Hora Marcada - O Programa
- Temas: Anal, Novinhas, Sexo, Perversão, Traição, Corno
- Publicado em: 02/09/24
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- Autoria: Bayoux
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Gorete sem sombra de dúvida era a mulher da minha vida, desde que começamos a morar juntos eu me tornara uma pessoa diferente, mais feliz, mais realizada.
É bem certo que ela parecia ser demais para mim, mas o fato é que na cama era eu quem a fazia sentir-se a mulher mais desejada do mundo.
Desde o início percebemos que combinávamos, apesar de possuirmos tanto similitudes quanto diferenças em nossos passados: eu um órfão criado na pobreza e crescido em lares adotivos, ela criada sem a mãe desde menina, mas vinda de uma família abastada, da qual eu pouco sabia porque eles não mais se relacionavam.
Eu estava apreciando seu corpo sobre a cama, como ela conseguia dormir assim, tão profundamente? Eu não podia, não com a pilha de contas vencidas e o saldo negativo do cartão. A insônia virara minha companheira já fazia algum tempo.
Permaneci considerando seriamente a insistente oferta do Armando. Ele sim era um cara esperto, a pandemia arrasou seu negócio da mesma forma que o meu, mas o Armando abriu uma agência e deu a volta por cima.
Para falar a verdade, parecia que o Armando até estava melhor que antes, suas roupas de grife e o relógio caríssimo no seu pulso assim indicavam quando nos encontramos.
Bem, o que o Armando havia proposto era inusitado e na hora eu tinha gargalhado. Mas agora, apesar de sempre ter achado o Armando meio canalha e de ter percebido o seu olhar de predador para cima da Gorete, eu estava reconsiderando. Afinal, ele era um amigo antigo e eu achava que seria incapaz de me colocar numa roubada.
Não dava mais para postergar, eu tinha que rever meus conceitos, deixar de tanta frescura. Em breve eu seria despejado e perderia também a Gorete, ela arrumaria um cara com grana rapidinho, eu sei, tem um monte de homem como o Armando que desejaria tê-la em sua cama.
A Gorete não está acostumada a apertar o cinto, ela me deixaria e aí sim, sem ela eu estaria realmente na merda.
Nem bem deu oito horas da manhã, eu já estava escrevendo para o Armando. Ele demorou um tempão, só respondeu depois das duas da tarde, disse que saiu com duas garotas de uma festa e que a noite foi longa, por isso dormiu a manhã toda.
Porra, o cara estava levando um vidão, dava para notar. Isso me ajudou a decidir, terminamos marcando um chopp no final da tarde para discutir o trabalho.
Armando veio me buscar. Ele f fez questão, apareceu num carro importado último modelo - e eu só pensando que se eu não voltasse a ter um carrão daqueles a Gorete ia terminar dando para um cara como ele.
Tudo bem, eu sabia que não ficaria rico fazendo aquele tipo de trabalho para o Armando, mas pelo menos dava para pagar as contas e começar a sair do buraco.
Já quando estávamos no bar, engoli meu orgulho e lhe disse que seria algo temporário, que eu tinha outros planos mais para frente, mas que neste momento eu realmente estava precisando.
Armando foi compreensivo, me respondeu que entendia minha situação, mas que eu não devia me preocupar com isso agora. Argumentou que seria melhor eu começar a pegar uns trabalhos mais simples, experimentar, ele achava que eu tinha futuro no ramo - e daí eu decidia depois.
Quando coloquei minhas condições, o Armando disse que era difícil, que eu estava sendo muito restritivo e que não funcionava bem assim, se eu estava querendo mesmo levantar uma grana.
“Irmão vai por mim. Isso de querer só ir com mulher não dá certo. Se quiser trabalho bom mesmo, tem que botar o brioco pra jogo. Os coroas são os que pagam melhor.”
Só que eu estava resolvido, nada de fazer programa com homem, só mulher e ponto final. O Armando ficou olhando para o teto, suspirou e fez uma contra-oferta: “Tá bem, olha só, vou te propor uma coisa. Tem um casal procurando alguém, você se encaixa no perfil. Mas o lance é com os dois. Você topa?”
Dois dias depois eu estava no mesmo bar, perfumado, usando meu melhor terno, aquele de corte italiano, tinha deixado de fazer a barba e os pêlos estavam curtinhos, exatamente como o Armando havia me orientado.
Eu tentava controlar minha ansiedade e parecer seguro, mas na verdade minhas mãos suavam e quase desisti ali mesmo. Mas então eles chegaram.
“Docinho”, como ela se apresentou, devia ter uns dez anos a menos que eu e não pude deixar de pensar que Gorete, quando mais jovem, devia ser parecida com ela.
Estava deslumbrante, as aberturas nas laterais da blusa deixavam entrever as costelas e parte de seus seios, a calça leve e bem cortada do conjunto realçava um par de nádegas firme e empinado, os saltos altos lhe conferiam uma postura imponente, realçado por um longo rabo de cavalo negro.
O “Paizinho”, seu acompanhante, devia ter o dobro de sua idade O coroa já era um pouco calvo e de barba grisalha. Vestia um blazer esportivo para dissimular uma barriga em franco crescimento - mas o fato é que não estava funcionando.
Reparei que trazia sapatos navais - eu odeio este tipo de sapatos.
Quando Paizinho sentou-se ao meu lado parecia descontraído, pôs a mão sobre o encosto de minha cadeira como se fôssemos velhos conhecidos e desejasse me deixar à vontade. Docinho sentou-se em frente a mim e permaneceu calada, apenas observando seu marido enquanto ele solicitava dois scotchs para nós e um fruit-punch para ela.
Conversamos amenidades sobre nós mesmos, fui totalmente honesto seguindo as instruções de Armando e contei-lhes sobre como havia sido bem sucedido e tivera o negócio ceifado nos últimos dois anos. Contei também que vivia com minha mulher e que ela não sabia que eu estava começando a fazer programa para sustentá-la.
“Por mim esse aí está bem Paizinho. Se ele aceitar, podemos ir para casa” - foi o que Docinho disse depois de escutar minha história.
Isso surpreendeu-me, o Paizinho havia conduzido toda a conversa no bar mas, no final, quem deveria ou não me aprovar era a Docinho. Afinal, de quem haveria sido a ideia de procurar outro homem? Dele ou dela? Quem de fato mandava naquela relação?
Acho que ao final, foi por essa curiosidade que terminei aceitando o programa também. Na cama, certamente eu descobriria.
Estávamos no quarto do casal, um ambiente maior que o meu apartamento inteiro, todo decorado em estilo clássico, dentro de uma mansão no melhor bairro da cidade. Docinho estava nua sobre a cama, displicentemente linda, apreciando-me tirar a roupa, enquanto Paizinho também me olhava, sentado numa poltrona um pouco afastada.
O olhar atento de docinho e seu sorriso levemente sensual dominavam minha atenção e, sinceramente, cheguei mesmo a esquecer que seu marido nos observava. Sobre uma cama descomunal, Docinho me beijava profundamente cheia de tesão. Aos poucos forçou minha cabeça por sobre seus seios, deixou-me saborear suas auréolas escuras e pontudas, para então seguir conduzindo meu rosto sobre seu ventre, até posicioná-lo entre suas pernas.
Docinho tinha um sexo delicado e minha barba parecia excitar-lhe de uma forma especial, enquanto minha língua deslizava voluptuosamente entre seus finos lábios depilados e chupava seu grelinho. Ela me retinha pela nuca, suspirando e confirmando seu desejo, sussurrando: “Isso, assim, por favor, assim mesmo.”
Ainda dirigindo quase que imperceptivelmente a ação, Docinho foi trazendo-me volta à sua boca para beijar-me, enquanto posicionava seu quadril abaixo de meu membro já completamente ereto.
Com uma das mãos tão suaves, esfregava o falo em seu sexo, devagar, desfrutando da sensação prévia à iminente penetração, deixando escapar involuntariamente: “Ah, está duro, me desejando…. Por fim vou ser preenchida como mereço… Paizinho, por favor, pode ordenar ao moço que me penetre agora?”
Estas últimas palavras me retiraram do paraíso e me trouxeram de volta àquele quarto. Eu sequer me lembrava da presença de seu marido. Num susto, virei o rosto e vi a triste figura do velho senhor nú, tocando-se com avidez ao nos apreciar entre carícias.
Seu pênis me deu asco, era como um pequeno cogumelo vermelho que havia se esforçado muito para crescer. Não havia a menor possibilidade de que eu tocasse naquilo, cheguei a sentir lástima por sua esposa.
“Vai homem, fode aí, come minha pequena deusa com vontade que eu quero apreciá-la se refestelando com esse seu pau gostoso!”- disse o Paizinho soando meio pomposo.
Nem bem ele ordenou, como se fosse liberta de si mesma, Docinho se transformou numa fêmea devoradora. Puxou meu membro, posicionou-o na entrada de sua vagina e ela mesma tratou de introduzi-lo para então começar a movimentar seu quadril. Para dizer a verdade, eu quase não me movia, era ela quem me comia.
Seu sexo era úmido e pequeno, a grossura de meu falo o preenchia completamente, ela encolheu as pernas e passou seus braços entre elas, apertando minhas nádegas com suas mãos e conduzindo meus movimentos, como se eu fosse um boneco, um mero pênis introduzido entre suas coxas destinado a dar-lhe prazer.
Em poucos minutos todos os músculos de seu corpo se retesaram, ela me puxou até o fundo de sua vulva e cravou os dentes na lateral de meu pescoço. Docinho estava gozando, era notório, foi algo um tanto rápido, mas confesso que me deu um prazer extremo.
Contudo, quando sua boca libertou-me de suas presas, dei- me conta de algo estranho.
Do outro lado do meu pescoço, uma boca com hálito de whisky me beijava. Senti a barba do Paizinho roçando minha nuca e, instantaneamente, qualquer resquício do prazer que eu sentira se esvaiu, ao ouvi-lo sussurrar: “Agora é minha vez, seu gostoso, me come…”
Então, esse era verdadeiramente o Paizinho: rico, corno e viado.
Agora era a hora da verdade, mas eu sinceramente não sabia como iria reagir. Conseguiria eu trepar com outro cara bem mais velho? Lograria manter minha ereção com um senhor que me parecia repugnante? Minha cabeça girava em torno de tantas dúvidas e o tempo pareceu estancar naquele momento.
Ah, pelos céus, como eu poderia sair desta enrascada?
Fiquei paralizado, meu membro murchava ainda dentro do sexo pulsante de Docinho, enquanto para meu nojo por Paizinho crescia ao sentir que ele me envolvia com seus braços por trás e tentava alcançar minha boca para beijar-me
Meio zonzo com aquilo, somente consegui balbuciar: “Sinto muito… Eh, sinto muito… Eu não posso… Eu… Eu não consigo!”
Fui tentando livrar-me dos braços do Paizinho, mas este se aferrava mais ainda ao redor de mim, o fato de ter as pernas de docinho ainda me retendo a cintura num gozo que parecia não ter fim dificultava meus movimentos, enquanto Paizinho começava a se irritar, elevando a voz: “Olha, seu puto, você está na minha casa e eu deixei você foder o meu anjinho… Se não me comer também, sou eu quem vai foder a sua bunda!”
Paizinho me tinha dominado pelas costas com uma chave de braço ao redor do meu pescoço, eu podia sentir seus dedos lambuzados com algum tipo de gel refrescante em meu brioco, parecia impensável, mas ele ia mesmo terminar me fodendo.
”Caralho, homem, reage, faça alguma coisa, esmurra esse velho, sai dessa cama agora! - lembro-me de haver pensado neste momento.
Mas aí fui surpreendido de novo.
Docinho havia por fim saído de sua letargia pós-coito, havia levantado o quadril e esfregava meu membro no gozo que escorria de suas entranhas, levando-o para baixo e aproveitando para umedecer seu próprio ânus.
Quase sem conseguir respirar pela força de paizinho ao redor do meu pescoço, olhei a face angelical de Docinho e vi que seus lábios se moviam, dizendo sem emitir nenhum som: "Não resista, homem, aproveita e come meu cuzinho também!"
Confesso que sua atitude me fez vacilar. Pensando na maravilha que seria apreciar seu rosto tão juvenil se contorcendo ao introduzir o pênis em sua bundinha, perdi segundos valiosos - e com eles a última oportunidade de defender minha dignidade masculina.
Ao sentir a dor entre minhas nádegas, ocorreu-me a imagem daquele cogumelo vermelho e inchado que o velho carregava forçando a passagem entre minhas carnes e um asco completo preencheu meu peito.
Mas não foi somente isso, algo mais acontecia, algo estarrecedor para mim : sentir o pênis de Paizinho em meu reto, golpeando desajeitadamente minha próstata, levou-me a sentir prazer - e recuperar a ereção que eu perdera minutos antes!
A sua vez, ao sentir meu membro outra vez teso entre seus dedos, Docinho encaixou-o onde desejava e somente esperou. Os golpes de Paizinho em minhas costas empurravam meu quadril para frente, fazendo com que eu ritmadamente invadisse o cuzinho de Docinho, que se limitou a apoiar-se nos cotovelos e continuar a mover sua cintura, fitando-me nos olhos e sussurrando: “Me come, me come na bunda!”
Me dá vergonha dizer, sim, eu jamais havia concebido que aquela noite pudesse se desenrolar desta maneira, mas foi ali, sobre aquela cama enorme, tendo velho me deflorando por trás e admirando a Docinho desfrutando de ser enrabada por mim, que pela primeira vez na vida eu entendi o real significado do que é ter um orgasmo.
Ao sentir o braço de Paizinho libertar meu pescoço e suas tímidas golfadas em minhas entranhas, a humilhação não me dominou. Em vez disso, meu desejo se tornou carnívoro, joguei as lindas pernas de Docinho sobre meus ombros, a retive pela cintura e pus-me a golpear com mais intensidade seu pequenino ânus.
Não muito tempo depois, suas mãos espalmadas golpeavam o colchão e agarravam os lençóis, suas pernas se estiravam sobre meus ombros e seu ventre sofria espasmos enquanto emitia grunhidos animalescos desconexos.
Vendo Docinho ser dominada por um novo orgasmo, por fim eu me libertei daquela última necessidade, retirei o pênis no último instante e deixei meu esperma jorrar livre por sobre a mulher à minha frente.
Não esperei até o amanhecer conforme havíamos combinado, aquilo tudo havia mexido demais comigo e senti uma urgência de voltar ao conforto de meu lar, ao lado de Gorete e sob o jugo de meus problemas financeiros - que agora nem me pareciam tão importantes assim.
Precisava de algo familiar, tangível, conhecido, algo que me ajudasse a processar os fatos ocorridos em meio à Paizinho e Docinho. Cheguei em casa exausto e ainda confuso entre o medo, o tesão, o horror, a adrenalina, a excitação e a vergonha que haviam preenchido as últimas horas.
A porta do quarto estava entreaberta, Gorete deveria estar envolta em sonhos como todas as noites. Ouvi seus balbucios noturnos e aquilo me reconfortou.
Afastei a porta silenciosamente para não acordá-la, mas então me deparei com Gorete de quatro sobre a cama, gemendo e rebolando, suas nádegas lindas empinadas para o alto com o Armando cobrindo-a por trás, como um garanhão domina sua égua.
Armando me viu ali, de pé, estático, observando-os me traírem, mas tudo que fez foi interromper o coito e dirigir-me um sorriso sacana, o canalha, enquanto Gorete, que tinha o rosto enfiado entre os travesseiros e não havia minha presença, gritava: “Vai cachorro, não para não, mete mais no meu cuzinho, fode bem a sua cadela!”
Depois da brigalhada toda, o choro, a raiva e a decepção, depois de ter quebrado o nariz do Armando e ter partido insanamente para a cima da Gorete, transcorreu-se quase uma semana até pagarem minha fiança e eu conseguir sair da cadeia.
Mas agora eu já não tinha mais para onde voltar, eu havia sido despejado e Gorete me abandonou para voltar à casa de sua família. Por fim eu havia atingido o fundo do poço, não tinha mais como as coisas ficarem piores.
Ou não?
Pois quem pagou minha fiança foi a Docinho. Ofereceu-me um lanche e café na padaria e parecia apiedada de mim. Disse-me que não parecia justo eu ficar na cadeia, pois minha pessoa era nada mais que um mero efeito colateral numa trama bem mais complicada engendrada pelo Paizinho.
Sim, ele havia contratado Armando, que a sua vez viu aí a oportunidade de roubar-me Gorete, ao fazer de mim um garoto de programa e depois contando tudo a ela - e de quebra aproveitando-se da situação para consolá-la.
Quando, muito desconfiado, eu questionei Docinho sobre o interesse de seu marido em me ferrar daquele jeito, ela deu uma gargalhada e respondeu: “Mas é tão difícil assim de entender? Quem disse que ele é meu marido? Não, cruzes, eu jamais me casaria com um velho! Bobinho, tudo o que ele queria era afastá-lo da Gorete para que ela voltasse para casa!”
Ainda tentando absorver todas aquelas informações e montar o quebra-cabeças, perguntei à Docinho qual era sua participação nisso - e porquê realmente estávamos ali. Ela me respondeu com um ar sensual, dizendo que não conseguia tirar da cabeça a noite que tivemos, que aquilo foi diferente de tudo o que já experimentara e que nunca havia gozado daquela maneira.
Por fim, em decorrência disso tudo, Docinho tinha uma proposta para mim.
Bem, isso tudo ocorreu já faz algum tempo, estou me recompondo e refazendo a minha vida. Cheguei cedo no compromisso de hoje, justo a tempo de ver Gorete sair da casa de seu pai e entrar no carrão do Armando, o canalha.
Enquanto esperava no enorme quarto principal da mansão, o Paizinho todo animado chamou Docinho para se juntar a nós: “Filha, vem logo para a cama que o ex-marido da sua irmã já chegou para a gente brincar de novo!”
Nota: A Série “Hora Marcada” é uma coleção de histórias incômodas que escrevi faz algum tempo com o propósito de expor alguns pensamentos sobre programas de profissionais do sexo. Outra vez, não são contos fáceis e provavelmente desagradarão a alguns, por isso, compreendo se este for o seu caso. Mas, se eventualmente você gostar assim como eu, desista dos remédios, desista do psicanalista, desista de ser normal - porque você nunca conseguirá.
*Publicado por Bayoux no site climaxcontoseroticos.com em 02/09/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.