La Belle
- Temas: Chefe, secretária, lésbicas, escritório, vinho
- Publicado em: 22/11/23
- Leituras: 3445
- Autoria: LustSlut
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Oi, tudo bem? Minhas pequenas férias dessa vida de escritora duraram mais do que eu havia previsto. Sei que não dei muitas explicações antes da minha partida, mas há motivos plausíveis, tenho certeza de que vocês irão me entender. O início do mês de agosto me trouxe uma grande surpresa. Se não me falho a memória, já contei para vocês o meu maior objetivo de vida e, realmente aconteceu, a ascensão para o cargo de diretora executiva. Algo que almejava desde sempre, mas que não esperava alcançar tão "rápido", entre aspas pois são quinze anos de dedicação a uma única empresa e, sinceramente, achei que demoraria mais quinze anos. Precisei de um tempo para colocar a cabeça no lugar, visto que meu mundo havia virado de cabeça para baixo de um dia para o outro, me desliguei de qualquer coisa que pudesse me distrair e planejava voltar a compartilhar minhas histórias em meados de outubro, o que nitidamente não aconteceu. Precisei de mais tempo para organizar algumas coisas, resolver pendências, mas consegui, demorou um pouco, eu sei, mas aqui estou.
No meu último conto, narrei o desfecho de um dos capítulos da minha história com Anya, desde então ela não me deu mais problemas, agora é uma cachorrinha obediente na coleira que faz tudo o que mando, sem reclamar, sem protestos, apenas uma boa cadelinha. Então minha promoção veio no momento certo, quando alguns ciclos perturbadores se encerravam.
Um novo cargo, novas responsabilidades, mais noites sem dormir, estresse, ansiedade, parecia que havia voltado aos meus tempos de estagiária, mas acho que algo tão grande, por mais confiante que alguém seja, desestabiliza qualquer um. Mas também, houve coisas boas, salário, benefícios, muitos luxos e, o principal, a possibilidade de escolher uma nova secretária. Pode parecer algo bobo, mas esse é o foco do que quero contar hoje para todos vocês, assíduos leitores. Sei que sentiram minha falta, não vou mentir e serei sincera ao dizer que também senti falta dessa interação, já respondi algumas mensagens que deixaram para mim, outras não tive tempo o suficiente para ler, mas tudo será respondido no momento certo, apenas me aguardem, por favor, agora sou uma mulher mais ocupada do que antes.
Bem, continuando! Eu não precisava me esquentar tanto com essa nova escolha de secretária, mas devido a nova grande responsabilidade, eu mesma, pessoalmente, queria entrevistar cada uma das candidatas e avaliar suas habilidades. Foram quatro dia seguidos de entrevistas, avaliando os perfis que me eram apresentados, pessoas competentes e incompetentes se sentaram a minha frente durante esses dias, pessoas difíceis, bajuladoras, esquentadinhas, frias, mas apenas uma me chamou a atenção.
Lisa era uma estrangeira francesa de vinte e dois anos, não sei por que raios ela veio para a Rússia construir sua vida, ela também não quis dar muitas explicações. Acho que o que mais me chamou a atenção foram seus olhos levemente puxados, um pouco oriental, a pele era um pouco escura, como caramelo, parecia tão doce quanto. Sua estatura era mediana, os peitos médios e a bunda parecia ser firme, somente tocando posteriormente que puder ter certeza, posso afirmar que foi melhor do que eu imaginava.
A entrevista foi peculiar, percebia sua competência velada por uma personalidade arrogante e orgulhosa e, apenas passava pela minha cabeça como eu gostaria de quebrar essa prepotência. Sei que não foi a decisão mais sábia escolher alguém instável para um trabalho importante, mas na minha mente, ela era como um diamante a ser lapidado. Eu tenho uma certa habilidade de ler as pessoas, a posição das mãos e a direção do seu olhar dizem muito sobre o que você está sentindo, o que está pensando, mas ela era diferente, parecia mostrar apenas o que queria, algo superficial escondendo sua verdadeira natureza. Aquilo me instigou e decidi apostar alto nela, a escolhi como a minha nova secretária e céus, por um tempo me arrependi amargamente.
Ela não era organizada, não era pontual, não era nada do que eu precisava, tinha que fazer o meu trabalho e o dela, ela agia como uma criança mimada quando chamava a atenção, me fuzilando com o olhar de desprezo e ódio, só faltando se jogar no chão e começar a fazer birra. Realmente, parecia que estava lidando com uma criança. Foram duas semanas lidando com a sua infantilidade, até que decidi dar uma basta naquilo, minha intuição me enganou, me sentia envergonhada pelo maldito dia que enxerguei preciosidade em seus olhos, mas ela não passava de uma farsa, uma farsa muito bem elaborada.
A chamei na minha sala no final da tarde e falei durante vinte minutos ininterruptos sobre como ela era incompetente, desorganizada, desinteressada, arrogante, presunçosa, preguiçosa, imprudente, impulsiva, indelicada, ingênua, impaciente, desatenciosa, indecisa, indiscreta, irresponsável, desprezível, melancólica, limitada, mesquinha, grosseira e, por fim, obstinada, claro que não faltou sobre como eu a achava inteligente e confiante no início, mas foi um palpite errado da minha parte, deixei claro minha insatisfação pelo serviço de merda que ela prestava. Vi lágrimas se formando em seus olhos, mas a personalidade orgulhosa de Lisa a impediu de chorar. Dei uma última chance a ela, mudar radicalmente para melhor ou apenas ir embora, que eu mesma me encarregava da sua carta de demissão. Dei até a manhã do dia seguinte para ela se decidir, caso não aparecesse, já entenderia a decisão.
Nesse dia dormi mais tranquila do que nas últimas semanas, falei tudo o que estava entalado na garganta durante dias. Na manhã seguinte, ela não estava em sua mesa, mas estranhamente suas coisas estavam lá, organizadas. Entrei na minha sala e me surpreendi ao ver a lista de reuniões da manhã em minha mesa, com os horários grifados em vermelho e o assunto que seria discutido logo a frente. Do outro lado da mesa, inúmeras pastas organizadas de acordo com a prioridade de revisão. Fiquei observando tudo aquilo e pensando sobre o que podia ter acontecido, pois minha mesa era uma bagunça e nunca consegui organizá-la. O ranger da porta de madeira se abrindo logo atrás de mim me fez desviar a atenção da mesa até a pessoa que adentrava na sala, era Lisa com um copo de café em sua mão esquerda e mais algumas folhas na direita, ela se espantou quando me viu.
— Me desculpe senhorita, queria deixar tudo organizado para quando chegasse. — Ela começou a se desculpar e passou por mim deixando as coisas na minha mesa e logo ficamos frente a frente.
Era estranho, com certeza era a Lisa, mas era como se alguém tivesse assassinado sua personalidade anterior o colocado uma nova, uma mais gentil, atenciosa e com certeza, muito mais sorridente e simpática, me fazendo repensar se ela era aquela mulher que realmente havia contratado.
— Eu não sabia de como gosta do seu café porque é a primeira vez que eu pego para você, mas usei sua personalidade como parâmetro, então extraforte e sem açúcar! — Lisa disse pegando o copo de café e o estendendo para a minha direção com a duas mãos.
— Então quer dizer que eu sou uma pessoa amarga? — Respondi olhando em seus olhos, tentando disfarçar a risada quando seu sorriso desapareceu. — Estou brincando, obrigada pelo café.
Ela disfarçou o olhar para o chão e então deu início a uma longa apresentação sobre como ela tinha organizado minha mesa, os relatórios, os contratos, as planilhas de produção, rendimento dos funcionários e fabricação e saída de produtos. Foi uma LONGA apresentação, no final, fiz um elogio, disse que não imaginaria que ela pudesse se transformar em uma mulher tão produtiva e sorridente do dia para a noite. Ela sorriu e a dispensei, ainda com um sorriso bobo no rosto, nem acreditando que a minha intuição estava certa afinal, ela era um diamante a ser lapidado com duras palavras as quais se acumulavam devido sua incompetência.
As semanas subsequentes foram as melhores possíveis, Lisa chegava cedo e arrumava toda a papelada, economizava meu tempo e me ocupava apenas com o necessário, ela se tornou meu braço direito, tamanha era a competência que a levava nas reuniões importantes e viagens internacionais que necessitava fazer, coisa que em todo esse tempo como diretora, não fiz sequer uma vez, mas Lisa se mostrou necessária nesses momentos. Em menos de um mês solicitei três vezes aumento do seu salário, era uma vergonha ela ganhar tão pouco trabalhando tanto. E assim, nosso laço se estreitou, mas ainda não no ponto o qual quero chegar, nossa relação ainda era de chefe e secretária, a chamava para aproveitar um drink comigo na minha sala após um longo dia de trabalho ou após um grande negócio fechado o qual ela sempre tinha alguma participação. Agora como diretora executiva, tinha direito a uma bandeja de prata com os mais variados whiskies que dividia com convidados especiais, ela com certeza era alguém que se tornava especial.
As semanas se passaram, Lisa continuou fazendo seu ótimo trabalho, estava cada vez mais feliz que consegui extrair o melhor dela, pois eu me beneficiei com aquilo também, mas algo iria acontecer que abalaria um pouco a nossa relação, levando-a para outro patamar.
Era apenas uma quarta-feira normal, a temperatura estava elevada como de costume em uma semana de verão da Rússia, longe de ser como as altas temperaturas que está fazendo no Brasil atualmente. Estava de pé na minha sala, andando pelos cantos enquanto lia um manuscrito, costumo fazer isso para me concentrar melhor. Uma batida na porta quebra esse transe.
— Pode entrar! — Digo com a voz elevada, mas sem tirar os olhos dos papéis.
— Está ocupada? — Alekssandra abre a porta, adentrando o escritório e logo em seguida fechando-a, virando a chave para trancar.
— Estou. — Respondo tentando manter a concentração.
— Sua nova e queridinha secretária não queria me deixar entrar, você pediu a ela que ninguém te incomodasse. — Ela disse, desdenhando da minha ordem.
— Pois é, e aqui está você! — Disse ainda concentrada e com a voz firme.
— Você fica muito sorridente quando está perto dela, ela também fica se insinuando para você, igual a sua secretária antiga.
— Você acha?
— Tenho certeza.
— Isso é ciúmes?
— Talvez seja.
— Ora, estou surpresa.
— Para de mentir.
— Não estou mentindo, é sério, estou muito surpresa.
— Era brincadeira, não estou com ciúmes.
— É claro que não está, te conheço suficientemente bem para saber que de nós duas, você é a menos provável de sentir ciúmes, senhorita Alekssandra.
— Enfim, preciso te mostrar uma coisa, obviamente você não vai contar para ninguém! — Alekssandra falou se aconchegando na cadeira almofadada.
— Precisa ser agora? — Ainda estava andando de um lado para o outro tentando me concentrar naquele manuscrito que necessitava da minha atenção, mas tive ele roubado das minhas mãos, Alekssandra de repente ficou de pé e o arrancou de mim, deixando-o em cima da mesa. — Esqueceu que eu posso te demitir a qualquer momento?
— Mil perdões, senhora diretora executiva — Ela caçoou de mim com alguns gestos de mãos. — Agora senta essa bunda gostosa na cadeira que eu preciso urgente te mostrar uma coisa.
— Senhora não!
— Mil perdões, SENHORITA diretora executiva. — Ela repetiu intensificando a gesticulação com as mãos. — Agora pode, por favor, se sentar em sua bela cadeira, preciso URGENTE, te mostrar uma coisa, eu garanto que você não vai se arrepender e nem vai perder seu precioso tempo!
— Espero que seja importante! — Respondi bufando por conta de sua insolente, porém cômica atitude, me sentando em minha cadeira.
Sem mais palavras, ela pegou seu celular e colocou em um vídeo, o pausou e deu o celular em minhas mãos. Dei play no vídeo e, sinceramente, era melhor eu ter visto aquilo no momento em que ela entrou na minha sala. Era uma filmagem que Alekssandra fez no banheiro, onde filmava Lisa na cabine ao lado vendo pornografia e se masturbando, no banheiro do trabalho. Fiquei parada por alguns instantes, sem falar nada, sem ter reação alguma, apenas repetindo o vídeo outra e outra vez, queria ter certeza de que aquele rosto era de Lisa e que meus olhos não me enganavam, estava um pouco embaçado, mas a sua pulseira a entregava, seu braço esquerdo era sempre adornado por uma pulseira prata e outra dourada com detalhes únicos.
— Isso foi importante, certo? — Alekssandra dizia rindo, debruçada na mesa enquanto me fitava.
— Isso foi... Surpreendente! — Dizia tentando voltar para a realidade. — Estou tendo muitas surpresas nesses últimos dias, me manda esse vídeo, por favor.
— Vou querer algo em troca! — Exclamou ela mordendo os lábios.
— Te dou a porra do melhor orgasmo da sua vida, agora mesmo se você quiser, só me manda esse vídeo!
— Gostei disso, vou te cobrar depois. — Ela disse já tomando o celular e me encaminhando o vídeo, logo se levantando e indo em direção a porta, colocou a mão na maçaneta e parou por um momento. — Só por curiosidade, você vai fazer o que eu estou pensando, certo?
— Sim, obviamente!
— Legal, mas uma pena que não vou poder assistir, queria ver que cara ela faz quando goza.
Então ela se retirou, fiquei ali por longos minutos revisando aquele vídeo pensando nas possibilidades, de como poderia usar aquilo a meu favor, mas ao mesmo tempo, me sentindo culpada, precisava mesmo usar esse vídeo para conseguir algo com ela? Estava criando sentimentos pela Lisa? Eu sinto tesão por ela?
Ou é só essa sensação de poder sobre alguém que me excita? Chantageá-la para conseguir certos benefícios me parece interessante, mas ao mesmo tempo, errado. Nunca tive de usar tais artifícios para ter alguém na cama, mas lá estava eu, com uma oportunidade única, um vídeo íntimo e uma secretária gostosa, mas era isso que eu queria? Depois de muito pensar, queria deletar o vídeo, por pouco não apertei o botão para apagá-lo de minha posse. Essa encruzilhada pesou na minha mente por dias, era algo que sempre voltava aos meus pensamentos quando deitava a cabeça no travesseiro. Mas então, tomei minha decisão, joguei tudo para o alto e fiz o que a Yana faria, isso mesmo, fiquei em terceira pessoa e analisei minhas próprias ações para tomar essa decisão, então cheguei à conclusão de que quando tenho uma oportunidade única, não a deixo passar. Logo cedo no dia seguinte, chamei Lisa para a minha sala. Ela bateu à porta e timidamente entrou.
— Pode trancar a porta, por favor. — Disse pegando meu celular com a mão e me preparando.
Ela obedeceu, girou a chave e se sentou na cadeira em frente à minha mesa.
— Lisa. — Iniciei, suspirando. — Você é minha secretária há o que? Mais ou menos um mês?
— Há exatamente quarenta e seis dias.
— Preciso ser sincera e dizer que no começo, não achei que você duraria muito.
— Era minha intenção na verdade, ser o pior tipo de pessoa para você não me escolher.
— Então por que se candidatou para o trabalho?
— Para os meus pais me deixarem em paz, eles me obrigaram! — Ela disse arregalando os olhos em minha direção enquanto essas palavras saiam de seus lábios avermelhados.
— Mas depois daquela nossa conversa, você parece que mudou um pouco.
— Um pouco!? — Sua gargalhada estridente ecoou pelo escritório, logo se abafando e olhando para o canto da sala. — O que você disse naquele dia fez muito sentido, era a terceira vaga de emprego que estava fazendo a entrevista, fazia de tudo para ser o pior tipo.
— Autossabotagem.
— Sim, depois disso foi como me enxergar através de um espelho e... Não gostei do que vi. — Sua voz agora num tom melancólico.
— E de um dia para o outro, você mudou, parecia outra pessoa.
— É quem realmente sou, só deixei de tentar ser uma pessoa ruim e então as coisas acontecerem.
— Fico feliz que fiz parte dessa mudança, que fiz você abrir os olhos e enxergar o seu próprio potencial.
— E eu só tenho a agradecer, as vezes precisamos de algumas palavras duras, certo? — Ela sorriu, olhando para mim.
— Sim, eu concordo, mas ainda há algo em você que me incomoda. — Me levantei e fui até sua frente, me escorando na mesa. — Sua ética no trabalho melhorou muito, isso eu não posso negar, mas tem alguns comportamentos seus que ainda acho peculiares.
Peguei meu celular e coloquei no vídeo em questão, seu sorriso já havia desaparecido, mas após assistir o seu vídeo de exatamente trinta e dois segundos onde se masturbava assistindo pornografia e tentando abafar os gemidos, seu rosto mudou completamente. Pálida, os lábios vermelhos se tornaram brancos, tremendo e apertando a mão uma na outra indicando ansiedade. O vídeo acabou, desativei a tela do celular e o coloquei em cima da mesa ao meu lado, assim, se formando um silêncio provavelmente constrangedor para ela que durou alguns minutos, percebia sua ansiedade esperando-me falar algo e, eu, apenas apreciava a coelhinha assustada na minha frente.
— Então? Não vai falar nada sobre esse comportamento? — Disse quebrando o longo silêncio.
Ela tentava falar alguma coisa, mas as palavras não saiam de sua boca, a mandíbula tremia, assim como os lábios, as mãos, seu corpo inteiro parecia estar envolto num abraço gélido invisível.
— Se não tem nada para falar, pode se retirar e voltar para o seu trabalho.
Me levantei e voltei para a minha cadeira, folheando alguns papéis e revisando contratos. Ela ficou ali por alguns segundos, congelada, mas logo se levantou e em passos lentos e trêmulos, se dirigiu até a porta. Fiquei a observando discretamente enquanto estava de costas para mim, suas pernas bambas, os quadris remexiam mesmo naquele estado. Assim, tive início ao meu plano. Fiquei dias planejando isso e o melhor cenário, o que combina mais comigo, deixando-a com o dom da dúvida, não tendo ação alguma, apenas a dúvida. O que faria ela caminhar cada vez mais na minha direção, eu não teria de fazer esforço algum. Joguei a isca, e então, só me restava esperá-la.
Os dias se passaram, a tratei normalmente como sempre a tratei, mas ela me olhava agora com outros olhos, sempre na espreita, astuta com cada passo meu, era como se estivesse sempre sendo observada, eu gostava daquilo, mesmo não tendo nada em mente para fazer contra ela, para prejudicá-la. Então, ela veio até mim, como esperado, só não esperava que fosse tão intensa como foi. No final de um dia árduo de trabalho, ela adentra minha sala, sem bater, o único som que podia ser ouvido era da porta sendo batida com força e trancada, logo em seguida, seu salto alto se chocando nervosamente contra o chão. Seus olhos eram de puro ódio e determinação enquanto caminhava em minha direção, larguei meus papeis na mesa quando ficamos frente a frente.
— Pois não? — Iniciei, com a voz calma.
— Que merda você quer de mim?
— Como assim?
— Você me mostra aquela merda de vídeo, me dispensa e não faz mais nada? — Ela apoiou as mãos na mesa se inclinando para frente, se aproximando mais de mim.
— O que esperava que eu fizesse?
— Sei lá, porra, me chantageasse a fazer alguma coisa vergonhosa, não é isso que costumam fazer?
— Era apenas um ponto negativo seu que achei que poderia melhorar, ou ainda está se masturbando no banheiro da empresa?
Ela ficou sem palavras, apenas me olhando com a boca um pouco aberta e as bochechas coradas.
— Vou mudar a pergunta. — Disse me levantando, também apoiando as mãos na mesa e me inclinando, fazendo nossos rostos ficarem tão próximos quanto jamais ficaram. — O que VOCÊ, queria que eu fizesse?
Ela continuou muda, me olhando nos olhos até que o desviou para o chão, se afastou e se sentou na cadeira logo atrás.
— Não sei, só estava esperando alguma coisa, se quisesse me chantagear, era só me chantagear, se quisesse que eu te bajulasse, era só falar, porra!
O silêncio permaneceu por mais alguns segundos.
— Que tipo de pornô você gosta de ver? — Falei novamente quebrando o silêncio.
— O que?
— Eu via bastante na minha adolescência, mas acabou virando um vício e tive que eliminar da minha vida. Que tipo de pornô você gosta de ver?
Ela apenas me observava, incrédula com a pergunta.
— Costuma ver os normais ou aqueles esquisitões? Como costumam chamar mesmo? Os hardcores?
— Os normais. — Ela respondeu após alguns segundos me encarando.
— Hétero? Anal? Lésbicas? — Percebi sua sobrancelha dando uma leve erguida ao ouvir o que saia por último da minha boca, então me sentei. — Hum, entendi, gosta de lésbicas, não é? Também era o que mais gostava quando assistia.
— Por que está fazendo isso? — Ela perguntou, séria.
— Só estou querendo te entender melhor, pelo jeito acabei de descobrir um segredo seu.
— Acho que onde vivemos é o máximo que conseguimos chegar, não é? A porra de um filme pornô lésbico.
— Depende, se quiser fazer algo, você só precisa ser discreta.
— Você fala com muita propriedade, até parece uma lésbica.
— Fala sério, até meu rosto entrega que eu amo foder com mulheres.
Ela agora sorria, descontraída, a tensão pouco a pouco deixou o ambiente, o tornando mais leve.
— Fica tranquila, não vou denunciar você nem nada do tipo, se era isso que estava pensando. Era só para você tomar mais cuidado mesmo, os boatos correm rápido por aqui e sua carreira pode acabar num instante.
— Se isso for confortar seu coração, eu já não me masturbo faz um tempo porque só consigo pensar no que a minha chefe quer de mim me mostrando um vídeo onde eu me masturbo no banheiro e porque ela ainda não me chantageou. — Ela respondeu, num tom desconfiado.
— Não quero nada de você, não gosto de forçar as pessoas a fazerem algo que não queiram, mas tenho um pedido para fazer para você.
— Eu sabia! — Ela bateu as mãos e apontou um dedo para mim. — Sabia que você não iria deixar isso passar sem me chantagear.
— Não vou te chantagear. — Respondi rindo. — É apenas uma proposta, nós duas num lugar mais reservado tomando uma taça de vinho, só isso.
— Não sei se devemos. — Seu rosto agora era de preocupação ao mesmo tempo em que uma de suas mãos coçava atrás de sua orelha.
— Não precisa aceitar se não quiser, mas te esperarei na minha casa nesse sábado à noite, vou me certificar de te mandar meu endereço por telefone.
Ela ficou ali sentada, sem olhar no meu rosto, parecia procurar alguma resposta para se esquivar da minha proposta, mas podia ver que ela não queria recusar. Então, após alguns segundos, ela se levantou, exalando alívio principalmente pelo seu andar, sem dizer uma palavra, destrancou a porta e se retirou, voltei aos meus afazeres, satisfeita, tudo de acordo com o plano, estava guiando-a justamente para esse momento, dando a oportunidade de ela recusar a proposta, mas ela já gastou tanto seus pensamentos que vai se sentir no dever de me encontrar no sábado à noite e então, bom, vocês sabem muito bem o que vai acontecer.
Devido a alguns problemas, tivemos que mudar a programação de sábado, tendo o ponto de encontro, a casa de Lisa. E sim, como esperado, ela aceitou! Recolhi três garrafas de vinhos finos antes de sair de casa, fui com a minha roupa padrão, mas sem terno e as demais roupas sociais, algo mais casual. Me dirigi até sua casa a qual havia me passado o endereço previamente, então, me apresentando a portaria de seu prédio, o porteiro anunciou a minha chegada a Lisa, logo liberando a passagem. Subi no elevador até chega no quarto andar, me dirigi até o número do apartamento, batendo a porta, que se abria quase que imediatamente. Foi inevitável o sorriso de ambas quando nossos olhares se encontraram, ela me convidou para entrar e, apenas lá dentro enquanto ela fechava a porta que percebi o quão deslumbrante ela estava, um longo vestido azul com alças finas, deixava boa parte de seus braços a mostra, e a cereja do bolo era a abertura em sua coxa direita. Céus, já podia ter em mente a alucinante noite que teria com ela.
— E essa caixa? — Ela disse enquanto pegava a sacola com as garrafas de vinho da minha mão, se atentando a uma caixa misteriosa que eu carregava na outra.
— É um presente para você, seria um desrespeito uma visita a sua casa sem trazer um presente.
— Não precisava se preocupar com isso. — Ela disse levando o vinho para a cozinha, mas mantendo os olhos atentos a caixa.
Deixei a caixa branca com um pequeno laço vermelho em cima de sua mesa e a acompanhei.
— Mas, esse presente você só pode abrir quando eu falar para você abrir.
Ela me olhou de canto enquanto abrir uma das garrafas, dando um sorriso de lado.
Nos sentamos em sua sala, jogando conversa fora enquanto esvaziávamos lentamente as garrafas de vinho. Fiquei sabendo mais sobre sua vida, suas ambições, que se mudou recentemente para aquele apartamento graças aos aumentos que recebeu, possibilitando uma vida mais leve longe de seus pais. Logo, as garrafas de vinho estavam secas.
— É estranho ver você sem aquelas roupas de trabalho. — Ela comentou. — Isso tira um pouco o seu tom autoritário.
— Posso ser autoritária mesmo só de calcinha, não se engane comigo. — Respondi, dando o último gole na minha taça e a deixando na pequena mesa no meio da sala.
— Ah... Agora minha mente está fervilhando pensando nisso.
— Pensando no que? Na sua chefe só de calcinha?
Ela apenas abriu um sorriso largo, sem responder.
— A sua roupa também não é nada discreta, esse vestido é o tipo que eu usaria para uma festa de casamento extravagante, não para receber alguém em casa.
— Eu me exaltei um pouco, não vou mentir. Fiquei por um bom tempo pensando, o que a Yana gostaria de me ver vestindo?
— Acertou! Você ficou mais bela do que já é, mas poderia se dar ao luxo de vestir algo mais confortável.
— Então eu ficaria um pouco desleixada, não quero que me veja assim.
Durante essa conversa, apenas imaginei como gostaria de vê-la, totalmente desnuda, meus olhares passaram a ficar indiscretos, ela retribuía com sorrisos, as vezes erguendo um pouco o vestido mostrando-me mais de suas coxas. Não sei se fazia aquilo intencionalmente para me provocar, ou estava bêbada demais para pensar em algo do tipo. Trocamos mais algumas palavras, não me lembro bem o que se antecedeu, mas apenas me dei conta quando ela se aproximou, encostando finalmente os nossos lábios. O beijo era sensual, lento, molhado, com direito a nossas línguas envolvendo uma à outra e minhas mãos subindo ainda mais seu vestido. Já estava na hora, se ela não tivesse feito o primeiro movimento, provavelmente eu iria fazê-lo, ou pior, enlouqueceria apenas imaginando o que gostaria de fazer com ela. Interrompi nosso beijo subitamente, com muita dificuldade.
— Sabe o presente que trouxe para você. — Disse serrando os dentes, já completamente tomada pelo tesão, mas deixando o resto da razão que havia na cabeça falar mais alto.
— Sei, o que tem? Até tinha esquecido. — Ela respondeu sussurrando no meu ouvido, lambendo minha orelha e descendo para o meu pescoço.
— Pega a caixa, leva para o seu quarto, então só depois disso você pode abrir, vai saber o que precisa fazer depois.
Ela se afastou, olhando nos meus olhos e sorrindo. Se levantou e fez como eu ordenei, pegando a caixa e indo direto ao seu quarto, alguns minutos se passaram, longos minutos, tentei me ocupar procurando mais vinho, as garrafas já estavam secas e restou apenas um pouco na taça de Lisa. Roubei o último gole para molhar a garganta que começava a ficar árida. Silenciosamente ele volta para a sala, em passos mudos, vestindo o presente que havia dado naquela noite.
— Estou começando a gostar desses joguinhos. — Lisa disse numa voz tão sensual quanto os movimentos do seu corpo e a roupa que vestia.
A lingerie preta caiu perfeitamente nas suas curvas, fiquei aliviada por ter acertado o tamanho, ficou deslumbrantemente linda, tanto que mal precisei verbalizar, os meus olhos entregavam o que se passava pela minha mente. Não sei explicar como era a lingerie em palavras brasileiras, mas procurem por “fishnet lingerie”, essa em questão cobria o corpo todo, em adição da calcinha que apenas cobria as laterais de seu quadril, deixando todo o resto a mostra. Com os mesmos passos taciturnos e sensuais, ela caminhou até mim, a tomei em meus braços, passando um pela sua cintura e a outra em sua nuca, trazendo seus lábios novamente em encontro aos meus. Céus, como aquele perfume me deixava louca, o doce cheiro misturado com o aroma seco do vinho em seu hálito. A guiei para o sofá, deitando-a delicadamente, suas pernas se abriram se encaixando perfeitamente no meu corpo. Passei um bom tempo aproveitando o frescor de seus lábios quentes, só depois de aproveitá-los muito que desci até seus peitos. Não eram grandes, mas longe de serem pequenos, passei minha língua sobre a auréola, sendo guiada pelas finas linhas da lingerie que apertavam um pouco seu busto. Chupei seus peitos com delicadeza, dando leves mordiscadas que a faziam gemer de prazer e tremer as pernas, ela levou suas mãos até meu cabelo, bagunçando um pouco, aproveitei para deixar uma pequena marca de chupão no outro mamilo para então descer, fazendo uma trilha de beijos pelo abdômen deixando alguns resquícios de saliva, até chegar no lugar premiado, mas o que separava Lisa de um orgasmos estremecedor era as finas linhas da lingerie, que acabei rasgando para ter pleno e total acesso ao seu antro de prazer. Ela sorriu ao me ver bruta rasgando a roupa, logo erguendo suas pernas deixando sua buceta e cuzinho totalmente à mercê de uma devoradora. Aparentemente, ela se preparou para a noite da melhor forma possível, seu cuzinho estava totalmente liso, sem resquícios nenhum de pelo, sua buceta por outro lado, adornava alguns pelos aparados apenas na parte de cima, deixando dali para baixo completamente sem os pelos. Abri os lábios e suspirei fundo ao sentir o doce cheiro que exalava, minha boca salivou ao ver que estava começando a escorrer o mel pelas bordas grossas de seu cuzinho um pouco moreno. Me aproximei, deixando o hálito quente se chocar entre suas pernas, recolhi o rastro de mel com a língua próximo ao seu ânus e subi massageado um dos lábios, passando a língua macia por cima do clitóris, o que arrancou um gemido fofo de Lisa, que se contorceu e em um ato de reflexo, puxou minha cabeça contra sua buceta, ali em diante, deixei meu lado selvagem intervir. Abocanhei sua buceta com força, massageando freneticamente seu clitóris com a língua, descendo e enfiando no duto molhado e logo depois em seu cuzinho apertado, arranhando suas coxas. Lisa não sabia fazer nada além de gemer sem pudor algum, rebolando na minha boca, por vezes me deixando apenas parada com ela fazendo os movimentos. Ela conseguiu se desvencilhar de mim, ofegante, mal notei o seu orgasmo intenso, mas parti novamente para cima dela, imobilizando-a com o meu corpo em cima do dela, puxando seu cabelo com a mão esquerda e procurando sua buceta com a direita, logo achando-a e enfiando dois dedos de uma vez, imediatamente molhando minha mão como uma cachoeira. Passei a masturbá-la com voracidade, sem nenhuma pausa, logo o próximo orgasmo veio, assim como o terceiro, e outro, mais outro, até suas pernas estarem completamente bambas, mal conseguindo abrir os olhos e a voz rouca de tanto gemer. Apenas após isso tive a certeza de que havia feito um bom trabalho. Me afastei dela, também tomando um ar, limpando a boca melada de seu suco. Lisa adormeceu onde estava, pelo menos foi o que pareceu pois não tinha mais nenhuma reação, diminuindo sua respiração até ficar mais calma, imóvel. Acho que peguei um pouco pesado com ela, mostrei um lado que deveria ter mais cuidado e acabei deixando-a acabada, sem energias. Fui até sua cozinha e abri a geladeira, minha boca estava mais seca a cada segundo que passava, peguei uma garrafa de água e tomei de uma vez. Então sou surpreendida por Lisa, que se escorou na porta da cozinha, olhando para mim.
— Acho que peguei um pouco pesado com você. — Disse me aproximando, agora ela se escorava em mim, deitando sua cabeça em meu peito.
— Não se preocupa, eu gostei, só que não estava preparada para isso e o vinho acho que acabou comigo.
— Melhor eu ir embora para você poder descansar.
— Da próxima vez não traga tantos vinhos, só um está bom!
— Vou ter mais cuidado então.
Demos um último beijo, ela vestiu um roupão e me acompanhou até a porta, voltei para casa exausta, mas satisfeita por ter proporcionado a minha secretária prodígio, excelentes orgasmos. Nossa relação se estreitou ainda mais, no trabalho, nossos olhares as vezes se encontram, a pego me observando discreta tentando disfarçar o sorriso, e sei muito bem o que aquele olhar quer dizer, eu sei o que se passa em sua cabeça cada vez que nós nos avistamos, compartilhamos um segredo que as pessoas ao redor nem imaginam. Bom, necessitamos de uma nova noite para descarregar nosso desejo acumulado uma pela outra, está um pouco difícil nesses últimos dias por conta da alta demanda, mas nosso momento ainda irá se repetir e com certeza, vocês ficaram sabendo!
*Publicado por LustSlut no site climaxcontoseroticos.com em 22/11/23. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.