Amor Infinito

  • Temas: Amor, desejo,
  • Publicado em: 01/08/23
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  • Autoria: Barbara_Leandra
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Minha cabeça doía, tinha dificuldades de abrir os olhos, a boca, completamente seca me dizia que eu havia exagerado na bebida.


Com muito esforço, consegui abrir os olhos. Percebi imediatamente que não estava em meu quarto. Apesar de estar a meia luz, o cômodo me era familiar. Ainda com bastante esforço consegui me erguer e para minha surpresa, quando o lençol que me cobria caiu, percebi que estava nua. Olhei para o lado e vi Luna deitada de bruços na cama, igualmente nua.


Bateu-me um desespero que eu quase não consegui conter. Luna estava nua ao meu lado, eu me lembrava vagamente dos instantes finais da noite anterior e não fazia ideia do que havia acontecido ali.


Respirei fundo e percebi que ainda pairava no ar viciado do quarto um leve odor de sexo. Era quase imperceptível, mas eu havia sido agraciada com um dom: olfato ultrassensível. Em muitos casos, isso era bem útil, mas na maioria das vezes era o tormento em pessoa. Os cheiros me invadiam de maneira extrema e o mais imperceptível dos odores era captado por mim.


Luna se remexeu na cama e eu rapidamente recolhi minhas coisas e fui para o banheiro. Entrei de baixo do chuveiro e comecei a tomar banho. Fiquei alguns minutos lá, até que o cheiro dela me invadiu as narinas. Mesmo disfarçado pelo fato da água estar caindo no meu rosto, pude perceber que seu cheiro era de puro desejo.


Fingi que me assustara e ela sem a menor cerimônia entrou comigo embaixo do chuveiro tomando de minhas mãos o sabonete perfumado que eu usava.


Ela me olhava nos olhos, seu olhar era quase instintivo, tinha um quê animalesco, algo bem primitivo. Poucas vezes vi um olhar assim em uma pessoa. Ela foi se aproximando de mim e eu instintivamente me afastei dela até que minhas costas bateram na parede.


- Você fica uma delícia quando está acuada – disse Luna chegando mais perto. – Você é uma gatinha sabia? Uma verdadeira gatinha...


Esquivei-me de sua tentativa de me beijar perguntando:


- Luna? O que foi que aconteceu ontem a noite? Não me diga que nós... – ela me interrompeu.


- O quê? Caímos uma nos braços da outra? Hum acho que na verdade você me atacou. – e riu. Uma gargalhada limpa e bem humorada, ela parecia se divertir com minha confusão.


Balancei a cabeça contrariada, como podia eu não lembrar disso? Forcei a memória, tentei tirar da minha mente qualquer vestígio que me explicasse o que havia acontecido na noite anterior, mas não consegui.


- Eu quero de novo... Você é maravilhosa. Nunca havia gozado tanto numa noite. - ela disse colocando o dedo indicador entre os lábios.


Mais uma vez ela veio se aproximando de mim, desta vez eu me esquivei dela passando por baixo do braço que ameaçava me prender contra a parede.


- Um momento Luna! O que realmente aconteceu entre nós? – perguntei séria.


- Você não se lembra? – sua voz soou decepcionada e em seguida completou – Ou está querendo me dar o fora?


“Puta merda!” Luna tinha o incrível dom de distorcer as coisas.


Conhecemo-nos quando tínhamos sete anos, estudamos todas as séries juntas. Luna sempre foi muito popular, cabelos loiros que chegavam à cintura, olhos castanhos quase verdes, era pequena, mas seu carisma atraia toda sorte de pessoas. Sempre fomos muito amigas, daquelas que dividem tudo. Eu perdi a virgindade primeiro e ela menos de um ano depois com um canalha que fingiu que a amava. Contávamos tudo uma para a outra e não foram raras as vezes em que dormimos juntas, abraçadas como duas amantes. Mas até aquele dia eu jamais acordara nua ao seu lado.


Descobri minha bissexualidade tardiamente, quando já estava na faculdade. Numa festa eu exagerei na bebida e acabei nos braços de uma garota qualquer. Na verdade a bebida sempre me causara muitos problemas e eu, achando que podia me controlar, sempre caia nas mesmas besteiras toda vez que bebia. “Puta merda! Dessa vez eu prometo que não coloco mais nenhuma gosta de álcool na boca” pensei.


Sua devoção por mim as vezes me deixava em dúvida sobre sua sexualidade, depois do canalha eu poucas vezes a vi com algum namorado, e quando questionava esse fato ela só dizia que estava se guardando para seu verdadeiro amor.


Mas agora tudo começava a fazer sentido, Luna sempre insistia para que dormíssemos juntas e seus abraços eram mais demorados do que os abraços das outras meninas. As vezes me beijava o rosto com imensa ternura, como se conquistasse um amante. Eu também deveria ter alguma atração, mesmo que isso agora me parecesse impossível, porque terminei em seus braços na noite anterior.


- Eu preciso de um tempo. – disse finalmente – preciso pensar e organizar meus pensamentos.


Seus olhos se encheram de lágrimas. Aquilo me cortou o coração.


Fui até ela e a envolvi num abraço apertado e ficamos assim durante muito tempo. As batidas aceleradas do seu coração junto com as batidas do meu.


Com dificuldade consegui que ela me soltasse, dei-lhe um beijo no rosto e saí do banheiro. Enquanto me vestia podia ouvir seus soluços incontroláveis vindo de lá.


Esperei que ela saísse de lá para ir embora, achei que seria mais justo. Despedi-me dela mais uma vez e sem olhar pra trás saí.


Do lado de fora, senti um imenso vazio que tomava conta de mim. Não sabia o que era, mas era como se uma parte de mim houvesse ficado para trás. Olhei para a janela do quarto e pude ver que ela estava lá, me observando enquanto eu ia embora.


Passaram-se uns dois meses e eu não a encontrei na faculdade e muito menos em casa. Sentia falta dela e o fato de não tê-la perto me deixava incrivelmente irritada. Ela não atendia mais meus telefonemas e eu cada vez mais sentia que ela me era cara, uma joia de valor inestimável. Tinha medo de encontrá-la e ela não querer mais ser minha amiga, tinha medo dela cometer alguma loucura. E em todas as noites de afastamento eu dormia abraçada com um bichinho de pelúcia que ela havia me dado há muitos anos atrás e que ainda tinha o cheiro dela.


Tomei coragem e fui mais uma vez a sua casa. Em todas as outras vezes havia encontrado a porta fechada e meus lamentos eram jogados ao vento, para portas e janelas surdas ao meu desespero.


Peguei a bicicleta e fui até lá, ao chegar percebi a placa que dizia: Aluga-se. Ela havia ido embora e nem se despediu de mim. Voltei para casa triste por saber que havia perdido minha melhor amiga, por culpa minha.


Fui correndo para o quarto e me tranquei. Exilei-me do mundo, peguei a velha caixa de lembranças e li e reli milhões de vezes seus bilhetes, chorei abraçada ao bichinho, sentindo o cheiro dela. Não conseguia acreditar que ela tivesse ido embora sem se despedir.


Sabia que sua família havia se mudado para o interior do estado, e que ela havia ficado aqui para concluir a graduação. Uma luz apareceu em minha mente, procurei na agende de telefones o endereço ou mesmo um número qualquer de seus familiares. Encontrei um envelope velho onde havia o endereço.


Tomei coragem, arrumei uma pequena mala, olhei na internet a melhor rota para se chegar àquele endereço e com a mala em punho aluguei um carro me pondo na estrada em seguida.


Já algum tempo havia me lembrado o que havia acontecido entre Luna e eu e desde que me lembrara tentava encontrá-la, mas minhas buscas foram inúteis e infundadas.


Quando descobri que ela havia ido embora meu mundo caiu, como podia ela ir embora depois de tudo o que havíamos feito? Das promessas ditas naquela noite. Com o pensamento firme em encontrá-la e dizer-lhe que sentia muito e que a amava, dirigi até a pequena cidade de Mendes, ao sul do estado do Rio de Janeiro.


Eu estava disposta a tudo, mas quanto mais me aproximava da cidade mais meu medo crescia, e se Luna me rejeitasse? E se ela estivesse com outra pessoa? Essas dúvidas me faziam querer voltar, me enchiam de medo e a pior delas já vinha me atormentando há algum tempo: e se Luna não me amasse?


Mantive-me firme ao volante, agarrando-me a um fio de esperança de que tudo daria certo.


Ao chegar ao sítio de seus pais, fui recebida com muita alegria e depois dos abraços de seus progenitores recebi a notícia que eu temia:


- Helena, Luna chegou aqui faz duas semanas e eu temo que algo muito grave tenha acontecido com ela. – disse-me sua mãe – Ela pouco se alimenta, passa a maior parte do tempo trancada no quarto e nas poucas vezes que sai se refugia numa cachoeira que fica no limite de nossa propriedade. O dono do outro sítio disse que ela vive em completo estado de tristeza, sempre chorando deitada numa pedra grande e agarrada a uma caixinha de música que não faz mais nenhum som.


A caixinha de música que tocava Beethoven tinha sido um presente meu quando ela completara 21 anos. Ela sempre gostou de balé, e dizia que se tivesse disciplina seria como aquela bailarina que girava sem parar ao som da música.


Senti-me mal e pedi um copo d’água, enquanto a velha senhora adentrava a casa seu marido me disse:


- Helena, sei o que se passa com Luna. – arregalei os olhos – Desde que ela voltou proibiu qualquer um de nós de tocar em seu nome, disse que haviam brigado e não eram mais amigas. Mas eu conheço a minha filha, sei que se você está aqui é porque são muito mais do que apenas amigas. Eu não queria isso para minha filha, mas entendo os caminhos do coração. Sempre vou amá-la, mesmo que não concorde com seu amor.


Olhei para o lado confusa, sem dizer uma palavra. A velha senhora vinha trazendo um copo com água que eu bebi rapidamente, levantando-me.


- Onde está ela? Está ainda trancada no quarto?


- Não minha filha, ela foi para a cachoeira, fica há alguns minutos daqui em direção ao norte. Vá encontrá-la, e não se esqueça do que eu lhe falei. Sempre quisemos uma segunda filha e Luna nos deu você, então, vá buscá-la.


Sorri abraçando mais uma vez o velho casal e saí em disparada, mas mesmo a passos largos ainda pude ouvir:


- Elas serão muito felizes minha velha, agora já podemos descansar.


Demorei mais de vinte minutos para encontrar a cachoeira e ao avistá-la vi Luna, completamente nua em seu esplendor deixando a água que caia da cascata maltratar seu corpo.


Ela estava de costas, não me veria até eu estar bem próxima, então caminhei com cuidado em sua direção. Seu cheiro era inconfundível, mesmo coberta de água. Entrei no pequeno lago de roupa e tudo e quando estava bem próxima a envolvi num abraço.


Ela se assustou e tentou lutar comigo, mas em instantes eu a virei e ela pode ver que se tratava de mim.


Ela me sorriu por um instante, mas logo um véu de mágoa cobriu seus olhos, ela se desvencilhou e correu para margem em busca de suas roupas.


- Luna! – chamei. Ela estava surda como estiveram as portas e janelas de sua casa para mim. – Por favor! Não vá embora, vamos conversar. – pedi ainda no meio do lago com as roupas encharcadas grudadas no corpo.


- Conversar o quê Helena? O que pode ser tão importante para te trazer aqui, a quilômetros de distância do seu conforto na cidade do Rio de Janeiro?


Sua voz era amarga, como se eu fosse apenas uma pessoa estranha que estivesse incomodando seu banho matinal.


Respirei fundo e disse:


- É que eu descobri que eu também te amo! – disse assim, de supetão, as palavras quase atropelando umas as outras.


Ela parou um instante e disse:


- Como é? E quem disse que eu quero o seu amor?


Pensei em seus pais e disse sem medo:


- Seu pai. Ele me contou da caixinha de música. – ela pareceu vacilar – e assim como você eu também não larguei uma lembrança, na sua falta o bichinho me ajudou a te manter em mim. Eu me lembro de tudo. De como você estava receosa de prejudicar nossa amizade, de você resistir. Lembro-me também do gosto quente e doce do seu beijo, do calor do seu corpo colado ao meu e sobre o meu. Lembro-me do seu gosto. Lembro também que ninguém antes havia me dado tanto prazer e me lembro de que te fiz uma promessa.


- Lembra? E qual foi?


- De que mesmo que eu afastasse você de mim e você fosse embora eu iria até o inferno para ficar com você.


Seus olhos encheram-se de lágrimas e seus braços se ergueram me convidando para um abraço. Fui até ela e a abracei, senti mais uma vez seu coração descompassado, mas dessa vez o meu estava em igual estado.


Ficamos abraçadas, eu vestida e ela completamente nua. Não sei bem quem deu o primeiro passo, mas em poucos minutos nos beijávamos intensamente. A língua dela se insinuava pela minha boca e procurava a minha desesperadamente.


Ela me puxou para uma pedra grande que havia próxima e sentamos, ela sentou sobre mim com as pernas abertas enquanto eu lutava para tirar a roupa molhada que já me incomodava. Seus gemidos eram maravilhosos e a cada toque ela se arrepiava. Desci a boca por seu pescoço, voltando a subir para encontrar o lóbulo da orelha, onde sussurrei uma grande quantidade de sacanagem, ela ria e me abraçava pelo pescoço. A mão, ousada segurava meu seio intumescido e brincava com o mamilo ereto. Voltei a beijar-lhe o pescoço e a fiz inclinar o corpo para trás, alcancei um dos seios pequenos e rijos com os lábios e o tomei inteiro na boca.


Fui acometida por uma onda de choque em meu próprio sexo enquanto delicadamente sugava um mamilo depois do outro. A mão dela ousada brincava com o tufo de pelos e se insinuava, sem alcançar o meu sexo. Tudo era novo pra mim, apesar de já ter tido experiências com outras garotas eu estava ali, com a mulher que eu amava, que eu sempre amei nos braços e ela entregue as minhas carícias gemia cada vez mais alto.


Deite-me na pedra e fiz com que ela sentasse em meu rosto com as pernas abertas, separei-lhe os lábios, eu precisava ver toda a extensão daquele sexo conhecido e ao mesmo tempo desconhecido para mim. Os músculos se contraindo e relaxando, a vagina abrindo e fechando. Uma visão encantada em cor de rosa. Toquei-lhe com a ponta da língua a entrada do sexo, e senti a pressão daquele abrir e fechar, o gosto era maravilhoso, agridoce e eu não me contive mais a tomando inteira na boca.


Enquanto lhe chupava o sexo, tocava-lhe os seios pequenos e duros com as mãos. Ela se contorcia gemendo alto, completamente entregue aos meus caprichos. Beijei-lhe o clitóris e o envolvi inteiro na boca, movendo a língua internamente para deixá-la enlouquecida. Não demorou muito tempo para que ela gozasse. O fez segurando minha cabeça firme entre suas pernas enquanto eu saciava o desejo daquele corpo há tanto tempo amado.


Beijou-me na boca, oferecendo-me a língua que eu fiz questão de sugar. Beijei-a durante muito tempo até que ela me convidou:


- Vamos para a água?


Meneei afirmativamente a cabeça e fomos para o lago, as roupas esquecidas na margem. Ela me segurava pela mão e me guiou até uma pequena gruta atrás da cascata.


- É aqui que eu venho para lembrar de você.


Ela acendeu um par de velas e as posicionou em uma pedra seca mais para dentro da pequena gruta. A iluminação natural tinha dificuldade de entrar por causa do volume de água da cascata. Ela me levou até alguns cobertores colocados bem no fundo da caverna e me deitou sobre eles, deitando-se sobre mim em seguida.


- Eu te amo Helena, sempre te amei. Você é a mulher da minha vida. Pensei em morrer quando você me deu o fora naquele dia e quase o fiz, mas pensei que não queria deixar você ficar com essa culpa, eu te amo demais para te dar esse desgosto.


Lágrimas escorriam dos meus olhos quando ela me abraçou mais uma vez, senti a dureza dos pequenos seios de encontro aos meus e o calor que emanava do corpo dela direto para o meu. Não tive coragem de falar nada, poderia estragar o momento mágico que vivíamos, então lhe segurei as duas faces e envolvi seus lábios no beijo mais apaixonado que jamais presenteei a alguém. Era uma beijo lento, sem pressa, carregado de sentimento e carinho. Minha boca aberta acariciava sua língua e ela fazia o mesmo em mim. Senti suas mãos tocando-me o sexo, afastei as pernas para uma melhor exploração, ela era ágil e logo eu estava me contorcendo sob seu corpo. Enquanto o beijo ia ficando mais profundo senti que ela me penetrava com dois dedos eretos e decididos e me deixei levar, sentindo o movimento lento de entrada e saída, ela desgrudou dos meus lábios e tomou um seio meu na boca, provocando o mamilo com a língua. Eu já não conseguia mais me conter, gritava o nome dela que ecoava pelas paredes acústicas da pequena caverna. O barulho da cascata abafava meus gemidos e gritos de prazer. Senti que ela lentamente descia em direção ao meu sexo e fiquei observando-a em seu trajeto descendente. Quando estava bem próxima do seu objetivo me olhou nos olhos e antes de me tomar inteira na boca ainda conseguiu dizer:


- Eu te amo!


E me envolveu num mar de carícias mornas e úmidas, a língua sedenta traçando todo o contorno do sexo, evitando de propósito o clitóris, contornando a entrada do sexo, a boca sugando os lábios menores e maiores. Eu já não aguentava mais de tanto tesão e pedi:


- Me chupa...


E ela tomou meu clitóris inteiro nos lábios, mordeu de leve arrancando de mim suspiros de prazer e ficou ali sugando até que eu sem aguentar mais gozei. Foi um gozo diferente de todos os que eu havia experimentado antes, ela ficou durante vários minutos sugando a umidade que era expelida de mim.


Já sem forças a puxei para mim, ela deitou-se ao meu lado e meus lábios procuraram os seus em um beijo cúmplice e apaixonado.


-E agora? – Ela me perguntou.


- Agora só me resta uma coisa. – Disse bem séria.


Ela notando que o que eu tinha para dizer era sério tapou os ouvidos e disse quase chorando:


- Ai meu Deus, não! Você vai me deixar de verdade? Foi só uma brincadeira. – O desespero era evidente em suas palavras.


- Mas é claro que não! Espere um segundinho. – E levantei-me correndo e fui para fora da caverna. Quando voltei ela soluçava como criança.


- Ei, ei! O que está acontecendo.


- Você vai me deixar, eu sei, posso ver nos seus olhos.


- E quem foi que te ensinou isso.


- A vida. – ela disse.


- A vida? Que merda hein? Parece que a vida te ensinou nada de útil. – abri a caixinha que estava em minhas mãos e estendi para ela.


Quando ela abriu os olhos, eu estava de joelhos diante dela, completamente nua, estendendo-lhe uma caixa com um anel.


- Quer casar comigo?


Ela ficou muda por alguns instantes antes de responder:


- Mas é claro que sim, meu amor! Eu aceito e seremos muito felizes. Amo-te.


Beijou-me em seguida.


Quando voltamos para a casa dos pais dela ela já exibia um sorriso generoso no rosto, e quando perguntada de porque esse súbito de felicidade ela só dizia:


- Encontrei uma princesa pra mim, seremos muito felizes.


E fomos, ficamos juntas durante 15 anos, até que um imbecil qualquer completamente bêbado provocou o acidente que a matou. Nunca mais bebi uma gota de álcool. Hoje mesmo estive com a caixinha de música nas mãos, a bailarina não dança mais, mas o ursinho ainda tem o cheiro dela e é com ele que eu durmo todas as noites na esperança de sonhar com ela, e só assim matar essa saudade que a partida dela deixou...


*Publicado por Barbara_Leandra no site climaxcontoseroticos.com em 01/08/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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