Ensina-Me A Viver, 3

  • Temas: Hétero
  • Publicado em: 08/03/23
  • Leituras: 2249
  • Autoria: Larissaoliveira
  • ver comentários

Milka observa aquele homem se distanciar. Ainda tremia muito, o corpo inteiro instável. O rosto ainda doía muito, como se uma ferida aberta tivesse ali irrompido. Ela passa suavemente os dedos sobre o enorme vergão, sentindo a dor aumentar muito ao mais leve toque. Primeiro se assusta dado a espessura do inchaço, mas depois se alivia, percebendo que, apesar de tudo, não havia ferida ou sangue. Milka não queria uma cicatriz em seu lindo rosto.


Ela se assenta em uma cadeira qualquer, de uma mesa simples, de madeira tosca e pobre, como tudo ali. O cheiro era ruim. Tudo era mal feito, feio e gasto. Ela começa a chorar. Tanta coisa havia acontecido em tão pouco tempo, um misto de sensações, todas elas ruins. 


Milka só pensava em resolver tudo logo. Queria dizer àquele homem que pagaria o resgate, afinal, era uma herdeira muito rica. Quanto mais rápido o fizesse, melhor. Pelo menos poderia comparecer ao velório dos pais… E ela desaba, ao lembrar 


"Pai… por favor… me desculpa…eu fui uma péssima filha…", as lágrimas rolavam


"... Filha, calma, o pai só está tentando entender e…"


Ela chorava vertiginosamente. A imagem do pai calmo e bonachão lhe doía na alma


"Toc Toc. Filha, a mãe pode falar um pouquinho com você?"


"...É POR ISSO QUE EU DETESTO GENTE VELHA!..."


Milka soluçava, mal podia respirar 


"Oh, mãe… me perdoe, onde você estiver, mãe… me perdoe…"


Era como chorar lágrimas de sangue. O rosto dos pais, a voz deles… tudo tinha o peso de toneladas


Algum tempo se passa e não se pode dizer que Milka estava recuperada em qualquer sentido. Mas à medida que escurecia, todos os sons por perto ficavam mais assustadores. Sapos, ventos, coruja e outros sons bizarros que ela não podia distinguir. O medo já a estava dominando. E ela podia perceber que as lamparinas vacilavam, anunciando que logo iam apagar.


Milka organiza as ideias rápido, entendendo que precisava sobreviver àquela noite. Estava morrendo de fome e não via nenhuma comida por ali. Ela passaria sem comer, mas em relação à água estava quase ao ponto do desespero. Ela também não sabia onde deveria dormir. Não sabia nada. A temperatura caía rapidamente e ela já sentia um pouco de frio. Uma das lamparinas se apaga. 


Milka entra em desespero e põe os pés para fora do casebre, vendo que já era uma noite de escuridão total. Por sorte, pôde ver uma pequena luz lá longe e assim pôde identificar o carro. Ela vai até lá, tropeçando aqui e ali, com muito medo. 


Toc Toc - ela bate no vidro


- Moço - ela gesticulava, pedindo para ele sair


O vidro desce lentamente.


- Que diabos você tá fazendo aqui? Volte pro seu casebre! - e desliga a tela do celular, fonte da pequena luz que Milka havia visto.


O vidro vai subindo novamente


- … Está muito escuro, por favor! Eu não vou conseguir dormir assim! Eu estou com fome e muita sede… Você precisa me ajudar, por favor! 


A porta se abre. Ele sai.


Sem dizer uma palavra, ele segue para o casebre e Milka o acompanha. Ambos entram.


- Ali naquele pote tem arroz. Água tem no poço, você precisa puxar. Naquele outro pote tem feijão, já dá pra fazer uma sopa ou algo assim. Ali tem sal. E… Bom, é isso. 


- … Mas eu posso acessar o YouTube para ver como faz? É que eu nunc…


- YouTube? Aqui não tem internet, caralho. Você é alguma retardada? Não sabe fazer a porra de um arroz? É melhor você aprender, porque eu não gosto de passar fome! Você vai cozinhar para nós. E sinceramente, não tenho paciência para putas iguais a você.


Ela começa a chorar com as duas mãos no rosto


- O que eu fiz pra você? Por que está me tratando desse jeito? Eu vou pagar o resgate! Eu quero pagar, não estou resistindo! 


- Resgate? Kk Não… Tsc, Tsc, não haverá resgate, Milka. E eu te trato assim porque é assim que se trata uma piranha como você. Um lixo como você… que expôs os pais a tanto perigo.


- Ahn? Eu não fiz isso, eu…


- Imagina, que coisa horrível… Ter a casa invadida por um monte de bandidos… Que coisa mais feia… Mas também, né? A filha gostava de dar a buceta para um traficante… As coisas tem consequências, né? Que desgosto para seus pais… Você precisava ver, Milka… Mesmo naquela situação, eles só se preocupavam com você. Que idiotas! Os caras com o fuzil pressionado na cara do velho e ele suplicando: "Só não façam mal à minha filha, por favor". Sua mãe, coitada, o nariz sangrando de tanta bofetada na cara e ela se recusando a dizer onde você estava… Nossa, amor de mãe é um negócio de louco… Morreu esfolada no asfalto, mas não entregou a filhinha. 


Milka cai de joelhos. Não havia mais forças nela. Ela queria morrer. Queria ser esmagada. Que o teto, aquele teto mal feito caísse sobre si e a matasse.


- Pare, por favor, pare - Milka fecha os ouvidos, tapando-os com as mãos, morrendo por dentro


- É sempre assim, Milka. As garotas se envolvem com o que não conhecem e o resultado é esse. Você sabe que a culpa é toda sua, né?


- … Por favor, pare - ela dizia em meio aos soluços e lágrimas que me tomavam todas as forças.


- Enfim… No quarto tem um tapete. É só o que terá para te servir de colchão. 


- Eu vou dormir no chão? Mas está tão gelado… 


- Uhum. Tem que tomar cuidado, Milka. Essa região aqui é lotada de escorpiões, sabe? 


Ela chora baixinho. Para uma garota como Milka, que temia até barata, a ideia de aranhas, cobras e escorpiões passando pelo seu corpo era horripilante.


- Moço - ela põe as duas mãos espalmadas e unidas diante de si, em sinal de súplica em meio às lágrimas -, deixa eu te pedir só uma coisa, só uma, por favor! 


- Hum, diga 


- …Deixa eu dormir no carro. Só hoje. Você fica com a chave, eu não vou fugir. Eu estou com muito medo de ficar sozinha


- Dormir no carro? Eu vou dormir no carro, Milka. Você acha que eu vou dormir aqui no chão? Lotado de escorpião? Você tá louca. Não, não.


Ela continuava o choro baixinho.


- Em falar nisso, você está fedendo, caralho! Lágrimas, poeira, suor e mijo. Porra, vá tomar um banho! 


- Pelo menos pega água no poço pra eu beber… A partir de amanhã eu juro que pego. Eu… vou aprender a fazer o arroz… e…


- Hum… Certo. Esse é o espírito, Milka. 


Ele sai e depois de alguns minutos volta com um balde de alumínio. Milka pega dali um copo d' água e bebe vigorosamente, seguido de mais um e depois mais um. 


- Eu trarei do carro um cobertor para você, mas não quero ser incomodado novamente. Espero que você não pague para ver. Não estou a fim de quebrar seus dentes. Está claro, Milka?


Ela balança a cabeça que sim


Milka não comeu, mesmo com muita fome. Não conseguiu ligar o fogão, porque a mangueira do gás estava na posição travada e ela não sabia nem o que era isso. Como não funcionava, não teve coragem de chamar o homem novamente. Dormiu suja sob uma fina malha e sobre um duro tapete. O medo dos escorpiões a fazia ficar dura.


"Estou no meu quarto. Minha cama king size. Estou no meu quarto. Meu cobertor canadense… Eu apenas estou bêbada por causa da festa. Sim, estou muito bêbada, por isso estou suja… Só preciso dormir. Amanhã as empregadas vão lavar tudo, essa roupa… esse cheiro… Mas agora preciso dormir, nossa, como estou bêbada! rs. Amanhã tudo isso vai passar! É isso, apenas estou muito bêbada", ela tentava se convencer para conseguir dormir. E depois de um tempo, o sono, único conforto naquela situação, começava a aparecer dada a exaustão, relaxando todo seu corpo...


- Dona Milka, posso retirar os lençóis, ou você ficará um pouco mais na cama?


- Hãn? Vanda? - Milka olha, confusa para a empregada - Quem te deu permissão para entrar no meu quarto, você está louca? Saia já daqui, anda, anda, xispa! - e mete a cara no travesseiro novamente.


"Aff, que demente… uma hora dessas vir atrapalhar meu sono…"


- Desculpe, dona Milka, é que você pediu para eu te acordar cedo e…


- Você ainda está aqui? - ela olha indignada - SAIA… DO MEU QUARTO… AGORA! - Milka se irrita com a empregada, mas não levanta da cama, para não perder aquele sono tão gostoso que a dominava


- Ok, dona Milka… Me desculpe, tá?


"Filha da puta, eu vou demitir essa desgraçada…" - tentando não se irritar e conservar o sono forte


- Bom, dona Milka, então você não vai levar as flores aos seus pais?


"Do que essa idiota está falando?"


- Ok, o que você quer, Vanda!? Você queria me tirar do sério? Ok, você conseguiu!!! Pegue suas coisas e saia dessa casa agora e… Meus… Meus pais??? - uma lembrança estranha começava a aparecer


- Sim, Milka, você matou seus pais, lembra?


- O… o quê? - Milka se levanta, atônita


- Sim, você matou eles, porque você é uma assassina, você matou seus pais, Milka, não se lembra?


- Não! Não, eu não fiz isso!!! - o corpo inteiro tremendo


- Claro que fez, quer ver? Lídia!, Pâmela!, Vem cá! A Milka não é uma puta? Ela não é uma piranha que matou a mãe e o pai só pra dar a buceta para uma traficante? 


- Sim, Vanda, ela é uma biscate, ela matou os pais pra dar a buceta, sim - diz Lídia


- Uhum. Milka, você matou sim, para dar a buceta para um traficante, você se esqueceu??? - dizia Pâmela


- NÃO! NÃO! ME DEIXEM! SAIAM DAQUI - ela gritava histérica


- KKK VAGABUNDA, ASSASSINA KKKKKKKKK - a risada de todas furava os tímpanos de Milka. Todas apontavam para ela e gargalhavam...


BLAM! - era como se uma bomba tivesse explodido. Milka acorda desesperada, não sabia onde estava, a mente parecia estar fora do corpo. Aos poucos, recorda de tudo. Fora ontem sequestrada, espancada e abandonada em um quarto sujo. A porta à sua frente quase tinha sido derrubada com um pontapé. 


- Acorda, cassete! Olha a hora que já é e você dormindo! Eu queria tomar um café agora e não tem! Anda, anda! Levanta!


Milka se coloca de pé, ainda desnorteada. Zonza, desequilibrou uma vez e caiu, mas se pôs de pé em seguida. Não era como se tivesse dormido uma noite inteira. Era como se apenas tivesse cochilado por dez minutos, não mais do que isso. Todavia, a luz do dia lá fora provava o contrário.


- Eu tô falando com você, cadela! - ele se aproxima ferozmente - Vá fazer o café! 


Milka engole seco. 


- … Você… po… poderia me ensinar? Eu…n…


- Ah, vá tomar no seu cu! Você não sabe nem fazer a porra de um café? O que você aprendeu na vida, caralho? Só aprendeu a dar esse buçanha para seus amiguinhos playboys? Ou a dar esse cu para seus namoradinhos traficantes? Você nunca aprendeu nada útil na vida? Chupar pica você deve saber, né? Mas não sabe fazer um café??? Aliás, você engolia ou cospia, Milka? 


- … Eu vou tentar fazer o café e…


- VOCÊ ENGOLIA OU COSPIA, MILKA? - fechando a mão no couro cabeludo dela, com uma força muito acima do suportável


- Aiiiiiii!


- Você engolia ou cospia, Milka?


Em lágrimas, ela procura responder 


- Eu não sei… dependia, dependia do momento, eu não sei - chorando copiosamente


Ele solta o cabelo dela


- Não consigo entender. Se não gosta de café é só não beber, ué, não precisa cospir. Ou engole ou não engole, mas beber pra cospir não faz sentido… A não ser que você esteja falando de outra coisa… - ele encena uma cara de desconfiança - Do que é que você estava falando, Milka???


- Nada… 


- Milka, não me faça quebrar seus dentes. Eu te fiz uma pergunta, seja educada e responda


- … Eu… - soluçando muito - eu fala... falava de… se...sexo oral


- Sexo oral? Kkkk Ah, sim, é aquela coisa que… tipo, um cara pega o pinto dele e soca na boca de uma mina, né? Certo, Milka?


Ela faz que sim com a cabeça


"Caralho, que mina bonita da porra, vai tomar no cu… O que faz uma pessoa se tornar tão linda por fora e tão horrível por dentro? Mas eu eu vou dar um jeito nisso… Ah, se vou!"


- Bom, enfim, cadela, prepare o café - ele se prepara para sair


- Eu… acho que consigo, mas se eu errar… por favor, não bate em mim. Por favor… me ensina só uma vez! 


Ele nada responde, parado na porta


- Moço, por favor, tá sendo tão difícil e…


- FO… DA… SE! Eu vou voltar daqui quarenta minutos. E tome banho, o cheiro da sua buceta está forte, você está podre, Milka. Não acredito que dormiu suja! Tem que ser muito porca mesmo, puta que pariu!


Milka apenas permanece em silêncio, as lágrimas escorrendo silenciosamente. O homem sai novamente e Milka sabia que precisava fazer algo. Dentro de quarenta minutos tudo precisava estar feito.


Milka olha primeiro suas mãos. As unhas não quebraram, apesar de tudo, mas a pintura estava perdida. Ela faz um coque rápido e sai da casa, descalça, em direção ao poço, limpando todas as lágrimas que insistiam em nascer.


Em frente ao poço, ela começa:


"Certo, como eu faço isso? É só jogar o balde?"


Longe dali, num morro, Lincoln recebia a primeira ligação, no único meio metro onde havia sinal. 


- Quero informações da minha filha, senão vou ficar louco


- Sr. Marvin, eu não terei uma linha direta com você, nunca te prometi isso. Só teremos duas ligações. Essa é a primeira. A outra será quando eu for devolver a Milka. 


- E quando será isso?


- Não costuma demorar mais do que seis meses, como havíamos falado antes. 


- Certo… Olha, não pega muito pesado com ela


- Sr. Marvin... se a Milka tivesse apenas dez ou doze anos, eu não a traria para cá.


- Por quê?


- Porque em última análise quem devia estar aqui é você e sua esposa. A cada tabefe que eu tenho que dar na sua filha, eu sinto que na verdade deveria ser na sua cara, e na cara da sua mulher. Você é um bosta. VOCÊ fez isso com a Milka. Você! 


- … Eu sempre tent…


- Ah, poupe-me! Todos vocês, pais retardados, têm o mesmo discurso. A coisa mais útil que você deveria fazer, Sr. Marvin, é reconhecer o seu erro. Você falhou como pai - e ele desliga.


De onde estava, por detrás de várias árvores, e com o uso de um potente binóculo, Lincoln podia ver Milka. Ela puxava o balde, o rosto vermelhinho de tanto fazer esforço. Alguma coisa prendia o balde lá embaixo e ela continuava sem desistir, ainda que chorando o tempo todo. Ela falava sozinha. A leitura labial não permitia muito, mas ele podia imaginar: "Por favor, balde, sobe vai, ai, minha mão está ardendo". "Ai, tá quase, só mais um pouco, isso, Milkinha, você está conseguindo… ai, quebrei a unha, não acredito"


Lincoln ria imaginando tudo e, em seguida, regula o binóculo para a precisão máxima. Desce a visão pelas coxas de Milka, bem na hora em que ela subiu um pouco o vestido para colocar o balde na coxa, feliz por ter conseguido. 


"... Caralho… que gostosa da porra…"


A água balança no balde e molha inteiro o decote de Milka, que leva um baita choque pela água gelada no corpo quente. A cena, para Lincoln, foi um deleite visual. Milka se recuperava do susto e agora se inclinava para pegar o balde novamente


"Que bundinha deliciosa, mano… e essas tetas molhadas… Caralho…"


Não demora mais muito tempo e Lincoln se aproxima do casebre, de onde vinha um cheiro de café convincente


Milka estava coando quando ele entrou. Ele senta à mesa. 


- Muito bom, o cheiro está ótimo


- Eu fiz o melhor que pude, não entendo muito da quantidade de pó, mas… eu tentei


- Tome um banho, Milka. Eu termino de passar a água. Tome essa toalha e esse sabonete. Se você merecer, depois te arrumo um shampoo


- M... mas aquele banheiro… eu tenho medo, deve ter sapo lá


- Sapos não fazem nada. De fato, pode ter um ou outro, mas acho que não.


- E… não tem porta. Eu preciso de privacidade


- Eu vou ficar aqui, não vou olhar. Você tem minha palavra 


- T… tá 


De fato, aquele banheiro não passava de umas tábuas e umas telhas. Mas o vaso, apesar de imundo, parecia funcionar bem. E o chuveiro, mesmo sem aquecimento, funcionava também, abastecido por uma caixa d'água que, sabe-se lá como, não despencava lá de cima.


Milka primeiro faz xixi, com medo dos sapos, mas sentindo um prazer fenomenal em poder liberar sua bexiga. Em seguida, toma um banho rápido, para não ter imprevistos com aquele homem. Retirar do seu corpo toda aquela sujeira era revigorante. Nunca em sua vida Milka tinha encostado sabonete no cabelo, mas diante daquela situação era o necessário. Ao término do banho, ela lamentava ter que vestir agora o mesmo vestido imundo. É quando ela ouve uma voz, vinda da lateral do banheiro:


- Vou passar uma roupa para você, não se preocupe, não vou olhar, ok?


- O… ok


Ele estende o braço e Milka pega algumas peças. 


- Obrigada


- Estou te esperando para o café


E ela ouve os passos do homem se distanciando


Milka olha cada peça. Uma calcinha rosa de renda. Uma peça bonita e comportada. Ela se surpreende em ser de uma marca cara, que ela gostava tanto, Victoria's Secret. O sutiã vinha junto, formando um conjuntinho. Além disso, uma bermuda feminina vermelha, modesta, mas bonita. Uma mancha branca de cândida na perna direita provava que era uma roupa usada. A camiseta também parecia ser feminina e de segunda mão, principalmente pelo desgaste da gola.


Milka sai do banheiro aliviada e entra de volta no casebre.


- Ah, agora sim, Milka! Venha, espero que você goste de bolo de milho. 


A mesa estava simples, mas organizada. Café, bolo de milho e bolachas. Milka saliva imediatamente dada a fome gigantesca que sentia.

*Publicado por Larissaoliveira no site climaxcontoseroticos.com em 08/03/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


Comentários: