Reencontro

  • Temas: Reencontro, Amor de adolescência, Férias
  • Publicado em: 15/06/24
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  • Autoria: Barbara_Leandra
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Tudo o que eu queria era estar ali, num estado diferente, esquecendo uma desilusão amorosa.

Chamo-me Cristina, sou uma mulher madura no auge de meus 32 anos de idade, mas com físico e alma de uma jovem mulher.

Tenho 1, 56 m de altura, longos cabelos ruivos que caem em cascata pelas minhas costas em grandes cachos em espiral, tenho pouco busto, mas compenso no tamanho da bunda que me faz parecer mais interessante do que meus olhos conseguem ver através do espelho. Minha barriga é levemente definida, fruto dos muitos anos em que me dediquei ao esporte. Fui jogadora de handebol na época do colégio e até cheguei a jogar em um clube, mas devido a minha rebeldia, minha vida de atleta teve um corte brusco quando acabara de completar 25 anos.

Na minha vida tudo foi mais difícil, tudo mais suado, talvez para que eu desse valor às pequenas conquistas que consegui. É claro que só enxergamos as oportunidades perdidas quando o tempo passa e comigo não foi diferente.

Na época da escola eu tinha uma amiga, éramos muito íntimas e por mais que tentassem, não conseguiam nos separar. Nosso grau de intimidade era tanto que, para quem olhasse de fora, acabamos ultrapassando a barreira da convivência escolar. As autoridades escolares temiam que fossemos um mau exemplo para os outros alunos, então nos mudaram de horário, mas isso não impediu que ainda continuássemos nos vendo e a agir da mesma maneira. É claro que para nós não havia maldade alguma, éramos apenas duas meninas brincando de provocar os adultos, pelo menos foi o que acreditei durante muitos anos.

Marisa era seu nome, um nome apenas para revelar o quanto ela era fascinante, seus cabelos castanhos lisos lhe caiam pelas costas até a cintura e eram divididos do lado, deixando-a ainda mais bela. Ela era menor do que eu pouca coisa, tinha seios bem grandes e era estranho e vê-la se mover, como se no andar ela transmitisse toda a sensualidade latente que ela tinha e que não tomava conhecimento.

Às vezes me pegava olhando para ela na sala de aula, completamente alheia às explicações dos professores e naquele transe inocente me descobri encantada por ela.

Eu era uma adolescente curiosa, queria conhecer tudo, provar de tudo e apesar de ter um namorado não me sentia completa, e mesmo gostando dele era em Marisa que eu pensava toda noite antes de dormir. Na maioria das vezes eu sonhava com ela, mas nada sexual, apenas nós duas juntas, conversando, eu deitada com a cabeça nas pernas dela e ela acariciando meus cabelos. É engraçado como os adolescentes sentem, hoje, depois de muitos anos sei que a amava, mas também sei que naquela época nunca teria consumado esse amor se ela não tivesse tomado a iniciativa.

Depois de alguns anos de convivência acabamos por nos desentender, brigamos de maneira dura e paramos de nos falar. Para mim isso foi uma tragédia, já que não conseguia mais estar ao lado dela sem que estivéssemos juntas.

A partir daquele dia nos tornamos inimigas declaradas, daquelas que juram de morte e que fazem tudo para prejudicar uma à outra. Sinceramente falando, ela era assim, eu só agia de acordo com o que ela fazia. No fundo eu sei que transformei minha frustração por não estar com ela em um ódio falso e mentiroso e que minhas ações a partir dali só refletiram minha mentira.

O tempo passou e nós não voltamos a nos falar, não nos encontramos mais e soube por amigos em comum que ela havia se casado e tido um filho. Eu por minha vez também encontrei um marido e no breve tempo em que estive casada a esqueci.

Até que o destino fez com que nossos caminhos se cruzassem 15 anos depois.

Estava eu, aqui, de frente para o mar, olhando as ondas quebrarem, com meu copo de cerveja pela metade quando reconheci Marisa.

Quando ela se virou tive certeza de que era ela, exatamente igual, com o mesmo cabelo liso repartido do lado, o mesmo andar distraído, mas ao seu lado estava um lindo menino que deveria ter pouco mais de oito anos. Soube de imediato que era seu filho, já que o menino tinha todas as feições da mãe.

Ao se virar ela acabou olhando diretamente para onde eu estava e me viu.

Estranhamente ela pareceu me reconhecer e depois de alguns minutos me sorriu e acenou para mim. Eu levantei o copo em direção a ela e meneei a cabeça, um gesto corriqueiro que ela tomou como um convite e de onde estava começou a andar em minha direção.

Vê-la de longe era uma coisa, ela se aproximar de mim era algo para o qual eu não estava preparada. Imediatamente comecei a tremer, minhas pernas ficaram bambas e senti minha pressão baixar, fiquei pálida e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa meu mundo ficou negro e não vi mais nada.

Não sei quanto tempo fiquei desacordada, mas ao abrir os olhos reconheci imediatamente seu rosto e fiquei sem saber o que fazer. Eu estava deitada e sentia que havia areia até nos meus cabelos. Ela ainda me olhava com espanto e ao olhar em volta vi o pequeno menino me olhando com cara de interrogação, como se não entendesse o que havia acontecido.

Comecei a levantar-me meio sem jeito e pude perceber que em volta já começava a juntar um pequeno grupo de curiosos. Marisa me estendeu a mão e com a ajuda dela me levantei.

- Você está bem Cristina? – Ela me perguntou quando finalmente consegui me sentar na cadeira onde eu havia estado.

Ouvir sua voz depois de todos esses anos me fez lembrar tudo o que eu havia sofrido na adolescência e ainda grogue fiz que sim com a cabeça. Pude ver que ela respirava aliviada.

Eu permanecia em silêncio e por mais que quisesse dizer muitas coisas, as palavras não saiam tamanho era o meu nervosismo, minhas pernas e mãos tremiam e eu tinha medo de falar e minha voz sair entrecortada ou gaguejada.

Há muitos anos eu não me sentia assim e para falar a verdade acho que nunca me senti dessa maneira perto de outra pessoa que não fosse ela.

Ainda tinha a cabeça baixa, mas tomei coragem e a encarei nos olhos. Seu olhar parecia triste enquanto me olhava e por um instante me senti comovida e contrariando todos os meus medos falei:

- O que foi Marisa? Por que está triste?

Ela não respondeu de imediato, mas o fez olhando para o menino que brincava na areia dourada a poucos centímetros de nós.

- Mesmo depois de todos esses anos você ainda consegue enxergar aquilo que eu não quero que ninguém veja. Mesmo eu extirpando você de mim você ainda faz meu coração querer saltar pela boca, mesmo eu fingindo que te odiava ainda te amava, mesmo estando com outra pessoa ainda queria estar com você. Que diabos Cristina, mesmo em outro estado eu encontro você. – Sua voz soava amargurada. – Pensei que havia te esquecido, mas mesmo aqui o destino me pregou uma peça.

Demorei um pouco para entender o que ela queria dizer, mas aos poucos suas palavras começavam a fazer sentido, por mais que eu tenha estado apaixonada por ela durante todos esses anos, sua confissão não me provocou a sensação que eu esperava sentir; sentia-me grata, mas meu coração não batia forte como imaginei que fizesse e meu corpo já não tremia mais, entendi neste momento que estive apaixonada por uma ideia e não pela pessoa que Marisa era, enfim havia me libertado do tormento que me acompanhava desde a adolescência.

Estendi a mão e toquei-lhe o braço, ela olhou para mim e pude ver que seus olhos estavam cheios de lágrimas, senti compaixão por ela e neste momento sabia que havia perdoado tudo o que ela me fizera sofrer. A abracei e ela começou a chorar.

- Não chore Marisa, o que passou, passou, há muito tempo não tenho nenhum rancor por você. Há muitos anos que perdoei o que você me fez. – A afastei um pouco e enxuguei suas lágrimas. – Olha me sinto grata, mas muito agradecida mesmo por você gostar de mim do jeito que você diz que gosta, é muito importante que você não tenha guardado nenhum rancor de mim desde a época do colégio, mas infelizmente o tempo passou e eu não pude esperar você para sempre. Se fosse há alguns anos atrás eu cairia em seus braços e choraria de emoção, mas hoje a única coisa que posso lhe oferecer é minha amizade. – Tentei falar o mais delicadamente possível para não magoá-la mais do que minha recusa o faria.

Ela me abraçava forte e chorava como eu nunca tinha visto, mas não podia me obrigar a corresponder a um sentimento que para mim já havia morrido.

Deixei que ela ficasse ali até que se acalmasse e quando o fez me pediu desculpas pela cena e completou:

- Obrigada pela sinceridade e sim, eu aceito sua amizade. – Disse com um meio sorriso e virando-se para onde o menino estava completou – Venha Roberto, vamos para casa.

O menino protestou e ensaiou uma reclamação e eu pude notar como seu gênio era parecido com o da mãe.

Mesmo a contragosto ele levantou-se e veio na direção dela.

- Onde você está hospedada? – me perguntou de repente enquanto tirava de dentro da bolsa um par de chinelos para o pequeno Roberto.

- Num hotel aqui próximo. – respondi.

- Eu faço questão que você fique na minha casa. – fiz menção de recusar e ela disse – Não vou aceitar nenhuma recusa.

Ela continuava a mesma quando o assunto era suas vontades, pressionada não tive como recusar.

Fez sinal para o rapaz que servia as mesas e quando mesmo chegou pediu-lhe uma caneta onde escreveu o endereço de sua casa, devolveu a caneta ao rapaz e o endereço a mim e com o menino seguro pala mão se despediu de mim com um caloroso beijo no rosto.

- Espero você para o jantar. – disse enquanto se afastava.

Fiquei olhando-a se afastar e inconscientemente imaginei o que teria acontecido se eu ainda estivesse apaixonada por ela. O pensamento me fez corar de excitação, mas rapidamente afastei da minha mente a imagem que já se formava nítida em meu pensamento.

“Isso não é uma boa ideia. Conhecendo-a do jeito que conheço tenho certeza que ela não se deu por vencida e está tramando alguma coisa.”. Pensei.

“Conheço-a demais para saber que minha recusa só vai aumentar seu desejo de estar comigo.”

Quando ela sumiu à distância paguei a conta e me dirigi ao hotel onde estava hospedada.

O recepcionista estranhou o fato de eu fechar a conta bem no meio da semana, mas não fez nenhuma pergunta.

Com as malas em punho fiz sinal para um taxi que passava pela orla e dei-lhe o endereço.

Cheguei à porta de sua casa em pouco menos de 15 minutos.

A entrada era magnífica, um grande jardim, visível pelas grades que cercavam a propriedade, se estendia do portão até a entrada da casa colonial, as flores estavam quase todas desabrochadas e as poucas que estavam em botão se abririam em poucos dias.

Toquei a campainha e lá de dentro ela surgiu radiante, com um sorriso franco nos lábios e me atendeu abrindo o portão. Quando entrei, ela me abraçou forte e por um segundo deixei que seu perfume me inebriasse, mas logo em seguida ela me soltou e me ajudou a levar as malas para dentro.

Ela seguia na frente e ao vê-la andar tudo voltou à tona, todo o desejo, tudo aquilo que eu julgava ter esquecido. Tive que parar um instante para recuperar o fôlego, já que o modo como ela se movia me tirava a respiração.

A alcancei antes que ela entrasse pela porta.

Ela me conduziu até um quarto aconchegante, com uma enorme cama de casal e me ajudou a guardar as roupas. Ela nada dizia, mas meu corpo e minha cabeça já demonstravam sinais de falta de lucidez e quando, num gesto corriqueiro, esbarrei em sua mão quando ela estava guardando as últimas peças de roupa meu corpo incendiou.

Tudo agora estava apagado, todas as minhas palavras e recusas de antes haviam sumido e a única coisa que me importava agora era tê-la em meus braços.

Num gesto ousado a envolvi num abraço apertado, ainda mantendo-a de costas, sentindo o perfume do seu corpo e dos seus cabelos. Afastei-lhe os cabelos do pescoço e beijei ali, sentindo a maciez da pele de encontro aos meus lábios.

Ela gemeu alto quando minhas mãos seguraram em seus seios grandes por baixo da camisa e fez força comigo para ficar de frente a mim. A mantive ainda nessa posição por mais alguns instantes, sentindo em minhas mãos a rigidez e o calor daqueles seios que desejei durante todo a minha vida.

Deixei que ela se virasse e mesmo antes que eu pudesse ter qualquer tipo de reação, ela já me fazia calar beijando-me com desejo e volúpia.

Desvencilhei-me das roupas que vestia e a ajudei a fazer o mesmo. Quando ela ficou completamente nua parei por um instante e admirei aquele corpo que durante muitos anos havia tomado conta dos meus pensamentos para em seguida a abraçar forte e apertá-la de encontro ao meu corpo.

Ela ainda me beijava quando deitamos na cama, ela por cima de mim e eu me derretendo toda com aquela situação. Sua perna estava entre as minhas e eu podia sentir a pressão do seu joelho no meu sexo e conforme seu beijo ficava mais exigente eu me movia para frente e para trás, me esfregando naquela perna maravilhosa.

Senti sua mão segurar um dos meus seios e apertar, mas não senti dor, seu toque apesar de agressivo não me machucava e ela conhecia bem os limites da força que imprimia em suas carícias para que não me machucasse.

Ela parou de me beijar um instante e quando eu já me preparava para protestar, senti sua boca envolvendo todo o meu seio e num momento de excitação inesperada dei um grito.

Ela ficou ali, sugando meus seios durante muito tempo e fazendo pressão no meu sexo com a perna e eu só conseguia gemer e apertar sua bunda maravilhosa.

Ela parou de me sugar o seio e me olhou nos olhos e eu completamente hipnotizada por aquele olhar me deixei ficar ali, com os olhos abertos, olhando-a. De repente senti que ela introduzia um dedo em mim e enquanto me olhava nos olhos me penetrava de maneira gentil, porém decidida.

Eu fechei os olhos e fiquei ali, sentindo as sensações maravilhosas que antecedem o orgasmo, o senti vindo devagar e tentei prender para prolongar aquele momento, mas ela sentido que eu estava a um passo de explodir introduziu mais um dedo e desceu a boca rapidamente até meu clitóris, envolvendo-o por inteiro entre seus lábios.

Eu sentia a sucção e a força dos seus dedos dentro de mim e não aguentando mais gozei, um orgasmo intenso, daqueles que fazem com que a gente desfaleça por um instante e o corpo tomado de prazer entrega a força da sensação em espasmos longos e sem controle.

Senti vagamente que ela me sugava o gozo, colocando a língua toda em meu buraquinho. Ela ficou ali, bebendo do meu gozo sem nada dizer até que eu, já recuperada assumi o controle.

Segurei-a pelos braços e a joguei na cama. Ela estava com um meio sorriso nos lábios quando a beijei, ela me correspondeu ao beijo com a mesma intensidade e num lampejo de crueldade agarrei em seus cabelos e puxei forte.

Ela soltou um grito de dor e me olhou inquisitiva, mas eu havia gostado da sensação de causar dor e puxei de novo. Ela gritou mais uma vez e eu calei-lhe a boca com um beijo forte e intenso. Ela revidou mordendo meu lábio inferior e aquilo me deixou mais maluca do que estava.

Dei-lhe um tapa no rosto, um tapa que fez mais barulho do que causou dor e ela gemeu abafado.

Coloquei a mão em sua boca e disse em seu ouvido:

- Isso puta. Fica caladinha enquanto eu te como do jeito que eu sempre sonhei. – e ao dizer isso caí de boca em seus seios gigantes e fiquei ali durante muito tempo, ainda com a mão impedindo que ela gritasse.

Eu podia sentir que a respiração dela estava ofegante e que já não fazia mais força comigo, que aceitara passivamente a condição de subjugada.

Desci a mão e a penetrei com dois dedos de uma única vez e ela gemeu mais alto de encontro à minha mão, forcei os dedos ao máximo e comecei a movê-los o mais rápido possível. Ela girava a cabeça e revirava os olhos e toda vez que eu sentia o sexo dela começar a comprimir meus dedos eu parava e esperava até que ela se acalmasse e começava de novo.

Depois de muito tempo nesse joguinho ela conseguiu soltar minha mão de sua boca e disse:

- Pelo amor de Deus, Cristina. Por favor, eu não aguento mais, me faz gozar, eu quaro gozar na sua boca...

Não atendi ao pedido de imediato, mas quando senti eu o seu sexo começava comprimir meus dedos caí de boca naquele mar de pelos aparados e chupei até que num gemido alto ela gozou arqueando o corpo e se contorcendo inteira na cama.

Subi em cima dela e a beijei na boca e depois no rosto, ela me correspondeu com o mesmo ímpeto.

Passamos a tarde na cama e quando nos recuperamos nos pegamos de novo.

Durante o resto da semana ficamos juntas, redescobrindo o desejo há muito tempo negado. Quando minhas férias acabaram voltei para o Rio de Janeiro e ela como havia fixado residência no Espírito Santo ficou por lá mesmo.

Trocamos telefonemas no início, mas a distância esfriou nosso relacionamento, hoje trocamos e-mails esporádicos, mas nunca mais nos vimos.

Eu por contra partida, já estou envolvida com outra pessoa, mas isso fica para a próxima, prometo.

*Publicado por Barbara_Leandra no site climaxcontoseroticos.com em 15/06/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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