e ela levou a mão para trás para abaixar o short ele. Com os corpos colados, os dois gemeram juntos na penetração. Ao olhar para a janela, Isadora se percebeu observada.


— O vizinho está olhando, amor.


— Deixa ele olhar, ver minha preta gostosa trepando.


— Não está com ciúme.


— Ele que está com inveja. Eu to com tesão de ver você me provocando com esse rabão de fora.


— Percebi, seu pau está tão duto, amor. Está me comendo gostoso, na frente do vizinho. To me sentindo uma puta.


— Adoro te ver puta. Só me excita mais te ver exibida, safata. Você é a minha puta.


— Isso, safado. Me trata como a sua puta.


Um tapa estalou na bunda de Isadora em reação a sua provocação.


— Isso, safado. Me bate. Me bate como você bate na piranha da Alessandra.


O som dos tapas ecoava mais alto, misturados aos gritos manhosos de Isadora. Apoiada na máquina de lavar, ela empurrava o quadril para trás para resistir as fortes estocadas.


— Aquele velho te comeu assim?


— Sim, ele gosta de pegar por trás igual a você. Por que será?


— É essa bunda gostosa, ninguém resiste.


— Então me come, me come forte igual ele me comeu.


Roberto aumentou o ritmo. A própria máquina de lavar era arrastada com os golpes do quadril dele. Os gemidos, cada vez mais altos, indicavam o orgasmo iminente, mas Isadora o interrompeu. Sua esposa se pôs de quatro.


— Me come aqui no chão.


Roberto se põe atrás dela apressado, mas ao empurra seu pau na boceta da esposa, Isadora segura sua rola e a direciona para outro lugar.


— Tem certeza.


— Tenho. Sei que você quer e eu estou muito excitada. Come o meu cuzinho.


Os olhos de Roberto brilharam, mas ele soube controlar sua empolgação. Entrou em Isadora com cuidado, medindo pelos gemidos dela as sensações de prazer e dor, interrompendo a penetração quando necessário. Os carinhos nas costas para ela relaxar tomaram o lugar dos tapas. Quando o caralho entrou inteiro, Roberto voltou a lhe dar um tapa.


— Que gostoso amor! To me sentindo uma puta te dando o cu.


— Adoro você bem puta, sabia?


— Que bom, porque sou muito puta. Dou para minha chefe, pro cliente dela. Quero dar para todo mundo porque tenho muito fogo na boceta.


Roberto acerta mais um tapa. Isadora geme e leva uma mão à boceta e acelera os movimentos sobre o clitóris.


— Então queima esse fogo, piranha.


— Não tá com ciúme?


— Não se eu continuar te comendo?


— Você vai sempre me comer, meu amor. O cuzinho vai ser só seu. E pode comer a piranha da vizinha também.


— Ela, eu quero dividir com você


Roberto metia forte em Isadora quando trocavam essas provocações. O pacto em meio a gemidos e estocadas foi selado com um orgasmo simultâneo dos dois. Os dois tremiam e Roberto se debruçou em sua mulher enquanto seu pau disparava nela. Isadora, tremendo, tentou suportar o peso do esposo até não aguentar e os dois desabaram no chão. Ficaram ali, deitados, acabados, mas de mãos dadas. Recuperavam o fôlego enquanto trocavam carícias e beijos. Não se importam com o frio do chão e permaneceram ali por horas reconstruindo sua relação.


*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 15/01/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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