Ninfeta
- Temas: Lésbicas, vestiário, academia
- Publicado em: 30/04/24
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- Autoria: LustSlut
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Sabe quando uma pessoa tenta se aproximar de você com interesses por trás? Tais interesses não verbalizados, mas algo te diz que ela quer extrair algo de você para benefício próprio, quase escancarado no rosto daquela pessoa. O mesmo tipinho que te descarta assim que consegue atingir o objetivo, não se importando como você irá se sentir ao ser deixado de lado como lixo.
Em muitas vezes na minha vida fui usada por outras pessoas, isso me fez criar um sexto sentido mais aguçado que os outros para perceber quando as pessoas querem me usar, para que algo do tipo nunca aconteça novamente e, quem sabe, a situação talvez se inverta e eu saia como beneficiada.
Naquela época, me vi obrigada a começar a algum tipo de atividade física por conta da saúde, pedras nos rins foram um tanto quanto traumatizante, não tanto quanto o sermão que a minha médica me deu sobre cuidar da saúde. Bem, foi o que eu fiz, minha aptidão física não era das melhores, sofri um pouco no começo, mas era algo que me apeguei, descobri que me sentia menos estressada, jogar pessoa no chão quando praticava judô era algo que trazia paz de espírito.
Minha vida financeira já estava mais estabilizada do que jamais pensei que seria, ainda não era diretora, o que fazia meus horários serem mais caóticos, as vezes dormindo a tarde e tendo que ir trabalhar apenas durante a noite e manhã, ou pousar na empresa durante uns dois ou três dias, foram tempos sombrios. Então, na academia que eu ia era meio termo entre minha casa e meu trabalho, as vezes tendo de abdicar das visitas a minha casa.
Aquela academia sempre foi uma caixinha de surpresas, essa academia em questão não era a mesma em que conheci Irina, um conto já antigo que escrevi ano passado!
Naquele lugar, já ouvi boas atrocidades saindo da boca de pessoas que frequentavam aquele lugar, mas o que mais me impressionou era sempre a Kali, uma garota patricinha que mal parecia ter noção sobre a vida, paquerando qualquer um que entrasse em seu campo de visão. No vestiário sempre ouvia ela se atracando numa conversa sensual com outra mulher, muitas vezes mais velha que ela. Ela tinha dezoito anos, estava no ápice de sua vida sexual e posso dizer com todas a palavras, ela sabia o que estava fazendo, era uma predadora sexual.
Esse jeito de ser, aquele sorriso de sonsa que tinha certeza que poderia ter tudo na vida me incomodava, mas não posso negar que ela chamava minha atenção, ou melhor, o seu corpo chamava a atenção. E não apenas a minha e sim de TODOS os presentes no ambiente, era inevitável olhar para a sua bunda enquanto caminhava a passos longos e rebolativos. Homem ou mulher, era impossível não olhar. Boatos na academia diziam que ela transava no vestiário, nunca fui de frequentar muito essa área da academia, apenas utilizava dos armários para guardar alguns pertences e logo saia.
Até então, nunca havia trocado sequer uma palavra com ela, nem uma troca de olhares, mas maldito o dia em que ela me colocou em sua mira. Eu entrava na academia, fazia o que precisava ser feito e saia, sem dizer uma palavra, sempre com uma expressão de mal-humorada no rosto, eu era o repelente social em pessoa, incarnada! Apenas para afastar distrações e conversas paralelas e desnecessárias, pois odiava ser interrompida, concentração era uma coisa difícil de eu conseguir naquela época.
Aquele dia em que nos cruzamos e tivemos nossa primeira interação, era um sábado de inverno, já de noite, não tão tarde, deveria ser por volta das nove da noite. Havia acabado de realizar meu treino e fui até o vestiário pegar minha bolsa para então ir embora. Entretanto, a visão estava meia turva naquele lugar, a fumaça dos chuveiros quentes tomou conta e era um pouco difícil distinguir qual era o meu armário, visto que cada dia escolhia um diferente, o que estava disponível, na verdade.
Indo de um lado para o outro sem olhar para frente, acabei esbarrando na Kali, sem querer, ela com o cabelo molhado e enrolada numa toalha, olhou para mim e manteve seu olhar fixo enquanto eu me desculpava e voltava a minha busca quase incessante pelos meus pertences. Foi um pouco difícil, mas consegui achar o armário em questão e, enquanto arrumava minhas coisas, que por sinal estavam bem bagunçadas, ouvi os chuveiros sendo desligados, alguns passos atrás de mim e o restante das mulheres indo embora, mas a fumaça no local continuava.
Quando terminei de arrumar minhas coisas, com a bolsa nas costas, me deparo com Kali parada na minha frente, ainda com o cabelo molhado e de toalha. Sem nenhuma palavra trocada, seu sorriso de canto dizia tudo, deixou a toalha deslizar até o chão, me agraciando com as curvas do seu corpo, que sinceramente foi uma das coisas mais belas que já vi, principalmente com as tatuagens, que iam de suas costas até as coxas, algumas preenchendo os quadris.
A tensão sexual foi crescendo, a luz quente refletia no seu corpo molhado, deixei a bolsa no mesmo local em que havia pegado e me aproximei dela, sem cerimônias, sem rodeios, apenas com as mãos em sua nuca e sua cintura, trazendo-lhe para mais perto para me permitir saborear seus lábios que tinha um gosto doce por causa do gloss que ela usava. Alguns beijos simples, que foram desenvolvendo para algumas mordidas no lábio, que deram seu lugar para as nossas línguas se entrelaçando.
Ambas estávamos sedentas, ela a procura de alguém para saciar seu desejo sexual e, eu, em busca de prazer para aliviar meu estresse e mau humor, que não estava dos melhores naquela semana, então esse foi o momento perfeito que descontar em orgasmos.
Ela tentou tomar partido, tentando me empurrar contra os armários para me dominar, mas acabei me voltando contra ela, num rápido jogo de pernas, ela quem estava contra a parede. Minha mão deslizou até sua buceta, completamente lisa, comecei a masturbá-la enquanto ela relutava, sua frustrada tentativa de dominar a fez acabar num posto de submissão. Coloquei a coxa entre suas pernas, forçando-a a abrir mais para facilitar a movimentação dos meus dedos em sua buceta, ainda com a outra mão em sua nuca.
Ela gemia, mesmo não querendo, me olhava com um certo grau de raiva enquanto a correspondia com um sorriso cínico, logo depois beijando seu pescoço, mordendo sua orelha e fazendo-a gemer mais um pouco no meu ouvido. Sentia sua raiva a cada vez que suas unhas eram cravadas na minha carne, e principalmente, sentia seu tesão, especialmente quando o orgasmo estava próximo, chegando lentamente, fazendo-a explodir em gemidos e espasmos.
Suas pernas tremiam um pouco, o que me fez tomar cuidado com o chão molhado para ambas não escorregarem, também forçando-me a tirar a mão de sua nuca para tapar sua boca e não criar alardes desnecessários.
Seu orgasmo teve fim, seu olhar estava mais manso, sem aquela provocação de antes. Coloquei a mão em sua cabeça e a forcei a se agachar, logo abaixando minha calça e a puxando contra o meio das minhas pernas. Rebolei um pouco em sua boca, a língua era ágil, ela sabia o que estava fazendo e, sua fama não era à toa, ela podia dar aulas a muitas pessoas sobre como chupar uma mulher.
Fiz ela se afogar entre minhas coxas, a puxei com força, queria sentir sua língua mais fundo, queria sentir o ardor de sua boca me abrangendo cada vez mais, tamanho desejo que resultou no meu orgasmo precoce, ou talvez tenha sido o estresse acumulado.
Ela se afastou, rapidamente se levantou e pegou sua toalha, cobrindo seu corpo novamente. Me recompus, ajeitei a roupa e sai rapidamente dali com a bolsa nas costas.
Daquele dia em diante, os olhos de Kali me perseguiam com mais frequência, mas de uma forma diferente, um olhar sério, sem sorrisos, como se guardasse algum rancor de mim, tivemos mais algumas aventuras no vestiário, sempre sem nenhuma palavra a ser trocada, mas sempre com ela tentando tomar o controle da situação.
E ela sempre falhava.
*Publicado por LustSlut no site climaxcontoseroticos.com em 30/04/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.