O Pico da Montanha Nevada

  • Temas: Passeio, surpresa, captura, cativeiro, roubo, estupro, fuga, justiça, morte
  • Publicado em: 17/04/23
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  • Autoria: Marcela_Araujo
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O Pico da Montanha Nevada




Marly estava ansiosa para compartilhar aquele final de semana prolongado com seus primos, principalmente com Gustavo, com quem tem uma "queda". Usariam a sua camionete e o jeep do namorado de Lúcia, pois seríamos em seis, mais as barracas e tudo o mais necessário para três dias de camping, só o seu veículo não seria suficiente. O Pico da Montanha Nevada é um lugar encantador, uma planície onde há uma pequena lagoa abastecida por uma fonte de água mineral puríssima que brota através das rochas e tem muitas grutas e cavernas. Na verdade Marly nunca foi até o cume, mas Gustavo foi por duas vezes.


Além dos primos Gustavo e Lúcia, Verinha e Lena as outras primas também os acompanharão.


A família de Marly, no ramo de sua vó Clara, são três meninas, sua mãe e suas duas irmãs, a tia Helena, mãe de Gustavo e Lúcia, a tia Anastácia, mãe de Verinha e a tia Claudete, mãe de Leninha. Esta será uma ótima oportunidade dos primos se encontrarem, pois não residem na mesma cidade, apesar de morarem em cidades vizinhas. Quem teve a ideia desse camping foi Gustavo e Lúcia. O ponto de reunião seria na casa de Marly, por ser a mais próxima da rota que seguiriam. Já na manhã de sexta, toda a turma estava chegando. A mãe dela ficou entusiasmada por acolher suas sobrinhas e o sobrinho Gustavo. Só que houve um desfalque, o namorado de Lúcia, por motivo de força maior, não poderia participar do camping. Lúcia ficou triste, mas assim mesmo não desistiu. Só que agora usariam somente a camionete de Marly, pois serão somente em cinco, o primo Gustavo, 21 anos, sua irmã Lúcia, 19 anos, Verinha com 18 e Leninha com a mesma idade e Marly, com 19 anos.


Com tudo nos seus devidos lugares na camionete 4x4, que passou por revisão completa, levando um galão de diesel de reserva, com Gustavo ao volante, partiram por voltas das 17 horas da sexta. Serão 8 horas até chegarem ao destino, o Pico da Montanha Nevada. Durante a viagem fizeram uma farra tremenda e caçoaram de Gustavo, por ser o único "varão" no meio das garotas. Marly e Lúcia, revessaram com ele ao volante, mas no trecho final na subida e à noite foi Gustavo que dirigiu, por ser ele mais experiente e já conhecer o caminho. Passava pouco mais de 01:30 quando chegaram na área onde erguerem o camping. Apesar de cansados, mas com muito entusiasmo, armaram as duas barracas, uma para Gustavo e Lúcia e a outra para Marly, Verinha e Leninha. Com alguns troncos Gustavo fez a fogueira entre as duas barracas. Fizeram café e comeram biscoitos e foram dormir que ninguém é de ferro, isso por volta das 03:00.


Todo mundo pulou dos sacos de dormir antes das 08:00, não só para aproveitar o máximo possível o camping e para forrar o estômago. Fizeram café e ovos mexidos e comeram com pão e, depois se deliciaram nas águas límpidas da lagoa de água mineral, uma delícia. Gustavo os instruiu o que fariam a seguir:


- Meninas, agora vamos fazer uma caminhada para visitarmos algumas grutas e cavernas. Vocês vão ver o quão impressionantes elas são. Vamos colocar botas, calça comprida e camisa de manga comprida, pois no caminho encontraremos trilhas de mato fechado com galhos soltos e espinhos. Levaremos só bornal sem água, pois lá perto encontraremos fonte de água mineral. Vinte minutos de caminhada e estaremos lá.


*****


Gustavo tinha razão. É um paredão impressionante de rocha devendo ter em alguns trechos mais de 500 metros de altura, daí o nome de Pico da Montanha Nevada e olhem que já estão a mais de 1500 metros desde a planície litorânea. O interessante é que estas montanhas se estendem por centenas de quilômetros, fazendo divisa com quatro municípios. Do lado norte, por onde chegaram por estradas serpenteadas sempre subindo e, no topo, há essa espécie de mesa, uma clareira plana e do lado sul, este rochedo enorme de granito, de que compõe grande parte das montanhas. O que mais as impressionou foi as muitas cavernas e grutas. Gustavo disse que muita gente já morreu descendo nas cavernas, que são muito fundas. Ele então as levou duzentos metros adiante do paredão e podem ver as "bocas" de algumas grutas, que são mais acessíveis, pois a grande maioria são horizontais e não verticais. Passaram algumas horas visitando diversas delas com áreas que mal cabia uma pessoa em pé. Entram numa gruta imensa, com um salão com mais de dez metros de comprimento e uns dois metros de altura no trecho mais baixo e noutro, chegando aos seis metros. Essa gruta tinha outras bocas que acessava outros salões.


Verinha como sempre, muito afoita, correndo na frente, apesar do primo pedir que caminhasse ao lado deles, enveredou numa dessas bocas e sumiu de vista. Chamam por ela e como não tem resposta, foram atrás da impetuosa priminha. Foi surpreendente o que encontram, um corredor de uns três metros, como se fosse um túnel natural, que acessava um imenso salão. Apesar de estar num desnível em relação a gruta "mãe" sentiram uma corrente de ar fresco. Na boca desse salão, avistam a prima que parecia examinar o interior dessa gruta.


Verinha estava parada, dura como uma estátua e há dois metros a sua frente, quatro homens empunhavam revólveres em sua direção. Quando os viram, direcionaram as armas em direção deles.


O mais alto e corpulento indagou, parecendo tão surpreso como os jovens.


- O que estão fazendo aqui garotos?


- Estamos explorando as grutas, senhor!


Gustavo respondeu, com voz trêmula, quase que engolindo as palavras. Podiam ver atrás deles, numa bancada rústica de madeira alguns sacos onde se lia: "Malote Bancário” e pelo visto não estavam vazios e ainda viram alguns maços de notas soltas de dinheiro. Um outro homem, pouco acima do peso, se aproximou dos jovens e gesticulou com a arma apontada para eles.


- Vocês não deviam ter nos vistos.... agora façam o favor de ficarem bem juntinhos ali no canto e nem um pio.


Sem alternativas, fizeram o que ele mandou. Os homens ficaram algum tempo conversando, creem que a respeito deles. Nesse interim Gustavo sussurrou para ficarem calmas e que pelo visto eles deviam ser os homens que assaltaram o Banco do Estado, a agência de nossa cidade, semana passada. Como eles estavam trocando ideias nada boas a respeito deles, reunidos um pouco longe da gente, Marly falou "entre dentes" para seus primos:


- Eles vão nos matar.... vamos correr e fugir, senão já viram?


Não foi necessário mais nada.... saíram em disparada pelos mesmos caminhos que entraram. Leninha e Verinha, muito mais rápidas, por serem atletas de corrida nos seus colégios, sumiram na nossa frente. Lúcia e Gustavo a seguir Marly na rabeira. Ainda pôde escutar o alarme deles e o estrondo tremendo de dois disparos e ordenando que parassem. Bobagem deles, isso era o que nem pensavam fazer. Na corrida, nenhum deles, seria pareo para eles, ainda mais embalados pelo medo.


O diabo disso tudo é que cada qual saiu em disparada sem olhar para trás e, Marly por não se lembrar muito bem qual trilha seguir, se perdeu dos seus primos. Suando e botando os bofes pela boca, se deparou com um matagal a sua frente. Sem saída ficou encolhida o mais que pôde dentro de uma moita de capim muito alto que a cobria. Deu para escutar os passos de dois deles bem próximo de onde se escondia. Prendeu a respiração e ficou bem quietinha esperando que se afastassem. Quando pensou que tinha conseguido, sentiu mãos agarrarem seus cabelos e ser puxada com violência. Gritou apavorada e pôde ver o punho vindo em sua direção, ainda deu para desviar o rosto, mas não a cabeça. O golpe atingiu sua testa com muita força e ela apagou.


*****


Não sabe quanto tempo ficou desmaiada. Foi acordando aos poucos, vendo tudo duplo a sua frente e um zumbido forte nos ouvidos. Podia ouvir vozes, mas não dava para identificar de quem eram, pois se misturava com o zumbido. Entretanto sentiu com braços e pernas presos por algum tipo de amarras e que estava deitada em uma superfície dura e áspera. Lentamente as nuvens escuras que impediam sua visão foram sumindo e então os rostos dos homens, que falavam com ela, mas não dava para entender nada. Virou o rosto e do seu lado viu sua prima Lúcia, e ela parecia estar desmaiada, com um filete de sangue escorrendo de seus loiros cabelos.


Somente muito tempo depois é que foi melhorando e apesar de ainda estar zonza, foi com horror que pôde ver que todas elas tinham sido capturadas pelos homens e estavam com braços e tornozelos presos por cordas. Só não viu Gustavo. A gruta estava na semiescuridão, foi então que observou no teto do salão um vão por onde a luz do dia invadia a gruta, por essa razão a corrente de ar que tinham notado antes. Só um dos homens estava presente, os olhando de um modo que deu medo, pois viram desejo nele. Do seu lado, Verinha falou baixinho:


- Marly, eles não pegaram o Gustavo e três deles saíram a procura dele.


Ao saber disso, logo pensou que se o primo conseguisse chegar ao acampamento, iria usar um dos seus celulares, para pedir socorro. Foi o que falou para as primas sem que o sujeito a ouvisse.


Devia estar anoitecendo e a semiescuridão da gruta se acentuou e então o sujeito fez uso de um lampião a óleo, suficiente para iluminar toda a gruta. Não podiam saber quanto tempo estavam aprisionadas, mas devia ser algumas horas; pois tinham sede, fome e principalmente muito medo, sem saber o que estava acontecendo com Gustavo, com os três bandidos procurando por ele.


Foi enorme o pânico delas quando com grande algazarra os sujeitos retornaram e com eles, Gustavo. O primo estava com os braços presos pelas costas e com um filete de sangue saindo de seu nariz.


O grandão explicou ao comparsa:


- Esse filho da puta nos deu muito trabalho. Mas achamos onde eles estão acampados e tiramos a válvula do veículo e recolhemos tudo que pudéssemos trazer de lá. Todos os mantimentos que encontramos, quatro sacos de dormir e logicamente os celulares deles.


- Fale logo Miguelito como pegaram o cabra da peste?


- O idiota estava entrando na gruta, acho que queria "salvar" as garotas. Estava tão atento do que poderia escutar aqui dentro, que nem nos viu chegar por trás dele.


*****


Que merda foram se meter! Todos estão aprisionados pelo bando de ladrões, sem saber quais as intenções deles. Os quatros estavam examinando tudo que saquearam deles, mas o que mais lhes despertou atenção foram os sacos de dormir e o fogareiro a gás, que tem o botijão embutido, com gás para seis horas e logicamente as latas e pacotes de comida. Eles comeram e beberam as suas custas e depois foram para a bancada onde estavam os sacos de dinheiro que roubaram do banco. Entretanto elas sabiam que como ainda estavam em sacos, o roubo devia ter acontecido num carro forte e não no banco. Espalharam os maços de notas e iniciaram a fazer a divisão do motim entre os quatros. De onde eles estavam não dava para escutar o que falavam. Mas perceberam quando cada qual colocou nos sacos suas partes do roubo e arrastaram os sacos de dormir para um canto.


Gustavo estava fortemente amarrado pelos tornozelos, joelhos e braços, estendido no chão no lado oposto onde Marly e suas primas estão. Foi com horror que viram os quatro homens se aproximaram delas e o grandão se inclinou e com o rosto a um palmo de Marly, sentenciou:


- Gostosa, eu e meus amigos somos em 4 e vocês, garotas também. Então decidimos que nós vamos ter mulher para foder essa noite. Escolhi você para mim, então não faça tumulto e venha comigo. Vamos fazer uma foda bem gostosa! Ele soltou seus tornozelos das cordas e a puxou para a levantar. Seu terror foi de tal monta que Marly começou a espernear e a gritar, mas ele a pegou pela cintura e com enorme facilidade foi a levando para um dos sacos de dormir.


Suas três primas, como ela, também estavam aos berros, sendo pegas pelos outros três. Mesmo na sua agonia, pôde ver Verinha em disparada saindo por um dos tuneis de acesso à gruta. Ela tinha conseguido escapar do homem gordinho que a pegou, mas com as mãos presas pelas costas sua priminha perdeu o equilíbrio e se estatelou no chão de rocha e com o baque, percebeu que perdeu os sentidos e foi agarrada pelo miserável.


*****


Marly jogada em cima do saco de dormir e ele, Miguelito, como o outro o chamou colocou um dedo sobre o nariz da apavorada jovem e ameaçou, com voz de trovão:


- Olhe aqui, mulher, eu vou te foder, queira você ou não. Então vamos entrar em acordo. Eu sou grande, pesadão e tenho muito mais força que você, que não passa de uma franguinha leve e delicada. Se você me resistir, terei de a espancar e não quero fazer isso, portanto vais ficar bem quietinha enquanto eu me divirto. Estamos conversados, garota?


O terror de Marly era tanto, que apenas o encarou e não disse nada. Ele a rolou e soltou seus pulsos das amarras, tirou suas botas e a virou de costas e liberou o botão prateado da calça jeans, desceu o zíper e a puxou pelas pernas abaixo. Afobado puxou pela cabeça sua blusa e agora só de sutiã e calcinha com ele a comendo com os olhos, não teve nem coragem para levantar os braços e de olhos fechados, rezando por tudo que era santo, sentiu quando ficou totalmente nua. Dentro de sua inércia, pôde dizer covardia, ela não resistiu enquanto ele a usava. Ele devia pesar no mínimo cinco vezes o seu peso e só em o olhar, sabia que se resistisse a ele, a única coisa que conseguiria era ser espancada.


Ao seu lado, Lúcia, também não resistiu ao estupro que estava sofrendo, só que ela inda estava com as mãos amarrada pelas costas. De Leninha e Verinha, podia escutar seus gritos, mas não tinha visão delas. Foram muitas horas que ele fez o que quis de Marly. A penetrou pela buceta, bunda e até pela boca. Certo que para ela nada disso era novidade. Nenhuma de suas primais são virgens, entretanto sofrer estupro de quatro desconhecidos era por demais horrendo.


Mas Marly tem vergonha de si mesma, pois deve confessar que enquanto sofria os estupros seguido do patife, ele gozou como nunca e ela sofreu inúmeros orgasmos.


As jovens ficaram por seis dias aprisionadas na gruta e durante este tempo, eles diziam que elas eram mulheres deles. Miguelito, o chefão, falou aos outros para não tocarem em Marly, pois ela era dele e não queria a dividir. Foi assim que cada prima ficou com o mesmo bandido, pois a exemplo do chefe, decidiram não compartilhar a "sua mulher " com os outros. Até certo ponto isso foi melhor para elas, isso na opinião de Marly.


*****


Todos os dias, com os braços firmemente amarrados pelas costas, dois deles com as armas em suas mãos, as conduziam para fora da gruta, dizendo para fazerem suas necessidades lá fora. Era extremamente revoltante isso. Fazer o número um e o dois, com os braços presos, sem conseguir se enxugar e limpar. Ainda bem que suas únicas vestimentas eram as camisas e da cintura pra baixo totalmente peladas. Foi Verinha que deu a ideia de como se limparem "esfreguem o bumbum num galho ou capim. O certo é que no segundo dia, pelo menos Marly, estava toda assada lá embaixo. Foi Miguelito que notou o seu "cheirinho"


Então foi ele que as obrigou a caminhar por quase 200 metros, em fila indiana, e Marly na frente e Gustavo por último. Descalças, nas asperezas do solo, sem saber para onde estavam indo. Miguelito pouco na frente era quem os guiava e ainda tinha um outro, armado, na rabeira. Quando ele, Miguelito apontou para alguns metros à frente para uma pequena lagoa e disse que era para eles se "limparem" lá, os cinco, como crianças que chegam num parquinho, correram para a água, desajeitados com os braços presos. A lagoa não devia ter nem 30 cm de profundidade e não mais de dois metros de lado, mas foi o que bastou para se deitarem nela e rolarem seus corpos. O melhor disso tudo era que a água fluía de umas pedras, água mineral pura, geladinha.


Nesta noite Miguelito disse que agora podia chupar sua boceta novamente, pois ela não estava mais fedendo.


Deus do céu, que suas primas e todos a perdoem, mas o certo é que Marly não conseguia resistir ao seu estuprador. Todas as noites quando ele vinha para cima dela, a jovem se abria toda para ele e o que mais gostava era sentir sua boca, sua língua dentro de sua xoxota e no cuzinho. Explodia em seguidos orgasmos. Ela jura por tudo que é santo, que o pênis do enorme homem fazia jus ao seu tamanho, longo e grosso com um punho. Todas as noites ele martelava Marly pela frente e por trás, sempre deixando uma quantidade enorme de esperma dentro dela que sempre vinha junto.


Podem a chamar de vadia, ordinária, puta, do que quiserem, mas ela sentia que se tornou escrava sexual daquele desclassificado, um mero ladrão de banco e um estuprador, que fazia sexo com violência, sempre a deixando com marcas dos chupões, das mordidas e até dos bofetes.


(A coitadinha, não sabia, das primas, foi ela a única que foi vitimada pelo que chamam de “Síndrome de Estocolmo”, que é quando a vítima sente empatia pelo sequestrado)


Foi no sexto dia de cativeiro que tudo mudou, foi quando decidiram o que fazer com eles, pois os bandidos queriam ir embora, levando o dinheiro do assalto. Foi aterrorizante a decisão que tomaram. Eles as levariam com eles. casa qual com a sua "mulher". Achavam que com rios de dinheiro, poderiam convencer as priminhas os aceitar. O mais horrendo é que deixariam Gustavo amarrado na gruta, condenando assim, que morresse de sede e fome.


Ficaram raivosos, quando todas elas recusam suas ofertas, não sabem o que estavam pensando delas, só porque as estupraram por quase uma semana achavam que tinham "direito adquirido" de seus corpos. Certo que das quatro, Marly fui a única, que "aceitou" numa boa o sexo com Miguelito, mas daí fugir com ele, era outra história e ainda tinha o que queriam fazer com Gustavo e foi este fato, que libertou Marly da Síndrome que a dominou.


Nenhum dos bandidos se conformou com a recusa delas, ainda mais que falavam que o lugar deles, era na cadeia e que tão logo tivessem condições, iriam os denunciar as autoridades policiais.


Foi então que falaram que as levariam a força com eles, que as "domariam" em pouco tempo.


Os três comparsas de Miguelito, usariam a camionete de Marly para descer, levando suas primas e parte que lhes cabia do roubo. Lá embaixo, cada qual seguiria o seu destino. Eles amarraram as meninas pelo tornozelo e braços e as amordaçaram e com as três nos pisos dos bancos pegaram a trilha de descida. Quanto a Miguelito, ele usaria o jipão deles, que estava escondido sob umas moitas num matagal. Marly se rebelando que não o queria para ela nem com o dinheiro roubado.


- Vadia de merda, eu sei que você gozou como uma cadela no cio, agora quer bancar santinha e se achar melhor que eu! Tu vais comigo na marra mulher, igual as outras.


Ele não lhe deu tempo para nada, mas ainda pôde ver o punho vindo em sua direção e que acertou precisamente no rosto. Ela Apagou na hora e só foi saber do que ocorreu daí em diante, muito tempo depois.


*****


A caminhonete, com os três bandidos levando Lúcia, Verinha e Leninha a bordo, já estava na metade do caminho da descida do Pico da Montanha Nevada quando numa curva foram obrigados a brecar. Bem a frente deles, quatro carros pintados com as cores da polícia da cidade delas, cada qual com quatro policiais a bordo. Logico que a camionete foi reconhecida e na tentativa de dar ré, colidiram contra o paredão de barro à direita e então como último recurso o trio resolveu escapar a pé, respondendo aos disparos dos policiais, enquanto abriam as portas para empreenderem a fuga. Resultado, depois de demorado tiroteio, os três bandidos estavam crivados de bala, há poucos metros da camionete. Foi com euforia que os homens encontraram três das garotas sumidas e grande parte do dinheiro roubado.


*****


Quanto a Marly, a história foi outra. Miguelito vinha com o seu jipão, a menos de um quilometro atrás da camionete. Pôde ouvir o intenso tiroteio e como homem habituado a fugir de situações como essa, deu ré no jipão e quando teve oportunidade, o dirigiu para fora da estradinha, embicando para a cobertura de um pequeno matagal, o suficiente para camuflar o veículo e lá permaneceu por muitas horas.


Dois veículos dos policiais subiram o Pico da Montanha Nevada em busca do outro fugitivo e para libertar Gustavo e Marly, alertados que foram pelas meninas. Outro carro ficou no local, aguardando que o rabecão viesse buscar os bandidos mortos e o pessoal da investigação interna. O quarto veículo, desceu levando as primas.


Gustavo foi encontrado e libertado, mas depois de intensa busca os oito policiais não encontraram o quarto bandido e nem a jovem sumida. O pior de tudo é que eles não sabiam que existia um outro veículo, pois nenhuma das primas sabiam disso, pois elas desceram antes que o Jipão de Miguelito se revelasse.


Quanto a Marly, atada pelos braços e pernas, caída no piso do jipão, com sangue seco que escorreu dos lábios cortados e do nariz fraturado, nem sabia onde se encontrava. Sentia o frio do piso de metal e o frescor da mata, filtrado pelas janelas entreaberta. Tudo silêncio a sua volta, exceto o piar dos pássaros noturnos ao longe. O soco que a atingiu foi tão violento que a pois a nocaute, acertando precisamente seu rosto a fazendo sangrar e quando acordou, sentindo muita dor, não descobriu o estrago que o canalha fez no seu rosto, nem que quando caiu, bateu com o crânio no piso rochoso e que além do galo que surgiu, teve uma compressão craniana grave que logo mostraria sua sequela, mas ela disso ainda não tinha ciência. Por enquanto só muita dor na cabeça.


Na madrugada seguinte, depois que Miguelito viu toda a poeira baixar, ele manobrou o seu jipão e continuou sua descida do Pico da Montanha Nevada, sem nenhum empecilho. Lá embaixo ele tomou a direção da estrada 03 Norte, se afastando da cidade do banco que roubaram, tendo pela frente 1200 km. Levando Marly para um destino desconhecido.


Miguelito conseguiu escapar da polícia e tem com ele trezentos e dez mil do montante roubado e a jovem Marly, encoberta por lonas no piso do jipão. Ele ignora, mas a garota sequestrada está gravemente ferida.


Marly não sabe quanto tempo ficou caída no piso do jeep de Miguelito, pois a maior parte do tempo, estava inconsciente. Mas deve ter ocorrido muitas horas, pois além da sede tinha fome também, mas o que mais sentia era dor, muita dor na cabeça.




Ele leva os trezentos e dez mil e a jovem encoberta por lonas no piso do jipão. Ele ignora, mas ela está gravemente ferida. Estava tão confiante por ter se safado dos policiais, com aquela enorme fortuna e com a jovem gostosa pra burro que facilitou e por uma coisa muito boba, descuido dele, pois tudo a perder.


Olhando pelo retrovisor, observou um carro-patrulha da polícia rodoviária, que fora acionado para atender um acidente de trânsito. Miguelito se assustou, mas logo viu a patrulha o ultrapassar e ficou calmo.


Aconteceu que uma carreta tombou e fechou metade da pista e os patrulheiros estavam orientando o trânsito, cada veículo avançando pela pequena faixa da rodovia liberada, tendo de transpor aquele trecho bem lentamente, com um patrulheiro erguendo o braço, dando sinal para ele avançar. Até aí tudo dentro do figurino. Os homens só estava se preocupando em fazer o trânsito fluir.


Acontece que o sargento, acenava com a mão, para Miguelito, enquanto falava :


“Pôde avançar, assim, mais um pouco, está vindo bem.... avance...e boa viagem, senhor.


Distraidamente, o policial, de relance viu uma mão aparecendo sob uma lona preta, no piso do jeep e então ordenou:


- Heiii! O Que é isso aí? Pare o veículo para inspeção, imediatamente!


(Miguelito, se sentindo o “tal”, errou e errou feio. Não escondeu sua “mulher” como devia)


Miguelito pisou no acelerador e o jipão rangeu os pneus e avançou a toda. Dado o alarme, quatro viaturas saíram em sua perseguição. Muitos quilômetros adiante, numa curva fechada, não conseguiram fazê-la e o jipão tombou de lado e saiu raspando o asfalto, tirando faíscas e logo lavaredas. Ele, apavorado, pulou fora e correu rápido como um coelho fugindo de cães. Não obedeceu a ordem de parar e dois disparos o obrigaram a parar, um na cabeça e outro nas costas.


Outros policiais usaram seus extintores e conseguiram debelar as labaredas. Foi com enorme surpresa que removeram do veículo tombado, uma jovem desacordada, com múltiplos ferimentos e um malote cheio de notas de 100 e 200 reais, ainda com o timbre bancário.


Marly foi salva e o restante do dinheiro roubado foi recuperado. Entretanto para ela sobrou o pior. Pois de tudo que passou, ficou bastante machucada, mas o mais grave foi a fratura no crânio com compressão.


*****


Quatro meses depois Marly voltou do coma, prestes a completar 20 anos, abre os olhos e vê ao seu lado, chorando de alegria, sua mãe que a abraça. Logo depois são seus primos que a abraçam. Gustavo, Lúcia, Verinha e Leninha. Todos estão bem e a única que ficou com sequelas foi ela, mas agora, tudo bem com a nossa jovem heroína do Pico da Montanha Nevada.


FIM


*Publicado por Marcela_Araujo no site climaxcontoseroticos.com em 17/04/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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