Catacumbas

  • Temas: Catacumbas, monastério, freiras, Baal, ritual, magia negra, sacrifício, medieval, antiguidade
  • Publicado em: 18/05/23
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  • Autoria: LustSlut
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1. AGATHA, A JOVEM SANTA

Agatha, uma garota esbelta, de longos cabelos negros, espírito livre e curioso, porém, enjaulada como um pássaro em uma gaiola encarcerada pelos seus pais. Vivia em uma pequena vila no interior, cercada pela seca e inúmeras pragas que acometia o armazenamento dos alimentos, a região montanhosa não era a melhor para se viver, porém os moradores se recusavam a sair dali. Sua vida era simples, mas sempre almejando explorar o mundo além dos limites impostos.

Agatha sempre acompanhava seus pais curandeiros em viagens para vilas próximas. E foi em uma dessas visitas que descobriu seu dom de amenizar a dor dos enfermos com orações e em alguns casos, até curar de suas doenças cuja etiologia eram desconhecidas para a época. Assim, passou a ser conhecida como a Jovem Santa. Quando Agatha completou certa idade, seus pais, temendo com a educação e o futuro da jovem, decidiram enviá-la para um monastério nas montanhas próximas. O monastério era conhecido por ser um local de aprendizado e contemplação, onde jovens eram enviados para receber uma educação especial e encontrar o seu propósito na vida. Embora, inicialmente relutante em deixar sua vida na vila para trás, sair de uma gaiola para outra. Agatha decidiu abraçar a oportunidade como uma chance de descobrir mais sobre si mesma e escapar das garras manipuladoras de seus pais.

Chegando no monastério, ficou impressionada com a beleza e serenidade do ambiente. As paredes altas de pedra e os jardins meticulosamente cuidados transmitiam uma sensação de paz e tranquilidade. Mas algo a incomodava, era como se alguém estivesse a observando. Ao passar do tempo, notou que sempre estava sendo vigiada por algo que não era humano, uma figura completamente negra com olhos brilhantes a fitavam. Não conseguia ver nitidamente, sempre que direcionava o olhar para a figura, ela desaparecia, como fumaça ao vento.

A Alta Sacerdotisa, Akara, era sua tutora. Sempre a acompanhava nas orações, estudos e manipulação de seu dom, a fim de entender mais sobre. Também ensinava sobre alquimia, a combinação de ervas com grandes potenciais de cura.


2. ISSO NÃO É REAL!

— Agatha, já ouviu sobre as catacumbas que tem aqui no monastério? — Ariella acompanhada de outra moça perguntava enquanto se sentava na mesma mesa, em frente a Agatha.

Ariella era dois anos mais velha que a jovem, junto com ela, estava Raven, ambas eram veteranas, mais velhas e mais experientes.

— A Alta Sacerdotisa já mencionou, um lugar antigo cuja entrada foi selada há muito tempo.

— Mas pelo jeito ela não te contou toda a história — Ariella falou, rindo junto a Raven.

— Se vocês duas estão querendo me assustar de novo, podem ir parando!

— Sério, existe muitos mistérios sobre essas catacumbas além do primeiro nível onde só há cadáveres velhos — Ariella falava tranquilamente enquanto dava uma mordida no pão seco — Não tem interesse em saber?

— E o que há além de ossos empoeirados? — Agatha perguntou, contra a sua vontade, mas a curiosidade era mais forte.

— Antes de você vir para cá, encontrei algumas escrituras escondidas na biblioteca, há outros dois andares, o segundo é onde se localizam as celas, onde mantinham prisioneiros em condições imundas.

— Não sei por que eles mantinham prisioneiros — Raven exclamou — Por que manter pessoas presas em um monastério?

— É por isso, então, que há o terceiro nível... — Ariella fez uma pausa dramática — Dizem que é impossível você sair de lá com sua sanidade intacta... Isso é, se você conseguir sair.

— E o que acontece lá? — Perguntou Agatha, que ouvia atentamente enquanto o terror a tomava ao ouvir a história.

— Nas escrituras dizia que há inúmeros objetos de tortura, havia algumas ilustrações, armas que foram usadas para os mais brutais assassinatos. Empalar, esfolar, esquartejar... E eles faziam isso por puro prazer — Respondia Ariella, que narrava a história.

— E por que eles faziam isso? Quem eram essas pessoas?

— Pessoas corrompidas, isso ocorreu na era das trevas, já deve ter ouvido a história da Condessa?


3. A CONDESSA

— Aquela que você contou anteontem para me assustar! — Agatha elevava seu tom de voz.

— Aquilo eu não inventei, você pode achar o livro da Condessa na biblioteca do monastério — Ariella se inclinou, agora falando um pouco mais baixo — Como eu te disse, a Condessa buscava a vida e a juventude eterna, apelando até para rituais que envolvia sangue de virgens.

— Eu lembro, se banhava no sangue de virgens assim como no esperma de homens, essa parte você já contou, e o que tem a ver?

— Naquele tempo, a Condessa vivia na era das trevas, então era fácil você invocar algo demoníaco por acidente, mas, nesses rituais, a Condessa despertou algo oculto, algo que não deveria ser acordado...

Ariella de repente arregalou os olhos quando viu a Alta Sacerdotisa próxima ouvindo tudo o que falava.

— Ariella, já conversamos sobre você espalhar essas histórias falsas para as outras freiras. Me encontre na minha sala quando terminar de comer — Akara se virou para a freira mais nova, Agatha — Agatha, não dê ouvidos a ela, são histórias muito antigas que mal sabemos se ocorreram ou não.

Akara então saiu andando, as três permaneceram em silêncio até que ela não estivesse mais no campo de visão.

— A história da Condessa está diretamente ligada com as catacumbas — Ariella continuava a falar com a voz baixa — Estava tudo nas escrituras, depois da morte da Condessa, a posse do castelo ficou para a sua ajudante, que promovia orgias diariamente, mas todos, misteriosamente, foram mortos sem explicação alguma. E anos depois, se formou o monastério o qual estamos hoje.

— Quanto tempo demorou para você inventar tudo isso? — Agatha revirava os olhos, suspirando, crendo que aquilo era mais uma história inventada para ela se assustar.

— Não é invenção, está tudo nas escrituras!— E onde estão essas escrituras? — Agatha perguntou.

— Era um livro enorme e muito detalhado sobre o que acontecia lá. A Alta Sacerdotisa pegou quando viu que aquilo estava no meu quarto, era até difícil de esconder, ela repetiu a mesma coisa, "histórias antigas", "não dá para saber se era real".

As três permaneceram em silêncio por um minuto, esperando um pequeno grupo de outras freiras passarem atrás delas e vendo se Akara não estava por perto.

— Mas quando ela pegou, isso aqui caiu de dentro das páginas — Ariella continuou, passando uma folha de papel dobrada por debaixo da mesa para Agatha, que o pegou e escondeu em um dos bolsos largos — Leia quando estiver sozinha, e certifique-se de que a porta esteja trancada.

Com isso, Ariella e Raven se levantaram se preparando para voltarem aos seus quartos.

— Espera, porque me contou toda essa história? E porque me deu esse papel?

— Eu... — Ariella olhou para Agatha, confusa, como se acabasse se despertar de um sonho, olhou para a amiga Raven, seus olhos pareciam estar embriagados — Eu... Eu tenho que ir!

Assim, as duas saíram. Agatha sentia algo estranho vindo daquele pedaço de papel. Com a curiosidade a flor da pele, se retirou para o seu quarto, visto que faltava pouco tempo para o toque de recolher. Com a porta trancada, ela pegou a folha de papel um pouco amassada e desdobrou lentamente. Era um papel velho, qualquer descuido poderia acabar rasgando-o. Havia letras escritas a mão com tinta preta, então, começou a ler as palavras.


4. ISABELLE

"Apesar dos horrores ocultos e os inúmeros avisos de minhas amigas para não fazer isso, estou aqui, nas catacumbas.

Depois de um longo tempo procurando, consegui achar a entrada que foi selada há muito tempo.

Me chamo Isabelle, e quero explorar os segredos desse lugar.

O primeiro nível não é nada de mais, é o que você esperava de catacumbas "normais".

Os túneis são escuros no segundo nível, posso sentir o peso do medo pairando sobre mim assim como os olhos fantasmagóricos.

Mas já estou aqui, e não vou voltar!

Estou no terceiro nível, ouço sussurros distantes, serão essas almas torturadas? Esse sussurros são desesperadores.

Não, quero dizer, eles parecem desesperados.

Estou tentando decifrar o que eles dizem, mas os gemidos abafados e agonizantes é muito mais alto.

Sinto o toque gélido da morte em meu rosto e a escuridão pesada envolve minha alma.

A visão que se desdobrou diante de mim é grotesco, nem nos meus piores pesadelos essas imagens viriam a minha cabeça.

As ferramentas de tortura macabras pendem das paredes, enquanto manchas de sangue seco marcar o chão....

Eu vi alguém, era alguém... Uma pessoa?

Era todo negro, não era humano...

Eu corri para a entrada, mas agora está fechada.

Eu arranhei as pedras tentando abrir a passagem novamente.

Eu gritei o mais forte que consegui pedindo ajuda.

...

Ninguém me respondeu.

...

Já estou aqui há... Dois dias?

Não sei, o tempo parece estar parado...

Meus olhos se acostumaram com a escuridão, posso ver as almas condenadas olhando para mim com seus olhos escuros e medonhos.

...

Estou ouvindo os sussurros com mais clareza... Eles dizem um nome...

Baal...?"

Aquela era a última parte que parecia ser escrita por Isabelle, logo depois havia alguns símbolos estranhos, alguma língua perdida? Restava apenas um espaço em branco da folha. Mas estranhamente, começou a se manchar de sangue, vermelho, mas que depois se intensificou se tornando negro, a mancha aos poucos tomava toda a folha de papel. Era como se a própria Agatha sangrasse através do papel. Ela o largou imediatamente temendo o pior, e o papel se desintegrou, simplesmente sumindo diante de sua visão.

Mas algo a incomodava.

Baal? Era um nome tão familiar...

Além disso, aquela "pessoa" negra...

Agatha decidiu burlar uma das leis do monastério, sair a noite e se esgueirar até a biblioteca para procurar algo que sanasse suas dúvidas. Esperou a meia noite cair, vestiu um manto preto para facilitar sua camuflagem. Se dirigiu a porta, mas antes que sua mão pudesse tocar a maçaneta...


5. A FIGURA NEGRA

Sentiu seu corpo paralisado, a respiração ficou pesada e o ambiente gélido. Sentiu duas mãos percorrerem seus ombros. O toque era frio, mas ao mesmo tempo, macio. Apenas podia mover seus olhos, e aos poucos, aquela figura negra entrava em seu campo de visão. Era a primeira vez que o via tão próximo daquela forma, a luz iluminava aquele ser. Não tinha boca, não tinha olhos, não tinha orelhas nem nariz, seu rosto simplesmente não existia. Era apenas um emaranhado de escuridão. Aquela coisa atravessou a porta, logo a abrindo pelo lado de fora, foi então que Agatha sentiu controle do seu corpo novamente. Deu alguns passos para trás até encostar na parede gelada de pedra. Olhou para os lados, assustada, ofegante. Tentou controlar o medo que tomou seu corpo e não deixar mais que ele a controlasse. Ainda que cada fibra de seus músculos e que cada neurônio de seu cérebro fosse contra, Agatha começava a dar os primeiros passos, ignorando a sensação de perigo eminente que seu corpo a proporcionava.

A lua estava cheia, iluminando o pátio que ficava logo a frente dos dormitórios. Olhou para os corredores próximo e viu a figura negra no corredor a sua esquerda. A figura negra apontava para a outra ponta extrema do pátio, o que fez com que Agatha levasse seus olhos para ali, e então viu uma cena horrenda. Várias freiras tinham seus corpos suspensos, os braços abertos como se estivessem prestes a receber um abraço, e as pernas juntas. Demorou alguns segundos até raciocinar que estavam em posição da cruz. Mas um grito estridente e agudo quebrou o silêncio da noite, e então, todos os corpos caíram ao mesmo tempo, mas não entrando em contato com o chão. O som de vários pescoços estralando e se quebrando como se estivessem sendo enforcadas por uma corda invisível. As garotas ainda estavam suspensas no ar, apenas há alguns centímetros do chão. A cabeça de todas elas pendiam para o lado esquerdo, algumas com a pele sendo perfurada pelos ossos pontiagudos fazendo o sangue escorrer pelo corpo até pingar na grama verde.

Agatha assistiu a tudo sem esboçar nenhuma reação. Por alguma razão, seu corpo não sentia mais medo. Voltou os olhos para a figura negra, que agora adentrava o corredor escuro, Agatha passou a segui-lo. Foi uma caminhada considerável até chegar em uma sala distante, era o final do corredor. Essa sala estava com a porta aberta e com uma iluminação vindo dali. A jovem se aproximou cuidadosamente e entrou na sala, se deparando com uma sala velha, empoeirada, mobilhada com alguns barris igualmente velhos e muitas teias de aranha. Mas o que mais chamou a atenção foi a parede quebrada, havia uma escada de pedra que se perdia escuridão adentro.


6. AS CATACUMBAS

Pegou a tocha que estava ao seu lado, era a única fonte de iluminação ali e apontou para a parede quebrada revelando os degraus, se deparando com a figura negra que a observava enquanto a esperava, assim que os pés de Agatha pisaram no primeiro degrau gelado da escada, a figura começou a descer, ditando novamente o caminho. Ali estava, o primeiro nível, o fogo iluminava a passagem estreita, enquanto a jovem olhava de um lado para o outro as inúmeras estruturas esqueléticas que havia ali. Foi uma longa caminhada pelos corredores até chegar em uma nova escada, a qual não temeu e desceu. Os gritos e lamentos das almas condenadas dos prisioneiros perduravam nas paredes frias e úmidas, alimentando a atmosfera sinistra das catacumbas. Agatha cogitou em dar meia volta, mas, novamente, a curiosidade falava mais alto. Os corredores se ramificavam infinitamente, as grades das celas estavam enferrujadas e grandes ratos circulavam por ali, fugindo da claridade do fogo. Os gritos de agonia percorriam o corpo da jovem como se fosse uma lâmina gélida. Andou vagarosamente pelos corredores, vendo vários esqueletos nas celas, alguns sobrepondo outros, Ariella não mentia, as condições ali deveriam ser imundas, morrendo de fome ou devorados pelos ratos. Novamente, mais uma escada, essa agora, soprando um gélido vento que fez os olhos de Agatha instantaneamente lacrimejarem. Receosa, começou a descer degrau por degrau até encontrar em um grande salão escuro, que logo foi iluminado por várias tochas que se acendiam com a presença da garota.

Os gritos de agonia, os pedidos de socorro não correspondidos, o sentimento de terror dos prisioneiros misturados com as risadas de prazer dos guardas tomava o ambiente, mas, estranhamente, não havia ninguém ali, mas eram tão nítidos como se estivesse presenciando as cenas de torturas e assassinatos onde a crueldade humana era levada ao extremo. Havia inúmeros objetos de tortura, alicates, cadeiras com amarras, pequenas adagas, cavaletes, e inúmeras agulhas. As paredes da câmara da tortura eram adornadas com imagens grotescas e sinistras, testemunhas silenciosas das atrocidades que ali ocorreram. O ar estava impregnado com a energia sombria de décadas de sofrimento e dor. Mas o que mais chamou a atenção de Agatha, foi o chão pintado de rubro com algumas partes de ossos. Crânios, dedos, unhas. E o cheiro, era de medo, terror, desespero, agonia... Morte. Agatha adentrou o salão observando tudo isso, não vendo mais a figura negra, olhou para os lados.

— Era para cá que queria me levar? O que quer me mostrar com tudo isso? — Agatha gritou, tendo sua voz ecoando pelo salão como resposta.

A jovem olhou para os lados, não via mais sentido estar ali, até que ouviu alguns passos atrás de si, esses que pareciam descer a única escada que havia no ambiente.


7. FILHA DE BAAL

Agatha se virou, assustada, era um som comum, mas que não esperava ouvi-lo ali. Seu coração se aqueceu quando viu Akara vindo em sua direção, logo atrás, Arielle e Raven. Todas sorrindo ao ver umas as outras. Se abraçaram, com uma falsa sensação de esperança.

— Que bom que conseguiu chegar até aqui — Akara exclamava, com as mãos nos ombros de Agatha.

As duas se encararam por um momento após o abraço, e então, resultando em um beijo de língua. Akara, aos seus cinquenta anos, jamais havia provado o sexo, mas sentia a excitação tomando seu corpo, sensação que era compartilhada pelas outras três garotas que estavam no mesmo ambiente.

Arielle e Raven se agarraram, repetindo o beijo de língua de Akara e Agatha. Arielle rasgou a túnica da amiga, fazendo revelar um corpo esbelto e delicioso, seios médios e a cintura fina, contrastando com o quadril largo. As duas voltaram a se pegar, Raven agora tirando lentamente a túnica de Arielle enquanto tinha seus seios devorados pela companheira e seu interior invadido pelos dedos finos. As duas se contorciam com a masturbação compartilhada que eram lhes oferecida, gozando uma, duas, três vezes em apenas alguns minutos de estímulo. Sentia o calor subir pelo seu corpo até explodir em inúmeros orgasmo, fazendo seus gemidos tomarem o salão. Arielle se ajoelhou, buscando a intimidade da amiga com a boca, logo abocanhando e sugando todo mel.

Enquanto isso, Akara retirava a roupa de Agatha, beijando seu corpo lentamente. A Alta Sacerdotisa posicionava a jovem em cima de uma mesa que estava ali próxima, se ajoelhando em sua frente a abrindo as pernas de Agatha. Akara abocanhou a buceta da jovem, lambendo e chupando até lhe proporcionar um orgasmo. Agatha foi surpreendida com Arielle e Raven vindo dos lados esquerdo e direito que passaram a beijar-lhe, chupar-lhe os seios e até masturbá-la, proporcionando inúmeros orgasmos. A boca das três percorreram incessantemente o corpo de Agatha, era a primeira vez que provava a luxúria do sexo, se soubesse que era tão bom, já teria abandonado os costumes do monastério há tempos, assim como mandaria seus pais irem queimar no mármore ardente do inferno com suas garras manipuladoras. Pela primeira vez, a jovem santa se sentia livre, livre da gaiola a qual passou toda a vida aprisionada. Livre das correntes morais invisíveis que apertavam seus pulsos a cada dia que passava.

As três freiras junto a Alta Sacerdotisa passaram horas profanando seus corpos com a luxúria do ato carnal, algo que renunciaram com seus votos de freiras, mas isso não lhes vinha à mente naquele momento intenso de prazer. Estavam cegas de prazer! Horas depois, com todas exaustas com tantos orgasmos, passaram a se perguntar o que estava acontecendo ali.

Como foram parar ali?

Por que estavam todas nuas?

Akara continuava sorrindo, satisfeita sem a mínima culpa por profanar seu corpo. A Alta Sacerdotisa se dirigiu a Agatha, colocando suas mãos em seus ombros.

— Não tema o escuro... Você é uma das filhas de Baal, sempre foi, e sempre será — Akara dizia enquanto seus olhos se tornavam negros — Jamais irão precisar prestar conta a aquele falso ser "divino", suas rezas não terão mais sentido após os acontecimentos de hoje.

As freiras se olharam, agora tendo o medo invadindo seus corações.

- Não sintam medo! - Akara continuou, sua voz embargada aumentava a tensão entre elas - Seus pecados serão muitos bem vindos no novo mundo que ele criará...

Aqueles olhos escuros, pareciam sugar Agatha, fazendo sua mente se entorpecer...


8. O DOCE ABRAÇO DA MORTE

Agatha despertou, estava de pé no grande salão, na mesma posição em que estava quando Akara agarrou seus ombros, completamente nua. Parecia que algumas horas haviam se passado. Algo estava errado, o que chamou sua atenção e olhou para os lados. Ariella na esquerda, o corpo estirado no chão como se fosse um porco abatido, um machado atravessava seu crânio, sem as mãos e sem os pés.

Olhou para a direita, ali estava Raven, sentada em uma cadeira com amarras, o encosto da cadeira era grande e também havia algumas cordas que possibilitavam amarrar a cabeça da vítima e obrigando a ficar com a coluna ereta. O rosto totalmente esfolado, sem os olhos, sem os dentes, com um grande corte em seu abdômen a qual escorria seus órgãos internos e ficavam perdurados em seu corpo.

E logo a frente, estava Akara, a Alta Sacerdotisa a qual um dia foi sua tutora. Conseguiu identificá-la por estar usando unicamente seu manto roxo e algumas pulseiras. Estava amarrada pelas mãos, presa na parede e suspensa do chão, totalmente nua em exceção ao manto roxo que diariamente usava, era a única peça de roupa que adornava seu corpo mutilado e decapitado. A cabeça estava estava no chão, os olhos da antiga tutora pareciam fitar os de Agatha..

A jovem santa, até então, a única sobrevivente daquela grotesca chacina, então se deu conta e sentiu algo quente escorrendo pela sua barriga, coxas, pernas, até seus pés. Olhou para baixo e viu uma adaga cravada em seu abdômen, junto a uma poça de sangue enorme no chão. Agarrou a adaga e puxou para fora, fazendo com que a dor eclodisse em seu sistema nervoso. Estava fraca, as mãos tremiam e mal podia ficar em pé, provavelmente já havia perdido muito sangue. As pernas não podiam mais sustentar seu corpo, fazendo-a cair no chão. Lentamente se deitou, estava cansada, como se sua energia vital estivesse sendo sugada a partir do momento que entrou naquele salão. Estava se sentindo confortável, mesmo deitada numa poça de sangue quente que lentamente se tornava gelado, assim como o chão de pedra. Enquanto sua visão escurecia, pode ver aquela figura negra novamente, agora com um sorriso enorme, sorriso esse que era adornado por dentes afiados, tortos e pintando por vestígios de sangue. A figura sem rosto gargalhava fitando Agatha.


A visão da jovem escureceu.

Seu corpo não sentia mais nada.

A respiração lentamente parou.

O único som que restava, era de seu coração batendo lentamente.

Até que se fez o silêncio absoluto.

O doce e gélido abraço da morte envolveu Agatha.


E o que restou?

Inúmeros corpos mortos naquilo que um dia foi chamado de monastério.

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Peguei boa parte dos elementos do texto de um jogo dos anos 2000.

Se os identificou, parabéns!

*Publicado por LustSlut no site climaxcontoseroticos.com em 18/05/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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