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Ana e Juliana

  • Conto erótico de lésbicas (+18)

  • Temas: Vizinha, Desejo, Prazer
  • Publicado em: 11/11/23
  • Leituras: 4886
  • Autoria: Barbara_Leandra
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A única coisa que conseguia pensar era no tempo que havia perdido em não aproveitar aquela mulher antes.

Havia pouco mais de três anos que Juliana se mudara para a minha rua.

Era dia 3 de outubro, dia de eleição, naquele dia eu havia decidido votar pela manhã, já que a tarde as zonas eleitorais estão abarrotadas de gente. Tudo havia corrido na mais perfeita normalidade exceto o fato de encontrar com Marcela, uma ex-amiga que guardava um grande rancor por mim desde a época do colégio, que fazia boca de urna na seção em que eu voto. Trocamos farpas ao nos ver como sempre acontecia, mas logo votei e meti o pé para minha casa.

Na época eu ainda era casada e meu marido estava me esperando para almoçar, mas ao descer do ônibus notei uma movimentação numa das casas próximas à minha que estava fechada há muito tempo.

Ao passar pela fachada percebi que estava se mudando para ali uma jovem mulher no auge dos seus 25 anos e de uma beleza estonteante, devia medir 1, 65m e pesar mais ou menos uns 60 kg, seu cabelo castanho muito liso lhe chegava à altura dos ombros, e ao se virar para dar instruções aos entregadores pude notar que seus olhos tinham um tom verde quase mel. Imaginei que deveria ser casada, ou morar com alguém, mas depois soube que não tinha ninguém.

Eu fiquei ali, olhando-a durante poucos segundos e como que quebrando o encanto daquela visão meu celular começou a tocar.

Imediatamente seu rosto seguiu o som e de maneira inusitada se encontrou ao meu.

Eu não sabia onde esconder meu rosto de tanta vergonha, ela me olhou diretamente nos olhos e percebeu que eu estive observando-a. Imaginei que ficaria brava, mas ela só me olhava. Passaram-se poucos segundos e eu finalmente consegui atender ao telefone.

- Oi amor! Já estou chegando. Beijinho. – disse enquanto começava a andar.

Ela percebendo que eu iria embora, acenou para que eu entrasse pelo portão.

Entrei então.

A verdade era que eu estava muito curiosa quanto à nova moradora e ao me chamar ela meio que antecipou minha pesquisa posterior.

- Olá, meu nome é Juliana e como você pode ver acabei de me mudar.

- Oi – falei estendendo a mão para um aperto – eu sou Ana. Eu moro bem ali na frente com meu marido.

- Você parece ser legal. Ainda bem que conheci alguém logo no primeiro dia da mudança. A verdade é que eu odeio me mudar, a gente perde o contato com os amigos, deixa pra trás um monte de lembranças; sem contar que muitas coisas materiais também se perdem. – ela parecia empolgada – Ei, ei! Cuidado com minha mesa de centro, eu realmente não quero que o vidro se quebre. – falou para um dos homens da mudança.

Eu realmente gostaria de ficar ali conversando com ela, mas o Jorge estava me esperando para o almoço e ele não gostava de atrasos, então me despedi dela com um beijinho no rosto, ela me beijou de volta bem próximo à minha boca, mas achei que não havia nada demais em seu gesto e fui embora.

Cheguei em casa e meu marido estava com uma tromba gigante no rosto, parecia que não me via há anos e não há poucas horas.

- Por que você demorou tanto para chegar? – me perguntou irritado.

Olhei pra ele de cima em baixo e disse:

- Quem ouve você falar assim pensa que te fiz esperar um século e não pouco mais de uma hora. – O maxilar dele se contraiu com raiva e eu continuei – Quando cheguei aqui vi que alguém estava se mudando para a casa que foi da dona Esmeralda. A moça foi simpática comigo e conversamos um pouco.

Ele relaxou um pouco antes de falar:

- Minha mãe está esperando para almoçarmos. Não faça mais isso, você sabe que eu tenho uma certa obsessão por horários.

- Pelo amor de Deus Jorge! Eu me atrasei apenas alguns minutos e para você é como se fosse uma eternidade. – estava um pouco cansada desse TOC que ele tinha com relação ao horário.

Saí sem esperar por ele, afinal minha sogra morava a pouco mais de uma quadra da nossa casa. Ele me alcançou logo em seguida.

Passamos em frente à casa de Juliana e a mesma ainda estava às voltas com os homens da mudança, ao nos ver acenou. Percebi que Jorge demorou mais do que o usual em sua observação e o cutuquei nas costelas ao mesmo tempo em que acenei de volta para ela.

O almoço foi divertido, meus cunhados vinham visitar minha sogra aos domingos e traziam suas namoradas e namorados e todos riam das piadas sem graça do meu sogro.

Ao fim da tarde fomos embora e ao passar pela casa de Juliana notei que a mudança já havia sido concluída e que apenas caixas de papelão se amontoavam perto do muro, esperando pelo lixeiro que passaria pela manhã na segunda feira.

À noite preparei o jantar e Jorge o devorou rapidamente antes de deitar e dormir. Fiquei meio chateada, já que fazia algum tempo que não nos amávamos, mas compreendia que o trabalho consumia todas as suas forças. Nas raras vezes em que fazíamos amor era de maneira burocrática e rápida e sempre terminava da mesma maneira, ele gozava e depois dormia.

No início senti falta daquele homem que havia me conquistado com um maravilhoso sexo oral e que me levava ao orgasmo sem muito esforço, mas com o passar do tempo, passei a aliviar meu tesão sozinha, me masturbando tarde da noite enquanto ele dormia.

Resolvi assistir TV, talvez estivesse passando algum filme que eu ainda não tinha visto, mas logo percebi que a programação de domingo à noite era pior do que a do meio de semana, então resolvi dormir.

Desliguei o aparelho e apaguei a luz do abajur. Ao entrar nas cobertas lembrei-me de Juliana e algo me fez arrepiar. Meus mamilos se comprimiam na blusinha apertada que eu usava e meus pelos dos braços estavam eriçados. Tirei a blusa e toquei meus seios, que estavam inchados. Ao tocar os mamilos senti que meu sexo estava quente e úmido, desci minha mão direita até ele e toquei com a ponta dos dedos o clitóris que estava inchado. Um gemido involuntário escapou de mim no momento do toque e mais uma vez pensei em Juliana, agora nua se tocando na minha frente.

Minha respiração estava acelerada e igualmente acelerado estava meu coração que batia descompassado no meu peito, minha mente vagava e quanto mais pressão eu fizesse sobre o sexo, mais forte parecia vir o orgasmo. Olhei para o lado e vi Jorge ali, adormecido e continuei a me tocar. Fui acariciando o sexo até que com cuidado introduzi o dedo médio em mim e comecei a fazer o movimento de vai e vem imaginando que Juliana fazia o mesmo, aumentei o ritmo e quando estava prestes a gozar ouvi Jorge dizer:

- O que você está fazendo ai em baixo das cobertas? – sua voz era sonolenta e parecia que não estava entendendo direito o que via.

- Nada não, amor – eu estava ofegante e minha voz saiu entrecortada – volte a dormir.

Ele se virou e eu fiquei ai, observando-o dormir, com o sexo literalmente na mão e agora completamente interrompida, não conseguiria mais chegar lá.

Fiquei meio irritada, já que estava quase gozando e havia sido interrompida na hora H, me virei de bruços e forcei-me a dormir.

Tive um sonho louco e pela manhã apenas conseguia me lembrar de partes, acordei molhada e tive a nítida impressão que havia gozado enquanto dormia, mas não tinha certeza. Ao fim da tarde apenas me lembrava de ter sonhado com Juliana e de que havia sido bom, mas não conseguia me lembrar do sonho.

Meses se passaram até eu me encontrar com ela de novo, meu casamento estava em crise e acabamos por nos encontrar um dia em que eu estava na pior.

Havíamos decidido nos separar, Jorge e eu. Resolvemos que seria melhor, já que nutríamos um grande carinho um pelo outro e não queríamos perder esse sentimento.

Era terça feira e já estava tudo decidido, eu voltaria para a casa da minha mãe e nós seguiríamos com nossa vida. É verdade, estava tudo decidido, minha cabeça dizia que estava tudo bem, mas meu coração estava em frangalhos e por mais que eu dissesse para mim mesma que era o melhor a fazer, minha alma doía só de pensar em voltar para a minha vida de solteira.

Acabei encontrando Juliana por acaso, estava esperando o ônibus chegar e ela passou de carro por mim. Eu nem a tinha visto, já que estava com os olhos cheios de lágrimas e não veria ninguém a minha frente naquele momento.

Logo em seguida ela voltou com o carro e parou no ponto do ônibus, gerando uma série de protestos, inclusive meus. Acenou para que eu entrasse no carro e assim o fiz.

- Pra onde você está indo? – disse antes de perceber que eu chorava. – O que foi Ana? Aconteceu alguma coisa? – disse, mas logo completou – Que idiota!! Claro que aconteceu se não você não estaria chorando. O que aconteceu?

Eu não conseguia formular nenhuma palavra e ela percebendo a situação parou o carro e me abraçou.

Era um abraço suave, cheio de carinho e eu estava muito precisando daquele abraço. Fiquei ali, abraçada a ela durante um longo tempo e quando me acalmei ela perguntou:

- O que foi que aconteceu? Pode me falar, talvez eu possa ajudar. – seu rosto demonstrava afeição e me passava confiança, então resolvi abrir meu coração:

- Meu casamento acabou! – disse assim, sem rodeios – Acabou Juliana, o Jorge me deixou. Pediu para eu voltar para a casa da minha mãe e eu vou voltar, mas por dentro estou despedaçada, acho que nunca mais vou me apaixonar por ninguém.

Eu falava entre soluços e estava de cabeça baixa, mas a levantei quando senti que suas mãos tocavam-me o rosto. Ao levantar a cabeça me encontrei com aqueles olhos verdes que me fitavam de maneira gentil e carinhosa.

- Ana, eu sei que é difícil se separar de alguém que você ama, mas a vida continua e você não deve se deixar abater por que seu casamento acabou. Casamentos começam e terminam, sempre foi assim e sempre será o que você não pode é ficar nesse baixo astral, vem vou te levar lá pra casa e quando você estiver melhor te levo na casa da sua mãe. Concordei e assim foi.

Acabei dormindo lá. Eu estava tão triste que meus soluços não pararam nem quando estava sonolenta, quase adormecida no sofá. Ela foi tão carinhosa e gentil que não tive como recusar seu convite de dormirmos juntas na sua cama de casal.

Nem vi direito quando ela voltou do banho, tamanho era meu sono, mas senti claramente que ela me abraçava e colava seu corpo no meu. Seu abraço era tão bom, e eu estava tão carente que me permiti aquele contato. Era inverno e fazia frio, mas eu não sentia frio, já que o corpo dela era quente e esquentava o meu.

Senti que suas mãos tocavam-me os cabelos e de costas aceitei a carícia. Eu estava com tanto sono... Sua carícia nos meus cabelos só intensificava minha sonolência e eu acabei dormindo.

Mergulhei em um sono profundo.

De repente acordei sentindo que era virada de frente para ela e senti que seus braços me envolviam em um abraço apertado e cúmplice. Não tinha coragem de abrir os olhos, mas em determinado momento tive que faze-lo, porque senti o calor da sua respiração bem próximo ao meu rosto.

Ao abrir os olhos vi que ela me fitava e eu quase me perdi na profundidade daqueles olhos verdes que me encaravam, notei que seus lábios estavam inchados e vermelhos e que suas pupilas estavam dilatadas apesar da luz que vinha do abajur, notei que ela tinha o cabelo cheiroso e que agora depois de meses ele havia crescido e lhe cobria quase os seios, vi que estava sem camisa e notei que seus mamilos eram rosados, apesar do cabelo castanho escuro que ela tinha. A olhei de novo nos olhos e percebi que ela me sorria, um sorriso branco e com dentes perfeitamente alinhados, ao contrário de mim que tenho os dentes incisivos um pouquinho afastados. Sorri de volta e ela percebendo que eu lhe sorria deixou que seu rosto encontrasse o meu e que seu nariz roçasse o meu; entreabri os lábios para dizer algo, mas ela me fez calar com um beijo.

Nada no mundo me preparou para aquele beijo, todo o meu corpo respondeu àquela carícia e a pouca resistência que eu supunha ter se esvaiu em segundos conforme sua língua procurava a minha de maneira urgente e insistente.

Entreguei-me àquele beijo como se fosse o meu primeiro e por mais que minha cabeça me dissesse que aquilo não era o mais apropriado para a situação, meu corpo não resistia às sensações tão conhecidas e ao mesmo tempo tão novas.

Senti suas mãos envolverem meus seios e gemi abafado entre um beijo e outro, a mão acariciava lentamente e incendiava meu corpo mais e mais.

Ela interrompeu o beijo e eu a ajudei a tirar minha camisa. Ela ficou me olhando, admirando o formato dos meus seios durante algum tempo e eu já completamente entregue guiei sua cabeça para baixo de encontro a eles. Senti o calor úmido da língua dela sobre um dos mamilos e quase desfaleci.

- Meu Deus... Quem é você? Como alguém pode fazer coisas tão boas?

Ela nada dizia, apenas continuava sua lenta exploração e me enlouquecia com suas carícias.

Eu estava ali, deitada na cama com aquela mulher linda e apenas conseguia gemer, tamanho era o prazer que sentia. Ela ficou ali, com o meu seio na boca durante muito tempo, um depois o outro e eu não conseguia pensar em mais nada além daquela boca que me devorava lentamente e me deixava mole.

Senti sua mão deslizar pelo meu corpo em direção ao meu sexo, sua carícia era suave e conforme a ponta dos seus dedos tocavam minha pele eu me derretia mais e mais. Senti uma leve pressão sobre meu clitóris por cima da calcinha que a essa altura já estava encharcada, a ponta do dedo dela se movia lentamente, para cima e para baixo e eu quase via estrelas.

Nunca pensei que o toque de uma mulher pudesse ser tão suave e ao mesmo tempo tão prazeroso, nunca havia sentido tamanha excitação e ela ainda nem me tocara o sexo de verdade.

Ela interrompeu a carícia no meu seio e me olhou nos olhos, eu podia ver que ela estava queimando de desejo tanto quanto eu, sua mão agora afastava minha calcinha e de maneira precisa tocava-me o sexo.

Ela me observava atenta e de repente tirou a mão, eu logo iria protestar, mas ela me ofereceu o dedo para eu chupar e eu assim o fiz. Que sensação maravilhosa, sentir aquele dedo lambuzado com meu gosto na boca. Fechei os olhos quando senti que ela voltaria a me tocar. Senti novamente sua boca em meu mamilo, sua língua úmida tocando suavemente o biquinho enquanto a mão se preparava para me penetrar.

Senti o dedo dela deslizar por meu sexo e pude senti-lo entrar lentamente, gemi alto e meu corpo, tomado por um frenesi sexual, se movia rápido em direção àquele dedo que me fazia gemer como uma vadia.

- Ai, ai que gostoso! Continua que assim eu gozo – falei entre gemidos e ela me obedeceu prontamente, aumentando o ritmo daquele vai e vem. Senti sua boca percorrendo meu corpo, passando pela minha barriga, detendo-se em meu umbigo alguns minutos e por fim indo em direção ao meu sexo, que a essa altura já estava inchado de tanto tesão. Segurei com as duas mãos sua cabeça e forcei gentilmente para baixo e ela deixou-se guiar. Abri os olhos e pude vê-la a poucos centímetros do meu sexo, ela me olhou nos olhos enquanto abria a boca e quando ia envolver-me naquele mar quente e úmido de seus lábios, ouvi um barulho.

Continua...

*Publicado por Barbara_Leandra no site climaxcontoseroticos.com em 11/11/23.


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