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Encontro casual na hora do almoço

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Temas: sexo, gay, indígena, amor, paixão
  • Publicado em: 25/03/24
  • Leituras: 2096
  • Autoria: charles4
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Muitos dos contos são narrados no sentido de libertar os desejos reprimidos, sufocados por uma sociedade patriarcal e machista.


Eu me chamo Kenai e sou da etnia Dessano. Nasci no alto do Igarapé da Água Branca, no Tarumã (AM) e hoje tenho 38 anos. Uma pequena aldeia de pessoas incrivelmente conectadas com a natureza. Nasci no meio da mata e meu nome significa Urso Marrom ou Urso Amigo.


Coincidentemente ou não, minhas características físicas hoje são parecidas de um urso. Eu tenho 1, 95 de altura e peso 95kg bem distribuídos pelo meu corpo flexível e sempre em movimento. Eu sou filho de uma mãe linda da pele dourada e de dois pais, homens que mantêm um relacionamento gay desde sempre.


Na juventude, ao me mudar para um alojamento de uma Universidade, descobri o que era o preconceito e o amor entre as pessoas do mesmo sexo. Fazer amor entre a natureza e relacionamentos com pessoas do mesmo sexo sempre foram normalizadas na minha tribo. Não temos o princípio da monogamia de forma explícita, determinada, mas o espírito de equipe e o fato de querer estar junto de uma pessoa do mesmo sexo não faz menor ou diferente as relações. Conceitos bem distintos aqui na cidade. Eu me formei em Geografia e logo após minha aprovação, fui aprovado e convocado em dois concursos públicos onde acabei optando por uma cidade no Rio de Janeiro chamada Três Rios. Aqui eu sou professor de Geografia de uma Universidade Federal. Moro sozinho e me viro bem, um dos meus hobbies prediletos é cozinhar e por estar numa cidade muito distante da minha, eu me sinto confortável na companhia de novas amizades. Por causa do meu jeito um pouco tímido, as pessoas têm sempre uma curiosidade, uma pergunta que por vezes me deixa acanhado. O assédio é uma constante, mas desde criança eu entendo que eu tenho que, acima de tudo, o respeito pelo corpo do outro é uma questão primordial. Diferente de onde eu morava, aqui na cidade faz calor constante e nos meus momentos de intervalo não me privo de usar roupas mais curtas. Com minha camisa de botão eu caminho pela cidade com minhas cores e traços nos braços e no peito. O meu sorriso tímido que se ilumina por entre minha pele dourada mexe ainda mais com o imaginário das pessoas e eu tento ser só mais um a construir com os meus conhecimentos um mundo mais justo. Acabei por alugar um imóvel de quarto e sala com uma varanda super arejada e com algumas plantas que eu resolvi cultivar. Diariamente faço minha atividade física pela rua principal da cidade e no mesmo percurso, por volta das 8h10 eu encontro um homem mediano de aproximadamente 45 anos chegando no local de seu trabalho. O olhar deste homem, desde a primeira vez que nos vimos, me persegue enquanto eu faço minha corrida matinal. Ele tem uma voz grave, corpo mediano e aparenta ter idade acima de 40 anos. Suas atitudes são sempre educadas e gentis com todos que ele também encontra pelo percurso, mas comigo há um sorriso mais malicioso que se detém muitas vezes nas minhas pernas e no meu short. Nesse dia eu não estava na minha escala e resolvi fazer em minha casa uma pasta caseira para o almoço. Já passavam das 11h e resolvi ir rapidinho no mercadinho próximo. Estava de chinelos, short branco e uma camiseta feita de crochê que eu também aprendi a fazer na minha tribo. Sim! Nas minhas horas vagas eu faço roupas de crochê com muita excelência! Encontrei no corredor o homem que me fitava nas minhas corridinhas. Ele sorriu e disse que naquele dia não havia levado seu alimento e que não encontrava nada por perto para almoçar. Estava um pouco aborrecido porque o restaurante mais próximo ficava em torno de 1km de onde estávamos e a avenida principal estava em manutenção, ou seja, para ele se deslocar precisaria ir à pé ou ter que dar uma volta pela cidade com a possibilidade de encontrar o outro lado também em obras. Confesso que olhei aquele corpo e me senti atraído, fazia um tempo que eu não me relacionava intimamente com ninguém e a refeição que havia preparado poderia ter mais graça na companhia de outra pessoa.


Disse-lhe que hoje estava de folga e que estava preparando um prato típico da minha cidade natal e que, se ele quisesse, estaria convidado a almoçar na minha humilde casa. Vi que seus olhos brilharam e instintivamente ele ajeitou seu membro por entre a calça que logo se avolumou. Conversa vai, conversa vem, ele me disse que se chamava Charles, que era funcionário público, que era casado com uma mulher e que moravam em outro município. Disse ainda que não tinha filhos e que cursava sua segunda graduação em Geografia. O assunto voltou para essa área, afinal havia encontrado algo em comum. Na fila, do nada, Charles declara que aquela peça que eu vestia era perfeita para meu corpo, que ressalta as curvas do meu corpo e esticou sua mão para tocar meu tronco. Seus dedos se detiveram nos meus mamilos por alguns segundos e meu corpo reagiu deixando mais protuberante o volume do meu short. Eu não tinha intenção de ficar excitado, mas aconteceu, e Charles percebeu que eu me arrepiei. Novamente em fila ele me deu um tapinha na bunda e com um sorriso malicioso aceitava o meu convite para almoçar. Pediu algumas desculpas e que não queria incomodar, mas eu respondi todas as suas falas que era para mim um prazer tê-lo como convidado.


Chegamos e eu disse que ele ficasse à vontade. Fui para a cozinha terminar a refeição. Charles deixou o seu calçado no canto da porta, retirou sua camisa e cuidadosamente deixou-a numa cadeira na varanda. Charles sem camisa era um homem de poucos pêlos, somente uma faixa fina começava pelo seu umbigo e descia para sua púbis. Suas axilas também não tinham pêlos, mas essa agitação da chegada deixou um perfume masculino pela casa. Ele me contou algumas coisas da sua vida, do que fazia no trabalho e que estava malhando numa academia ali próxima na saída do seu expediente. Isso explicava suas formas definidas que se apresentavam em contraste com a luz. Ele ofereceu ajuda e eu agradeci. Comentei que eu era encantado com a vista que se apresentava na varanda e que eu me sentia livre nesse cômodo. Charles caminhou até a varanda, observou o campo, deixou que o sol iluminasse seu rosto e em silêncio e lentamente retirou sua calça e depois a cueca que vestira. Ele não me olhou, somente se despiu. Suas nádegas se apresentaram com pêlos escuros e seu membro levemente enrijecido. Mantive meu silêncio e deixei-o que se sentisse bem, pois esse é o costume das minhas tradições então o corpo nu não é visto como um tabu, pelo contrário, o desejo de liberdade precisa ser normalizado.


Servi o almoço e sentamo-nos de frente e conversando amenidades eu também me despi. Terminamos a refeição nus, comemos bem pouquinho por causa da conversa que se mantia mais interessante e Charles me ajudou a lavar os pratos com muito respeito. Ele me disse que gostaria de tomar banho antes de voltar ao trabalho e eu indiquei onde havia toalha no armário do banheiro. Ele entrou no box e abriu o chuveiro, ouvi cantarolando uma música alegre. Ele me chamou e pediu que eu pegasse um xampu. Ao chegar no box e entregar o frasco, Charles me puxou e me beijou com avidez. Eu cedi e nos abraçamos ali debaixo do chuveiro. A água percorria nossos corpos ofegantes e eu confessei que estava querendo muito dar-lhe aquele beijo. Fechamos o chuveiro, deixamos o xampu pelo chão, pegamos uma toalha e no mesmo tecido, secamo-nos entre beijos e abraços. Nossos corpos já evidentes pelo tesão que ali subia se esfregavam como duas espadas, aquele perfume da casa agora era evidente que vinha daquele corpo que transpirava desejo e tesão. Charles me pegou pela mão e me beijou de pé na sala, unidos fomos caminhando até a varanda, eu o beijava e sugava sua língua e ele me retribuia com mordidinhas leves no queixo e no pescoço. A essa altura seu membro começou a soltar uma baba que se prendia na minha barriga e eu o coloquei de costas, apoiado na sacada e iniciei uma deliciosa e ritmada lambida no seu ânus. Charles se debruçou um pouco, abriu as pernas e deixou que eu descobrisse as suas curvas que se esquentavam com o calor do sol. Eu abria suas nádegas para poder atingir mais fundo que pudesse com minha língua aquele ânus com pêlos e que relaxava a cada linguada que recebia. Charles rebolava e não criou limites, pelo contrário, percebi que todas as minhas investidas naquele corpo másculo eram bem recebidas. Roçamos nossos corpos e simulei a penetração deixando meu membro passar por seu bumbum. Charles se arrepiava e gemia ofegante com o nosso sexo em plena luz do dia.


Virei-o e empurrei sua cabeça para baixo dizendo que deixasse seu pau bem molhadinho pois eu o faria de cadela. Ele sugou, engoliu, engasgou e engoliu de novo meu pênis. Eu estava tão excitado que a cabeça do meu pau encostava no meu umbigo, ele tinha que subir para buscar com a boca meu membro quando lhe escapava dos lábios. Brincamos como dois adolescentes que estão descobrindo os prazeres do sexo. Meu corpo sabia o que me dava prazer e Charles já sabia onde deveria tocar, morder, apertar, se deter e quando ele percebia que eu poderia chegar ao orgasmo e ejacular, Charles diminuía o ritmo. Fiz o mesmo com ele e isso nos deixou mais desejosos. Mordi sua nuca, sua bunda, lambi sua axila, brinquei com seus pentelhos, com os seus mamilos, mordi-lhe o lóbulo das orelhas e ele me acariciava e gemia e falava com aquela voz rouca que fazia tempo que ele me desejava quando me encontrava pelas manhãs nas minhas corridinhas. Charles confessou que já se atrasara ao chegar no trabalho esperando minha passagem e que já havia se masturbado várias vezes pensando em ter relações sexuais comigo e que era inevitável não ficar seduzido pelo urso que cruzava quase todos os dias o seu caminho.


Aquela confissão me deixou mais excitado e desejei com todas as minhas forças estar dentro daquele homem que me desejava a tempos. Fazer dos nossos corpos uma ligação única através dos nossos sexos e beijá-lo ardentemente para aplacar aquela paixão que se materializou ali na varanda, sob a luz do sol e aos olhos de quem estivesse mais atento a um possível voyeurismo.


Sem muitas palavras, corri até uma estante da sala, peguei o gel e o preservativo, encapei minha pica que latejava e lambuzei de gel toda a extensão e circunferência. Virei-o de costas e levantei uma de suas pernas que se apoiou numa cadeira e com certa dificuldade penetrei meu admirador com voracidade. Não fui delicado! Enterrei de uma única estocada meu membro que foi engolido por aquele bumbum incrível. Charles urrou e arrepiou-se dos pés à cabeça. Ele fez menção em sair mas eu o segurei firme e latejando deixei que ele se acostumasse ao pau que eu enterrava dentro daquele homem que se apresentou lindo e fogoso. Ainda com dificuldade retirei meu membro, usei mais gel e desta vez o ritmo compassado do sexo preencheu os nossos corpos. O pof-pof se tornava musicalmente mais alto aos nossos ouvidos. Ora eu o penetrava mais lentamente segurando-o pelos ombros, ora eu lhe maltratava posicionando e prendendo seus braços com minhas fortes mãos.


Charles gemeu, choramingou, suspirou mas seu corpo reagia ao contrário, empinando cada vez sua bunda para mim. Trocamos algumas posições onde ele conduzia meu pênis para penetrá-lo. Voltamos para o chão e coloquei-o de quatro e fizemos lentamente uma deliciosa cavalgada, eu não queria largar aquele homem que me olhava pedindo mais, que me pedia entre seus gemidos que eu não parasse. Nossos pêlos corporais colavam e nosso suor tornou-se o nosso lubrificante. Eu tinha me tornado um urso e queria devorar de todas as maneiras a minha presa. Charles já não se importava mais com pudores e se entregou a mim como se o mundo não mais existisse. Éramos somente eu e ele e nossos corpos brilhando na luz solar que iluminava nosso palco de prazer.


Sentei-me na cadeira e ele se encaixou em mim, enquanto fodíamos, ele jogava seu tronco para trás eu eu mordia seu pescoço e brincava com seus mamilos. Estávamos embriagados de sexo e de prazer, falávamos coisas agressivas em meio a juras de amor e eu sentia aquele cu guloso apertando meu falo, mastigando-o permitindo minha entrada naquele homem sedento e que ardia de prazer em estar comigo, juntos, desfrutando um do outro das delícias de sentir prazer entre corpos masculinos.


Tivemos nossa intimidade ali devassada, Charles se apresentou um belíssimo amante e eu um urso selvagem que penetrava sem dó minha presa aparentemente indefesa.


O climax estava posto, eu penetrando Charles, ele por cima de mim e sem se tocar ejaculou seu esperma para o alto. A posição que estava e os nossos movimentos fez com que sua essência caísse até no meu rosto. Ele não parou mesmo após o orgasmo. Eu segurei então suas cadeiras de forma firme e penetrava-o com velocidade e força. Agora era minha vez de brindar aquele momento com o meu esperma. Quando senti as primeiras contrações, empurrei-o para cima e puxei o preservativo, ele se sentou sobre minha pubis e minha porra esguichou para cima, lambuzando os testículos e chegando até a barriga do meu amante. Eu urrava alto e ele também. Tínhamos experimentado o melhor orgasmo das nossas vidas. Um orgasmo com cumplicidade e desejo.


Deitamo-nos no chão morno da varanda e ofegantes nos abraçamos. Ele sorriu e com algumas lágrimas me disse que sempre desejou se apresentar livre pelas suas escolhas sexuais, mas a sua vida caminhava por uma estrada heterossexual dada as opressões e preconceitos. Entregar-se a mim, era um sonho que ele já vivia a algum tempo porque ele já tinha pesquisado quem era aquele urso que caminhava de short todas as manhãs pelo seu caminho. Eu fiquei envaidecido pela investida e aquilo me deixou com um tesão delicioso que era aquecido pelo calor do sol.


Charles, de salto, lembrou que estava em hora de almoço, me beijou de língua por uns dois minutos e correu para o banheiro e tomou uma ducha rápida, meio atrapalhado, vestiu sua roupa e percebeu que sua camisa havia voado e caído na porta do banheiro que estava molhada. Eu apontei para o armário e ele vestiu uma camiseta de crochê feita por mim. Coube perfeitamente no seu corpo. Eu ri, porque ele era um homem maduro mas um menino feliz por ter encontrado em mim apoio e confiança. Eu continuei deitado ali no chão onde meu corpo dourado fazia contraste com a luz e a sombra que se projetava em silhueta. Ele jogou um beijinho, disse que voltava, piscou os olhos, agradeceu o convite e saiu. Meu admirador agora se firmava amante. Eu estava feliz! Gozado, relaxado e feliz! A ideia de construir uma amizade, e quem sabe um amor, me deixou em devaneios. Eu havia experimentado um orgasmo intenso por uma pessoa que me desejava e que no contexto eu também manifestei meu interesse de conhecê-lo e experimentei com muita sorte o prazer livre e sem restrições.


A partir de amanhã, farei minha corridinha matinal com um short mais curto e sem cueca no mesmo horário, só que dessa vez de forma proposital e com a devida atenção aos olhos do meu admirador que tem nome de rei. Virei-me de lado e adormeci entre os nossos cheiros misturados.








*Publicado por charles4 no site climaxcontoseroticos.com em 25/03/24.


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