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O Passado Nunca Morre

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 25/02/15
  • Leituras: 6835
  • Autoria: LOBO
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Não sei se isso também acontece com vocês: caminhando pelas ruas, não raro vejo rostos que de alguma forma me parecem familiares. Lembram-me alguém que conheço, ou que ao menos já vi em algum lugar.


Mas outras vezes, sinto esse déjí  vu de outra forma. Tenho a sensação de que já conheci essas pessoas antes, mas não encontro nenhum registro delas na memória. Como se fosse uma coisa de outras vidas. Vá saber...


Digo tudo por algo que me ocorreu esta semana: já algumas vezes, vendo alguns programas de entrevistas, tarde da noite na TV, vi a participação de uma jornalista. Pelo que sei, ela trabalha na redação dessa rede de TV em outro estado. É muito bonita, sempre bem articulada. Nas vezes em que a vi, sempre me atraiu mais a atenção até que a própria entrevista.


Um detalhe nessa mulher, afora os já citados, sempre me chamou a atenção: os olhos num belo tom esverdeado. Que me lembre, não conheço pessoalmente nenhuma jornalista de TV. Mas ainda assim, aquela sensação de realmente já ter estado com ela me ficou.


Mas um déjí  vu?


Pois bem. Ontem, voltando para casa eu dei uma passada numa grande livraria aqui na Paulista. Folheando os livros em exposição, dando uma olhada nos lançamentos, encontro um livro de ninguém mais que essa mulher.


É uma coletânea de suas principais entrevistas, com grandes lí­deres nacionais e mundiais. Mas no primeiro capí­tulo, que abro por acaso, ela conta da sua formação, da faculdade cursada numa cidade no interior.


Quando leio o nome da cidade, outra lembrança me surge. Vou para a cafeteria, peço um cappuccino e rememoro.


Uns quinze anos atrás, a empresa em que estava mandou uma equipe a esta cidade. Tí­nhamos um extenuante trabalho de levantamentos a executar, preparando um novo empreendimento.


Não havia muito o que fazer à noite. Uns poucos restaurantes, uma choperia, ficávamos por ali. Nessas viagens, um bando de homens, a maioria casados, sempre acaba sendo proposta a ideia de se buscar uma aventura. Meio difí­cil ali...mas um colega acabou descobrindo sobre uma tal "Casa da Olga".


A maioria não estava afim de ir a um prostí­bulo, mas dois ou três insistiram. De qualquer forma, eles argumentaram, havia um bar lá, ninguém seria obrigado a fazer programas se não se interessasse.


Acabamos indo...


Num bairro próximo a Universidade, numa rua sem muito movimento, havia um prédio de quatro andares. Sem elevador, havia que se subir pelas escadas, passando pelos tí­picos andares com aquele corredor cheio de portas, a maioria abertas.


A "central operacional" do pedaço ficava no quarto andar. Lá havia um bar, bem acanhado, mesas, sofás junto às paredes e meninas na faixa dos 18 a 22 anos, mais ou menos, perambulando. Todas de botas de salto alto, shortinhos minúsculos e tops com metade dos seios expostos. Bem à caráter...


Não fiquei muito por lá. Não estava interessado em programas com prostitutas. O bar servia uma cerveja mal gelada, caipirinhas meladas de tanto açúcar, tudo a preços salgados. Caí­ fora...


Descendo as escadas, ao passar pelos andares, encontrei mais garotas paradas nas portas - tí­nhamos vindo muito cedo, agora o movimento estava começando. O primeiro andar estava vazio. Estou passando por lá quando uma outra garota vem das escadas.


Carrega penosamente caixas que parecem pesadas. Veste uma mini-blusa e uma saia pouco acima do joelho, sugerindo belas coxas. Para o ambiente, está até muito recatada...


Uma das caixas lhe escapa, cai abrindo-se, espalhando o conteúdo pelo chão. Vou ajudá-la e me surpreendo ao ver que são livros. Uma intelectual naquele pedaço...


Vendo-a toda atrapalhada, insisto em ajudá-la e carrego as caixas até a sua kitchenette. Fiz isso, e não estando à caça de programas iria partir, quando um estrondo acontece na cozinha. Olhando para traz, vejo que o sifão da pia se soltou. Escorre água pelo piso.


- Ah! Não! Será que acontece tudo comigo? - Ela reage, desconsolada...


Mais uma vez lá vai o cavalheiro salvador... Não foi nada difí­cil. Uma daquelas peças de PVC de baixa qualidade, com uma conexão mal rosqueada.


Ela me agradece, insiste em que fique para um café. Fico observando-a ao se mover pelo apartamento minúsculo: tem a idade média das outras meninas, mas fala com mais desenvoltura. Mas me parece bem inexperiente no mettier. Fico me perguntando qual seria sua história.


Inexperiente mesmo. Tomamos o café - até que bem razoável - e quando ela vai lavar as xí­caras, abre demais a torneira. Espirra água que a molha toda.


- Bem que eu sabia que hoje não era meu dia!...- sai correndo para o quarto, um espaço separado da sala/cozinha por um armário até o teto.


Não volta mais, os minutos passam sem que ela retorne. Querendo ir embora, vou até lá dizer-lhe adeus. Quando entro lá, surpreendo-a mexendo em roupas numa gaveta. Está seminua, só com a calcinha.


- Ahnnnn! Que é isso?!!!

- Desculpe, eu só ia me despedir...


Ela tenta achar rapidamente alguma coisa para cobrir-se, mas não encontra. Acaba sentando-se na cama, com as mãos cobrindo os seios, que não deixo de notar: apetitosos...


- Olha: eu nem te agradeci direito. Estou mudando agora, é minha primeira vez aqui...


Recosto-me à entrada do quarto, já esperando aquela tí­pica estória triste para gerar compaixão. E um pagamento mais generoso...


Mas a estória não vem. Ela continua sentada da mesma forma, mas parece que agora toca seus seios, não para escondê-los, mas para acariciá-los.


Mais uma vez me parece uma noviça. A forma como me aborda demonstra isso:


- Você não quer ficar mais pouquinho comigo? - faz beicinho...

- Estou me sentindo tão sozinha hoje, se você não me ajudasse acho que ia ficar desesperada. Fica vai...


Digo a mim mesmo:


"Quer saber de uma coisa? Está certo que você não é de sair com garotas programa, mas hoje dá para abrir uma exceção..."


Fico olhando-a. Cabelos longos, tom castanho, presos atrás num rabo-de-cavalo. Olhos verdes, muito bonitos. Uma cara de menina querendo ser mulher - ou talvez vice-versa... - num corpo bem proporcionado.


Ela é deliciosa!


Sento-me ao seu lado. Paro um instante estático observando-a. Aqueles olhos verdes me encaram, questionando o que quero. Pouso suavemente meu braço sobre seus ombros.


Foi como acender o pavio de uma dinamite. Ela me olha, sorri. E se entrega...


Abandona as mãos dos próprios seios e me abraça. Vem a mim num beijo sôfrego. Sem terminar o beijo vai abrindo os botões das minhas roupas. Abre o zí­per da minha calça e encontra meu membro muito duro. Vai até ele. Apanha-o nas mãos. Olha-me provocadoramente e inicia seu ataque. Suga-o como quem está com muita sede. Varia, ora segura massageando com as mãos enquanto lambe a cabeça roxa, ora o engole todo. Não para, não quer parar até obter meu gozo. Que recebe em sua boca com uma expressão de muito prazer estampada em seu rosto.


Ah! Eu simplesmente tinha que retribuir. Arranquei sua calcinha, deixei-a toda nua. Encontrei seu sexo num calor e umidade que raras vezes vi numa mulher. Sim, ela estava com muito, muito tesão.


Caí­ de boca, chupando-a até a alma. Ela gemia, se contorcia toda, até que gritou:


- Vem! Eu não agí¼ento mais... Me fode!...


Sentou no meu pau e rebolou, tomou-o todo dentro de si. Ficamos nesse ritmo, cada vez mais crescente, cada vez mais fundo. Fiquei ali, me encantado com o seu ato de plena entrega sensual, sentindo a delí­cia da sua musculatura vaginal me recebendo, me chamando mais para dentro dela.


Confesso que me surpreendi: ela tinha me parecido pouco experiente. Mas tivemos um orgasmo profundo. Muito especial.


Podia ser apenas uma garota de programa, talvez vocês digam. Mas garanto: daquelas que não se esquece...


Ficou ali então abraçada comigo, contou que não era da cidade, era recém-chegada. Preparei-me de novo para a "estória triste", mas ela não disse nada disso, apenas fazendo comentários sobre a mudança, as dificuldades de adaptação, sozinha numa cidade onde não conhecia ninguém, etc...


Enquanto a ouço, passeio minhas mãos pelo seu corpo. Vejo que ela desiste de conversas. Seus deliciosos seios estão túrgidos. Quer mais...


- Sabe, tenho umas amigas que dizem que certas coisas você só aprende mesmo com homens mais velhos - me olha com aqueles olhos verdes...

- Não que te ache velho, claro...


Ela fala isso, deitando-se de bruços a meu lado. A visão da sua bunda é extasiante... Continua numa conversa cheia de rodeios, como se quisesse dizer algo e por timidez ou outra razão não conseguisse.


Resolvo facilitar-lhe:


- Você nunca fez sexo anal, não é?

- Nnnnn- não ...é que...

- Sei... Mas tem vontade, não é?


Tem um visí­vel tremor no corpo. Olha-me sem palavras...


Tomo as iniciativas devidas. Com muito carinho acaricio seu corpo, falo sussurrando ao seu ouvido do quanto ela é deliciosa. Digo-lhe que tudo que é feito sem pressa, com cuidado e carinho, sempre nos dará muito prazer. (Nessa hora, minhas mãos já massageiam aquela bunda provocante...).


Digo a ela que tudo é um balanço entre o desejo e o receio. Encaro aqueles olhos verdes e pergunto:


- Quer ou não quer?


Num primeiro momento ela hesita. Respira fundo e então:


- Ai... eu quero. Quero sim... mas vai devagar, por favor...


Inicio a longa preparação. Cortejo sua entrada proibida com um dedo. Previamente umedecido naquela sua fonte que já me servira tão bem, embebido daquele seu mel apimentado. Pouco a pouco este dedo se aprofunda. Logo mais um vem, fazendo sem pressa movimentos circulares. Ela geme, suspira, mas não pede que pare. Ao contrário, me diz:


- Põe querido! Enfia que eu quero muito...


Coloco meu pau naquele território ainda inexplorado. Sem pressa, primeiro a cabeça se aloja e para, esperando que ela se adapte e se abra. Pouco a pouco a cabeça negocia e obtém a entrada, logo ela me franqueia esse espaço ainda virgem de seu corpo. Enfio tudo.


Sinto um calor vindo dela que me contagia, me inspira, me excita a um ní­vel máximo. Sigo tomando-a assim por traz de uma forma realmente deliciosa. Mais deliciosa ainda, pois vejo que ela sente muito, muito prazer.


Tem um gozo enquanto sigo nessa penetração, e tem outro depois, quando extremamente excitada, me sente gozando dentro dela.


Beija-me muito. Diz que queria muito essa experiência, mas tinha medo. Mas que tinha sido maravilhoso para ela.


Falou de uma forma que, se não estivéssemos ali no prédio da "Casa da Olga", eu teria acreditado sem qualquer sombra de dúvidas. Aliás, quase acreditava mesmo. Mas pensando no quanto teria de pagar por essa encenação. Admitindo que valeu a pena...


Ela propõe outro café. Veste um robe e vai para a cozinha. Visto-me e a sigo. Estamos ali quando uma gritaria vem dos andares de cima. Passos de gente correndo pelas escadas. No meio da balbúrdia ouço as vozes de meus colegas.


Explico a ela que deixei companheiros lá em cima, preciso ir ver o que ocorre. Digo-lhe que feche a porta, logo retorno. Assustada ela o faz.


Subo correndo as escadas e tomo conhecimento do que se passou. Cinco dos meus colegas ficaram por lá. Uns três fizeram programas com as garotas, dois ficaram por ali bebendo. Muito...


Ao verem a conta - absurda... - ambos já bem altos, se exasperavam. Tudo acabou em briga, com a intervenção dos leões de chácara do pedaço. Deu o óbvio, só não apanharam mais porque os outros três voltaram antes de mim e apaziguaram a coisa.


Mas estavam bem machucados. Um deles teve uma queda durante a briga e aparentemente fraturou um braço. Urrava de dor. Era preciso levá-lo a um hospital. O único sóbrio para fazer isso era eu...


Saí­mos de lá correndo, todas as providências foram tomadas. Felizmente não houve maiores problemas.


Só quando já estava no pronto-socorro me dei conta de que não havia voltado e efetuado o pagamento dos honorários da minha deliciosa anfitriã.


Quis voltar lá, mas fui convencido a só retornar dalí­ a alguns dias. Naquela noite éramos persona non grata no pedaço. Não seria com carinho que nos receberí­amos...


No dia seguinte, entretanto, fomos chamados de volta a São Paulo. Aquele projeto demorou a entrar em fase de implantação. Só voltei naquela cidade uns três ou quatro anos depois. Nunca mais revi aquela moça.


Em tese, encontros casuais com garotas-programas são coisas que se esquecem rapidamente. Mas eu nunca esqueci seu sabor. Não sei explicar porque. Ela era tão especial...


Lembranças de coisas, fatos e emoções mais intensas sempre seguem conosco vida afora.


O passado nunca morre...


Mas eu estava falando de déjí  vu, não é? Pois continuando a ler o primeiro capí­tulo do livro da jornalista, tenho um arrepio. Quase derramo meu cappuccino.


Contando da sua formação, ela relembra um episódio que diz ser divertido agora, mas que a deixou constrangida na época. Morava numa república com algumas colegas. Um ambiente de muita bagunça, onde não tinha paz para estudar.


Foi procurar algum apartamento para morar sozinha. Um corretor, que depois descobriu pouco honesto, arranjou-lhe uma kitchenette no primeiro andar de um prédio de quatro andares.


No dia seguinte descobriu o que havia lá: do segundo andar em diante aquilo era um prostí­bulo, a tal "Casa da Olga", e do iní­cio da noite e madrugada afora era um movimento constante de homens entrando e saindo.


Abandonou o local às pressas. Teve trabalho, mas conseguiu fazer aquele corretor pouco idôneo devolver seu dinheiro.


Fiquei totalmente estupefato! Parecia que postaram aquele livro ali para desatar em mim todas essas lembranças e me revelar uma surpreendente descoberta: aquela deliciosa menina de olhos verdes era na verdade uma estudante que mudara para o apartamento errado.


Hoje é uma mulher inteligente, muito bonita. E sim, muito - requintadamente - sexy...


Lógico que senti uma enorme vontade de fazer contato com ela. Não teria dificuldades em conseguir telefones para falar-lhe. Seu email inclusive está disponí­vel nos créditos do livro.


Mas passaram-se tantos anos, não sei como a encontrarei, como me receberia. Deve estar casada, certamente posso ser extremamente inapropriado, inconveniente, criando constrangimentos se surgir assim sem aviso do passado.


Mas lembro que num dos programas recentes ela falava de seu interesse em pesquisar mais o mundo da literatura sensual, falava de Hilda Hilst e de novos nomes que surgem, dizia que há muita gente com trabalhos de bom ní­vel, postando seus trabalhos em sites da net. Planejava pesquisar o assunto.


Tomei uma decisão e aqui está:


Tudo escrito na forma desse conto.


Estou enviando agora para ela.


Será que vai responder?...


LOBO


Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor, de acordo com a Lei 5988 de 1973

*Publicado por LOBO no site climaxcontoseroticos.com em 25/02/15.


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