Lorena: A confissão, a escolha ( final )

  • Temas: Traição, confissão, romance, sexo oral, sexo anal.
  • Publicado em: 01/01/24
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  • Autoria: LukeBlack
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Meu nome é Saulo e retornei para contar o desfecho dessa história que pirou meu cabeção. Ou melhor, meus dois cabeções.


Já é notório para você que tá lendo que o que rola entre mim e a gata não é somente uma química passageira. O sentimento que eu tinha de repulsa pelo passado dela, na verdade, foi o que me conectou cada vez mais e eu não conseguia mais tirar Lorena da cabeça. Era sempre a próxima foda que permeava meus pensamentos. Não sei se era amor. Não sei se era uma paixão doentia.


O dia da festa de noivado estava se aproximando e comecei a ser tomado de uma inquietude muito grande, e já não era mais pelo passado dela, ou por meu irmão não saber a verdade. O fato é que de alguma maneira eu iria perdê-la e tudo que eu fiz para manter em segredo o passado dela acabou por me corroer por dentro. Meu irmão não merecia nada daquilo. Mas do jeito que as coisas estavam transcorrendo, não havia mais nada a ser feito.


Miguel quis ter a certeza absoluta de que a comemoração junto à família dela também ocorreria dentro da minha escala de folga. Ele estava muito feliz. Aquilo partia meu coração. Só que eu não aguentaria ver a decepção da descoberta. Mas como dizer !?


Quando finalmente o dia chegou, e Lorena sendo cercada em casa pelas amigas, os pais, a tia dela, e a prima, Gabriella, uma mulher exuberante, alta, olhos verdes profundos, 1. 78m , loira também, seios médios e quadris largos, lábios finos, aparentemente entusiasmada com o momento mais importante que chegava para Lorena, eu tive a certeza de que tudo que estava acontecendo era consequência da minha arrogância, da humilhação que eu a havia feito. Como tive palavra pra manter tudo no mais absoluto esquecimento, de minha posição nada haveria de ser manifesto pra poder interromper. Ela estava apaixonada por ele… até então era o que eu estava convicto.


Miguel: Que foi que você tá tão calado no canto da cozinha, cara!?


Eu: Alguém aqui precisa manter os copos cheios. É uma noite de realização, não é verdade!?


Miguel: Porra, cara… eu tô muito feliz. E mais feliz ainda porque você tá aqui comigo.


Eu: Dá pra ver no rosto de vocês dois.


Miguel: Obrigado por ficar do meu lado.


Eu: Anda, vai lá se divertir com sua amada, vai.


Miguel: Vê se melhora essa cara, rapaz!


Eu: Vou tentar fingir que está tudo bem e que não vou me afastar de você.


Miguel: É por isso que você tá assim!? Cara, nada vai mudar entre a gente. Você me criou, cara! Essas pessoas têm que saber o quanto devo a você por ter chegado até aqui. Nossos pais ficariam orgulhosos…


Eu: Vai lá pra tua noiva, pára de me deixar sem graça.


Por fim , deixou-me em paz com minha consciência carrasca. Mas meu sofrimento secreto foi novamente interrompido. Agora por Gabriella. A gente havia trocado um ou outro olhar, mas de minha parte , nada recíproco, se é que havia algum interesse dela. Só que aquela noite eu não passaria batido.


Gabriella: Saulo, não é!?


Eu:( ri forçado ) Olha, alguém se lembrou do meu nome no segundo dia mais importante da prima.


Gabriella: Não só do nome, mas é impossível não notar alguém que possui um traço marcante de família, que é a beleza.


Eu: Pelo visto alguém aqui quer me deixar encabulado.


Gabriella: Lorena me falou sobre você: o homem que assumiu as rédeas da casa , cuidou do irmão e hoje é um bem sucedido Policial Civil…


Eu: Investigador Civil. Não foi


Gabriella: Uau. Desculpa, esqueci esse detalhe.


Eu: Não por isso. Quer uma bebida?


Gabriella: E você, como Investigador, tem um faro muito aguçado pra desvendar casos complicados, não é!?


Eu: Pois é.


Gabriella: Eu também sou muito perspicaz pra notar que tem algo estranho nesse ambiente. Você, observador, distante, mantendo-se resiliente num dos dias mais decisivos da vida do seu irmão.


Eu: Parece que tem alguém aqui muito interessada ou no meu trabalho, ou no meu silêncio.


Gabriella: Você não aprova isso, não é?


Eu: Desculpe!?


Gabriella: Você diz mais do que aparenta. E com certeza, alguma coisa sabe pra isso não poder acontecer.


Eu: Gabriella, né!?


Gabriella: Uhum…


Eu: Gabriella, não levanta fumaça onde não tem faísca, garota, não viaja!


Gabriella: Achei que, conversando, a gente pudesse partir de um ponto em comum pra se conhecer melhor.


Eu: Que ponto em comum!? O que você tá insinuando!?


Gabriella: Sei mais sobre você do que imagina. Eu sei o que houve, e sei que hoje começa o fim do acordo entre vocês dois.


Naquela hora eu gelei do alto da cabeça até a planta dos pés. Então a Lorena havia contado tudo pra alguém. Mas por quê!? Quando dei por mim, os olhos da minha cunhada capturaram os meus.


Gabriella:( chegou perto do meu ouvido) Percebe agora a real situação? Lorena está dando um passo hoje, mas sabe que está renunciando algo muito forte, algo que atropelou todos os planos, algo que não pode ser ignorado.


Eu: E você quer que eu faça o quê!?


Gabriella: Já está feito. E se ela insistir no que ela pensa ser o futuro dela, isso poderá ser sua ruína.


Eu: Você tem certeza do que está dizendo!?


Gabriella: Absoluta.


Eu: Então eu devo …


Gabriella: Não deve nada, Saulo. Só aguarde. Ela teve muito tempo pra pensar…


Eu: O quê!?



De repente, Miguel pediu a atenção de todos para comunicar a “Grande Notícia”. Agradeceu a presença de todos e chamou Lorena pra ficar do seu lado.


Miguel: Eu reuni todos vocês aqui porque acredito serem as pessoas certas para eu dividir esse momento. Saulo, se aproxima.


Aquilo me gelou a barriga. Gabriella voltou pro seu canto com sua taça e ficou só de camarote. Dava pra perceber agora a expressão tensa no rosto da Lorena. Um sorriso pra disfarçar, mas por trás daquela maquiagem, olhos vermelhos. Uma expressão pesada. A contração dos lábios, as mãos suadas. Ela está linda, com um vestido curto tom de nude e bordados coloridos.


Miguel: Ele foi o cara que foi meu norte, minha inspiração de força para chegar onde cheguei, depois do acidente que… vocês sabem. Então, a aprovação dele foi tudo pra mim.


Naquela hora eu não segurei o rio que nasceu no canto dos meus olhos. E o pessoal bateu palmas. A minha vontade era enfiar a cara dentro de um buraco. Queria que aquilo tudo fosse somente um pesadelo.


Miguel: Mas, a maior resposta de todas é aquela que o tempo prova que o que tem que acontecer tem muita força. Então, Seu Augusto e Dona Marlise: Eu gostaria de poder…


Lorena: Um momento, Miguel.


Nessa hora, Gabriella acenou com a cabeça mostrando que nada do que aparentava ser era de fato.


Lorena: Pai, mãe, todos os presentes aqui. Tudo isso é mais do que eu jamais pude sonhar, ou quis sonhar. O Miggy é uma pessoa que entrou na minha vida e mostrou como um homem pode ser dedicado a uma garota e derrubar todos os conceitos que …- começou a chorar- os conceitos que foram construídos ao longo do tempo sobre os homens. Você começou a gostar de mim sem ao menos saber da minha história, sem ao menos uma vez fazer menção ao passado. Mas eu tenho um passado e não foi legal, porque… não se trata de minha família, não se trata dos meus pais. Trata-se de mim própria. Eu já me envolvi com pessoas que hoje não deveria querer me parecer. Já quebrei a cara com homens que não deveria ter me entregue, já fiz coisas que nenhum pai ou mãe gostaria de lembrar sobre sua filha. Durante um tempo, optei pelo dinheiro fácil, pela beleza que atrai validação.


Lorena: Só que quando você planta algo no passado, isso vai perseguir você para sempre. Miggy, você não sabe quem eu fui ou o que tive de me tornar pra estar aqui hoje.


Augusto: Filha, pelo amor de Deus! Você não está falando do que eu penso que estou falando, né…


Marlise: Lorena, o que foi que você fez!


Lorena: Eu não mereço estar com o Miggy, eu… tive um passado que me condena!


Puta que pariu, era tudo que eu jamais imaginaria. Miggy me olhou incrédulo, e começou a chorar, e não dava pra consertar mais nada.


Lorena: Eu sei que você, Miguel, e qualquer homem que se preze sonha com uma vida ao lado de uma mulher que seja respeitável, uma mulher digna. Apesar de eu não fazer mais o que fiz no passado, eu precisava confessar.


Augusto: Lorena, você tem noção do papel que estou fazendo aqui, ouvindo tudo isso!? A sua mãe, ela…


Marlise já estava nocauteada, desacordada, foi foda. Tudo estava virando um pesadelo.


Lorena: Eu já vivi isso, Miguel. Eu sempre passei longe de ser a garota que você sempre imaginou. Só que o seu irmão me mostrou que somente a verdade pode libertar a gente de qualquer laço e, quem sabe, nos dar esperança de um recomeço!


Miguel: Como assim, Saulo!? Você sabia e não me falou nada!?


Eu: Mano, minha vida sempre foi investigar. Nada disso aqui estava nos meus planos. Mas eu sabia. Desculpa, cara! Ela tá contando agora, eu não a obriguei a fazer isso!


Miguel: Eu não quero ouvir mais nada.


Eu: Cara, escuta: Nem todo mundo tem um começo do qual se possa orgulhar. É a vida. Quando eu descobri, eu fiquei inconformado, só que… você tava tão feliz.


Miguel: Feliz com uma mentira! Porque nada do que eu vivi e sonhei desde então foi baseado em algo…


Eu: Sei disso. Mas tem mais uma coisa, cara.


Miguel: O quê!?


Eu: Sei que você jamais irá me compreender… mas eu sabia de tudo e me identifiquei demais com sua namorada. Eu bem que quis impedir. Ela implorou para eu não fazer nada. Mas com o tempo, vi que além de ela ter mudado, eu me dei conta de que havia gostado dela também.


Miguel: Vocês dois!? Cara, eu não mereço isso! Não mereço isso.


Eu: Me perdoa, cara! Acho que agora você tem motivo suficiente pra nunca mais olhar na minha cara. Ela é o que é. Não pode apagar o que viveu. Eu ficaria calado esperando tudo acontecer e você subiria ao altar feliz da vida. Você ouviu dela. E agora tá ouvindo de mim.


Augusto: Saulo, você parece um cara que tem uma estrada de vida amadurecida. Só me responde uma coisa: Você sente algo verdadeiro pela minha filha!? Existe algo verdadeiro nesse desastre todo!?


Eu: Sr. Augusto, sou um homem totalmente descomprometido e até hoje não me entreguei a ninguém. Sempre vivi a vida do jeito que quis. Nunca fui como o Miguel em nada. A única coisa que eu posso dizer é: queria que toda essa festa tivesse sido eu a organizar pra pedir a mão dela. Eu me dei conta disso, no meio de toda essa confusão.


Miguel: Nunca vou perdoar vocês. NUNCA!!!


Augusto: Chega! Miguel, eu entendo sua dor. Eu nem imagino o que está sentindo. Não posso pedir que perdoe minha filha, não tenho esse direito. Mas abra os olhos, e veja a realidade se descortinando diante de você. Como seria se isso acontecesse depois de 20, 30 , 40 anos!? Conseguiria voltar ao tempo chamado HOJE!?


Miguel: Tem razão. Tá certo- olhou pra ela, que virou o rosto de vergonha, e depois para mim, que não desviei o olhar- duas mentiras… se anularam com a verdade. Obrigado pelo menos por isso. Eu vou sair e pensar um pouco.


Eu: Não vai fazer nenhuma besteira…


Miguel: Sai da minha frente, idiota.



Miguel saiu e largou a porta aberta. E para minha surpresa Gabriella foi atrás dele.


Augusto: Acho que tudo que aconteceu aqui( espero que sua mãe ainda esteja respirando, se não eu te mato!) tenha servido de lição para todos. Filha, ao mesmo tempo que você me feriu, você me fez crer que há de se ter fé na humanidade. E diante de todos os presentes, se é que faz sentido em tudo, o que você me diz desse rapaz diante de nossos olhos!?


Lorena: Eu gosto desse cachorro, desse louco… ele sabia tudo que eu era e não poupou de me fazer lembrar que o mesmo passado que condena… pode ser apagado por um sentimento que supere a vergonha e não aceite a mentira. E ele sabia de tudo e mesmo assim não disse nada.


Augusto: Olha, eu nem quero saber como os dois se ligaram dessa maneira. Não sei por que diabos tudo isso me causa arrepios, mas… Saulo, você está consciente de que , tenha ela feito o que fez, ela ainda é minha filha, sabe disso né!?


Eu: Sei, sim senhor.


Augusto: Mas que loucura, meu Deus…Saulo, tome uma atitude agora antes que eu saia daqui e não volte a te olhar nunca!


Saulo: Lorena… eu não tenho dúvidas do que quero, apesar das coisas que te disse, apesar de ter repudiado você pela sua história. Eu sei do seu passado. Eu não posso negar. Mas também vejo a luz no nosso futuro. Me perdoe, e …


Marlise: Não se atreva a pedir nada sem que eu esteja em pé do lado do meu marido!


Todos: Hahahahahahahahahahahahaha!


Eu: Posso falar agora, Dona Marlise!?


Marlise: ( perguntou pra irmã) Meu cabelo tá desarrumado?


Marluce, a Tia: um momento… agora sim. Perfeito!


Eu: Seu Augusto e Dona Marlise, eu usei minha capacidade investigativa para sondar a vida de sua filha. E a chantageei para que deixasse o meu irmão em paz. Nisto , acabei me envolvendo com ela, e percebi que o passado nem fazia tanto empecilho no processo porque eu… me identifico da mesma maneira! Eu não mereço nada depois de tudo isso. Mas não sei por que esse coração teimoso insiste em amar e querer fazer sua filha feliz. Primeiro, peço a todos que me desculpem por tudo. E você, Lorena, me perdoe por tudo que te fiz passar. E se houver lugar dentro do seu peito , por favor me dê a chance de…


E foi a hora que ela veio e deu um tapa forte no meu lado esquerdo do rosto. Em seguida, um tapa forte no lado direito. E assim, agarrou meu pescoço e me deu um beijo desabafando toda a emoção reprimida. Só que correspondi com volúpia.


Augusto: Nós ainda estamos aqui!


Lorena e eu: Desculpe!


Augusto: O que fazer!? É tão surreal quanto… verdadeiro. Se é Assim…têm minha bênção!


E por incrível que pareça, ao som de muitas palmas, Lorena e eu ficamos noivos. Claro que , sem as alianças. Quando todos foram embora, e sobrou somente a puta que havia conquistado da maneira mais inesperada meu coração de puto, a única sensação da qual me lembro foi de um estranho ajuste do destino. Todo aquele sentimento de repúdio pelo começo de vida dela havia perdido totalmente o significado. Tudo que fez sentido… que ainda faz muito sentido, é o fato de que não consigo me ver sem essa mina.


Lorena: E agora!? O que a gente faz!? Que bagunça se tornou a vida da gente.


Eu: Acho que nem filme hollywoodiano inventaria algo mais …


Lorena: Bizarro?


Eu: Me perdoa pelo que te fiz passar.


Lorena: Pára. Pára, nem começa. Eu sou culpada nessa história toda. Eu tenho muitas coisas pra te contar . Eu realmente me encantei pelo seu irmão. E vi que ainda existem homens que servem para construir uma vida, fazer mulheres felizes. Mesmo mulheres como eu. Eu queria me dar essa chance. Mas eu tentei criar uma coisa para ele jamais saber quem eu fui e… escondi as próprias coisas que eu gosto, por essência. Quisesse eu ou não, eu fui eu mesma com você. E percebi que cada minuto eu gostei disso. Eu tentei ser a boa moça, comportadinha, aprovada. Eu só tava me iludindo. Isso pesou demais . E na hora eu não suportei mentir mais para mim própria. Seria insuportável.


Eu: Os momentos que a gente teve juntos foi puro egoísmo meu. Eu queria provar alguém que me faria ter sensações incríveis. Eu senti repulsa por tudo que fez. Eu usei você. Mas depois da primeira, eu quis a segunda. E depois da segunda…


Lorena: Você sentiu que não podia mais…


Eu: Que realmente havia jogado a chance de construir algo novo fora. Que meu irmão iria viver momentos incríveis ao lado de alguém tão intensa como você.


Lorena: Acho que foi a coisa mais linda que já ouvi. Pelo menos foi sincero da sua parte .


Eu: E a Gabriella!?


Lorena: A Gabi!? Ela apertou um gatilho aqui dentro, hoje. Ela sempre soube quem eu era. Quando ela se aproximou de você, não sabia o que ela iria dizer. Ela te achou lindo e vivia falando pra mim que eu sempre tive sorte com os melhores caras enquanto os piores sempre sobravam pra ela. E quando ela te viu, e veio em sua direção, eu soube que se ela conquistasse você, seria o fim de tudo. Eu que sinto um pouco de inveja dela, sabe.


Eu: Ela não veio a mando de você pra…


Lorena: Não. Ela achou que o campo tava livre. Eu havia convencido disso.


Eu: Mas você falou de mim pra ela…


Lorena: Falei sobre um coração aflito, que não sabia mais se o que tinha certeza tava certo. Que o homem que dizia estar louca não havia …sabe… acendido aquela faísca em mim, como você fez.


Eu: Só me dói ter machucado meu irmão.


Lorena: Tenta pensar por outro ângulo.


Eu: Ver o lado positivo!?


Lorena: É.


Eu: E qual é!?


Lorena: Nunca me julguei que pertencia a ele. No sentido de ser aquilo que ele queria. A mentira nunca me deixou ter tanta certeza . Mas quero ser tudo que você deseja: Tua puta, tua amante… tua mulher.


Eu: Sério!?


Lorena: ( Chegou tete a tete) aham…


Se há algo que faça sentido na minha cabeça e se você concorda comigo, a sensação daquele beijo seria o último primeiro que daria em uma mulher. Tudo fazia sentido agora. Retribuí com a mesma volúpia. Fomos aos beijos para o meu quarto.


Quando a gente deixou só a gravidade puxar nossos corpos para o colchão, ela deu um estalo do nada e perguntou:


Lorena: Mas se a Gabriella voltar!?


Eu: Não tô interessado na Gabriella.


Lorena: Não é isso, mas… ainda bem que você não tá, viu!?


Eu: Não conhecia esse seu lado ciumenta.


Lorena: Nem eu, hahahahahahahahahahahahaha! Mas agora, que você finalmente assumiu o que sente, eu não vou dar mole. Entendeu!?


Eu: Okay, Dona.


Lorena: Mas e se chegar o Miguel!?


Eu: Também não tô interessado no Miguel.


O beijo dela… ah, veio tão quente… envolveu até a alma! Um longo tempo apenas provando o sabor na sua língua serpenteando na minha. Ela se levantou, acendeu a luz que fica do lado da mesinha da cabeceira, e lentamente tirou o vestido que havia preparado para aquele dia. Por baixo dele, só havia uma calcinha de renda preta. Ergui- me com a intenção de ir ao encontro dela, mas ela fez sinal para parar com a mão. Estava sentado , porém ela caminhou lentamente até mim e lentamente foi tirando peça por peça que me cobria até restar dois corpos atraídos por uma força tão assustadora como a própria morte.


Empurrou-me contra a cama e tomou posse do meu corpo, deitando-se sobre ele, me envolvendo com seu calor. Assim , nossos lábios se encontraram mais uma vez e meu membro começou a doer de tesão, pulsando no seu ventre. A sua respiração estava profunda, seus olhos mendigavam e sua boca abria pra me tomar com voracidade. Seus beijos sobre minha glande me fazem arquear tirando parte das costas do colchão. É um beijo lento, que me afoga em mil sensações.


Eu: ( com voz rouca) Lorena, você me enlouquece!


Lorena: Eu sei. Quero te causar isso enquanto tiver fôlego dentro de mim… hummmm- chupa com mais profundidade - como você me vicia!


Ela chupa , chupa, masturba, os olhos se encontram com os meus e ela está embriagada . Vem até minha direção e me beija como um bicho. Giro meu corpo sobre o dela e tomo seus mamilos intumescidos, com gula. Ela solta um gemido abafado, seu corpo serpenteia, está inquieta pra receber minha língua dentro dela. Beijo cada parte dela lentamente até chegar à sua feminilidade. Aspiro sua fragrância interior, me pega pelos cabelos e me puxa pra sua buceta, arqueando seus quadris, sincronizando um vai e vem com os movimentos da minha boca.


Lorena: Isso… vai, meu amor, não pára!!! Que boca quente, deliciosa… Haaaaann, haaaaaaaaan!


Segurei firme nas duas mãos dela, conduzindo o momento até o clímax. Ela se soltou e agarrou nos meus cabelos de novo e meteu na minha boca, e os gemidos foram ficando altos , altos, até que ela esguichou no meu rosto. Ondas de choque passavam por todo o seu corpo. Ela não parava de se tocar e levar as mãos à boca, saboreando a si própria.



Lorena: Nossa, é tão bom ser eu… ser puta!


Eu: E eu sou louco por essa puta!


Lorena: E eu quero ser sua pra sempre. Vem, acaba comigo! Me fode!


Peguei-a pelas pernas, coloquei-as no meu ombro e torturei-a roçando minha glande no seu clitóris , arrancando mais gemidos dela. Finalmente ela abocanhou minha pica, que foi deslizando até sobrar as bolas de fora. O ritmo já era alucinado desde o começo da foda. Trocamos palavras obscenas, de desejo, de prazer, ela queria ser possuída, marcada por mim em cada parte do seu corpo.


Lorena: Isso, gostoso. Mete do jeito que você quiser. Onde quiser. Me fode!


Eu: Tão bom ouvir que você me quer!


Lorena: Você me fez sentir desde a primeira vez . Safado. Cachorro! Eu não queria sentir, mas meu corpo… o seu! Haaaaann!


Eu: Caralho, como tu é gostosa ! Toma vadia, filha da puta!


Lorena:( Recebendo estocadas fortes) Aaaaaaiinnnmm… porra, não pára!


Eu: me dá teu cuzinho, me dá!


Lorena: Sou toda sua, me fode! Me fode, filho da puta!


Saí de cima dela e virei-a de bruços. Ela empinou os glúteos e fiz questão de cair de boca no seu rego antes de furá-la com minha espada. Forcei sua entrada lentamente. Quando a cabeça passou, ela gemeu de dor, prazer, êxtase, sei lá. Furei com vontade. Furei gostoso. Era minha. Queria sentir cada parte dela. O ritmo foi ficando alucinado e sua respiração estava ofegante. Ela iria gozar de novo.


Eu: Diz pra mim quem é teu homem…


Lorena: Você, porra!


Eu: Diz pra mim quem te deixa louca!


Lorena: Ainnn, você, porra!


Eu: Diz pra mim quem te causa dor e prazer ao mesmo tempo!


Lorena: Você, seu cachorro, seu animal!


Eu: Então toma, filha da puta! Haaaaaaaa! Haaaahh!


Gozamos juntos. O lençol ficou impregnado com sua fragrância. Ela se virou pra mim. Não trocou uma palavra sequer. Fitou cada detalhe do meu rosto, acariciou com os dedos, e só ballbuciou:


Lorena: quero teu corpo envolvendo o meu . Não separe de mim, por favor!


Assim, dormimos até o sol raiar e quando o calor foi mais forte que meu sono, ao abrir os olhos, ela estava apoiada sobre um dos braços, nua, me observando.


Eu: Tá aí há muito tempo, me olhando?


Lorena: Já olhei, chorei, agradeci. Sei que não mereço nada. Não quero acordar disso nunca mais.


Eu: E impossível viver isso em um sonho. Ainda bem. Porque o que sinto é bem real.


Lorena: Não tô acostumada a ouvir coisas lindas, assim.


Toca o telefone. Era a Gabriella. Uma chamada de vídeo. Eu me levantei para deixar as duas à vontade. Ela me chamou de volta.


Eu: Mas pra quê você me quer aí, olha como eu tô!


Lorena: Você não vai acreditar!


Deito-me diante da tela e agora eu começo a pensar que estou mesmo num sonho. Claro que com uma dose de sarcasmo do destino: o corpo adormecido de Miguel , agarrado à Gabriella, sorridente , e do nada ele levanta a mão direita com somente o dedo do meio imponente , apontado pra nós:


Miguel: Vão se foder pra sempre, idiotas!


Gabriella: hahahahahahahahahahahahaha! Tchau, gente- e sussurra: “ parabéns, seus lindos! Me chamem quando tiverem a data marcada!”


Eu: Isso só pode ser sacanagem.


Lorena: Que o dia de vocês seja pra sempre. Como está sendo o nosso.


Depois disso , o que posso dizer é que … ainda pareço sonhar. E sempre com a mesma mulher. Não. Uma nova mulher. Que me fez um novo homem.




*Nota do autor: A vida nem sempre termina como nos contos, e eu poderia ter escrito inúmeros finais. Eu apaguei, escrevi , apaguei, escrevi. Resolvi nessa última parte, deixar algo para o coração. Coração de quem acha que a vida não vale a pena, o amor não vale a pena. Quando você desiste, aí sim é o verdadeiro fracasso.


Quando alguém te machucar profundamente, não se vingue do mundo. A dor tem o poder de abrir os olhos, modificar pra melhor. Libertar da mentira. Não tem como querer que o mundo seja preso à nossa ilusão pessoal. Em algum lugar tem alguém que está esperando , se perguntando se a sua hora chegou. Então não desista de si, nem da vida, nem do amor. Levanta do chão e sacode o pó. Não deixe que a ferida modifique sua essência. Modifique sua visão. Modifique a situação. Tire lições das decepções.


Eu desejo que 2024 traga um novo amanhecer pra você. Não cante mais sobre suas dores. Olhe para as páginas em branco esperando uma nova história. Todo dia é dia de uma nova história. Comece agora!



Feliz 2024!



31 de Dezembro de 2023.



Fim.


*Publicado por LukeBlack no site climaxcontoseroticos.com em 01/01/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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