A senhora Arlete e sua perversão sexual
- Temas: Perversão, vício, sexo bizarro, vingança, castigo, redenção
- Publicado em: 18/07/23
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- Autoria: Marcela_Alencar
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A senhora Arlete e sua perversão sexual
Um conto de Marcela Araújo
Meu nome é Arlete Fonseca de Ornellas, tenho vinte e nove anos. Casada há nove com Oswaldo Figueiredo de Ornellas, filho da tradicional família Ornellas. Tenho dois lindos filhos, Tânia, de oito anos e Lúcio, de sete. Minha família é o meu orgulho e sou imensamente feliz, pois vivo rodeada de muito amor. Oswaldo é um advogado, sócio do Oswaldo & Irmãos - Escritório Advocacia Criminal, aqui da nossa capital.
Estou escrevendo neste meu diário para deixar registrado para análise futura, a minha conduta inexplicável, da razão de assim agir. À noite, no recesso do meu lar, no afago de meus filhos e marido, digo a mim mesma que vou me policiar e parar de agir dessa maneira tão indigna, tentar me curar desta compulsão, desta perversão sexual, que me levou a viver momentos terríveis de depravação, afastada de minha família e que quase me levou à morte.
Antes de tudo vou me apresentar a quem no futuro, ler estas linhas. Sou loira natural, cabelos dois palmos abaixo dos ombros, quase sempre em duas tranças, pode ser estranho, mas gosto assim. Tenho 1, 75 de altura. Apesar de ter dois filhos, meu corpo ainda é o mesmo de antes e tenho orgulho disso, seios grandes e firmes com mamilos salientes que gostam de apontar através dos tecidos de minhas blusas, bunda com nádegas volumosas, firmes e macias. Sendo assim, por onde passo sempre chamo atenção dos homens e disso desde novinha tenho imenso orgulho e no meu modo de vestir, procuro sempre realçar esses meus atributos. Oswaldo, desde os tempos de noivado, tinha ciência dessa minha conduta, reclamava e pedia que vestisse roupas mais folgadas, mas com o tempo se acostumou e não mais me censura.
Como faço todo santo dia, acordo cedo, preparo o desjejum de minhas crianças e do marido. Depois, no meu carro, os levo para a escola e deixo Oswaldo no seu escritório, volto pra casa e preparo o almoço deles. Deixo tudo pronto e me preparo para sair, não no meu carro, mas de ônibus, as vezes embarco na linha do 509, que tem um trajeto longo e vou até quase o final e volto no 402. Prefiro viajar nestas linhas, mas nem sempre, pois ainda embarco nos carros de outras linhas. Mas minha preferência sempre é escolher os ônibus que estejam superlotados.
Quero deixar registrado, minha última odisseia, foi há pouco mais que cinco meses, numa sexta-feira e foi assim que tudo aconteceu:
Estava com sorte, pois o 509 estava com gente saindo pelo ladrão. Fiquei no meio do carro, com as duas mãos segurando nas alças de apoio, minha altura ajuda. Não demorei muito e senti alguém me bolinar por trás. Como sempre faço, finjo não notar o abusado e com isso o encorajo a prosseguir. Minha bunda saliente sob o fino tecido da saia curta é um chamariz para eles. Quando o senti, acho que com a mão, me inclino um pouco pra a frente de modo salientar ainda mais meu “para-choques”. Com isso é infalível, ele toma coragem e espalma com força minhas nádegas e fica nisso, esperando minha reação, acho que temeroso que eu bote a boca no mundo. Mas eu continuo com as mãos nas alças, olhando para fora, como se nada notasse. As vezes eles continuam só assim, me apalpando, mas se tenho sorte, vez que outra, encontro um “abusador” mais afoito e não encontrando resistência minha, como se numa táctica e muda concordância eles vão adiante.
De relance observei que é um negro atrás de mim, mais alto que eu. Fiquei toda arrepiada quando ele se colou a mim, com uma das mãos espalmada na minha bunda. Sinto sua respiração no meu pescoço e continuo com minha programação, ou seja, ficar alheia e ver até onde o negro se anima a ir. Lógico que ele percebe que tem permissão para avançar e desce a mão até a bainha de minha saia e lentamente começa a erguê-la. Está tão colado a mim, que tenho de segurar firme nas alças para não cair sobre o senhor gordo sentado na cadeira na minha frente, mas assim mesmo sinto o ombro dele no meio de minhas coxas. É logico que o gorducho me sente, mas não faz nenhum gesto para se afastar. Deve estar gostando, o nojento.
O negro é lento, acho que esperando qualquer reação minha, mas pode tirar o cavalinho da chuva, que de mim, reação nenhuma terá. Dá para sentir o seu corpo tremer por inteiro, ao perceber que por debaixo da saia, só encontra minhas carnes, nenhuma calcinha. Com a saia suspensa acima de minhas nádegas e com os corpos colados, o pano fica preso e não desce.
Primeiro sinto os dedos nervosos e grossos sondar o vale de minhas nádegas e depois.... que delícia!.... Dois dedos se movendo nervosos na minha buceta, que está super molhada. Com a punheta que ele me bate, em questão de poucos minutos explodo num delicioso orgasmo. Como sou habituada a explodir de tesão nos ônibus, meu orgasmo não chama atenção dos passageiros em minha volta, mas naquele dia, o filho da puta do gordo, que devia estar se deliciando com o ombro no meio de minhas coxas, percebeu pelo tremor de meu corpo em seu ombro, que eu esteja “detonando”, pois levantou os olhos e viu no meu rosto o prazer de atingir o orgasmo, pois isso, nem mesmo eu conseguiria esconder.
O diabo de tudo é que depois de me fazer gozar com os dedos, o negro me segurou pela cintura e senti no meio de minhas coxas o enorme pênis. Em minhas muitas viagens de ônibus, esta foi apenas a quinta vez que senti um deles invadir minhas carnes, as anteriores, três na boceta e uma no ânus. Apesar do meu “vício” ou “tara” como queiram chamar, não gosto muito de ser fodida nos coletivos, pois sei por experiencia própria que é muito difícil evitar ser percebida no ato. Não quero reviver o horrível momento de alguns meses atrás. Quando um garotão mulato me pegou e fez sodomia em mim, fomos pegos em flagrante. Foi uma merda, não tive outro modo a não ser bancar a inocente e gritar dizendo que ele estava me estuprando. A maioria dos passageiros acreditou na minha versão e o garotão mulato foi expulso do carro levando muita porrada e ficou caído na calçado, enquanto o ônibus seguia. Coitado dele, mas era o que eu tinha de fazer.
Mas não tive como evitar que o senhor gordo notasse o exato momento do meu gozo, e o pior é que o negro é muito forte e me segurou firme pela cintura e foi forçando a cabeçorra do pau no meu cu. Ele é muito grosso e estava doendo bastante, mas ali cercada por um montão de gente, não podia pedir: “no cu não, negro, entre no outro buraco”. De qualquer modo eu estava demasiada excitada e apenas cerrei os lábios e o deixei à vontade na minha bunda, com a boceta com enorme vontade que fosse ela e não o seu vizinho a se deliciar com o enorme invasor.
Foi uma coisa surpreendente, extraordinária, quando senti um grosso e longo membro invadir minha vagina, mas não o do negro, pois ele estava todinho dentro de minha bunda e então abri os olhos e olhei para baixo, vi o gorducho inclinado em minha direção, quase com a cara entre minhas coxas e enquanto com uma mão mantinha minha saia acima do umbigo, com a outra, manuseava um enorme falo artificial, o movendo rápido dentro de mim. Pensei em abrir o verbo, o xingando, mas como poderia? Sem chamar atenção dos passageiros dos bancos próximos e os em pé a nossa volta? Quanto ao senhor ao lado do gorducho, nem necessitaria, pois ele estava com os olhos grudados no membro de silicone que me fodia. O único jeito era deixar ele continuar com o brinquedo dele, enquanto o negro mandava ver no meu rabo.
Puta merda, nunca em minha vida gozei tanto. Foram dois orgasmos violentos, um seguido do outro ou então o mesmo, mas com dois repiques festivos, não sei. O que sei é que foi tão intenso, que fiquei toda mole e desabei. Ou melhor dizendo, não caí, pois o negro me segurou firme pela cintura e ao mesmo tempo que bombeou em meus intestinos uma quantidade enorme de porra. Ele ficou me segurando colado a mim e quem nos visse, pensaria “Que casal estranho, uma coroa loira e um negro”. .
Senti ele amolecendo dentro do meu rabo, mantendo o rosto colado ao meu, beijando minha orelha e pescoço. Como é mais alto que eu, pôde olhar para baixo, para dentro do meu generoso decote e viu mais, o gorducho inclinado e com a mão entre minha saia e surpreendentemente, com um vozeirão grave falou entre os dentes:
- Gordo filho da puta, o que tu tá fazendo com a mão na saia da minha mulher?
O gorducho levou tamanho susto que num piscar de olhos recolheu o braço e balbuciou qualquer coisa, acho que se desculpando e baixou o rosto e o senhor ao lado dele, virou o rosto pra a janela, como que estivesse alheio. Com o susto ele deixou dentro de minha vagina o enorme falo artificial. Muitos passageiros escutam o negro e notei que virei foco de atenção de meio ônibus, justo o que eu não queria. O grandão não perdeu a linha e voltou a falar, mais alto ainda:
- Gordo safado, eu só não lhe arrebento a cara, pra não criar confusão e porque minha loira pediu.
Que negro nojento! Virou meu homem e agora me mantinha colado a ele e eu não podia o desmentir, para não rolar merda no 509, pude discretamente “alisar” minha saia, mas na verdade consegui empurrar o que restava do membro de silicone, para dentro de mim. Pensem que estranho seria se aquele falo enorme caísse no piso do coletivo! Fiquei vermelha como pimentão, sentindo queimar minha pele com dezenas de olhos, quando “meu homem” gritou para o motorista:
“Vamos descer na próxima parada” e foi me puxando em direção da porta e falando alto, “Deixem a gente passar pessoal, obrigado, obrigado”.
Me digam, o que eu poderia fazer? Fui sendo levada pelo negro, e o pessoal se empurrando para nos deixar passar, o tamanho dele impôs respeito. O 509 parou no ponto e nós saímos, eu quase que empurrada. Sob o rudimentar abrigo do ponto, finalmente pude me virar para ele e soltar o verbo. O xinguei de todo palavrão que conhecia, pois estava fervendo de tanta raiva dele. Tinha de olhar para cima enquanto vociferava com o dedo em riste. Tinha pouca gente nas redondezas, mas alguns pararam para ver o “barraco”.
O negro era realmente muito esperto, pois aos meus xingamentos ele rebateu:
“Mulher, pare com esta palhaçada, eu não estava de olho naquela morena...é ciúme besta o teu!”
Eu perdi a linha, dei um pulo e desferi uma bofetada o chamando de ordinário safado. Ele nem sentiu o meu tapa e em resposta me esbofeteou também, mas tão forte que vi o mundo girar ao meu redor. O homenzarrão me colocou sobre os ombros, como se fosse um saco de batatas e enveredou por um caminho estreito mato adentro, pela ladeira atrás do abrigo.
O ditado é certo, fui brincar com fogo e me queimei. Foi uma coisa absurda, fui sequestrada à vista de todo mundo com a maior facilidade pelo negro, que disse se chamar Sebastião.
Depois de uns trinta minutos subindo por picadas abertas no denso matagal, chegamos à uma rústica cabana de um só ambiente e ele sem nenhum cuidado me jogou no chão, coberto num misto de barro, pedra e mato. Tão assustada estava que me levantei de imediato, mesmo com as costas em fogo, pelo baque da queda, e tentei sair pelo vão a minha frente, pois não havia porta, só a abertura, foi aí que senti a tremenda situação que me encontrava, o negro levantou o pé e aplicou um forte chute que acertou justamente no meio das coxas na genitália nua. A dor foi tão forte, que perdi os sentidos.
Quando voltei a mim, fiquei apavorada. Estava nua, com os braços presos nas costas com retalhos do meu próprio vestido. A dor em minha boceta era tão intensa que não consegui reter os gemidos. Foi quando percebi, de cócoras, me olhando, dois homens, o negro, tamanho GGG e um mulato, tamanho G e foi o mulato que primeiro falou e foi como se uma punhalada o que ouvi dele.
- Como é loira ordinária, tá gostando do nosso tratamento? Pois isso é só um aperitivo. Puta safada, vai me pagar por tudo que me fizeste sofrer.
Eu não tinha a mínima ideia do que ele falava e foi ele que disse:
- Me fizeste perder um dente com a surra que levei dos passageiros do ônibus, mas agora eu e meu primo Sebastião, vamos te ensinar a não brincar de vadia nos coletivos.
Agora eu sabia que o mulato é aquele que comeu meu rabo e que fomos vistos e eu o culpei de ser um assediador tarado e ele levou uma tremenda surra.
O pênis de silicone estava jogado sobre minha bolsa, que estava aberta e meus documentos rasgados espalhados ao redor e o dinheiro que levava nem sinal.
Deitada de lado, aterrorizada, implorei por piedade, que não me machucassem pois era mãe de duas criancinhas. Mas foi como se estivesse falando com as pedras. O mulato falou qualquer coisa com o primo, que não entendi, mas percebi que o tal de Sebastião, ficou nu e se deitou de costas, com o pau como um mastro ereto se sobressaindo de sua virilha. O mulato ordenou que me levantasse e me deitasse sobre o negro.
- Puta, tu vais se deitar por cima do primo e enterrar o pau dele na tua boceta.
Apenas o olhei, bastante confusa, mas não me movi, disposta a não me render a eles. Que voltou a mandar que fizesse o que pediu. Apenas balanceia a cabeça numa negação e gritei de dor quando ele, com um graveto fino, ainda com algumas folhas grudadas deixou um vinco vermelho no meu ventre e mais outro quase no mesmo lugar e a terceira nos seios, gritando de dor e me virando e mais duas pancada atingiu quase que nas costas na altura da cintura.
- Me obedeça, ou então vou te moer de pancadas, vadia de merda!
- Pare, pare... Eu faço!
Há muito custo me ergui gemendo, com os braços presos nas costas e com dificuldades encaixei a cabeça enorme do pênis do negro em minha vagina e senti o peso do mulato sobre minhas costas e o pau dele com apenas dois empurrões entrar em meu reto. Os primos, rolaram de lado e eu como recheio deles, fui junto e assim fui fodida em dupla com eles se movendo em sincronia dentro de mim. Estava muito machucada e dolorida por dentro, mas como uma desclassificada, aos poucos fui ficando excitada e minutos depois, senti um orgasmo intenso.
Me digam, sou ou não uma doida tarada, uma ninfomaníaca que merece estar é num hospício!
Não é possível que no meio de toda minha horrenda situação, ainda pudesse sentir prazer, pois foi o que senti, e os dois homens passaram horas me devorando, me recheando de porra em minha boceta, bunda e boca. Já era noite quando se sentiram satisfeito e saíram de mim. Estava um bagaço, sem forças nem para gemer. Cada pedaço de meu corpo tinha marcas de chupões e mordidas. Não sei de onde eles encontraram cordas, mas foi com elas que me amarraram firmemente, pelos braços e pernas e foram embora, me deixando imobilizada no chão da cabana, que só tinha os 3 lados e o teto, pois não tinha parede no quarto lado.
Só tempos depois e que soube que estava num dos muitos lugares construídos pelos bandos de traficantes de drogas e armas. Quando tropas de policiais subiam o morro, era onde eles se escondiam pela encosta do morro, na mata fechada, sumindo da vista dos soldados. Passei a noite ali, tremendo de frio e medo, pois pude ouvir guinchos agudos como se fossem de algum bicho e pude ver alguns ratos do mato a minha volta, em pânico gritei o mais que pude e os ratos correram para longe, mas com isso não mais fechei os olhos, atenta para assustar os bichos.
O dia chegou e com ele a sede e a dormência nos braços e nas pernas amarrados por nós tão apertados que afundavam em minha pele. As horas foram passando e nada deles retornarem e a fome veio se juntar ao meu sofrimento. Então foi que compreendi, eles não tinham intenção de voltar, queriam que morresse. Com o Sol se pondo, com meu corpo nu, além da sede o frio estava me torturando. Foi quando comecei a escutar bem perto o ruido do motor de helicóptero que passava e repassava perto de onde estava. Estavam me procurando sem dúvidas, eu queria acenar e dizer que estava aqui, mas lógico que só em pensamentos e logo depois sons de tiros, muitos disparos. Perdi as esperanças, na realidade não estavam a minha procura, era apenas mais uma varredura da polícia. O que mais temia voltou a acontecer, os ratos do mato estavam retornando e desta vez estava tão fraca que nem gritar pra os espantar conseguia.
Não eram os ratos, mas sim, eles que voltavam, talvez para terminar o que começaram. Novo engano, desta vez para melhor. Eram três deles, três homens que em pé à um metro, que me olhavam demonstrando surpresas. Se ajoelharam e ficaram a me examinar. Com voz sumida pedi ajuda. Se tratava de homens se escondendo nas muitas tocas que tem espalhadas pela mata que cobria a encosta do morro e eu estava justamente numa delas. Dois mulatos e um negro, que depois de algum tempo me olhando, cortaram as cordas que me prendiam usando uma lâmina.
Devem ter ficados super surpresos ao me encontrar, uma mulher branca, loira, nua e amarrada.
- Que porra é essa, mulher! Quem te desovou aqui?
Eu só consegui pedir um pouco de água, mas água era o que não tinham. Mas ao menos estava livre das cordas e antes de apagar percebi mãos em meu corpo nu, mas estavam apenas retirando as formigas de mim.
*****
Acordei com alguém levando água aos meus lábios ressecados e vi uma dúzia de olhos curiosos cravados em mim. Estava noutro local sob a luz fraca de um lampião. Mal sentia meu corpo, mas percebi que ainda estava nua e não era para menos, pois ao meu redor todos eram homens, quase todos mulatos ou negros. Deviam estar curiosos, querendo saber como e quem me “desovou” e foi o que um deles indagou e eu a custo consegui dizer que foram dois homens um negro “grandão”, Sebastião e o primo dele, um mulato. Não falei a motivação, disse apenas que fora sequestrada e estuprada pelos dois.
Me deram mais água e comida, pois estava com muita fome e me cobriram com um milhão de perguntas. Meu nome, onde morava e se minha família tinha dinheiro, respondi a tudo direitinho, pois era de meu interesse. Falei que minha família tinha posses e que podiam receber recompensa por me libertarem era só telefonar para o meu marido.
Eles colocaram um pano por cima de mim e foram “confabular”, somente algum tempo depois e que fiquei sabendo que tinham decidido pedir resgate para me libertar, eu estava em poder de uma quadrilha de malfeitores. Sai do fogo para a água.
O que parecia ser o mandachuva disse que pediu dois milhões ao meu marido e tão logo ele pagasse eu seria solta. Minha nossa, essa quantia não era nada para o Oswaldo e ele pagaria sem titubear e assim eu não teria de confessar como fui me meter em tal confusão, minha tara sexual em ser bolinada nos ônibus.
As negociações de meu resgate demoraram uns dias, pois eles queriam encontrar um meio de receber o dinheiro sem serem pegos e conseguiram. Fui deixada amarrada numa construção abandonada. Mas durante o período em fiquei com o bando, comi o pão que o diabo amassou, pois sofri nem sei quantos estupros e dos que me lembro descrevo aqui neste meu diário, e eram sempre os mesmos, que faziam fila para me foder. Devo dizer que pelo menos eram organizados, nada de virem em dupla, era um após o outro e nunca me fizeram oral, só faziam anal e vaginal.
Tudo começou no dia seguinte que me encontraram amarrada e o primeiro foi o negro líder deles. Ele teve o cuidado de me levar pra um canto “reservado” por uma cortina em farrapos e dizer com todas as letras que era ali onde todo os seus “manos” me comeriam, que eu er uma coroa loira muito gostosa e que todos me “usariam”, foi assim que falou, me usariam.
Quando voltei para casa, estava tão baleada que tive de ficar um tempo internada, numa clínica me recuperando de uma DST. Mas graças aos céus consegui debelar a infecção e agora, estou curada. Quanto a essa compulsão, esta perversão sexual de embarcar em ônibus superlotados para me deixar ser bolinada, nem pensar. Agora só uso os trens urbanos que partem da Gare Central para os subúrbios e depois volto no mesmo trem. São mais rápidos e assim posso, às vezes, fazer duas viagens na mesma manhã.
Nesta terça-feira, depois do feriado prolongado do final de semana, o trem que embarco nesta manhã está particularmente entupido, tem passageiros até pendurado nas portas, tanto na ida como na volta. Sei que isso é um perigo e resolvo não ir até o final da linha e desembarco numa gare intermediária e pretendendo voltar para casa de taxi. Nem chego a sair da estação e sou cercada por dois homens, o enorme negro Sebastião e o mulato primo dele. Eles me cumprimentam demostrando não estarem mais com raiva de mim e me convidam para os acompanhar. Lógico que aceito o convite deles, convencida que sou pelo catucar de dois afiados punhais.
Fico muitos dias sendo fodida pelos dois e neste tempo todo, sempre me aplicam tremenda surra. Depois eles se dizem satisfeito e penso que vão me libertar. Puro engano, Eles me “vendem” para uma tal de Marlene, uma enorme negra de quase cem quilos, dona de um puteiro no alto de uma comunidade, onde até a polícia tem medo de ir.
Para encurtar o meu drama, só vou falar que durante alguns meses, acho que três, em seis dias por semana, todas as noites, desde as 19: 00 até as 06: 00, eu atendia de seis a oito clientes do puteiro, mas nem me importava pois vivia no mundo da lua, pois a gorducha dona do puteiro onde fora escravizada me enchia de drogas, para me manter submissa.
Até que consegui sair do inferno em que vivia. Só soube o que estava acontecendo, quando escutei, já quase ao amanhecer, enorme correria, muitos gritos e sons de disparos. O negro que estava me fodendo, saiu de mim mesmo ante de gozar e pegou o fuzil que deixou ao lado do estrado, mas nem chegou a levantar, pois a cortina que servia como porta foi rasgada e dois homens fardados entraram atirando em todas as direções e o negro caiu sobre o meu corpo nu e estremeci quando senti tremenda dor e percebi que eu também fora baleada.
Permaneci em coma por quase um ano, internada numa clínica particular e depois de dois meses pude voltar para o meu lar, para os braços de Oswaldo, meu marido e de dois lindos jovenzinhos, uma menina de dez anos e um menino de nove, meus filhos. Foi por acaso que encontrei meu diário, escondido no fundo de uma gaveta e com horror, pude me inteirar quem eu sou e o quem fui, uma pervertida sexual.. Se não fosse o que escrevi no meu diário, permaneceria alheia do meu passado, pois sofro de amnésia retrógrada e assim recordo somente dos fatos depois que voltei do coma e esqueço dos fatos passados.
Meu nome é Arlete Fonseca de Ornellas, tenho trinta e um anos. Casada há onze com Oswaldo Figueiredo de Ornellas. Tenho dois lindos filhos, Tânia, de dez anos e Lúcio, de nove. Sou imensamente feliz, pois vivo rodeada de muito amor e carinho, entretanto sei que nunca mais voltarei a exercer a minha tara, por estar presa para sempre numa cadeira de rodas
FIM
*Publicado por Marcela_Alencar no site climaxcontoseroticos.com em 18/07/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.