A Lenda da Mulher Foca
- Temas: fantasia, sexo oral, sexo anal, desejo, paixão
- Publicado em: 31/01/24
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- Autoria: Prometeu
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Francis era um sujeito pacato dado às coisas simples da vida; a guerra o levou para o outro lado do mundo onde só havia dor, lágrimas, sofrimento e muito sangue; talvez essa experiência impactante o fez ver o lado bom das coisas; afinal, ele retornara ileso e intacto o que já era algo a agradecer; sozinho na vida e sem muitas perspectivas decidiu viver nas ilhas Faroés no meio do caminho entre a Escócia e a Islândia onde aprendeu o ofício de marceneiro assumindo uma pequena oficina cujo dono se cansara da pasmaceira da ilha buscando por novas emoções no continente. No fins de tarde, Francis costumava fazer sua refeição noturna em uma modesta estalagem administrada por uma doce senhora de nome Marion cuja voz suave e acolhedora somada por boas histórias sobre a região fascinavam o sujeito que não se cansava de ouvi-la sempre pedindo por coisas novas.
Certa noite Francis percebeu uma pintura pendurada na parede mais ao fundo da estalagem que lhe chamou a atenção; tratava-se de uma mulher seminua que parecia despir uma espécie de roupa que possuía barbatanas; ao perguntar para Marion sobre a pintura ouviu a história da mulher-foca; segundo a lenda os habitantes da ilha em tempo imemoriais acreditavam que as focas são a "reencarnação" de humanos que perderam as suas vidas por afogamento no mar. Segundo a lenda, uma vez por ano, na véspera do dia de Reis, estes animais reúnem-se na costa da ilha Mikladalur. Durante a noite, tiram as suas peles de foca, tornam-se humanos novamente e dançam na escuridão.
-A lenda ainda conta que um jovem pescador roubou a roupa de foca de uma mulher a fim de mantê-la ao seu lado escondendo a vestimenta em um baú mantendo a chave sempre em sua posse; eles viveram por anos frutificando amor e filhos; certo dia ao sair para pescar notou que estava sem a chave e ao voltar para casa viu-se só com os filhos; nas vésperas da aparição dos seres foca a mulher veio ter com o pescador em sonho implorando que ele não matasse seus familiares o que ele ignorou – prosseguiu Marion – “Bom, no final isso exigiu uma vingança se tornando uma maldição ceifando a vida de centenas de pescadores; alguns irão afogar-se no mar, outros irão cair de falésias... e assim continuará até que morram homens suficientes para que possam unir os braços ao redor de toda a ilha de Kalsoy! Depois de amaldiçoar o homem e a aldeia, a mulher-foca desapareceu, para nunca mais ser vista!”, arrematou Marion com tom entristecido.
Abismado com a narrativa fantástica, Francis ficou comovido ao que Marion procurou aliviar oferecendo-lhe mais uma caneca de café. Naquela noite, ainda relembrando as palavras da dona da estalagem ele vagou pela praia pedragosa olhando as ondas indo e vindo num ciclo sem fim e pensando na dor daquela mulher-foca que perdera toda a sua família por conta da intolerância humana; repentinamente ele achou ver uma silhueta vindo das águas para a praia. Aturdido com a imagem Francis não conseguiu esboçar nenhuma reação mantendo-se imóvel enquanto a silhueta ganhava forma e visibilidade.
E quando finalmente ambos estavam frente a frente, Francis viu que se tratava de uma linda mulher que sorria para ele; notou que estava nua exibindo uma beleza única e especial; sua pele alva como a neve contrastava com os longos cabelos negros como a noite que esvoaçavam ao sabor do vento frio que vinha do mar; seu rosto era de uma beleza cativante dotado de profundos olhos azuis e lábios cor de púrpura que desenhavam a forma de um coração; os seios firmes e redondos eram encimados por mamilos intumescidos coroados por aureolas de tom suavemente rosado e o baixo-ventre era glabro e liso. Francis ainda se encontrava tomado por uma inexplicável letargia mesmo quando a mulher estendeu sua mão até tocar-lhe o rosto numa delicada carícia que o deixou arrepiado pressentindo uma crescente e incontrolável excitação! “Leve-me com você! Me deixe preencher a tua solidão!”, disse ela num tom meigo e inquietante causando enorme impacto na mente do marceneiro.
Sem pensar em mais nada, Francis tirou sua jaqueta agasalhando a desconhecida que retribuiu o gesto colando seus lábios aos deles encerrando um longo e luxurioso beijo; de mãos dadas eles caminharam pelas ruas desertas do vilarejo até chegarem à oficina de Francis onde nos fundos situava-se sua modesta residência. Foram para o quarto onde a mulher livrou-se da jaqueta e em seguida ajudou Francis a se despir. Com gestos medidos e carinhosos ela acariciou o corpo de Francis que se via tomado por incontáveis arrepios percorrendo seu corpo; em dado momento a desconhecida beijos os mamilos do sujeito e logo os alternava em sua boca lambendo e sugando avidamente.
Francis ficava mais surpreso com sua companhia a cada momento já que tinha ela toda a iniciativa para seduzi-lo com sua sensualidade intrigante; aos poucos ela começou a se ajoelhar até que o membro rijo do macho estivesse ao alcance de sua boca e sem cerimônia começou a dar longas lambidas antes de fazê-lo desaparecer sugando-o avidamente; Francis beirou a insanidade ao sentir aquela boca quente e molhada sugando e lambendo seu membro provocando uma experiência sensorial que ele há muito tempo não desfrutava; e tal era a dedicação da forasteira em usufruir da carícia oral que não media esforços em proporcionar ao seu parceiro algo extasiante.
Assim como começou o desfrute terminou com ela empurrando gentilmente o sujeito até ele se deitar sobre a cama permitindo que ela viesse por cima dele; com extrema habilidade ela tomou o membro em uma das mãos descendo sobre ele até obter êxito em um perfeito encaixe com o mastro sendo agasalhado por sua vulva. Francis não conteve um gemido alucinado que fez sua parceira abrir um enorme sorriso antes de dar início a eloquentes movimentos de sobe e desce cuspindo e engolindo a vara viril e provocando delirantes sensações que faziam Francis gemer e suspirar de forma incontida.
A certa altura ela se inclinou sobre ele oferecendo-lhe as mamas que Francis não perdeu tempo em segurar cuidando de saborear os mamilos que de tão durinhos pareciam frutas maduras. A cópula avançou noite adentro e o casal envolvia-se em uma cumplicidade intensa e alucinante com mudanças de posição em vários momentos; Francis cobriu a desconhecida impondo uma sequência de movimentos pélvicos tão contundentes a que fizeram gozar caudalosamente por várias vezes sempre celebrando com beijos quentes e demorados. Era alta madrugada quando ele anunciou sua capitulação diante do esforço desprendido.
-Goze, meu amor! Faça de mim um ser pleno e feliz! – balbuciou a desconhecida em tom de súplica mirando o rosto crispado de seu parceiro.
Com os músculos retesados e o corpo sacudido por vigorosos espasmos Francis empreendeu um derradeiro esforço que culminou em seu clímax vertiginoso e abundante irrigando o colo de sua parceira que também recebeu em retribuição um gozo digno de amantes envolvidos por uma aura de absoluta cumplicidade. Esgotados, ofegantes e transpirando sem parar eles ainda permaneceram engatados usufruindo do êxtase daquela comunhão perfeita e inexplicável acabando por desfalecerem caindo em um sono entorpecente.
Francis acordou sobressaltado pulando sobre a cama e olhando ao redor em busca de uma confirmação de que tudo o que acontecera na noite anterior não fora apenas um mero devaneio onírico e que aquela mulher não fora apenas fruto de sua imaginação; embora ainda sentisse no corpo o preço cobrado pelo esforço físico a que fora submetido ele precisava da certeza tangível certificando algo que parecia irreal.
-Não foi irreal, meu querido …, tanto, que estou aqui – disse a desconhecida surgindo na soleira da porta do quarto ainda exibindo sua nudez estonteante parecendo que tinha o dom de ler pensamentos – Me chamo Ayra e estou aqui por você!
Francis olhava para ela com uma expressão aturdida ansioso por respostas para as centenas de perguntas que orbitavam em sua mente, me especial a de saber se Ayra era uma mulher-foca. Ela sorriu mais uma vez caminhando em sua direção e sentando-se na beirada da cama. “Sim, meu querido …, eu sou quem você pensa! Mas estou aqui apenas por você …, e preciso te pedir uma coisa!”, disse ela com tom doce e suave. Prontamente, Francis quis saber o que ela queria lhe pedir e depois de um silêncio enigmático ela prosseguiu.
-Quero de faças um baú de madeira com uma tramela de ferro – explicou ela estendendo a mão onde jazia uma peça metálica – tome, este é o cadeado que servirá para trancar o baú …, ele deve estar pronto antes do último ciclo da lua …
-E enquanto eu construo esse baú …, você ficará comigo? – interrompeu ele perguntando com tom ansioso.
-Infelizmente, não …, mas não se preocupe … eu voltarei para ti – respondeu ela acariciando o rosto do marceneiro – ao final de cada ciclo lunar eu virei ter contigo …
Com gestos suaves, Ayra se levantou e afastou-se em direção da porta e num piscar de olhos desapareceu sem deixar vestígios. Francis ainda aturdido com tudo que acontecera teve ímpeto de sair atrás de Ayra, mas desistiu sabendo que não a encontraria; naquela mesma noite sentiu vontade de desabafar com alguém, mas não o fez com a certeza de que não acreditariam nele e resignou-se em atender ao pedido de Ayra.
Nos dias que se seguiram, o sujeito deu início à fabricação do baú com a escolha da madeira e a elaboração de um esboço do seu formato; Francis trabalhou com afinco dedicando toda a sua atenção em elaborar uma peça digna de valor sempre ansiando pelo retorno de Ayra. E ao final do primeiro ciclo lunar ela veio ao seu encontro; sua ansiedade era tal que não perdeu tempo em tomá-la em seus braços aquietando sua boca com a dela em esfuziantes beijos repletos de desejo. Ayra entregou-se a ele sem qualquer hesitação chegando ao ponto de colocar-se de quatro sobre a cama chamando-o para o primeiro round do aguardado embate sexual.
Francis arremeteu seu membro invadindo a gruta quente e úmida de Ayra que soltou alguns gemidos prolongados pedindo que ele avançasse sem temor; com movimentos pélvicos contundentes e segurando a fêmea pela cintura o sujeito golpeou alucinadamente observando seu esforço render uma torrente de orgasmos sacudindo o corpo de Ayra cujos gemidos haviam se transformado em gritos. Ainda sedentos de prazer o casal mudou de posição várias vezes até o momento em que Ayra se pôs entre as pernas de Francis passando a saborear seu membro propiciando-lhe um delirante êxtase; o sujeito, por sua vez, achou por bem inovar e depois de pedir a Ayra que se deitasse ele veio sobre ela em posição invertida permitindo que ambos pudessem se saborear mutuamente.
E o esforço foi de tal magnitude que Francis não foi capaz de controlar seu clímax despejando sua carga quente e espessa nas entranhas de Ayra que por sua vez desfrutou de um derradeiro e alucinante orgasmo; postos fora de combate por mais um embate luxurioso eles acabaram por adormecer abraçados trocando beijos e carícias. E pela manhã, o sujeito viu-se sozinho novamente. Aquele doce e inebriante interlúdio erotizante perdurou ao longo de todos os ciclos lunares dotando o casal de uma cumplicidade única e especial; muito embora Francis temesse a aproximação do último ciclo lunar do ano que poderia significar a perda de Ayra, algo em seu interior o tranquilizava como uma certeza inaudita do que estava por vir. E finalmente quando esse temido momento chegou ele apenas afastou essa preocupação de sua mente cuidando de tratar sua parceira com toda a dedicação que ela merecia. “Venha, meu doce! Faça-me inteiramente tua!”, disse Ayra no momento em que se posicionou em decúbito dorsal sobre a cama.
Francis vislumbrou o traseiro delineado com uma perfeição quase divinal e respirou fundo preparando-se para cumprir seu desígnio; ele separou as nádegas roliças e com sua língua explorou o vão entre elas carícia essa que logo redundou em doces lamúrias balbuciadas em tom luxurioso; ainda não satisfeito em suas preliminares, Francis sugeriu que repetissem o gesto de saborearem-se mutuamente ao que Ayra aquiesceu de bom grado; usufruíram então de uma delirante carícia oral conjunta e logo depois retomaram a preparação para selarem sua cumplicidade; Francis procurou ser cuidadoso e carinhoso e ao obter êxito na penetração anal manteve-se imóvel tempo suficiente para que ambos se acostumassem àquela nova sensação.
Seguiu-se então a mais harmônica e perfeita conjunção carnal entre um macho e uma fêmea com ambos desfrutando de uma experiência sensorial repleta de movimentos corporais alucinantes, gemidos delirantes e um gozo anal que chacoalhou o corpo de Ayra cuja reação foi gritar reafirmando seu amor por Francis que ouvindo essas palavras regozijou-se com a dádiva que o universo lhe concedeu. A cópula anal seguiu seu curso de modo magistral com os corpos movimentando-se em sincronia única o que propiciou a Ayra usufruir de mais um gozo estupendo que a fez se render ao exaurimento que já tomava conta de si e que culminou com o orgasmo profuso de Francis inundando suas entranhas provocando um derradeiro êxtase luxurioso.
Com uma colossal fadiga tomando conta de seus corpos e de suas mentes, Francis e Ayra adormeceram abraçados como se fossem um só corpo; e pela manhã ele surpreendeu-se ao ver que Ayra não havia partido; ela pediu para ver o baú e Francis a levou até a oficina onde exibiu o artefato concluído com entalhes nas laterais como também na parte superior com uma tremela forjada com a forma de uma foca; Ayra examinou detidamente o objeto e não conteve lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
-Ficou perfeito, meu amor …., uma verdadeira obra de arte – disse ela em tom elogioso após abraçar e beijar seu parceiro – retornarei às vésperas do dia de Reis …., não te preocupes …., não terás nenhuma decepção …., apenas confie em mim ….
Ao invés de responder, Francis preferiu beijá-la ardentemente como uma forma de confirmar sua confiança em suas palavras. Ayra partiu e como o prometido retornou no dia marcado; eles se deitaram mais uma vez e conjuraram uma cópula efervescente envolta em uma aura de inexplicável magia desfrutando de um gozo sincronizado com o Universo e em cujo firmamento imperava uma lua altiva e orgulhosa. Pouco antes da meia-noite, Ayra tomou a mão de Francis e ambos foram até a oficina onde ela pediu para que ele trouxesse o baú até a praia. Junto a um conjunto rochoso ela se aproximou de um vão retirando algo que parecia ser uma espécie de roupa depositando-a dentro do baú pedindo que Francis o lacrasse com o cadeado que possuía apenas uma chave.
Ele fez o que ela lhe pedira e depois entregou-lhe a chave pesaroso do que poderia acontecer; Ayra tomou a chave na palma da mão e depois voltou-se para o mar atirando-a o mais longe possível. "O conteúdo desse baú não tem mais nenhuma importância …., o que importa a partir de agora é a vida que levaremos juntos até o fim de nossos dias ..., é isto que você quer, meu amor?", perguntou ela ao ser questionada sobre o conteúdo do baú. Francis tomou-a em seus braços e sorriu antes de beijá-la. Não muito longe dali, Marion observava o casal e sorria tomada por imensa felicidade; logo depois deu as costas e desapareceu através de uma pesada bruma que viera do mar e cobrira toda a ilha. Dizem que o baú ainda jaz em algum lugar da ilha, porém ninguém sabe onde! Nem mesmo a prole de Francis e Ayra.
Epílogo: “Quem quiser pode conferir a estátua de bronze feita pelo escultor feroês Hans Pauli Olsen foi inaugurada no local de origem da lenda, a localidade de Mikladalur, na ilha de Kallsoy, no arquipélago das feroés”.
*Publicado por Prometeu no site climaxcontoseroticos.com em 31/01/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.
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