Uma esposa (nada) tradicional — 06 — Desejos incontroláveis.
- Temas: masturbação, exibicionismo
- Publicado em: 09/11/24
- Leituras: 2708
- Autoria: TurinTurambar
- ver comentários
Se, minutos antes, Amélia estava eufórica pelo momento íntimo com Vitória, naquele momento estava tensa ao perceber o marido acordado. O marido, que normalmente dormia profundamente, estava perguntando por sua demora. Amélia ficou muda por alguns instantes, pensando em quanto tempo teria passado no quarto de Vitória. Sem conseguir pensar em nada, resolveu contar a verdade, omitindo o máximo de fatos possível.
— Desci e encontrei a Vitória lá embaixo. Nem sei quanto tempo ficamos conversando.
— Está tarde, amor. Ela te prende na conversa dela e depois você acorda tarde.
Arnaldo se virou e se manteve em silêncio. Amélia não tinha mais certeza se ele estava dormindo, mas ela se deitou na cama e tentou dormir, coisa que só aconteceu um bom tempo depois. Se antes havia euforia, agora havia culpa. Sempre teve seu momento sozinha e achava isso normal. Continuou pensando o mesmo quando começou a compartilhar esse momento com Vitória, sem ver maldade alguma. Naquela noite, entretanto, tudo fora mais íntimo do que o normal. Amélia foi tocada de várias maneiras enquanto usava o corpo de Vitória para se masturbar. Um turbilhão de pensamentos invadiu sua cabeça.
A ideia de uma mulher lhe deixar excitada e provocar desejo era assustadora. Nunca sentiu esse tipo de atração e sabia muito bem as opiniões conservadoras de seu marido. Tinha medo, de fato, de ser lésbica ou pior, seu marido descobrir. Sentia culpa por esconder dele algo que sempre foi inocente, mas naquela noite parecia mais sério. Ao mesmo tempo, sentia-se sufocada por um marido que restringia suas roupas e com quem não podia compartilhar toda a sua sexualidade. Pensava em Vitória com inveja, pois parecia ter um parceiro perfeito, sem precisar de uma amiga para compartilhar suas loucuras. No fim, se sentia ingrata por pensar essas coisas de alguém que sempre cuidou dela.
No dia seguinte, acordou cansada. Levantou-se rápido e jogou uma água fria no rosto para disfarçar o cansaço. Fez o café rápido, deixando-o já pronto quando o marido desceu.
— Você sabe se a Vitória já encontrou outro apartamento?
— Não sei, amor, mas posso perguntar a ela. Por que a pergunta?
— Ué, ela já mora aqui há alguns dias. Não paga pela luz, nem a água e vai ficando aqui, encostada.
— Arnaldo, não acho que ela está “se encostando”. Temos três quartos vagos e demos o de empregada para ela. Os móveis dela estão empilhados na garagem. Não acho que ela esteja confortável aqui.
— Então, por que ela continua aqui?
— Porque ela tem muitas clientes, como eu, e não deve conseguir visitar apartamentos para alugar o tempo todo.
— Então ela vai ficar aqui toda a vida?
— Espero que ela fique o tempo que precisar. Por que ela te incomoda?
— Ela incomoda a você. Tem estado diferente esses dias. Agora fico sabendo que passa as madrugadas conversando com ela, sabe-se lá sobre o que é. De manhã, acorda com essa cara de quem não dormiu. Você acha que ela é sua amiga, mas ela parece estar se aproveitando de você — disse Arnaldo, subindo o tom de voz como se quisesse ser ouvido do quarto da empregada.
— Ela não está aí, Arnaldo. Ela saiu para trabalhar antes mesmo da gente acordar.
— Tenho dúvidas se ela trabalha mesmo.
Arnaldo se levantou e foi para o trabalho, deixando Amélia reflexiva. O marido parecia realmente desconfiado de algo. Um sentimento de agonia tomou o seu peito, pois além de todas as dúvidas em sua cabeça, havia a pressão, um tanto velada, de mandar Vitória embora. Já havia um sentimento de culpa por não convencer Arnaldo a deixar a Personal ocupar um dos quartos vagos da casa e agora precisava interromper os encontros noturnos.
Foi com tristeza que ela passou as horas seguintes enquanto arrumava a casa. Tinha medo de falar com Vitória e ela não entender. Imaginava que sua Personal talvez se ofendesse e realmente fosse embora, deixando-a sozinha. Terminada a limpeza da casa, passou as horas restantes imaginando qual história contaria para ela para resolver a situação da melhor forma possível.
Quando Vitória chegou para o treino, Amélia vestia uma calça legging com um top. Ambos pretos. Vitória, com um short rosa e top cinza, exibia um sorriso ainda mais alegre do que o habitual. Tal sorriso, entretanto, não durou muito na frente da expressão de decepção de sua aluna.
— A gente precisa conversar. — disse Amélia, com medo das próximas palavras que iria dizer.
— Sei do que quer falar. Relaxa. — respondeu Vitória.
— Sabe?
— Sim, não é sobre ontem à noite? A gente foi um pouco longe demais, não é?
— Sim… talvez. — respondeu Amélia, respirando fundo como se deixasse um peso cair de suas costas.
— Sei que você é uma mulher de respeito, casada. Eu também tenho namorado e esses encontros não vão fazer bem para a gente. Sei como está se sentindo porque eu mesma me sinto assim também. Não sinto atração por mulher, sabe? Meu negócio é homem, e já tenho o meu, assim como você tem o seu.
— Sim, mas a gente não fez nada ontem.
— Bom… quase fizemos.
As duas riram. Amélia se sentia aliviada com a maturidade de Vitória. Não precisar falar da desconfiança do esposo deixava tudo muito mais fácil.
— Então é melhor a gente segurar a onda antes que a gente faça.
Foi assim, com o clima mais leve, que Vitória deu o treinamento de Amélia. Por dois dias, a rotina da loira voltou ao normal, com ela indo dormir cedo com o marido, se controlando para não ir visitar a amiga ou mesmo se masturbar sozinha como fazia. Arnaldo não tocou mais no assunto, pois Vitória era tão discreta que ele mesmo não se lembrava dela. Tudo voltou ao normal, ou quase.
Mesmo com a vida sexual com o marido ter voltado à normalidade, Amélia sentia falta das suas escapadas noturnas, mesmo as solitárias. Passou a se masturbar sozinha, à tarde, entre a arrumação da casa e os treinos. Mesmo assim, sentia falta de algo mais. Para o treinamento daquele dia, escolheu um short mais curto, azul-marinho, com um top de mesma cor. O sorriso alegre de Vitória se converteu em outro, mais malicioso, quando a viu.
A personal era acostumada a atender vários clientes, de todos os tipos. Sabia como se aproximar dos clientes e como se afastar deles. Quando percebeu que sua amizade com uma cliente, sendo esta uma mulher casada, poderia causar problemas, manteve um distanciamento com tranquilidade. Pelo pouco que conhecia Amélia, tinha a impressão dela ser alguém com a vida restrita pelo relacionamento. Se por culpa dele ou dela, não sabia. Tinha certeza de não querer causar algum sofrimento para aquela mulher. Por outro lado, Amélia a instigava, fazendo-a sentir coisas novas que não eram fáceis de se esquecer. Aprendera a compreender sua aluna e sentiu nos últimos dias que ela realmente queria se fechar, e respeitou isso. Naquele dia, porém, aquele short mais curto significava algo diferente.
— É impressão minha ou está mais animada para o treino hoje?
— Estou sempre animada, mas hoje estou um pouquinho mais.
— Que ótimo! Aproveitaremos dessa disposição.
A cada movimento executado, o short de Amélia subia. Vitória passou o treino todo sem tirar os olhos das polpas da bunda de Amélia sendo expostas e da sensualidade com que a mesma ajustava à roupa no corpo entre um exercício e outro. Manteve-se profissional, orientando os exercícios e nem mesmo provocando-a, como fizera outras vezes. Ao fim da aula, porém, ao ver sua aluna se abaixar e se levantar para guardar os equipamentos junto à parede, sentiu algo diferente. Amélia parecia tentadora naquele dia, ou talvez ela estivesse desejosa demais. Independentemente do que fosse, a Personal se aproximou da aluna por trás, tomando a liberdade em ajustar o seu short.
— O que está fazendo, Vitória?
— Ajustando esse short indecente. Tem certeza de que comprou no tamanho certo?
— Comprei do jeito que eu queria.
— O que seu marido vai dizer quando ver você usando isso?
— Não foi para ele que comprei.
A provocação de Amélia fez Vitória morder os lábios. Os dedos que faziam o short cobrir o bumbum da sua aluna agora subiam, expondo praticamente metade daquelas carnes. — Então devia usar assim.
— Gosta assim? — provocou Amélia.
— Sim — respondeu Vitória, apertando a bunda de sua aluna com uma das mãos. O gesto desequilibrou Amélia, que se apoiou contra a parede.
— O que é isso?
— Não sei, acho que estou ficando louca. Me desculpe.
Vitória ameaça tirar a mão. Amélia a segura.
— Não se desculpe. Não estou reclamando.
— Amélia, não me provoca. Tenho andado louca ultimamente.
A Personal se encosta mais em Amélia pelas costas. A mão alisa a bunda de sua aluna.
— Também fica pensando naquela noite?
— Todo o dia. Você, pelo menos, tem o seu marido. Já eu, não aguento mais.
— E o seu namorado?
— Ele ainda mora com os pais e eu não tenho casa. A gente só fica no celular, passando vontade.
— Tenho meu marido em casa e ele comparece. Mesmo assim, quando lembro daquela noite, sinto falta de algo.
— Não me fale essas coisas, que me provocam desejos incontroláveis.
A mão de Vitória passa a deslizar entre as nádegas da loira, que esboça um sutil rebolado.
— Você gostou mesmo da minha bunda.
— Gostei, é fruto do meu trabalho.
— É toda sua, faz o que quiser.
Provocada, Vitória enfiou a mão no short de Amélia. A loira reagiu, ao toque, com um gemido manhoso, empinando mais a bunda. Um arrepio percorreu todo seu corpo e ela ficou na ponta dos pés.
— Você de novo com esse dedo aí.
— Adoro o teu gemido quando toco aqui. Quer que eu tire o dedo?
— Não.
Amélia abre mais as pernas, dando espaço aos dedos de Vitória que se mexem sob o tecido do short. A loira geme, mordiscando um dos dedos da mão enquanto encosta o rosto na parede. As duas se olham, mas o celular de Vitória apita um alarme.
— Merda! Tenho outra cliente agora, preciso sair.
— Não vai não.
— É melhor eu ir, Amélia. Estou ficando muito louca. Você também.
Observando Vitória correr até o portão, Amélia não saiu da mesma posição, encostada na parede. Com o portão fechado, fechou os olhos e mordeu os lábios. Segurou as laterais do short e lentamente o desceu, junto à calcinha, até o meio das coxas, descobrindo o bumbum. Deslizou as mãos pelas coxas e pela bunda, pensando na forma lasciva como fora tocada poucos minutos antes. Percorreu com a mão por entre as nádegas como Vitória fizera e gemeu.
Já se masturbou no lado de fora da casa uma vez, mas era noite. A claridade do dia lhe causava uma emoção diferente. Sentia-se ainda mais atrevida com aquela nudez, apesar de os muros altos da casa a protegerem.
A loira se escorou com o ombro na parede, levando a outra mão à boceta. A seguir, deixou um dedo fazendo movimentos sutis e circulares em suas pregas enquanto dançava com o clitóris.
— Vem Vitória! Vem! — Sussurrou.
Se masturbando deliciosamente, Amélia gozou. Apertou a mão com as coxas, deslizando na parede até o chão, com o corpo tremendo. Gemeu alto como há muito tempo não gemia, sem se preocupar se seria ouvida.
Ficou ali, sentada no chão, alisando o corpo como se fosse o de Vitória. Riu de si mesma por gemer alto o bastante para a vizinhança ouvir. Não se importava com nada, nem mesmo com sua nudez. Tirou de vez o short e a calcinha ali mesmo e entrou em casa nua da cintura para baixo.
*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 09/11/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.